História A Sweet Disaster - Capítulo 6 - Surpresa Alcoólica (parte 1)

Eu sai dali o mais rápido que pude, eu ao menos a encarei. Ela ainda iria se acabar na mão daquele cara, fui para o banheiro masculino e parei em frente a pia, joguei uma água no rosto, era disso que eu precisava, da companhia do silencio, dos meus pensamentos. Fitei meu reflexo no espelho.

– Você perdeu ela cara!

P.O.V Demi Lovato

Alex desceu do palco e veio ao meu encontro, me deu um beijo sufocador, era tão bom, agarrei seu pescoço e continuei beijando-o. Assim que cortamos o beijo, ele enfiou a mão no bolso, tirando uma caixinha simples, dentro dois pequenos anéis, muito simples, não era nada de luxuoso, pra falar a verdade, eram as alianças mais simples que vi na vida, se não fosse pelo Alex, eu acreditaria que aquelas alianças não passavam de papel metálico, de tão delicadas e simples. Estiquei a mão permitindo-o que colocasse a aliança, peguei a aliança para fazer a mesma coisa, porém, ele tomou de minha mão e prendeu junto a corrente de seu pescoço. Ficou perfeito e o povo voltou a gritar, eu estava adorando aquilo, mas já podiam voltar a tomar conta de suas próprias vidas. Uma semana depois de mostrar meu interesse pelo garoto, eu estava namorando com o mesmo. Era até meio difícil de imaginar e meio apressado. O sinal tocou nos separando, ele me puxou para mais um beijo e prometeu que falaria com a minha mãe, eu via necessidade sim, ela ainda não estava muito bem com esse meu novo relacionamento, ela não acreditava que duraria, se não a conhecesse, diria que fez algum esquema com Justin para odiarem tanto Alex. Péssimas palavras, ela não o odiava, ela simplesmente não foi com a cara dele, sem ao menos conhecê-lo. É a famosa “nosso santo não bateu um com o outro”. Mas eu iria contornar isso, mostraria que ela estava enganada.

1 mês depois...

– Bom dia meu amor.
– Bom dia anjo, o que vamos fazer hoje? – percebi que ele estava rindo do outro lado da linha.
– Temos festa para ir e acho que você vai adorar, é de um amigo meu. Uma festa super de boa. – sorri, seria nossa primeira festa juntos como um casal, uma ótima maneira de descansar depois de um tempo em provas.
– Eu topo então. Mas tem algum tema? – ele deu risada novamente.
– Não gata, é só colocar algo pra sair e pronto. – fiquei confusa com aquilo.
– Tudo bem né. Então eu vou resolver umas coisinhas por aqui e me arrumo pra sairmos, me pega as 7? – ele ficou em silencio por um tempo e ouvi Elizabeth gritar algo.
– Aé, Elizabeth perguntou se pode emprestar alguma roupa para ela, a chatinha não acha algo para usar.
– Tudo bem, peça para ela vir cedo pra minha casa, preciso me arrumar e ajuda-la. Beijos, te amo.
– Tchau amor. – e como sempre, não me deu um tchau decente.

O fato é que desde que comecei a namorar com Alex, duas coisas aconteceram, uma boa e outra ruim. A boa é que Justin tem me ignorado por completo, exatamente, ele tem me deixado em paz como eu presumia que fosse acontecer e a segunda coisa é que Alex de vez em quando é bruto e eu mal o conheço. Eu sou toda fofa, não consigo passar o dia sem lhe dizer um “eu te amo”, mas ele não se dá ao trabalho de retribuir. Minha mãe diz que isso é normal, que alguns caras demoram a perceber quem amam. Mas eu fico mal consigo, mas meu amor pro ele consegue superar qualquer encrenca boba minha. Peguei meu celular para olhar os contatos do WhatsApp e Justin estava lá. Eu fiquei pensando enquanto olhava sua foto, tomando coragem para perguntar se ele iria a essa tal festa. Calma ai Demetria, o que você esta fazendo? Não tem motivos para saber se Justin irá a essa festa, ele já não te atormenta mais, não é preciso cutucar a fera com vara curta. Se quiser continuar tranquila e em paz, não tem porque falar com esse garoto. Em seguida Hanna me mandou uma sms.

“Vai à festa do Cameron? (amigo do Alex), parece que será uma festa daquelas, ele chamou quase toda a faculdade, você vai?” – respondi a mensagem assim que vi.
“Alex me chamou para ir e estou fazendo umas coisas aqui e depois vou me arrumar, você me acompanha nessa?”
“Desculpa amiga, mas não fui convidada, eu disse quase todo o campus, não todo. Parece que foram chamados mais os garotos e de garotas apenas lideres de torcida e você exclusiva namorada do gatão do colégio.”

Fiquei chateada por não ter a presença de minhas amigas, mas acontece, eu teria que ir para acompanhar Alex que ultimamente me chamava para sair sempre. As horas se passaram, resolvi meus problemas e quando o sol estava se pondo Elizabeth tocou a campainha.

– Olá cunhada maravilhosa. – Elizabeth sorriu e me abraçou.
– Oi Liza, pode entrar. – ela foi para a sala e minha mãe veio conhecer a nova amiga barra cunhada.
– Olá querida, eu sou a mãe da Demi.
– Ah, para com isso, muita formalidade. – Liza ficou em silencio e vi minha mãe arregalar os olhos. – Vem, dá um abraço. – Liza puxou minha mãe e a espremeu entre os braços, assim que soltou minha mãe cambaleou um pouco e sorriu.
– Eu vou ver o temos para o almoço, já volto. – ela saiu sem graça, com certeza.
– Vem Liza, vamos ver algo para nós. – ela me acompanhou até o quarto e abri meu closet.
– Puxa, que enorme isso aqui, olha quanta roupa legal. Meu Deus, quanta coisa, eu nunca vi um tão grande.
– Para com isso. – sorri para ela. – Eu vou tomar um banho e já venho para te ajudar com a roupa ok?

Fui para o banheiro e tentei relaxar o máximo, a agua escorreu por todo meu corpo e deixei que apenas escorresse por longos minutos, assim que me senti melhor me lavei e deixei o meu corpo se adaptar a temperatura da agua por mais um tempo. Sai do banho e me enrolei num roupão. Voltando para o closet Liza já estava com a roupa que havia escolhido, simples, uma blusa de renda amarela e um short jeans com suspensório. Ela estava linda, soube escolher bem o que vestiria, agora era minha vez e o problema de nunca saber o que escolher já atormentava a minha cabeça. Dei mais uma olhada e resolvi ser simples igual Liza.

...

Quando terminamos a maquiagem, já se passava das 7 horas e então ouvimos o carro de Alex na porta de casa, descemos apressadas, mal me despedi de minha mãe e fomos.

– Olá meu amor. – beijei os lábios de Alex e ele retribuiu de uma maneira mais suave do que eu imaginava.
– Oi gatinha, nossa Liza você conseguiu ficar bonita. – Liza lhe acertou com um tapa no ombro nada fraco. – E você esta maravilhosa meu amor, esta perfeita.
– Awn meu anjo, muito obrigada! – lhe dei outro beijo dessa vez como eu queria, intenso e sufocador.
– Tá, já chega porque eu estou sobrando bem legal aqui. – ri da Liza e fomos para a tal festa.

Não era exatamente o que eu esperava, não demorou para chegarmos e eu já me surpreendi. A casa era gigantesca, uma mansão inacreditável. O som estava altíssimo e o barulho de agua provava que havia uma piscina nos fundos da casa e obviamente havia gente se jogando nela. Descemos do carro e eu estava boquiaberta. Assim que entramos o fascínio mudou-se para horror. Havia milhares de pessoas naquele lugar, eu estava assustada com tudo aquilo. Uma neblina se formava na sala, uma fumaça espeça e o cheiro era horrível, vi adolescentes enrolando papeis finos e outros com seringas em seus braços, alguns fora do normal. Eu só queria sair dali, por favor, eu precisava sair dali. Aquela fumaça começava a me sufocar quando vimos o tal do Cameron, ele estava tão louco quanto os outros e me olhava de uma maneira esquisita.

– Alex, vamos para outro ambiente, eu não gostei desse lugar. – sussurrei em seu ouvido, mas mesmo que falasse alto, ninguém ouviria com o barulho da música.
– Tudo bem. Liza, pode ir dispersando, acha teu bando por ai. – ela revirou os olhos e foi entrando no meio da multidão até que eu não conseguisse mais vê-la com todo aquele povo.
– E estou com muita sede, minha garganta esta doendo. – ele começou a me puxar e permiti que me guiasse. Entramos em um quarto iluminado por várias luminárias, um quarto esbanjando luxuria. – Pode me trazer uma agua ou algo que mata essa sede? – ele sorriu e saiu do quarto. – Havia uma cama extremamente grande ali, ousei descansar as pernas me sentando. Alex voltou mais rápido que eu pensara e se sentou ao meu lado.
– Beba. – ele me esticou o copo com “agua” eu não hesitei em tomar e deixei que aquilo descesse de uma só vez, queimou minha garganta, aquilo era puro álcool. Olhei para Alex e ele sorriu, me dando outro daquele copo e eu pensava que ele havia se enganado, então bebi o outro copo que novamente desceu queimando, o que era aquilo? – Como se sente?
– Tonta e feliz. – eu já não me sentia bem, eu estava fora do normal, eu não estava acostumada a beber, aquilo me causou uma tontura e um mundo novo muito rápido, Alex sorria e se eu estava enxergando bem, tirou um pacote de preservativos do bolso.