História A Sweet Disaster - Capítulo 8 - As long as you love me!

Eu o encarei confusa e fui até ele. Ele sorriu e eu me mantive séria, então ele desmanchou seu sorriso e me encarou sem expressão.

– Mãe, o que ele faz aqui? – repeti.
– Ele veio me contar sobre aquela tal festa que você foi, Demetria, você sabia de tudo o que tinha lá?
– É claro que não né mãe, eu entrei e quando fui andando pela casa percebi o que as pessoas faziam lá. – revirei os olhos e Justin cruzou os braços.
– Fala sério, só idiota não sabe o que acontece nas festas de Cameron. – agora foi ele que revirou os olhos e eu o encarei como se fosse mata-lo.
– Mãe, eu juro que não sabia, quando Alex me convidou – falar o seu nome me causou um nojo imenso - ,eu não sabia que tipo de festa especifica íamos, ele só disse que me levaria nessa tal festa.
– Bom mocinha, por eu achar que esta sendo verdadeira e vou confiar que você não sabia de como era a festa, tá livre do castigo, mas ficará sem festas por duas semanas. – eu queria comemorar, afinal duas semanas não seriam nada, mas eu realmente queria ficar longe de festas por um tempo, essa já tinha rendido por um ano.
– Obrigada mãe. – lhe dei um beijo no rosto e me virei dando de cara com Hanna com cara de idiota me olhando. – Aé.
– Você não vai falar? – minha mãe me encarou confusa e Justin também.
– Aqui e agora? Não, vou esperar aquele ali ir embora. – ele bufou e veio até mim.
– Eu só queria ajudar princesinha, então você já pode me agradecer. – ele parou na minha frente esperando que eu me pronunciasse.
– O que foi? Eu não vou te agradecer, agora sai da minha casa. – comecei a empurrá-lo até a porta. – Muito obrigada por acabar com o meu dia, mais do que já estava, por contar para a minha mãe o que era obrigação minha e por ser um idiota, esta bom assim? Agora tchau. – abri a porta e o empurrei para fora, ele não hesitou e simplesmente foi embora, feliz obviamente, tinha conseguido me irritar de novo.
– O que foi tudo isso? O menino só queria me avisar Demetria. – ela me olhou confusa e cruzou os braços.
– Mãe, eu te amo e quero que seja compreensiva. – seu semblante ficou misterioso e confuso. Olhei para Hanna e ela indicou com a cabeça para que eu prosseguisse. Então eu preferi me sentar, puxei minha mãe comigo e ela se sentou, eu optei em não olha-la enquanto contava tudo. – Essa festa rendeu mais do que drogas e álcool. Eu estava bem, fiquei com sede e Alex foi buscar uma agua para mim, me levou até um quarto para que eu pudesse respirar pois a casa estava realmente cheia, bom isso era o que eu pensava. Até que eu bebi a agua e percebi que havia muito álcool naquilo, eu sou boba você sabe, achei que ele só tinha errado o copo e me deu outro e aquilo tinha mais vodka. – eu terminei de contar tudo o que eu presenciei, a tontura, a perda da consciência e de como acordei, enfim resolvi encará-la e ela estava com uma cara assustada e percebi que uma lágrima pequenina escorria pelo seu rosto até chegar a ponta de seu queixo. – Mãe, eu fiquei tão apavorada e uma culpa me preencheu. – Não consegui continuar, as lágrimas que eu havia segurado todo esse tempo me escaparam e Hanna continuou por mim.
– Ela nunca tinha bebido tanto, Demi nunca passou de meio copo de vodka ou outra coisa que fosse, ela sabia que tinha regras e sobre as drogas ela nunca usou e nessa festa sei que isso não ocorreu, mas e senhora deve perceber a gravidade disso, Alex abusou de sua embriaguez, se não tivesse bebido isso não teria acontecido, mas a senhora sabe dona Dianna, ela não sabia que havia vodka no copo, nem ao menos sentiu o cheiro.
– Eu entendo, mas é que eu a avisei que esse cara não era um garoto bom, ele pediu ela em namoro em uma semana, isso não existe, sabia que ele tinha interesse em algo.
– Eu já não estou mais com ele, nós terminamos logo depois que sai daquela casa, eu me sinto suja mãe, me sinto acabada eu estou querendo dormir e depois acordar pra ver se era apenas um sonho, ou melhor, um pesadelo. – minha mãe inclinou seu corpo para frente e me abraçou, Hanna continuou observando e optou por vir me abraçar também.
– Sobe, toma um banho, troca essa roupa e vamos conversar sobre isso.

Me despedi de Hanna e ela se foi, subi para o meu quarto tomei um longo banho e fiquei enrolada no roupão por um bom tempo, coloquei meu pijama, era isso que eu queria, uma roupa confortável para descansar. Minha mãe bateu à porta e entrou, se deitou ao meu lado enrolando meus fios de cabelo em seus dedos.

– E o que irá acontecer agora mãe? – ela riu.
– Filha, acontece, uma hora iria acontecer não é? Eu sei que foi da pior maneira possível, mas se quiser, vamos até a policia e denunciamos esse garoto agora mesmo.
– Eu ainda não consigo acreditar mãe, como ele pode. Eu o amava.
– São homens minha filha, existem alguns tipos que nascem com isso, esse problema de insensibilidade.
– Não quero denunciá-lo, vou deixa-lo mal o máximo que eu conseguir, ele vai lamentar pelo o que fez. E quando eu perguntei se tinha mesmo acontecido, ele foi tão frio em dizer que aconteceu.
– Vamos esquecer o que aconteceu. – eu afirmei com a cabeça, mas eu sabia que isso seria difícil de esquecer.

Eu pedi para que ela ficasse ali comigo até eu cair no sono, seria engraçado se vissem a imagem de uma garota no segundo semestre da faculdade acompanhada da mãe na cama por não conseguir dormir, era quase impróprio para a minha idade. Com isso adormeci rápido, eu me sentia segura. O sol já estava indo embora e com o anoitecer o vendo trazia com ele o barulho da cidade grande. Despertei e minha mãe já não estava mais lá. Desci até a cozinha, e minha mãe me deu uma caneca com chocolate quente, desceu tudo muito rápido, eu estava com fome. Então preparei algumas panquecas para mim e dividi com minha mãe e Madie. Eu estava tentando dispersar a cabeça, mas era difícil de NÃO pensar no que havia acontecido. Resolvi olhar o meu celular e tinha mensagens de Hanna e de Alex, por mais que eu não quisesse olhei as de Alex primeiro.

“Precisamos conversar, resolver nossa vida, eu te amo” “Demi, me liga precisamos conversar, falar algumas coisas, esclarecer algumas coisas de como será daqui pra frente”. – Eu as ignorei, apenas li e voltei minha atenção para as mensagens de Hanna.

“Estou estranhando Justin, ele me ligou agora mesmo perguntando de você, amiga, acho que ele gosta de você” – Opa, essa tem minha atenção. Justin? Gostando de mim? Próxima piada. Terminei de ler e chegou uma nova mensagem, dessa vez do dito cujo.

...

Eu acordei com o despertador e minha vontade era de jogá-lo o mais longe possível. Me levantei e me arrumei o mais rápido possível, tomei meu café mais tranquila e Hanna já estava na porta me esperando. Meus pensamento estavam voltados para os comentários, todos já devem estar sabendo sobre o que aconteceu, eu serei a piada, a garota que perdeu a virgindade sem ao menos lembrar. A bêbada usada.

– Esta pronta? – Hanna parou o carro no estacionamento e tocou a minha mão.
– Um pouco, cinquenta por cento. – ela sorriu e me encorajou.
– Você consegue, seus amigos estão do seu lado. – Matthew veio abrir a porta do carro para mim e ele já estava sabendo.
– Oi gata. – eu sorri e ele retribuiu. – Você esta bem?
– Um pouquinho, só uma tremedeira acho que normal.
– Eu não falo com Lize desde que Hanna me contou o que aconteceu.
– Matthew, ela não tem nada com isso, o que houve foi comigo e com Alex.
– Eles são muito próximos, ela sabia os planos dele, tenho certeza e ela como boa amiga devia ter lhe informado como era essa festa. – apertei o braço de Matthew e enlacei-o.

Seguimos até a minha sala todos como um grupo, Marissa se juntou conosco no caminho, até a sala de minha próxima aula eram poucos os alunos que me encaravam, eu não sabia se sabiam demais ou se era um costume olhar o fluxo do corredor, alguns ali cochichavam e me olhavam, outros não se contentavam com isso e apontavam, ou seja, eles estavam falando de mim. Entrei na sala de cabeça baixa, a turma era reduzida e eu não sabia se isso era melhor ou se era pior. Logo o idiota entrou na sala e se sentou ao meu lado como sempre faz.

– Olá gata, tudo bem? – não era possível, ele só podia estar de brincadeira comigo.
– Isso é uma piada? – sua expressão mudou de alegre idiota para imbecil confuso.
– Nossa, trocou a ferradura meu amor?
– Você falou sério? – agora eu era a confusa.
– Por que eu estaria brincando?
– Não é possível, você não esta sabendo? – ele ficou impaciente e eu prossegui. – Você deve estar de brincadeira comigo, eu passo por um constrangimento e você o super informado não sabe.
– Desculpa se não sei de tudo o que acontece com você, ainda não participo do seu fã clube pra saber de tudo.
– O que seja. – fiquei quieta e ele não contestou meu silencio, apenas fez o mesmo, a aula prosseguiu e pela primeira vez ele não interrompeu com piadinhas ou besteiras que sempre me falava.

A aula não demorou, em pouco tempo o sinal do meio período tocou e todos saíram, eu não conseguia me animar muito, e ver Alex só piorava as coisas, ele estava lá com seus amigos rindo e obviamente contando como foi a noite comigo, exibindo seu troféu e eu só querendo esquecer. Ao me ver sair, ele me olhou deu uma boa encarada e percebeu que eu estava péssima, eu não desviei o olhar, queria que tomasse consciência do que tinha feito comigo, uma lágrima escorreu e antes que eu pudesse secá-la Justin puxou meu braço.

– Agora pode me fal... – ele viu a lágrima e em seguida outras que não consegui conter. – Ei, o que houve? – Não interessa quem Justin sempre foi, eu precisava e um abraço e foi isso que fiz, o abracei, senti seus braços fortes me envolverem retribuindo o abraço na intensidade que eu precisava.
– Esta tudo bem, vai ficar. Mas eu prefiro não comentar o que aconteceu. – ele me puxou pelo braço até um lugar mais reservado onde pudéssemos conversar sem o publico olhando cada detalhe.
– Você esta melhor? – afirmei com a cabeça, ele não continuou perguntando o que aconteceu, respeitou o que eu havia pedido. – Desculpa por contar pra sua mãe, eu não sabia que ela ficaria tão brava.
– Esta tudo bem, ela não me deixou de castigo nem nada, só me consolou. – ele afagou meu cabelo, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
– Você me parece tão frágil. Espero que meu abraço tenha lhe ajudado. – sorri e apertei sua mão em forma de agradecimento.

Pela primeira vez de tempos, senti um carinho inexplicável por ele. Eu encarei seus olhos e eles pareciam tão cheios de ternura, de carinho. Pela primeira vez senti que Justin só queria me ajudar e não havia interesse nessa aproximação espontânea. Pela primeira vez eu senti que ele estava sendo bom comigo, e o que eu mais queria era ter ele mais próximo de mim para diminuir a minha tristeza.

P.O.V Justin Bieber

Eu me sentia extremamente atraído por ela, seu rosto molhado pelas lágrimas, a fragilidade em sua voz, a sua aceitação de minha ajuda. Nós estávamos tão próximos e se não fosse pelo barulho do lado de fora, poderia jurar que ouvia seu coração bater. Observei seus lábios carnudos e eu os desejava tanto, mas sempre com tanta luxuria e agora havia um desejo diferente, eu só queria beijá-la por sentir que era isso que eu precisava para continuar, era como se meu mundo dependesse dela e que a gravidade que me segura na terra fosse ela. Eu me aproximei de seus lábios e ela não hesitou, senti que isso era um “SIM” então prossegui, pude sentir novamente seus lábios macios colados ao meu. Sua língua quente se enrolar com a minha e aquela sensação de ter o mundo em minhas mãos só por tê-la, era um beijo tão calmo, mas ao mesmo tempo ofegante, consumia nosso ar. Nosso primeiro beijo não se compararia a esse, ela não passava de uma garota louca por mim que eu beijava só por satisfaze-la, dessa vez eu sentia que beijava uma mulher de verdade. Segurei sua cintura aproximando-a de mim e ela segurou minha nuca puxando levemente meus cabelos, suguei seus lábios e ela sorriu entre o beijo, eu era um cara feliz.