História Contos de Catinhos - Conversas e Esclarecimentos

Pov. Frisk

- Eu te amo... – Foi a última palavra que eu ouvi sair da boca dela antes dela cair no chão com um furo de bala no peito.

Frisk - C-Chara... – Eu caí de joelhos em frente ao seu corpo morto, eu odiava ela, pelo menos era isso que eu pensava, mas ao ver ela morta na minha frente, esse pensamento foi quebrado e lágrimas escorriam de meus olhos. Eu olhei para as minhas mãos, principalmente para a minha mão direita, onde estava a arma que a matou. Eu soltei a arma, abracei o seu corpo e pedi para o vazio que a Chara voltasse para mim.

Frisk – Se alguém estiver me ouvindo, eu imploro, traga ela de volta, mesmo que para isso tenham que me levar – Eu senti uma vibração estranha no ar.

- Estranho, você mesmo foi quem a matou, e agora quer que ela volte, mesmo que para isso você morra? Isso me parece irracional... –

Frisk – Eu não me importo se é irracional, só traga ela devolta! –

Certo, se é isso que quer, então é assim que será – Uma luz forte acendeu e me cegou, eu não estava sentindo meu corpo.

Sonho – OFF

Acordei em um susto e senti algo segurando em meu corpo com força, olhei para o lado e tomei um susto ao ver, eu estava deitado com a Chara! Eu tentei me separar dela e sumir dali antes que ela acordasse, mas eu não consegui e ela acordou e me abraçou com força enquanto disse em uma voz sonolenta.

Chara – Bom dia, Querido, dormiu bem? –

Frisk – O que aconteceu? Por que eu estou nessa casa? – Ela me olhou de forma preocupada.

Chara – Você desmaiou em frente a porta de casa, mas isso importa? Faz tempo que eu estou te esperando voltar, eu estava quase morrendo quando você finalmente voltou para mim e eu não vou deixar você ir embora denovo, eu preciso de você – Ela me abraçou forte encostando sua testa em meu peitoral.

Frisk – Você me traiu, por que eu deveria te perdoar? – Eu olhei de modo frio para ela que me olhou nos olhos, aqueles olhos escarlates estavam fazendo eu sentir uma sensação que eu não sinto a muito tempo.

Chara – Eu sinto muito, só por favor, não me deixe, pode fazer o que quiser comigo desde que não se afaste de mim... me perdoe... – Ela me olhava cada vez mais profundamente... eu me afastei.

Frisk – Eu não vou te perdoar, pelo menos não ainda. Você quebrou meu coração e isso não é algo que pode ser consertado com um simples pedido de desculpas, eu quero que me prove que você está arrependida – Eu disse de maneira fria e séria, embora eu estava confuso por dentro. – Eu vou ficar aqui por um tempo, pelo menos até eu receber outra ligação para trabalho – Ela abriu um sorriso após eu dizer que ficaria com ela.

Chara – Obrigada! Eu te amo! – Ela disse alto e me abraçando forte com um sorriso. Por um momento eu me senti calmo, diferente de antes. Minha vida depois que eu me separei da Chara foi sempre em euforia, eu nunca me sentia calmo pois poderia estar com uma arma apontada para mim a todo momento. Não tinha ninguém que me deixasse calmo por perto, até agora.

Frisk – Vamos tomar café da manhã, eu não como nada a semanas – Ela se virou para mim preocupada.

Chara – Semanas?! Você tem que comer algo! –

Frisk – Eu não preciso comer, é só um desejo por comida, eu não posso morrer de fome ou sede. Eu como pouca coisa em um mês inteiro, não gosto de comer, pelo menos não desde os últimos 30 anos – Uma expressão de susto tomou conta de seu rosto.

Chara – Trinta anos?! Só se passou 6 meses desde que você foi embora – 6 meses ahn...? Então se passaram 6 meses em comparação ao lado de fora do multiverso.

Frisk - Fora de um universo determinado, esses 6 meses que passaram, para mim foram 200 anos – Ela tinha uma expressão como se não estivesse acreditando em mim.

Chara – Como você tem mais de 200 anos? –

Frisk – É algo que eu não sei ao certo, eu só consegui recuperar fragmentos da minha antiga vida, mas parece que eu tenho bem mais que 200 anos. Enfim, vamos comer? –

Chara – Vamos... – Ela disse ainda meio sem entender. Nós descemos as escadas e fomos tomar café da manhã

Pov. Chara

Parece que desde que o Frisk voltou, meu mundo voltou a ter cores, era como se eu tivesse o meu motivo de viver de volta... eu sinto que estou falando demais a mesma coisa... deixa pra lá.

Após descermos as escadas, Frisk foi literalmente puxado para o abraço da Toriel.

Toriel – Minha criança, eu senti tanto a sua falta – Ela estava praticamente chorando enquanto Frisk parecia entediado.

Frisk – Está bem, mas não se apegue muito, se me vir mais um trabalho, eu vou embora – Ele parece estar mais frio que o normal, mas é justificável, por nossa causa que ele foi embora, é normal ele não querer ficar perto de nós.

Nós nos sentamos e começamos a comer, mas não durou muito tempo já que todos pareciam animados do que aconteceu com Frisk, menos o próprio.

Asriel – Então, o que você faz nesse trabalho seu? – Por algum motivo, eu sinto que ele não devia ter perguntado isso.

Frisk – Eu trabalho como um tipo de caçador de recompensas, mas de um jeito diferente –

Asgore – De que forma “Diferente”? – Ele parecia desconfiado.

Frisk – Eu trabalho para uma mulher que desde que me conheceu, só sabe ficar de molho em uma fonte ao luar, em uma timeline em que não há dia e ficar tentando ficar comigo –

Chara – Como assim “ficar”? E quem é essa mulher? –

Frisk – Quer que eu diga tudo? Então tá. Eu trabalho para a morte matando pessoas que estão na minha lista e devoro as almas delas, ela é uma mulher meio, para não dizer para um caralho, pálida. Desde que eu comecei a trabalhar para ela, ela só vive em uma fonte ao luar vermelho em uma timeline onde nunca há sol – Espera! É informação demais para mim!

Todos nós não sabíamos se ficávamos chocados pelo que ele fazia ou se bugavamos tentando entender tudo que ele fazia.

Frisk – Que foi? É difícil resumir 200 anos em poucas palavras! – Ele disse indignado. Todos fizeram uma cara de susto, menos eu que já sabia desse fato.

Toriel – Como assim 200 anos?! Só se passara- Ela foi interrompida por Frisk.

Frisk – Por favor, me poupe disso, nós já encenamos essa peça lá no quarto. Apenas uma coisa, fora de um universo, o tempo passa muito mais rápido – Ele pegou o café e bebeu até não sobrar nada.

Asgore - B-Bem, nós estamos contentes que você voltou para casa... –

Frisk – Eu estou me sentindo bem também, me afastar daquele ninho de cobras e não ter todo tipo de arma apontado para minha cabeça em qualquer forma contexto a cada 5 minutos é relaxante, mas devo lembra-los que, se eu receber algum trabalho, eu vou ter que sair daqui – Esse comportamento novo dele está começando a me irritar. Uma hora, ele diz que se sentia bem estando aqui me deixando feliz, e em outra, ele diz que logo, logo ele vai ter que ir embora, me deixando triste... se decida!

Toriel – Bem... já que Frisk está de volta, significa que você vai voltar a estudar, certo? – Frisk me olhou com uma cara de interrogação misturado com frieza que parecia ter se tornado o novo estilo dele.

Frisk – O que eu tenho a ver com você não ir para a escola? –

Chara – É que, quando você foi embora, eu entrei em depressão e o médico disse que eu deveria parar com os estudos até que eu melhore pelo menos um pouco – A expressão dele mudou para uma de surpresa após ouvir isso.

O Frisk ouviu o celular dele tocar e foi atender. Eu fiquei em dúvida sobre com quem e do que ele estava falando, ele tinha uma expressão de estresse. Quando ele terminou a ligação, eu fui tirar as minhas dúvidas.

Chara – Frisk, quem era? – Ele parecia estar viajando em seus pensamentos antes de eu acorda-lo.

Frisk – Coisa comum, líderes de impérios me ameaçando de morte, depois eu resolvo isso – Sei, beeem comum...

Chara – Não acho que isso seja muito comum... –

Frisk – Bem, para mim, é muito. Era do reino de Asteria – Ele tinha uma expressão pensativa que logo foi substituída por uma de surpresa - aah tá, agora eu entendi o porquê daquele cara estar falando da irmã dele! – Eu estava boiando com o que ele estava dizendo.

Chara – Era por que? –

Frisk – É um assunto pessoal, mas envolve casamento, bebida, sexo, uma coroação e muito, muito sangue –

Chara – Só de tentar juntar esses assuntos já me dá calafrios. Parece que esses 200 anos que você passou fora mudaram MESMO você –

Frisk – Mas mesmo assim, eu ainda sou o original em essência, um pouquinho perverso, mas ainda sou eu –

Chara – E é por isso que eu te amo – Eu olhei diretamente em seus olhos, mas ele desviou o olhar assim que percebeu. Isso me deixou bem triste.

Asriel – Então Frisk, você teve algum upgrade nesses últimos 200 anos? –

Frisk – Nada de tão grande, eu apenas fiquei treinando minhas habilidades com o arsenal, aprendendo como usar cada uma. Isso demorou pelo menos 100 anos, mas com o tempo, eu descobri que eu posso usar a ressonância nelas também – Ressonância?

Chara – O que é ressonância? –

Frisk – É uma habilidade simples, mas poderosa. Ao carregar todo o poder em uma única magia, habilidade ou arma, ela libera o poder máximo dela aumento em centenas de vezes a potência –

Nós estávamos finalmente tendo uma conversa sem que o Frisk responda com frieza, mas isso acabou rápido quando uma dupla que eu não vejo a muito tempo volta em um clarão.

Agnes – Heloo people! Como vão vocês, parece que o mestre finalmente retornou ao lar! – Frisk estava olhando para as duas como se quisesse matar elas.

Frisk – Não pensem que eu não percebi vocês duas, vocês estavam me seguindo desde o início, não é? – Parece que o plano delas foi frustrado pela inteligência superior de Frisk. 1 á 0!

Lazuri – B-Bem senhor, sinto muito por tê-lo seguido, mas era a nossa missão, não podemos desobedece-la – Ela parecia estar tão nervosa que iria ter um infarto.

Frisk – Que seja... para quem vocês estão fazendo essa missão? – Ele disse em um tom autoritário... é só a minha imaginação ou ele ficou mais atraente falando nesse tom?

Lazuri – A líder das plêiades, o grupo formado pelas mais fortes valquírias do reino. Na sua ausência, ela está tomando conta do reino até você voltar e pediu para que nós o monitorássemos para que nada de ruim acontecesse ao senhor afinal, ela sempre teve uma queda pelo senhor... – Ela desviou o olhar na última parte. Eu fui em direção a ela mais do que irritada e disse em um tom assassino.

Chara – Queda? Me diga, aonde ela está? Eu quero fazer uma visita a piranha que está tentando se esfregar no meu território – Todos ficaram assustados... o que tem de errado em proteger o meu território?!

Frisk – EX-território, não pense que só por que eu voltei, nós vamos voltar – Ele falou sério e frio, me deixando triste.

Agnes – De qualquer forma, ela é muito mais forte do que você pensa. Ela é a segunda mais forte do multiverso, perdendo somente para o mestre que foi quem ela criou –

Asriel – Não sabia que você tinha filho Frisk – Após ele dizer isso, eu o olhei de forma tão assustadora que parecia que a alma dele tinha saído do corpo de tão pálido que ficou.

Lazuri – Ela não é filha dele, ela é cria dele, os deuses anciões criavam a suas divindades, Frisk criou todas as valquírias, e a líder foi a primeira, o nome dela é Albedo – Certo, já tenho o nome, agora só preciso saber onde ela está e eu posso matar ela.

Frisk – Beleza, eu era um deus de época de bolinha, pelo menos eu tenho mais uma peça do quebra-cabeça – E ele não ficou nem um pouco surpreso, mas também, para ter um poder tão grande, não é de se surpreender muito que ele seja ou foi um deus.

Ele recebeu outra ligação, mas ele parecia mais calmo que antes. Isso deve ter a ver com a ligação.

Chara – O que foi dessa vez? –

Frisk – Um convite –

Chara – Convite? Para que?

Frisk – Para um baile de gala, e eu posso levar uma acompanhante e entre todos, você é a menos perigosa – Disse olhando para as duas, uma parecia ser uma safada e a outra, uma que mataria qualquer um que não beije os pés dele - Então, quer ir? –

Chara – Mas é claro! Eu adoraria ir a um baile com você! – Eu estava feliz que poderia passar mais tempo ao lado de Frisk.

Frisk – Certo, o baile é para daqui a três dias, então amanhã vamos comprar o vestido – Ela parecia levemente alegre.

Chara – Certo! -