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História A tarefa da Ovelha - Um novo sentimento


Escrita por: Keybits

Notas do Autor


''Há mais na vida do que só lutar.''

Portanto, por que não tirar um tempo para ler este conto?

Capítulo 2 - Um novo sentimento


Fanfic / Fanfiction A tarefa da Ovelha - Um novo sentimento

''Ovelha, já é hora?'' O Lobo perguntou, retomando sua impaciência novamente.

''Sim Caro Lobo, iremos desta vez para uma vila próxima a cabana de Jack Suan, que neste momento está descansando.'' Respondo ao Lobo, apesar de minhas últimas palavras serem utlizadas na forma de eufemismo.

Partimos até o vilarejo chamado Hokar, não conhecíamos todos os seus habitantes, seus nobres e nem mesmo seu governante, sabíamos apenas que a pessoa que foi marcada se encontrava nesse vilarejo e que hoje, ela partiria.

Após avistar minha marca, O Lobo e eu aparecemos atrás de nossa caça.

''O quê....O quê é isso?!'' Pergunta o homem, com um grau elevado de dúvida, assim como nossas demais caças.

''Clinton Brown, o destino nos trouxe até você, as feridas que são sua vida finalmente cicatrizaram, sua alma clama por liberdade desde os primórdios, seu espírito hoje será livre e poderá ser guiado serenamente ao oblívio de meu abraço, porém negue seu próprio destino, será caçado eternamente pelo Lobo e sentirá uma dor que nenhum homem vive hoje para descrever, seu fígado será devorado e sua pele será esfolada. A escolha é sua.'' Assim anuncio ao homem com serenidade.

Mais uma vez, o inesperado acontece.

O homem pega de seu cinto um facão e parte em nossa direção.
''Como ousam me ameaçar dessa maneira?'' Diz o homem, em sua falha tentativa de nos intimidar, isso não era possível.

Eu então realizo um movimento rápido com uma de minhas mãos, o Lobo sabe que esse é o comando para que ele ataque.

O homem realiza um golpe com seu facão no crânio do Lobo, este ataque teria matado a qualquer ser vivo, mas o Lobo não era um ser vivo, assim como eu ele é a manifestação da morte, logo, o ataque foi prescindível.
O homem ao perceber que estava diante da própria morte, esgueirou-se por entre as casas do vilarejo, numa tentativa frívola de escape.
O Lobo o seguiu, seu destino era irrevogável.

Enquanto o Lobo partiu em perseguição para chacinar Brown, eu entrei novamente na floresta, meu destino era a cabana dos Suan.

Me deparei com a cena das irmãs lamentando a morte de seu pai, eu observo a cena com atenção.

''Um bom pai.''

''Um bom homem.''

''Judy...ele só está dormindo, não é?''

Essas foram algumas das palavras ditas pelas irmãs, lastimavam a morte de seu pai, essas foram além de tudo que eu já vi, realmente se importavam com o homem, eu observei-lhes durante quatro horas, nesse tempo...os sentimentos novamente, parecia que quanto mais perto eu ficava dos mortais, vendo suas relações, afazeres, costumes.....mais esses sentimentos se desenvolviam.

''Ovelha, onde estava? Eu estava a sua procura.'' Perguntou o Lobo, com um tom de preocupação em sua voz.

''Eu...'' O Lobo me interrompe, pois desvia seu olhar para as irmãs e rosna silenciosamente.

''Por que você observa esses...mortais?'' Pergunta o Lobo atônito.

''Seus costumes me intrigam.'' Respondo momentaneamente.

''Isso não é bom, quanto mais próxima dos mortais, mais você se relaciona com eles Ovelhinha, mas por que manter distância de mim? Há algo errado?'' Pergunta o Lobo desconcertado.

''Não há nada errado Caro Lobo, eu aprecio o prazer de sua companhia.'' Assim respondo para tranquilizá-lo.

''Eu então sou seu amigo?''

''Você é meu amigo, eternamente.''

''Todos olham para mim com desprezo, e enxergam um monstro.....Ovelha..'' O Lobo parecia querer me perguntar algo de importância, eu então o respondo.

''Sim Caro Lobo?'' Digo a espera de sua pergunta.

''Você...tem medo de mim?'' Pergunta o Lobo timidamente.

Após ouvir a pergunta, levanto minhas orelhas em sinal de surpresa.

Parecia ser uma pergunta simples, mas parei para pensar direito, olhei para o Lobo e vi que alguns restos mortais de Brown estavam agarrados a sua mandíbula, ele não só o matou, ele o esfolou e devorou sua alma após atravessar toda a sua pele.

''Caro Lobo, eu jamais teria medo de você, é o meu único amigo neste mundo e estamos juntos a milênios, eu não iria duvidar ou desconfiar de você nem por um segundo, nós somos mais do que simples amigos, nós somos um. Eu não lhe temo, nem lhe deprecio, eu o admiro.'' Respondo decisivamente.

''É bom ouvir isso, obrigado Ovelhinha.'' Diz o Lobo com um tom de voz tão suave quanto o meu, porém é claro no timbre de sua voz.

''Você vem comigo Ovelha?'' Pergunta o Lobo.

''Na verdade passarei a noite aqui, pode voltar a caverna Lobo.'' Respondo prontamente.

O Lobo me observa desconfiado, porém concorda com meu anúncio.

''Certo, até mais Ovelhinha.'' Se despede o Lobo.

''Passar bem, Caro Lobo.'' Lhe respondo igualmente.

Volto meu olhar novamente a cabana. As irmãs estavam se preparando para dormir.
Um novo sentimento se manifesta em mim...

O que será que elas farão amanhã?


Notas Finais


Obrigado por dedicar seu tempo para ler esse conto, fiquem a vontade para comentar, eu aprecio muito quando meu trabalho é avaliado.


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