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História A Teoria das Estrelas - Prólogo


Escrita por: ordin4ryhuman

Notas do Autor


Oi, gente! Então, essa é a minha primeira fanfic, portanto peço desculpas por qualquer erro. Desejo a vocês uma boa leitura. <3

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction A Teoria das Estrelas - Prólogo

Eu realmente não queria estar ali. Nunca gostei de festas, principalmente as que envolviam os alunos do Colégio Yeongyeol. Queria ficar em casa, escrevendo ou fazendo qualquer coisa produtiva. Mas meu melhor amigo, Kim Namjoon, insistiu para que eu fosse ao baile de formatura. Como não consigo negar seus pedidos, fui com ele. Assim que cheguei ao local, a primeira coisa que quis fazer era ir embora. Todas as pessoas estavam felizes, bebendo e se divertindo. A música tocava num barulho ensurdecedor, e as luzes roxas piscavam sem parar. Me senti tonto e fiquei paralisado por uns segundos. Namjoon me olhava, incomodado.

— Vamos, Yoongi. Juro pra você, vai ser legal. Se aqui estivesse sendo um porre, acha que o traria pra cá? — Namjoon tem essa mania de achar que sempre tem razão. O que não deixa de ser mentira.

—Quem duvida do Rap Monster? — ironizei e em seguida dei um sorriso, ao qual ele respondeu com outro. Seu apelido é Rap Monster, simplesmente porque ele é magnífico no rap, tanto cantando quanto compondo. Sempre admirei seu talento pra música. Talvez seja por isso que viramos amigos.

Fiquei perdido no meio da multidão. As pessoas pulavam e dançavam, me empurrando. Com muito esforço, saí da pista de dança e fui direto ao bar com Namjoon. Pedi um coquetel com álcool, assim como ele. Rap Monster olhava ao redor enquanto bebia. Ele parecia querer socializar. Apesar de ser tímido, consegue ser simpático e animado. Sempre foi aquele tipo de pessoa séria e responsável, mas que conseguia alegrar todo mundo com seu jeito de ser.

— Ei, vamos ficar com o pessoal? Precisamos animar essa festa. — O garoto me deu um empurrão com o cotovelo, mas eu continuei quieto. Não queria participar daquilo. Por mais que implorassem, não consigo me envolver com grupos de pessoas. Só queria ir pra casa.

— Pode ir, Rapmon. Eu fico aqui. — Ele me deu um olhar decepcionado. Sabia que estava chateado, então continuei: — Ei, cara, sério. Tô meio sonolento agora, daqui uns quinze minutos te encontro, pode ser?

— Tudo bem. Estou indo, já te vejo. — Ele partiu para a pista, encontrando alguns amigos. Fiquei aliviado por não estar no meio deles.

Continuei ali, sentado na cadeira do bar e tomando meu coquetel. Observava a todos que passavam ali perto, julgando cada um. Meu senso crítico é totalmente inevitável. Deveria parar com isso, mas é mais forte do que eu...

~ • ~

Acho que fiquei na mesma posição por mais de uma hora, sem Rap Monster perceber. Já que nada de importante iria acontecer, pensei em ir embora e avisar Namjoon. Mas antes que o fizesse, um garoto relativamente alto, magro e de cabelos castanhos veio em minha direção.

Ele usava terno e calça — assim como todos os meninos presentes — azuis claros, e estava bêbado. Cambaleando, sentou ao meu lado. Ignorei o fato de que ele me deu um esbarrão (o que me irritou profundamente), e continuei concentrado num ponto fixo. Ele pediu uma bebida roxa ao qual não pude identificar — aparentemente, deve ter sido a sua centésima dose.

O garoto virou seu copo em questão de segundos. Pediu o mesmo drinque novamente, o que me deixou assustado. Enquanto esperava, ele me olhou e deu um grande sorriso, mostrando seus dentes perfeitamente enormes. O encarei de forma antipática, mas acho que não notou isso.

— E aí, cara? Por que sentado aqui por tanto tempo? — Ele falava de forma arrastada, com um hálito forte. Estava a centímetros de distância de mim.

— A festa está chata. — Respondi, friamente. O menino continuou me encarando com um sorriso bobo. Por algum motivo, eu me senti intimidado com aquilo. Mas de um jeito bom.

— Nem tanto. Acho que você precisa curtir mais ela. — Brincou, soltando uma risada. Ignorei o que disse, apesar de ter demonstrado irritação.

Ele recebeu sua bebida e, como de se esperar, virou-a rapidamente. Assim que o fez, disparou:

— Acho que tô sendo chato, mas é que eu bebi demais e resolvi me sentar. Vi que você não gostou de mim, mas foi mal, cara. Você é legal. — Franzi a testa, o que o fez dar uma gargalhada contagiante. — Ei, qual seu nome? O meu é Jung Hoseok, mais conhecido como J-Hope, como o pessoal me chama. Ou Hoseok mesmo.

— Yoongi. Min Yoongi. Acho que não me conhece. — Hoseok parecia ser popular. Então, provavelmente não sabia da minha existência.

—Não conheço mesmo. Mas converso com teu amigo, o Namjoon. Você está no 2º ano do Ensino Médio, como ele? — Não sei de onde aquele garoto arranjava tanto assunto. Talvez estivesse interessado em conversar mesmo.

— Sim.

Não queria falar com ele, nem com ninguém. Tentei ser o mais seco possível, para me distanciar. Consegui deixar Hoseok quieto por uns minutos, mas foi em vão.

— É... Eu também estou no 2º ano. Mas somos de turmas diferentes. De qualquer forma, é um prazer.

Admirei sua educação. Quis ser gentil, mas algo me dizia para não fazer isto.

— Sim. — respondi. O menino engoliu em seco e olhou para baixo. Me arrependi de ter sido grosso. — Quer dizer, o prazer é meu. É. Desculpe. — Desviei o olhar, sem graça. Hoseok sorriu sem mostrar os dentes, com os olhos brilhando. Ele descansou sua mão em meus ombros. Não gosto de toques, mas aquilo me deixou confortado.

— Não precisa. Acho que não está gostando daqui. O que acha de irmos pra fora, Yoongi? — ele perguntou. Quis negar, mas respondi impulsivamente:

— Tudo bem.

Nos levantamos e caminhamos em direção à saída do local. Hoseok andava mexendo os quadris de forma engraçada. Admito que achei isso bem charmoso.

Assim que chegamos ao estacionamento, que estava deserto, ele pôs o braço em volta de mim. Nos encostamos em um carro preto.

— Então, Yoongi... Por que está tão desanimado? — Perguntou, olhando nos meus olhos.

Fiquei tímido e corei. Pensei em responder algo como “não é nada”, mas não o fiz.

— Não queria estar aqui. Sabe, o Rap Monster me forçou a vir com ele. Não gosto de festas, mas aceitei seu pedido.

— Oh, entendo. Vou tentar te animar. Vamos fazer essa noite valer a pena, certo? — acho que corei mais ainda. Me encantei com o jeito de Hoseok. Algo me fazia pensar que esse garoto era incrível.

— Então, o que acha de fazermos um jogo de perguntas? Eu lhe pergunto algo e ambos respondem, e vice-versa. Pode começar.

— Tudo bem. — Pensei em algo por minutos, mas fiz uma pergunta clichê: — O que gosta de fazer? Sabe, seus hobbys e talentos.

— Hã... Gosto de sair com os amigos. Me divertir. Ficar deitado vendo filmes. Arrumar meu quarto. E dançar. Acho que essa é a minha maior paixão. Dança é o meu oxigênio. Qualquer música me faz querer dançar... Ah, e quero fazer faculdade de dança. Não importa o que aconteça, essa é a minha decisão.

Fiquei surpreso com o que disse. Aquilo me deixou mais interessado ainda em Hoseok. Depois de um tempo, falei:

— Eu gosto de dormir, cuidar dos meus amigos... E fotografar também. Levo minha câmera pra todo lugar. Ah, e gosto de escrever. Escrevo de tudo, principalmente músicas. Também acho que essa seja a minha principal paixão. E estou decidido a fazer faculdade de música, embora não tenha muito apoio da minha família.

O menino deu um sorrisinho. Ele olhava pro céu escuro e nublado. Parecia estar pensativo.

— Que interessante... Você precisa me mostrar suas composições algum dia desses. Sabe, quero vê-las. — Acenei com a cabeça, envergonhado. Ninguém nunca jamais viu o que eu escrevia. Era algo extremamente particular.

—  Minha vez. Bem... Pra você, qual a definição do amor?

Eu tinha facilidade em responder essa. Comecei a falar com entusiasmo:

— Música. Simplesmente isso. Acho que expressar seus sentimentos através de versos e melodias é algo lindo. Isso é amor. É demonstrar emoções, felizes ou não, pela arte. E não é só por música. Amor também está nos diálogos, nas ilustrações, nos toques; nas coisas mais simples. Ah, e na dança também. — Fiquei surpreso com o que disse. Me empolgo quando o assunto é sobre amor e música.

Pela primeira vez, Hoseok me fitou de maneira séria. Ele ficou quieto por uns minutos, apenas me olhando, até que eu disse:

— Acho que é sua vez de responder. — O garoto desviou o olhar, aparentemente sem graça. Confesso que também fiquei, até que ele abriu seu lindo sorriso e falou:

— Amor. Essa palavra é meio forte, né? Ela tem vários significados se você a interpretar da melhor forma. No meu ponto de vista, o amor é empatia e proteção. Quando eu amo alguém, cuido dessa pessoa o máximo possível. E eu sinto por ela. Todo mundo acha que sou aquele garoto brincalhão, que sabe animar todo mundo. Eu sou assim porque gosto de ver os outros felizes. Gosto de proteger, e de dar afeto. E de tratar cada um de maneira especial.

Não soube como reagir. Acho que nunca ouvi algo tão belo como aquilo. Sim, Hoseok estava bêbado. Mas o que disse foi tão encantar e verdadeiro, que nem os próprios sóbrios conseguiriam recitar suas palavras com tanta seriedade e maestria.

Respondi apenas com um aceno de cabeça. Estava sem o que dizer, portanto parti para a minha pergunta:

— Você já se apaixonou? — Percebi segundos depois que aquilo foi totalmente íntimo. Mas como o garoto estava praticamente fora de si, deixei passar.

— Gostei da pergunta. — Hoseok levantou uma sobrancelha, e prosseguiu: — Sim, sim. Já me apaixonei. Isso é difícil de acontecer comigo. Quer dizer, sou um cara romântico, mas demoro a encontrar alguém nesse sentido. Mas quando acho, se torna uma coisa profunda e verdadeira, entende? É isso. — O garoto começou a dar batucadas no vidro do carro inquietamente. — E você?

— Não. Nunca aconteceu comigo, e é provável que demore para acontecer. Ao mesmo tempo que sou exigente, sou neutro em relação à isso. Acho que me acostumei.

Hoseok sorriu. Suas bochechas grandes brilhavam à luz da lua, o que o deixou mais bonito do que já era

. — Se isso um dia acontecer contigo, pode ter certeza que a pessoa que estiver ao seu lado será muito sortuda. E, cara, você não deve desperdiçar todo o seu amor que tem por dentro. Encontre alguém que o faça transbordar ele.

Meu coração disparou depois do que ele disse. Mordi meu lábio inferior e vi Hoseok se aproximar cada vez mais de mim. Inclinei minha cabeça, preparado para o que iria acontecer.

Até que nos beijamos.

Senti sua boca macia tocar a minha. O ato foi suave nos primeiros momentos. Estávamos com os corpos parados, sem toques. Mas foi tão doce que pude sentir nossa harmonia cada vez mais unida. Então, depois de um tempo, para a minha surpresa, acariciei sua nuca, até chegar em seus cabelos finos e sedosos. O garoto colocou sua mão em minha cintura, com pequenos movimentos.

Aos poucos, aquilo foi ficando mais intenso. Hoseok me colocou em cima do carro, ao qual eu sentei. Enquanto ele apoiava suas mãos em minhas coxas, eu usava as minhas para levantar seu rosto.

Por mim, poderia durar a noite inteira.

~ • ~

Muito tempo se passou. A festa já estava acabando, mas todas as pessoas ainda se mantinham dentro do salão. Hoseok e eu ainda estávamos nos beijando. Mas ele se desvencilhou de mim, e abriu o sorriso mais lindo que eu pude imaginar.

— Você é lindo. — O garoto estava ofegante. Respondi sorrindo. — Seu sorriso é maravilhoso. Deveria fazer isto mais vezes.

 Puxei seu terno para mais perto de mim e o beijei novamente. Nunca me senti de tal forma. Assim como o desejava naquele momento, ele também me desejava.

Queria deixá-lo perto de mim para sempre, mas nossa alegria acabou. O celular de Hoseok, no bolso de sua calça, começou a vibrar. Pelo que vi, era sua mãe lhe telefonando. Ele não a atendeu.

— Tudo isso foi incrível, mas tenho que ir. — Hoseok me deu um selinho de despedida. Virou-se e caminhou em direção à saída.

— Tudo bem. Até mais. — Ele continuou andando.

— Se cuida, Suga.

Não entendi o que quis dizer com “Suga”. Talvez fosse um apelido. Mas eu gostei.

Pela primeira vez em minha vida, senti que estava transbordando. Hoseok me fez transbordar. E esperava que ele sentisse o mesmo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Vou tentar postar um capítulo todo domingo, prometo! Beijão! <3


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