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História A Terceira Força - Não tenha medo.


Escrita por: hotside

Capítulo 16 - Não tenha medo.


Fanfic / Fanfiction A Terceira Força - Não tenha medo.

Rey começou a despertar assim que o Sol raiou no horizonte, tingindo as paredes do quarto de laranja e amarelo. Sentia-se revigorada graças à boa refeição e à noite decente de sono.

Seus olhos abriram-se lentamente. O mundo ainda parecia nebuloso e opaco até ela perceber Kylo adormecido ao seu lado. A completa insanidade da situação a imobilizou. Ela infelizmente tinha se esquecido desse detalhe.

Os cabelos de Kylo estendiam-se pelas laterais do travesseiro. Os olhos fechados evidenciavam os cílios negros. Seus lábios cheios o faziam parecer mais jovem, embora suas sobrancelhas estivessem tensas, formando um vinco entre elas o dando um ar meio atormentado. Suas mãos! Ela nunca as tinha visto tão próximas e sem aquelas grossas luvas de couro. Eram grandes e ossudas, com veias que serpenteavam sob a pele. Os braços fortes descansavam sob o travesseiro, com inúmeras pintinhas que se espalhavam aleatoriamente, como pequenas constelações.

Rey não teve a chance de contemplar a cicatriz que ela eternizou no rosto dele. De perto pode ver a profundidade do corte, que começava na testa e atravessava o rosto até o maxilar, seguindo para parte do ombro. Era levemente avermelhada em contraste com a palidez do resto da pele. Um centímetro de diferença e o corte teria acertado o olho direito.

Será que ainda assim ele teria poupado sua vida?

Também não pode deixar de reparar em todas as outras profundas cicatrizes que ele ostentava em seus braços e torso – um dia talvez ela conhecesse a história por trás de cada uma delas. As mais recentes ela já conhecia, foram as que ele ganhou em Eladard durante a luta ferrenha contra os Hedorianos. O roxo e amarelo das contusões, nebulosas testemunhas de sua coragem, permaneciam inflexíveis sobre sua pele morna… uma memória puxou a outra, e logo Rey estava perdida nas lembranças daquele beijo impulsivo sobre as ruínas. Do contato quente entre suas bocas. De suas mãos a puxando pela cintura. De toda intensidade necessitada dele.

A atração que Rey sentiu em relação a Kylo correu como um arrepio em sua espinha. Logo uma vibração singular formigou no seu estômago, fazendo-a sentir um calor que ondulava abaixo de seu umbigo.

Ah, droga!

Estar ao lado dele já não era bastante, ela precisava… ela tinha que… não, não!

“Não tenha medo, eu sinto isso também” Kylo interrompeu os pensamentos tumultuados de Rey, com sua voz sonolenta, grave e rouca, deixando-a vermelha de constrangimento.

Antes que a Jedi pudesse reclamar de sua inapropriada invasão mental, ele prosseguiu.

“Rey, o que eu te disse no cargueiro é verdade” ele a olhava agora, seu semblante era sério confirmando a importância do que estava dizendo “Eu não quero ser seu inimigo.”

Kylo lembrou-se de que Rey ainda não tinha respondido à sua oferta, então ele se endireitou, apoiando a palma da mão sob a cabeça. Repassou mentalmente cada palavra, tentando não se fazer soar como um desesperado patético.

“Por favor, venha comigo. É só o que estou pedindo” seu peito estava carregado de uma emoção que ele não conseguia mais esconder “Juntos nós poderemos conduzir a Galáxia.”

“Não sei se é o certo a se fazer” Rey tentou ser coerente “Você mesmo disse que sou uma prisioneira da Primeira Ordem.”

“Aceite-me e não será mais uma prisioneira da Primeira Ordem.”

Rey ficou inquieta quando ele citou a Primeira Ordem, como se eles e Kylo fossem coisas diferentes, mas ela sabia que não eram.

“Por favor…” suplicou ele, mais uma vez.

Kylo se odiava por querê-la com aquela intensidade que beirava a compulsão, mas naquele momento ele não se importava mais com o que ela poderia pensar dele.

Rey ainda parecia avaliar o que tinha sido dito quando Kylo a surpreendeu, afastando delicadamente uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, para em seguida buscar sua mão, plantando um beijo contido e gentil em cada nó de seus dedos. Apenas um leve roçar de seus lábios.

Ela não disse nada diante daquela carícia inusitada, até por não conhecer palavras para estas situações, mas os olhos de Kylo falavam pelos dois, logo, ele se inclinou sobre ela, para decididamente beijá-la com desejo.

Demorou alguns segundos até Rey se dar conta do que estava acontecendo, então ela se afastou confusa, interrompendo-o. Manteve distância o suficiente para garantir um contato visual. Sua respiração estava acelerada.

Kylo grunhiu diante da recusa. Seus olhos escuros e estreitos não desviaram dos olhos verdes dela. Seus lábios queimavam. Rey sentiu-se sugada pela energia dele, girando em torno daquela sensação turbulenta.

“Eu… eu acho que nós não…”

Rey perdeu o fio da meada assim que notou a boca úmida dele – ah, estes olhos traiçoeiros – Então prontamente foi até ele desta vez, apanhando seu lábio inferior com os dentes e substituindo-os com sua língua.

Kylo correspondeu seu beijo com igual intensidade, puxando-a mais perto. Sua boca pressionou-a, imitando o modo como ele comprimia seu corpo no colchão. Sua língua rolando sobre a dela, carente e arrebatado. Com os olhos fechados, ele começou a perder o controle de qualquer pensamento e sensatez, exceto o de abraça-la com força e fundir seus corpos como um só.

O vínculo pulsou entre o casal, os envolvendo tão fortemente que os cegou diante de tudo. Não era hora de pensar em Primeira Ordem, Resistência, Snoke. Nada.

Sem parar de beijá-la, Kylo deslizou sua mão ao longo do corpo de Rey. Suas curvas suaves se contorciam ao seu toque. Demoradamente, ele enfiou a mão por baixo da longa camisa de pijama que ela usava, deixando um rastro de calor em sua barriga. Ele continuou firme como um soldado em uma missão, fazendo-a soltar um leve gemido assim que seus dedos alcançaram os seios descobertos.

Mantendo a boca ocupada, Kylo alcançou a barra da camisa dela, puxando-a pra cima. Ele rosnou de frustração, quando teve que se afastar tempo suficiente para atravessar a roupa sobre a cabeça dela e voltar até seus lábios.

Kylo era só mãos e respiração ofegante. E um pouco de nervosismo também.

Ele começou a descer pelo pescoço e ombros, mordendo e beijando cada ponto de pulsação, entre os delicados fios de cabelo que cresciam na nuca dela. Rey inclinou a cabeça dando total acesso. Seu cabelo tinha cheiro de areia e de mar.

A outra mão de Kylo estava cravada nas coxas, puxando-a para si, moendo sua excitação através da fina camada da calça de pijama. Sua necessidade era evidente a cada investida.

Impaciente com o atrito da calça, Kylo rapidamente se afastou, livrando-se de seu incômodo. Chutou a peça para longe da cama, num lugar sem importância. Seus lábios cheios e vermelhos a desejando.

E ela o desejava.

Num movimento desajeitado e brusco Kylo a virou de barriga pra cima. As mãos bateram contra o colchão em cada lado da cabeça de Rey, fazendo seu corpo pairar sobre o dela. Seu rosto estava em chamas, seus gloriosos cabelos escuros pendiam como uma nuvem de tempestade.

“Não posso mais esperar” a voz de Kylo estava entrecortada, como um homem no limite.

“Eu… eu também não” Rey devolveu. Sua respiração presa em seu peito.

Ela sabia o que eles estavam prestes a fazer, não era ingênua. Talvez não fosse bastante experiente, já que uma ou duas vezes tentaram forçá-la em troca de alimento – o que a fez se manter longe de qualquer homem depois disso. Mas ela tinha certeza da experiência consigo mesma.

Então, Rey fez a única coisa que podia naquela situação: Afastou suas pernas torneadas para acomodá-lo. Conseguiu sentir todo o peso dele enquanto se posicionava, resvalando-se de leve entre suas coxas.

Pele com pele.

Rey segurou o rosto de Kylo com as duas mãos o puxando para si, beijando e sugando os seus lábios avidamente. Ela suspirou contra sua boca, quando ele se deitou sobre ela. Sua pele quente a tocando em toda parte.

Kylo parecia em transe com aquela nova sensação que o castigava. Ele não tinha ideia do quanto precisava disso até senti-la. Rey o trouxe para a realidade quando pegou sua mão livre, guiando-o para baixo, entre suas pernas. Deixando-o meio apreensivo.

Um gemido escapou da garganta de Rey quando ele tocou o ponto mais sensível do seu corpo.

Percebendo que estava no caminho certo, Kylo ousou sobre as dobras femininas. Explorando-a. Provocando-a. Cada movimento enviava fogo através de suas veias, fazendo-a se arquear debaixo dele. O calor de Rey envolveu seu toque, estrangulando seu controle, quando seus longos dedos mergulharam em sua intimidade.

O Cavaleiro sorriu em seu pescoço, quando sentiu a evidência úmida de que ela também o queria.

“Você me quer” ele anunciou satisfeito, quase orgulhoso. Rey concordou com a cabeça, não confiando em si para falar.

“Isso é um sim?” Kylo questionou, olhando-a desta vez.

“O que você acha?” ela riu.

“Eu sempre quero que você diga sim” devolveu ele, meio convencido.

A maneira como Kylo a flertava, sempre fazia o calor subir pelo seu pescoço. Esta poderia ser a pior decisão que Rey já tinha tomado, mas, por um momento, enquanto olhava para ele, ela não estava preocupada com o que era certo ou errado. Naquele momento ela não queria pensar em mais nada.

Ela estava pronta.

Kylo ajustou o quadril até senti-la, somente para se certificar que estava no lugar certo, então se deslizou para dentro. Sem pressa. Preenchendo-a com cada milímetro de sua extensão. Nada mais além de sua pressão expandindo dentro dela.

O corpo de Rey respondia numa mistura de aflição e prazer. Suas pernas retesadas de dor, enquanto sua intimidade o recebia de forma calorosamente convidativa. Ela tentou relaxar, enquanto se acostumava com todo o aperto no seu interior quente.

Kylo continuou se movendo num ritmo insuportavelmente lento. Para ele, a linha entre o prazer e a violência era muito tênue e ele não queria machucá-la, mas o sentimento de se enterrar nela o fazia perder a razão pouco a pouco.

Rey estava apreensiva. Podia sentir a luta interna de Kylo buscando manter o controle de si. E ele deve ter percebido isso também, pois ela tremia em seus braços.

“Está tudo bem? Quer que eu pare?” ele perguntou, procurando acalmá-la.

“Não pare” Rey pediu, respirando fundo “Continue.”

Ele prosseguiu ancorando-se nos ombros dela, forçando-se num ritmo errático e comedido, mas Kylo era vigoroso, querendo mais e mais. Indo cada vez mais rápido, mais forte, mais fundo.

Rey tentou não ofegar cada vez que ele a preenchia, de uma maneira que ela nem sabia que era possível até o momento.

Antes que o medo e a incerteza pudessem atingi-la novamente, Kylo estava murmurando palavras de encorajamento em seu ouvido “Ah, Rey! Isso, você é tão boa!” Tão gentil em comparação a forma impetuosa que ele arremetia para dentro dela, forçando-a se segurar em suas costas a cada impulso.

Rey enlaçou suas pernas em volta dele, como um abraço, aprofundando o ângulo. Isso gerou uma carga de sensações intensas que se arrastaram pelos seus quadris impedindo-a de raciocinar. Ondas de calor a tomaram de súbito, chegando até ela feito um estampido que a partiu em milhões de pedaços, fazendo-a cair num vazio vertiginoso de olhos fechados.

Kylo rosnava ofegante, sentindo-a se apertar em torno dele. Seu nome era doce em seus lábios enquanto o mundo dela caía.

“Oh, Kylo… Kylo…”

Não demorou muito para que seu próprio prazer o alcançasse, numa sensação crescente e explosiva. Tão fugaz quanto o chamado à Luz, porém mais intenso. Ele foi incapaz de segurar um gemido triunfal e rouco quando se derramou profundamente dentro dela, em meio aos espasmos do seu fluido quente e espesso, marcando-a irrevogavelmente como dele.

A cama balançou quando ele desmoronou ao lado dela, completamente exausto. As gotas de suor escorrendo entre os sulcos da pele.

À medida que a euforia escorria dele, algo mais surgiu para tomar seu lugar. Uma sensação de paz fluiu sobre sua consciência como um cobertor. A Luz de Rey parecia preencher todos os lugares vazios em sua mente.

Agora o vínculo entre eles era um oceano de Luz e Escuridão, mas ele não se sentia como se estivesse se afogando. Não mais.

Sua respiração era uma névoa no mar, envolvendo seu corpo.


Notas Finais


Aeeeeeee! Agora foi! FINALMENTE!!!! Uhuuuu! \o/ *soltando fogos*

Kylo pode ser um guerreiro perigoso e violento num campo de batalha. Mas na cama, ele ainda é só um iniciante. Mas convenhamos, o homem tem potencial. Ele é forte na Força! ;-)


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