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História A Terceira Força - Segredo Sith.


Escrita por: hotside

Capítulo 25 - Segredo Sith.


Fanfic / Fanfiction A Terceira Força - Segredo Sith.

Três figuras estavam diante de Snoke no anfiteatro, em uma interminável reunião emergencial para deliberar sobre a inaceitável fuga da Prisioneira.

“Vocês são uma falha! Uma vergonha para a Primeira Ordem!” o rosto deformado do Supremo Líder parecia ainda mais decadente com sua fúria.

Talvez ele precisasse disso. Um lembrete de que todos naquela sala eram descartáveis. Era preocupante que um erro grotesco desses acontecesse debaixo do nariz dele. Quais eram as chances de haver um infiltrado na Ordem, ou pior, um traidor entre eles? Ele tinha que saber!

“Discutiremos este fracasso depois, mas primeiro, precisamos encontrá-la! Quem foi o último a ver a Garota?” Snoke perguntou, impaciente.

Kylo, Hux e Phasma se entreolharam, esperando o que quer que fosse, mas foi a Capitã que respondeu. “Supremo Líder, um de meus homens viu a garota pela última vez ao fazer a ronda de seu dormitório. Ele confirmou que não percebeu nada irregular.”

Hux virou-se para Kylo, com sua usual expressão gelada “A Garota estava sob sua responsabilidade, Ren. Ela era sua prioridade!”

Já percebendo que o General não perderia a chance de incriminá-lo, Kylo logo rebateu “Estar com a Garota sob minha responsabilidade, não quer dizer que eu tenha que ficar o tempo todo ao lado dela.”

“Mas bem que você gostaria, não é mesmo?” Hux ergueu uma sobrancelha, provocando-o.

O Cavaleiro desviou os olhos, mentalizando uma forma de matar o General sem que sobrasse uma gota de sangue dentro daquele corpo. Sua paciência estava no limite.

As mãos magras de Snoke bateram no apoio de seu trono, interrompendo aquela discussão tola e improdutiva “Silêncio!”

Lembrando-se do abominável acordo com o General Hux, Kylo aproveitou a preciosa chance para tentar convencer seu mestre sobre a guerra.

“Supremo Líder, talvez seja o momento de criarmos um plano sem a Garota. Nós não poderíamos desperdiçar a oportunidade sem precedentes que temos de abrir um ataque contra os planetas do Núcleo neste momento. Seria extraordinário se pudéssemos começar qualquer coisa neste sentido.”

O poderoso Lord Sombrio fuzilou o Cavaleiro com seus olhos azuis profundos. Gastar sua energia com guerras e conquistas de território não eram seu foco no momento. O primeiro objetivo de Snoke sempre foi à busca da própria imortalidade. Dominação da Galáxia seria só a consequência disso.

“Nossa Prioridade é a Garota, Ren! Ela é o último Jedi! Temos que garantir que a prisioneira não fuja da Finalizer! O hangar está bloqueado para decolagens. Nenhuma nave chega e nenhuma nave sai. Esta guerra não pode começar até que a Garota seja encontrada!”

Hux olhou para Kylo no momento em que ele baixou o rosto. Sua frustração era visível.

Phasma deu um passo à frente, sugerindo mais vigilância “Supremo Líder, deveríamos aumentar a cobertura de Troopers, especialmente no complexo oficial para captar qualquer presença suspeita entre a tripulação.”

Hux balançou a cabeça em negativo “E se a Garota enfiou-se entre a fuselagem da nave? Não vamos nos esquecer de que ela foi uma Sucateira habilidosa em Jakku.”

“Então devemos providenciar pequenos dróides com infravermelho” Phasma determinou.

O velho Lord Sombrio relaxou, balançando a cabeça, satisfeito. E pela expressão, ele aprovava o plano dos seus oficiais. Então repassou as últimas coordenadas.

“General, fique encarregado dos dróides com infravermelho. Phasma, aumente os turnos dos soldados, quero vigilância em tempo integral. Kylo, escaneie a Força presencial da Garota, ela não deve estar longe do perímetro dos dormitórios.”

Os três disseram “Sim, Líder Supremo” em uníssono e se viraram para sair da sala.

*

A paciência de Kylo – o pouco que ele tinha – esgotou-se com aquela detestável reunião.

Seu cansaço denunciava o quão preocupado ele estava com o desenrolar das coisas. Se de um lado havia Rey, na qual prometeu mantê-la longe da Primeira Ordem, do outro lado havia seu Mestre, que queria Rey em seu poder.

Aquele cabo de guerra não tinha como acabar bem. Kylo sabia que, em algum momento, ele teria que ceder e escolher em qual lado ele estava. E quando este dia chegasse, ele teria que lidar com as implicações que isso traria, para o bem ou para o mal.

Mas ali, naquele momento, sua cabeça só estava focada nela.

Quantas horas haviam se passado? Seis, oito? E nenhuma notícia até agora. Onde ela estaria? A filha da mãe realmente sabia como se esconder. O que quer que ela tenha feito, ele só esperava que estivesse bem e longe de encrencas.

Kylo seguiu até a sua acomodação, na esperança de descobrir qualquer pista sobre o paradeiro dela.

No trajeto ele desviou de vários Troopers, que já estavam aboletados pelos corredores, aguardando Phasma para definir sobre as novas regras de segurança. Pelo visto a noite da Capitã seria longa. Kylo se perguntou se aquela mulher dormia, ou se por baixo daquela armadura existia uma droide de cabelos loiros.

Assim que Kylo entrou no seu dormitório, algo formigou na base de seu crânio, uma consciência familiar. Antes mesmo de fechar a porta, sentiu uma energia quente, aquela Luz que só ele conhecia…

Rey!

Atravessou o quarto na direção do banheiro, que, apesar da sua presença, encontrava-se tão vazio quanto antes.

Que estranho!

Teria ela sido sugada por alguma fenda temporal ou seria um novo truque Jedi desconhecido?

Ele ainda tentava desvendar o mistério, quando captou uma movimentação de dentro da parede. Kylo não pode disfarçar o espanto, quando Rey surgiu da portinhola de ventilação.

“Rey?!” ele relaxou os ombros, soltando o ar em seus pulmões, como se ela fosse a primeira coisa boa que ele tinha visto o dia todo. E talvez fosse mesmo.

“Oi!” ela disse ofegante enquanto puxava seu corpo para fora da abertura “Está sozinho?”

“Agora não mais” Kylo disse isso jogando um meio sorriso, enquanto esticava sua mão para ajudá-la a sair da passagem “Então você estava aí todo este tempo?”

Rey apoiou o pé no gabinete da pia antes de descer num salto “Hm… Mais ou menos! Posso dizer que passei o dia explorando a grande fortaleza espacial da Primeira Ordem!”

Kylo sorriu com a naturalidade com que ela resolvia os problemas “Ah, isso explica muita coisa! A Sucateira sai de Jakku, mas Jakku não sai da Sucateira.”

Ele a pegou pela cintura, trazendo-a para perto, dando um abraço de alívio enquanto encostava o rosto na dobra de seu pescoço “Fiquei preocupado…”

O corpo de Rey sumiu em seus braços fortes. Ele pode sentir o calor de sua pele por baixo do uniforme. Ela era tão suave e macia… contudo, havia também uma sensação discrepante. Algo duro e pontiagudo? O quê? Um objeto por baixo do uniforme dela. O que era aquilo? Kylo afastou-se, desconfiado “Você está com seu sabre de luz??”

Rey tirou o sabre do cinto, balançando no ar. Orgulhosa “Ah sim, sim! Eu encontrei!”

“Onde você esteve exatamente?” Kylo exalou, inclinando a cabeça, preocupado.

“Bom…” Rey levantou as sobrancelhas, avaliando a reação de Kylo “Eu precisava avisar a Resistência, então….”

“Você, o quê?!” Kylo arregalou os olhos. Não podia acreditar.

“Eu tinha que avisar a Resistência que eu estava viva, Kylo! Não posso ficar aqui para sempre!”

Antes mesmo que Kylo pudesse repreendê-la pela atitude impensada, Rey tirou o Holocron debaixo de sua camisa. O Cavaleiro deu um passo para trás, com a respiração em suspenso, quando viu o poderoso objeto nas mãos dela.

“E eu encontrei isso aqui também” ela disse finalmente.

“Porra, Rey!” Os dedos de Kylo escorregaram nervosamente pelos cabelos escuros. “Você entrou no relicário do Líder Supremo?!” O comentário de Kylo parecia mais uma afirmação que uma pergunta.

“Ah… Aquilo era um relicário é?” Rey ergueu a sobrancelha, meio surpresa “Parecia mais uma enfermaria se você quer saber.”

Se Kylo tinha uma dúvida de que Rey era uma catadora hábil e audaciosa, agora ele tinha certeza, mas naquela ocasião isso não era um elogio.

“Rey, você vai voltar lá, e deixar isso e-xa-ta-me-nte onde encontrou. Se o Líder Supremo descobrir que isso sumiu, ele pode… ele vai…”

“Ei, ei! Calma! Presta atenção agora” A Jedi interrompeu a visível crise nervosa de Kylo, que respirou fundo, virando-se para ela.

“É o seguinte. Snoke está planejando te matar” disse ela de forma direta, sem preâmbulos.

“Me matar?” Kylo repetiu para si, tentando assimilar a informação.

“Infelizmente sim” os olhos de Rey desviaram, tomados pelo peso da responsabilidade de informá-lo sobre aquele terrível segredo Sith.

 “Isso significa que você seria a próxima discípula dele?” Isso explicaria a obsessão de seu Mestre em relação a ela, Kylo concluiu.

“Possivelmente” Rey confirmou, angustiada com a ideia “Pelo que entendi, Snoke está preparando você para que fique forte o bastante para suportar toda a energia de Plagueis, tornando-se o próximo corpo físico dele.”

“O quê? Não, não!” Kylo contestou, afastando-se, perplexo “Darth Sidious matou Plagueis, isso é fato!”

“Será? E se Snoke for o próprio Plagueis?” Rey questionou, aproximando-se de Kylo novamente “Durante meus estudos, aprendi que apenas um Sith poderia dominar todo o conhecimento do lado Sombrio. Isso significa que assim que seu aprendiz estivesse forte o suficiente, ele deveria assassinar seu Mestre, tomando todo o poder para ele.”

“Sim, eu já conheço isso” Kylo respondeu, impaciente, tomando o objeto das mãos da Jedi. “Chama-se Regra de Dois, porém, Snoke não é um Sith.”

“Espere” Rey continuou, interrompendo-o “Eu acho que Plagueis encontrou uma brecha nesta regra para seguir sendo o único detentor de todo conhecimento. Toda vez que um aprendiz estivesse pronto, ele roubaria seu corpo para ele, simulando seu próprio assassinato. Seguindo assim através dos séculos.”

Ainda sem acreditar nesta teoria, Kylo buscou outro argumento “Isso não faz sentido algum! Se Plagueis forjou o próprio assassinato e tomou o corpo de Sidious para si, por que ele ainda estaria em sua antiga forma física?”

Um toque de incerteza rondou a voz de Rey “Ele pode ter sobrevivido ao ataque, não sei. Com a morte de Sidious e Darth Vader, encontrou-se sem opção, ficando todo este tempo amargando em sua forma irreconhecível e deteriorada. Assumindo assim uma nova identidade, à espera de um aprendiz que pudesse tornar-se seu próximo corpo. Você.”

Kylo afastou-se e um silêncio súbito ergueu-se entre eles como um muro invisível. Ele estava com os olhos fixos no holocron, quando as palavras de Han Solo vieram em sua mente, acertando-o feito um sabre fumegante no meio do peito.

Snoke irá usá-lo, e então irá descartá-lo!

“Meu pai…” Kylo começou, a palavra passando desconfortavelmente pela boca “Meu pai estava certo” ele enfim admitiu. “Snoke estava me usando este tempo todo para se tornar mais poderoso.”

Ele parecia que estava à beira das lágrimas, quando se sentou na cama, enterrando o rosto entre as mãos. Desejando diminuir o barulho em sua mente. As coisas estavam caminhando muito rápido em direção à desgraça. E tudo isso que estava acontecendo era unicamente por causa dele.

Rey aproximou-se de Kylo, que continuava sentado na cama, sentindo-se diminuído. Ela se ajoelhou diante dele, afastando suas mãos do rosto. Os olhos de Kylo estavam úmidos.

“Esqueça Snoke. Esqueça Primeira Ordem. Deixe tudo pra trás. Por favor, precisamos ir embora daqui!”

“Não posso” a voz dele soava trêmula quando finalmente respondeu.

Rey apertou suas mãos, motivando-o “Claro que sim! Você é uma das pessoas mais poderosas que conheço, e…”

“Não, Rey. O hangar está interditado para decolagens a pedido de Snoke. Nada sai daqui até a encontrarem.”

“Ah, mas que droga!”

Kylo teve uma ideia. Não era das melhores, mas ele tinha que sugerir “A única forma seria você se entregar. Assim as decolagens seriam liberadas, e então poderíamos encontrar uma forma de fugirmos!”

Rey levantou-se com uma expressão contrariada “De jeito nenhum! Eles vão me enfiar naquela cela enlouquecedora. Quem garante que vai conseguir me tirar de lá depois?”

O Cavaleiro baixou a cabeça, pensativo “Você comentou que entrou em contato a Resistência, certo? Assim que os radares captarem a aproximação deles, não tenho dúvida que os hangares seriam normalizados. Você sabe quando vem? O que disseram?”

“Eles virão em meu resgate, mas não quiseram me passar maiores detalhes por causa do nosso… vínculo. Eles temem que você possa prejudicá-los de alguma maneira.”

Kylo baixou a cabeça, preocupado “Isso complica tudo. Como a Resistência confiaria em mim depois de tudo que fiz?”

“Eu estarei ao seu lado e os farei entender que você ainda tem Luz” Rey o confortou “Enquanto isso, eu preciso pensar numa maneira de me manter longe de Snoke” disse ela, olhando para o buraco acima do espelho.

“Não, não! Você não pode voltar para os dutos!” Kylo a interrompeu “Acabei de sair de uma reunião com os oficiais. Hux sugeriu droides com infravermelho para captarem qualquer movimento suspeito dentro da fuselagem.”

“Argh, e agora?” a mão de Rey escorregou da testa até a boca, preocupada.

Uma lista de lugares potencialmente seguros da Finalizer passou pela mente de Kylo, mas só havia um lugar que ele poderia garantir sua proteção. “Fique aqui” ele disse. “É improvável que voltem para inspecionar meu quarto.”

A ideia era insensata e perigosa, mas se não havia outro lugar, o jeito era improvisar.

E antes que Rey se esquecesse, ela olhou para Kylo mais uma vez. “Ah, e… obrigada.”

Kylo ficou surpreso com o inesperado agradecimento. Deixando escapar uma expressão meio retraída e curiosa “Por quê?”

“Por não ter matado Mestre Luke” Rey sorriu com os olhos “Isso só me confirma a Luz que sempre existiu em você.”


Notas Finais


Do jeito que a coisa anda, se o Snoke não matar o Kylo, a Rey mata antes, de susto! Ô menina que não pára quieta!!! hehe.


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