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História A Thousand Hands - I'm Avoiding Someone


Escrita por: lorijauregui

Notas do Autor


Hallooo friends, capítulo polêmico hein! Boa leitura.

Capítulo 28 - I'm Avoiding Someone


Fanfic / Fanfiction A Thousand Hands - I'm Avoiding Someone

 

Meu carro estava parado na esquina do Beatrice Apartaments, as janelas do veículo estavam embaçados por conta do frio que fazia do lado de fora e porque Camila estava extremamente ofegante em meio à beijos e mãos bobas enquanto ela rebolava devagar no meu colo. 

 

  — A sua mãe deve estar precisando de você.  — falei de olhos fechados ainda.

 

  — Você acha?  — perguntou se afastando. 

 

  — Provavelmente, você não disse que a ajudaria?  — abri meus olhos. 

 

  — Sim, mas a Kim está com ela.  — se referia a colega de Louise. 

 

  — Eu tenho que sair de qualquer jeito. 

 

  — Ah, tudo bem então.  — disse saindo de cima de mim  — Te vejo logo? 

 

  — Logo, logo. Até mais, baby.  — dei um beijo rápido na boca dela. 

 

  — Até, Lo.  — e saiu do carro. 

 

Ela mandou um beijo do lado de fora do veículo e eu sorri em resposta. Reconectei o rádio, observei Camila andando graciosamente e levemente desajeitada pra entrada do Beatrice. Parti com o carro enquanto a voz da Halsey tomava conta daquele lugar fechado em que eu me encontrava. Estacionei na Times Square, peguei minha carteira no porta-luvas e sai do carro. Pensava nisso fazia uns dias já, em comprar presentes pra toda a família de Camila, principalmente pra ela, só não fazia a menor ideia do que comprar. Passei por várias lojas e não consegui escolher bons presentes, pensei em alguém que poderia me ajudar nesse momento. Demi. Uma conhecida de faculdade. Ela com certeza vai saber os presentes perfeitos. Peguei meu iPhone no bolso do sobretudo, comecei a procurar seu número nos contatos, cliquei "ligar" e levei o aparelho até a orelha. 

 

  — Alô?  — a voz doce ecoou no meu ouvido.

 

  — Demi? É a Lauren, Lauren Jauregui. 

 

  — Oh meu Deus, Lauren! Quanto tempo.

 

  — Muito. Demi, você ainda mora em New York? 

 

  — Moro sim, por que?  — perguntou confusa. 

 

  — Estou precisando de você. 

 

  — Pra que?  — ela riu, descontraída. 

 

  — Preciso comprar uns presentes de Natal e não faço a menor ideia do que levar. 

 

  — Ah!  — ela gargalhou  — Claro, claro. Te encontro em frente ao Mc Donald's na Times, em mais ou menos 15 minutos, okay?

 

  — Claro. Muito obrigada, Demi.  — desliguei. 

 

Atravessei a rua, segui no meio da multidão até chegar no lugar que Demi havia dito. Fiquei olhando as pessoas passando pra lá e pra cá, a maioria com pressa, tinha crianças correndo para todos os lados, algumas até gritavam, e isso me irritou levemente. Tentei não prestar muita atenção na rua, não queria me irritar mais, então comecei a pensar em possibilidades de presentes pra Camz. Poderia ser algo relacionado a música, certo? Ela provavelmente amaria. Eu procuraria um vinil original de sua banda favorita, se seu soubesse qual é. Pensando nisso, decidi comprar presentes pra Dinah, Ally e Mani. 

 

  — Ainda fica perdida em pensamentos.  — alguém disse ao meu lado. 

 

  — E você ainda tenta me pegar de surpresa.  — me virei pra Demi. 

 

  — Nossa, você está linda. 

 

  — Você também.  — e ela realmente estava  — Emagreceu. 

 

  — Estava na hora, você não acha? 

 

  — Você sempre foi linda, não precisava emagrecer. 

 

  — Obrigada, mas eu me sinto bem melhor agora.  — ela me disse sorrindo. 

 

  — Que bom então, Demi.  — passei a mão levemente no braço dela. 

 

  — Sim. E ai? Tem algo em mente para os presentes? 

 

  — Nada. 

 

(...)

 

Demi ajudou bastante. Como ela tinha vindo de taxi, disse que a levaria pra casa. Acabei comprando um livro britânico, uns dos primeiros a serem publicados da história de A Ilha do Dr. Moreau para Camila; um iMac última geração pra Sofi; um colar de diamantes para Sinu; duas discografias completas da Queen B, uma para Dinah e outra para Normani; um kit de coisas do espaço sideral para Ally; e o presente mais difícil, o de Alejandro, compramos um dos relógios mais lindos e caros da joalheria. Não achando o presente da minha cubana o suficiente, pensei em passar na loja de música, depois de levar Demi pra casa, para comprar o melhor teclado que tiver. A lembrança dos SMS de Lucy mais cedo me invadem, começo a pensar que talvez seja melhor não passar na loja que ela trabalha, mas é a melhor da cidade. Parei em frente ao prédio onde Demi mora. 

 

  — Obrigada por me trazer aqui, Lauren.  — ela disse olhando da janela pra mim. 

 

  — Sem problemas. Na verdade, eu que agradeço. 

 

  — Não há de que.  — ela sorriu  — Não suma. 

 

  — Eu nunca sumi. Você sabe onde eu trabalho. 

 

  — Sim, eu sei, mas não é educado ir no trabalho dos outros. 

 

  — Eu não sou  — fiz aspas no ar  — outros. 

 

  — De qualquer forma. 

 

  — Demetria, você tem meu número. 

 

  — Tudo bem, Michelle. Eu me esqueci do quanto você é autoritária. 

 

  — Michelle? Nossa.  — eu ri. 

 

  — Desculpa, mas você quem começou. Até logo, Lauren.  — disse. 

 

  — Senti sua falta.  — eu disse colocando minha mão sobre a dela. 

 

  — Não faz isso, Michelle. Você sabe muito bem como acabou da última vez, sem mencionar que agora...

 

  — Eu só disse que senti saudades, Demetria.  — retirei minha mão da dela. 

 

  — Tudo bem...  — ela respirou fundo  — Tudo bem, Lauren. Boa sorte com a sua nova garota.  — saiu do carro e colocou o rosto na janela  — E não suma. 

 

  — Eu não vou. 

 

  — Feliz Natal. 

 

  — Pra você também, minha doce Demi. 

 

Ela sorriu gentilmente pra mim e virou as costas. Respirei fundo, fechei as janelas, liguei o motor e o aquecedor. Segui para loja de música cantando, ou melhor, gritando Red Hot Chili Peppers. Entrei no estacionamento, pude ver Lucy no balcão da entrada. Ela pareceu não me ver, espero conseguir fugir dela, apesar de achar um pouco difícil. Mais uma vez, sai do carro com a carteira em mãos, celular no bolso do sobretudo. Entrei na loja pela porta do estacionamento, que era nos fundos da loja, longe o suficiente de onde Lucy estava. Eu realmente não estava conseguindo compreender o que foi aquele surto mais cedo. O que é? Ela tem ciúmes de mim? Tem interesse real em mim? Só transamos umas duas vezes, saímos juntas poucas vezes também. Se era afim de mim, por que nunca falou? Não que eu fosse ficar com ela, não sei, talvez ficaria, mas não num relacionamento sério. 

 

  — Boa tarde, poderia lhe ajudar em algo?  — uma voz de mulher falou atrás de mim, fechei os olhos e pedi mentalmente para que não fosse Lucy  — Senhora?

 

  — Sim?

 

Me virei e vi uma mulher centímetros maior do que eu, branca, loira, com olhos de um azul lindo, cabelos raspados nos lados e atrás, provavelmente, a franja caindo na testa, num estilo fliphair, como o antigo cabelo do Justin Bieber, uma camisa sem manga listrada em branco e vermelho, uma calça preta, um casaco compridinho aberto, o capuz caído atrás, e no lado esquerdo de sua roupa, muito escondido, havia uma plaquinha com o nome "Miley". Ela passou rapidamente a mão na orelha, pigarreou e me deu um sorriso sedutor com aqueles lábios em vermelho. Ela era incrivelmente bonita, o cabelo dela lhe caia muito bem. Eu provavelmente fiquei bastante impressionada e com cara de boba pra ela, já que ela soltou uma risadinha nasal e levantou as sobrancelhas pra mim, como quem diz "precisa de um papel pra limpar essa babinha escorrendo ai?". Tirando as mãos do bolso do sobretudo, endireitei ele no meu corpo e pigarreei também. 

 

  — Miley, certo?  — comecei.

 

  — Certo, senhora...?  — levantou as sobrancelhas de novo. 

 

  — Jauregui, Lauren Jauregui. 

 

  — É um prazer. 

 

  — Igualmente, Miley. Bom, eu gostaria de comprar o melhor teclado que você tiver aqui. 

 

  — O melhor teclado? 

 

  — Sim, senhorita. 

 

  — Vou ter que chamar outra pessoa... 

 

  — Por que? Não pode ser você? 

 

  — Até pode, senhora Jauregui, mas eu não entendo muito bem de teclado. 

 

  — Assim você me quebra. 

 

  — Por que? 

 

  — Se você não vai me atender, pode chamar um homem então? Não quero ser atendida por mulheres. 

 

  — Está com medo de ficar com cara de boba? 

 

  — Não.  — disse seca  — Só evitando alguém. 

 

  — Alguém que trabalha aqui? 

 

  — Sim... Ah, merda, tarde demais. 

 

Olhei além de Miley, fazendo ela virar pra olhar também. Lucy vinha em nossa direção, me encarando e pisando fundo. Miley olhou pra mim com cara de desespero, de quem diria "se eu soubesse que era a Lucy teria te ajudado, desculpa". Lucy, bela e louca, chegou perto de nós. Parou entre eu e Miley, revezando as olhadas entre nós duas. Respirou fundo, abriu a boca... 

 

  — Como vai, senhora Lauren Jauregui?  — disse agressiva. 

 

  — Vou ótima, e você Lucy?

 

  — Imagino que esteja ótima. 

 

  — Por que eu não estaria? Essa é a questão. 

 

   — Realmente. Já estava dando em cima dela?  — apontou pra Miley com a cabeça. 

 

  — Ih garota, me deixa fora dessa!  — Miley revidou, alto. 

 

  — Se ela não estava, e se você não estivesse afim dela, não estaria aqui ainda.  — disse pra Miley. 

 

  — Eu estou aqui porque ela é minha cliente. 

 

  — Eu não te culpo por querer ela. 

 

  — Eu não quero ninguém, Lucy!  — agora Miley quase gritou. 

 

  — Ela provavelmente é a mulher mais linda que vamos conhecer. 

 

  — Nisso tenho que concordar. 

 

  —Calem a boca.  — eu disse revirando os olhos. 

 

  — Mas não se deixe enganar por esse rostinho de deusa.  — Lucy continuou. 

 

  — Olha Lucy, você me dá licença.  — Miley disse. 

 

  — Miley, me escuta! Experiência própria. Ela só vai transar contigo. 

 

  —Eu não quero nada com ela. 

 

  — Lucy, escuta, isso é um assunto nosso.  — disse de saco cheio. 

 

  — Deixou de ser nosso quando você começou a namorar com aquelazinha e me largou, nem me avisou que estava com ela. 

 

  — Isso não faz nosso  — fiz aspas de novo  — relacionamento deixar de ser um papo só nosso. 

 

  — Certo. Miley, pode nos dar licença? 

 

  — Obrigada.  — Miley saiu. 

 

   — Eu não estou namorando. 

 

  — Lauren, pelo amor de Deus, não mente pra mim ou eu faço da sua vida, e daquela lá, um inferno. 

 

  — Lucy, eu não estou mentindo. 

 

  — Então me explica porque caralhos você vai passar o Natal com ela e a família ou invés de passar transando comigo e chapada? 

 

  — Porque eu quero. 

 

  — Você simplesmente quer? Do nada? Eu pensei que você me quisesse. 

 

  — Não, não do nada. Eu não sou a pessoa que você conheceu, essa sou eu. Eu agi daquele jeito por conta...

 

  — Daquela garota?! Você saiu comigo pra esquecer ela? 

 

  — Não exatamente, eu sai contigo pra entender o que eu estava sentindo. 

 

  — Eu não acredito. 

 

  — Eu a conheci um dia antes de te encontrar e senti uma atração de imediato, isso nunca tinha me acontecido. Eu precisava entender. 

 

  — Eu fui um experimento pra você poder ficar com ela? 

 

  — Falando desse jeito, parece pior do que é. 

 

  — Lauren, você vai se arrepender disso. 

 

  — Eu curti ficar com você, Lucy. 

 

  — Foda-se Lauren! 

 

  — Para com isso agora, Lucy!

 

  — Você definitivamente acabou de tornar a sua vida um inferno. 

 

Ela tirou o avental da loja e o jogou na parede, ao lado da porta pela qual eu tinha chegado, saindo pela mesma. Eu fiquei um tempo parada ali ainda, pensando no que ela seria capaz de fazer e se seria. Eu não estava preocupada com o que ela poderia fazer comigo, mas sim com Camila e sua família. Quando eu chegasse em casa eu pensaria nisso melhor pois nesse momento eu fui tomada por uma raiva, raiva da Lucy. Puxei o ar dos meus pulmões, gritando o mais alto que pude: 

 

  — Será que alguém pode me vender a porra de um teclado?!

 

 

 

   

 

Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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