História A Thousand Hands - Incredible Dinner and Massage

 

Vi Camila relaxando, encolhendo os ombros e nesse instante pareceu que todo o álcool no meu organismo havia desaparecido. Eu a observei atentamente enquanto ela absorvia a informação, de cabeça baixa olhando pros dedos. Ela levantou o olhar. 

 

 — Você tem certeza disso, Lauren? Eu... 

 

 — Tenho. Você não acredita?

 

 — Não é que eu não acredite...

 

 — É o que?

 

 — Depois que você disse aquilo...

 

 — O que tem? — perguntei quase encostando meu nariz no dela. 

 

 — Eu pensei que você nunca me amaria. Eu não sei...

 

 — Se você pensou isso, porque está aqui?

 

 — Porque eu amo você. 

 

 — E eu te amo. Por favor, acredite. 

 

Ela me olhou nos olhos e eu pude ver um sorriso repuxando nos cantos de seus lindos lábios. Sorri também, e ela jogou a cabeça pra trás gargalhando e negando com a mesma. Passou os braços ao redor do meu pescoço e começou a me beijar intensamente. Me entreguei totalmente ao beijo, caindo em si do quanto eu estava apaixonada por essa garota. Coloquei minhas mãos em suas pernas e a puxei pra cima de mim, a deixando em meu colo. 

 

 — Você ainda vai acabar comigo. 

 

 — Depende. — eu disse séria — Quero acabar contigo agora, aqui nessa cama. 

 

 — Cadê a bêbada de minutos atrás? 

 

 — Você prefere ela ou você não quer transar? 

 

 — Eu prefiro você. 

 

 — Então vem aqui. 

 

A puxei pra deitar na cama e nós fizemos amor. 

 

(...) 

 

Se passaram 4 dias desde minha grande revelação pra Camila, e era dia de sua família voltar pra Miami. Eu não sabia dizer se ela estava triste por eles estarem partindo, ou feliz por ter passado um tempo com eles. Eu, obviamente, estava triste porque com os Cabello partindo, Camila voltaria pra casa dela também, e eu queria que ela ficasse aqui comigo. Eu não iria com eles até o aeroporto, mas Camz os levaria com Austin. 

 

 — Senhora Cabello. — a chamei quando todos estavam na porta — Adorei lhe conhecer, a senhora é incrível, apareça mais vezes, por favor. 

 

 — Sinu. — me corrigiu — Pode deixar. Cuide bem de Camila. 

 

 — Com certeza. 

 

Ela sorriu pra mim e virou as costas. Seu Alejandro tava um pouco relutante comigo, apesar de ser muito simpático as vezes, e só me deu um aceno de mão como despedida. Já Sofi correu até mim, me abraçou forte, disse que sentiria minha falta e que tinha adorado o presente, que o usaria pra fazer Skype comigo. Eles saíram do apartamento e antes de ir com eles, Camila me deu um selinho, indo atrás de seus familiares em seguida. Big Rob fechou a porta, me deu um aceno de cabeça enquanto passava por mim e foi pra sua sala. Subi pro meu escritório e peguei meu iPhone, que tocou na hora. 

 

 — Ei. — disse. 

 

 — Isso pareceu um: não quero falar contigo. — Demi disse rindo. 

 

 — Você tem essa mania né? 

 

 — Que mania? — disse, fingindo confusão. 

 

 — Eu não vou cair nessa. 

 

 — Você é muito boa pra mim. 

 

 — Olha, eu sou. 

 

 — E convencida. 

 

 — Eu sou Lauren Jauregui. 

 

 — Desculpe. — disse gargalhando e eu a segui. 

 

 — Me diga, o que queres? 

 

 — Sua menina está ai? — perguntou. 

 

 — Agora não. Foi levar a família no aeroporto. — expliquei — Por que? 

 

 — Queria te chamar pra tomar um café. 

 

 — Ah, claro, mas pode ser amanhã à noite? Tipo umas 18h30? 

 

 — Com certeza! Te vejo amanhã então. Até. 

 

 — Ótimo. Até, querida. 

 

Desliguei e aproveitei que estava com o celular na mão pra mandar uma mensagem pra Camila avisando que eu teria que ir ao trabalho, já que eu vi um email de minha secretária avisando que um de meus sócios estava lá. Dois minutos depois da mensagem enviada, meu telefone tocou. 

 

 — Amor? — Camila disse meio triste. 

 

 — Oi baby. 

 

 — Por que você vai pro trabalho? 

 

 — Recebi um e-mail. 

 

 — É algo ruim? — agora estava preocupada. 

 

 — Não, fique despreocupada. É só um dos meus sócios que está querendo reunião. 

 

 — Ah, tudo bem então. 

 

 — Está tudo bem aí?

 

 — Sim, estamos quase chegando. 

 

 — Ótimo. Até mais. 

 

 — Até, senhora. — e desligou. 

 

(...)

 

O dia já estava escurecendo quando eu entrei em meu apartamento. Com nenhum sinal de Camila pela sala e hall, fui pra cozinha em busca de Louise e uma boa janta. Entrando no ambiente, encontrei Camz sentada no banquinho do balcão conversando com Louise que cozinhava felizmente. Ela, provavelmente, escutou quando entrei e se virou pra trás com um sorriso. 

 — Camz. Louise. Boa noite. — disse passando pelas duas. 

 

 — Senhora Jauregui. — Louise disse. 

 

 — Você demorou. — Camila disse. 

 

 — A reunião se estendeu muito. — disse, dando um gole na água que havia pegado. 

 

 — Você deve estar cansada. 

 

 — Só mentalmente. Nada demais. — dei a volta no balcão e me sentei ao lado dela — E você? Tá bem? 

 

 — Estou, só triste. 

 

 — Eu prometo que vamos visita-los em breve. 

 

 — Sério? — ela sorriu, daquele jeito criança. 

 

 — Sim, baby. 

 

Louise nos serviu macarrão com queijo, que estava delicioso, ela era uma ótima cozinheira. Camila me contou algumas coisas que aconteceram no tempo que eu estava fora, inclusive que havia recebido uma ligação pra uma entrevista de emprego, cujo empresa eu havia comprado há uns anos atrás, mas eu não lhe disse nada, pra que ela não pensasse que eu mexi meus pauzinhos, o que, aliás, é verdade, mas agora eu ia garantir que ela conseguisse esse emprego, já que ela parecia bem animada. Terminamos a janta, Louise retirou nossos pratos e os lavou enquanto íamos para o quarto. 

 

 — Você parece estar tão cansada. — Camz disse quando entramos no quarto — Quer uma mensagem pra relaxar? 

 

 — Isso seria perfeito. — disse fechando a porta. 

 

 — Você tem algum óleo pra massagem? — olhou ao redor. 

 

 — Hmm, eu acho que tenho sim. — apontei pro closet — Ali. 

 

 — Okay, vou procurar nesse mundão que você tem no quarto. — disse rindo e eu ri junto — Já volto. 

 

 — Okay, vou me deitar por enquanto. — vi ela concordar com a cabeça antes de entrar no closet. 

 

Enquanto ela estava procurando o óleo, decidi tirar o casaco, a camisa de botões e o sutiã pra adiantar o processo. Me deitei de bruços na cama, com os braços ao lado do quadril e de olhos fechados. Depois de alguns minutos, escutei os passos dela se aproximando da cama. Ela subiu na mesma sem falar nada, sentou na minha bunda e jogou o líquido nas minhas costas. 

 

 — Gelado!!!

 

 — Fresca! — ela rebateu minha reclamação em meio de gargalhadas. 

 

 — Está realmente gelado, eu não sou fresca! 

 

 — Tá bom, senhora Jauregui. — disse com sarcasmo. 

 

 — Hmm, eu vou sair amanhã. 

 

 — E o que tem? — ela perguntou, sem entender o porque do meu aviso. 

 

 — Nada. Eu só quero que você continue aqui. 

 

 — Hm... Eu não sei, Lauren. Eu te disse...

 

 — Que eu preciso da minha privacidade. — atrapalhei ela — Eu sei. Mas eu quero você aqui. 

 

 — Tudo bem. 

 

 — Obrigada, Camz.

 

 — Mas só nesse período de festas de final de ano. 

 

 — Tá, certo. 

 

Ela continuou a massagem pelos 20 minutos seguintes, falando sobre várias coisas aleatórias, e uma delas era que um de seus cantores favoritos, Ed Sheeran, faria um show aqui. Comecei a pensar no que eu poderia fazer pra que ela fosse nesse show e o conhecesse. Ela terminou a massagem me dando um beijo na nuca exposta, bem em cima da minha tatuagem de libélula. Saiu de cima de mim, indo até o banheiro e voltando com uma toalha de rosto nas mãos. Limpou o resto de óleo das minhas costas e de sua mão, voltou ao banheiro e quando se deitou na cama estava sem nada na mão. 

 

 — Mas me diz, porque você disse do nada que iria sair amanhã? 

 

 — Nada. Já te disse, só não queria que você fosse embora por causa disso. 

 

 — Ah. — falou piscando lentamente — E você vai...? 

 

 — Tomar um café com uma amiga. 

 

 — Então você tem amigos? 

 

 — Pouquíssimos, e nem são lá amigos. Vou com Demi. 

 

 — Deveria saber quem é? — disse como se pensasse que deveria. 

 

 — Eu já lhe disse dela. 

 

 — Não me recordo. 

 

 — Aquela que me ajudou com as compras. 

 

 — Ah! A querida! — disse. 

 

 — Isso é ciumes, senhorita Cabello? — eu disse com divertimento. 

 

 — Tá se divertindo com isso, Lauren? 

 

 — Eu? Jamais, baby. — ri. 

 

 — Cala a boca! — ela me deu um tapa leve no ombro e virou de costas pra mim — Boa noite. 

 

 — Boa noite, Camz. 

 

Depois de lhe dizer isso, cheguei meu corpo pra perto do dela, puxando meu cobertor junto, passei meu braço no seu quadril e a puxei pra mim, cobrindo ela e a fazendo ficar na minha conchinha. Ela segurou minha mão que estava em sua barriga enquanto eu colocava seu cabelo pra cima, liberando sua nuca para que eu pudesse depositar beijinhos ali. Ficamos assim, caladas, até que entramos em sono profundo.