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História A Thousand Hands - It's Normani


Escrita por: lorijauregui

Notas do Autor


Hallooo friends!!!

Capítulo 36 - It's Normani


Acordei num sobressalto. Sonhei que estava caindo. Me sentei na cama, olhei pra janela e ainda estava escuro. Me virei pra trás, mirando o relógio digital na cabeceira, que marcava 3h da manhã. Sai da cama e fui até a cozinha, abri a geladeira, peguei uma garrafa de água, a abri e virei na minha boca, enchendo até quase transbordar. Quando fechei a geladeira e me virei, vi Camila em pé, encostada na parede perto do balcão me olhando. Caminhei até ela, parando bem pertinho dela. Coloquei a mão em sua cintura, puxando ela pra mim, subi a mão e coloquei em sua nuca, dando um beijo rápido nela. Me afastei para que pudesse falar. 


 — O que foi, amor? 


 — Ah, nada. Só acordei e não te vi na cama, então vim te procurar. — ela disse. 


 — Eu estou aqui. Vamos voltar pra cama? 


 — Quer me matar de me foder? Eu quero você. — ela disse saindo da cozinha. 


 — Amanhã. Vamos dormir. 


Quando estava passando pela minha biblioteca, escutei meu celular tocando. Entrei no cômodo, caminhei até a mesa de bilhar, onde meu aparelho estava. Era número desconhecido. Atendi levando até o ouvido: 


 — Jauregui. 


 — Lauren?! — a voz estava embolada. 


 — Quem é? — perguntei, em dúvida. 


 — Você não reconhece mais minha voz? 


 — Ahn? Quem é? Lucy? — perguntei com desprezo e ouvi um "uhum". 


 — Estava com saudade? 


 — Lucy. O que você quer? 


 — Eu quero você, Lauren. Eu quero você pra mim. Vem me ver. Por favor, eu to com saudade. — ela disse tudo com uma voz carregada de tristeza. 


 — Lucy, por favor. 


 — Por favor digo eu, Lauren. 


Quando ela disse isso, vi Camila na porta, um pouco escondidinha. Não sei se estava ali há muito tempo. Droga. Vou ter que explicar toda essa situação de merda agora. Me virei, fingindo que não tinha visto ela ali. 


 — Lucy.


 — O que foi, Lauren? 


 — Faz um favor pra mim, e pra você, principalmente pra você... — fui atrapalhada.


 — Lauren, não! Eu não vou parar de insistir... 


 — Isso não é insistir. — agora foi minha vez de atrapalhar ela — Isso é se humilhar. 


 — O que essa garota magrela tem...!? 


 — Você lava a porra da sua boca antes de falar dela! Eu estou cansada de você, Lucy! 


 — Oh, meu Deus, desculpe! Esqueci que não pode falar da ninfeta. 


 — Lucy! Vai se foder! 


 — Eu quero que você faça isso. 


 — Garota, me esquece! 


 — Não quero. Eu não posso. E se você... 


 — Você é uma psicopata. 


 — Bla bla bla. 


 — Eu não sei porque ainda estou perdendo meu tempo. 


 — Estar comigo nunca é perder tempo. — ela disse rindo — E então, quando você vai me ver? Eu já disse que estou com saudade. 


 — Quando eu vou te ver? Nunca! 


 — Larga essa ninfeta. 


 — Vai tomar no cu e me esquece! — desliguei. 


Coloquei o celular no bolso de trás da calça que eu ainda vestia, me virei pra porta e caminhei forte. Vi Camila parada ali, suspirei fundo olhando pra ela, esperando questionamentos. Seu olhar era impassível. 


 — Quem é Lucy? 


 — Vai se vestir. Eu to precisando sair desse apartamento. Pegar um ar. E eu quero você junto comigo. Vamos. — eu ordenei, indo pro meu quarto. 


Ela não falou nada, só meu seguiu. Entrei no closet e ela veio atrás de mim. Coloquei uma camisa presta de meia manga, um moletom de capuz por cima, me sentei no puff dentro do closet e calcei meu coturno. Olhei pra entrada e vi Camila, estava terminando de colocar coturno também. Tinha colocado uma calça preta jeans, uma camisa de botão preta também e um casaquinho preto por cima. 


 — Você vai passar frio com essa roupinha. 


 — A gente vai sair? 


 — Hm, não, não exatamente. — eu disse. 


 — Então pronto, eu não vou passar frio. — ela disse convicta — Vai demorar muito? — perguntou coçando os olhos. 


 — Não. Vamos logo. — eu disse passando rápido por ela e saindo do quarto. 


Peguei minha chave, entrei no elevador com Camila, digitei minha senha pra garagem e esperei. Chegando no andar desejado, olhei para meus carros ocupando aquele lugar todo. Tinha de escolher um. Optei pelo Jeep preto. Destravei ele, fui para o lado do carona e abri a porta pra Camila, aguardando ela entrar. 


 — Obrigada. 


 — Ahn... E Ash? — perguntei me sentando no banco do motorista. 


 — Ah, deve estar lá em cima com Dinah... Senhora Louise mostrou-lhes o quarto. 


 — Ash e Dinah? Juntas? 


 — Pois é. 


 — Sinto que Mani não vai gostar. 


 — É, eu também sinto que não vai. 


 — Elas já namoraram? Ash e Dinah? Sei lá... — perguntei, ligando finalmente o carro e dando ré pra sair da garagem. 


 — Namorar sério não. Elas tiveram um rolo muito intenso. 


 — Entendi. 


Me calei e ela também. Dei duas voltas em Manhattan, Times... Por fim, decidi ir pra ponte de Brooklyn. Estacionei o carro e desci. Pulei o murinho, ficando na parte de pedestres da ponte. Vi Camila fazer o mesmo um tempo depois de rabo de olho. Me apoiei na grande, olhando pra cidade. Fechei meus olhos e respirei fundo. Ouvi a voz de Camila sair arrastada e falhada, não sei se pelo frio ou por sua pergunta: 


 — Quem é Lucy? 


 — É uma garota que eu conheço. — suspirei. 


 — Vocês...? 


 — Nunca namoramos. 


 — Mas vocês transaram? 


Não respondi, só olhei pra ela e retornei meu olhar pra cidade. Fiquei alguns minutos ali, só olhando a cidade, e sentindo o olhar de Camila cair em mim vez ou outra. Depois de uns 10 minutos, decidi voltar pra casa. Logo amanheceria e essa ponte ficaria lotada. Olhei pra Camila, indicando com a cabeça pra gente voltar pro carro. Entramos no veículo e...


 — Você vai me explicar essa história de Lucy de uma vez ou não? 


 — Camila... 


 — Eu preciso saber, Lauren. 


 — Certo. 


 — O que vocês tinham? Quando? Por que ela ainda tá atrás de ti? 


 — Não tínhamos nada. Vez ou outra nos encontrávamos pra sexo casual. Foi um pouco depois que te conheci. Ela ainda tá atrás de mim porque ela é... Psicopata! 


Ela não falou mais nada, só parou de me olhar e virou pra frente, olhando fixamente o vidro do carro, provavelmente perdida em pensamentos. Respirei fundo já arrependida de ter contado pra ela, liguei o carro e parti pra casa. Como já devia ser quase 5h da manhã, o trânsito em New York já começava a ficar impossível, principalmente por ser noite de ano novo. Finalmente chegamos ao Belatrice. 


 — Você não vai falar nada? 


 — Eu não tenho nada pra falar, Lauren. — ela disse suspirando e abrindo a porta do carro — Ah, eu vou subir, acordar Dinah e ir pra casa, tudo bem? 


 — Que?! Não! Você disse que moraria comigo. 


 — E-eu... 


 — Camila, não. 


 — Lauren... Eu vou. 


 — Não me deixe, por favor. 


 — Eu não vou te deixar. 


Eu sai do carro e dei a volta quase atropelando meus passos, impedindo que ela saísse na frente e me deixasse falando sozinha. Encostei ela no carro, batendo a porta atrás dela, peguei ela pela nuca e a olhei nos olhos. Fiquei encarando ela por um tempo, enquanto ela fazia aquela cara de poucos amigos, de quem só não me empurra porque gosta muito de mim. Respirei e comecei: 


 — Eu te quero pra sempre mesmo quando não estamos juntas. 


 — Eu só preciso de tempo, Lauren. Me de um tempo pra assimilar as coisas. 


 — Mas amor... A festa de ano novo hoje com meus pais. 


 — Eu vou contigo, ok? Eu só... 


 — Fica comigo, Camila. Eu te imploro. 


 — Pare de ser insistente. 


 — Certo. — soltei ela e dei três passos pra trás. 


 — Lauren... Lauren. Você sabe que eu te amo. Eu realmente te amo. Mas essa informação... 


 — Ela não foi nada. 


 — Eu acredito em você, mas é demais pra mim. 


Apenas assenti com a cabeça e dei mais dois passos pra trás, ainda assentindo com a cabeça. Me virei pro elevador e dei um meio sorriso fraco pra ela, de lado. Comecei a andar na direção do elevador e travei o carro no caminho. Entramos na caixa metálica e cada uma ficou em um canto. Digitei a senha do meu apartamento e ficamos ali esperando chegar no último andar. Quando as portas se abriram escutei um grito: 


 — Onde vocês estavam suas safadas? — Dinah gritava da sala. 


 — Ah, Dinah... 


 — Andando. — Camila disse. 


 — Hm, por que? 


Camila me olhou como quem diz "você fale se quiser, não quero falar disso agora". Ela passou por Dinah e foi pra cozinha, e Jane ficou ali me olhando confusa por nossas caras de cu. Respirei fundo e chamei ela com os dedos. Comecei a subir as escadas pra ir pro meu escritório, de lá ouvi Camila e Ash, eu acho, conversando. Entrei no meu escritório e me sentei no sofazinho de dois lugares que tinha ali. 


 — Comece a explicar. — Dinah falou, puxando um puff no outro lado do cômodo e se sentando nele — O que houve? 


 — Bem... Eu já cheguei a te contar sobre uma Lucy né? — ela concordou com a cabeça. 


 — A garota que você pegava antes de se entregar pra Camila né? Inclusive, que ficava atrás de você. 


Eu concordei e comecei a explicar toda a situação pra ela. Quando eu lhe disse que tinha contado sobre a Lucy pra Camila, ela começou a me chamar de idiota, disse que não era pra contar mas o que eu poderia fazer? Ela tinha ouvido a minha conversa. Respirei quando o assunto acabou e então, depois de um tempo, perguntei sobre Ash. 


 — Não, sua louca! — Dinah era a única pessoa que não tinha medo de me chamar de qualquer coisa — Não aconteceu nada ontem. 


 — Você tem certeza? Camila me disse dos flertes... 


 — Que vergonha! — ela colocou a mão no rosto — Eu tava bebada. 


 — Quando Camila subiu...? 


 — Não, Lauren! Eu já disse que não. Ela tentou... — riu e virou os olhos pra ela mesma — Mas eu consegui fugir. 


 — Vocês dormiram juntas? 


 — Não. Eu dormi num quarto e ela em outro. 


 — Que ótimo. Se não... 


 — Pois é! Graças a Deus Louis nos separou. 


 — Se você não tivesse Normani... Você ficaria com ela ou não? — perguntei curiosa e vi Dinah suspirando fundo. 


 — Ficaria, claro. A gente teve um rolo muito intenso, mas éramos muito novas também... 


 — Entendo. 


 — A gente quase se beijou ontem. — ela riu e bateu na própria testa. 


 — Me conta isso. 


Dinah POV 

*Flashback on* 


Eu estava sentada do lado da Ash no bar, e no banco da frente estavam Camila e Machine. Eu já estava um bocado bebada, com meu copo de martini na mesa. Eu e Ash estávamos flertando desde quando começamos a beber. Eu sabia que isso era errado porque eu tinha Normani, mas nesse momento, parecia tão certo. Era tão boa a sensação de ser desejada por outras pessoas. 


 — Vamos filmar esse momento. — Camila disse. 


 — Deixa comigo! — Machine tirou o celular do bolso do jeans. 


 — Não arruma ideia, Camila. Não me filmem, por favor. — eu disse, mas Camila só riu e voltou a atenção pra Machine e seu celular. 


 — Relaxa, baby. Eles estão se filmando. — Ash disse. 


 — Eu... Ash, para! — eu disse rindo e tirando a mão dela da minha perna rápido. 


 — Ela é tão boa de alisar e apertar. Você tá muito mais gostosa do que da última vez que te vi. 


 — Ashlee Juno... — eu disse encostando minha testa na dela — Aí, garota! 


 — Para de tentar resistir, Jane. — ela disse pegando na minha nuca — Você sabe que nunca vai resistir a mim. — me puxou mais pra perto e nossos lábios só não se encostaram por milímetros. 


 — Dinah! — ouvi Camila gritando. 


 — Puta merda! — empurrei Ash bem na hora — Puta merda! Eu namoro. 


 — Eu não me importo. — Ash disse. 


 — Eu sim. Minha namorada também. — falei. 


 — Parou de gravar, né? — ouvi Camila perguntando pra Machine enquanto discutia baixo com Ash. 


*Flashback off* 


Lauren POV 


 — Meu Deus, Dinah. 


 — Pois é. Inclusive... — disse ela se levantando. 


 — O que? — perguntei levantando também. 


 — Tenho que perguntar pra Camila se ela filmou aquilo, se apagou. 


 — Certo. Vamos descer então. 


Saímos do escritório, seguimos o corredor batendo papo e quando chegamos no alto da escada escutamos uma gritaria danada lá em baixo. Podia distinguir a voz de Camila e mais duas vozes femininas, uma delas parecia tão forte e brava que a voz falhava muito enquanto ela gritava, falhava mais do que a minha. Nos entreolhamos e corremos escada a baixo. Chegando na sala, conseguimos ouvir nitidamente o que era gritado: 


 — Me solta, Camila! 


 — Calma, não precisa disso, não aconteceu nada! — Camila disse. 


 — Eu vou matar essa mulher! Cadê a porra da Dinah?! Eu vou matar as duas! 


 — Meu Deus... — Dinah disse baixo do meu lado. 


 — O que? — olhei pra ela que passava as mãos no cabelo em desespero. 


 — É a Normani, Lauren. É a Normani!


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse capítulo e não me matem.


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