Fui ao encontro do Shaun, mas sem tirar Camila da cabeça por um segundo sequer. O que essa garota tinha? Por que eu pensava tanto nela? Será que eu... Não, não posso ser! Eu nunca me interessei por mulher nenhuma...
– Lauren! – alguém bateu na janela do meu carro.
– Que foi, porra?! – gritei.
– Sou eu, Shaun. Abre logo essa janela.
– Sai da porta pra eu poder sair do carro, seu idiota. – disse soltando um risinho.
Ele saiu da porta, eu coloquei o celular no bolso da frente da calça e sai com as chaves do carro na mão.
– Qual o problema, Shaun?
– Nada cara, vamos beber! – quando olhei pra trás dele, tinha um bar cheio de gente bebada e dançando.
– Você sabe que eu não bebo. – sorri pra ele.
– Só hoje Lauren, você anda muito séria, vem pegar umas doses de tequila...
Ele me levou pra dentro do bar, pediu duas doses de tequila pra mim, e fez uma coisa super estranha... Ele chamou uma mulher, consideravelmente gostosa e passou sal no pescoço dela.
– Você sabe Lauren..sal, tequila, limão.
E eu fiz sem pensar muito, peguei a garota pela nuca e lambi o pescoço dela, tomei uma dose de tequila e... Cadê o limão? Merda, tava na boca dela. Olhei pro Shaun.
– Limão Lauren. – ele disse com sorriso nos olhos.
Minha boca foi até a dela e eu suguei o limão, mas ela se livrou dele, me beijando, e que beijo... A língua dela era suave e a boca delicada, não era como beijar um cara, era totalmente diferente... Ela pegava na minha nuca, me deixando sem opção, o que me fez colocar as mãos na bunda dela, e que maravilha... Ela parou e me olhou.
– Uau. – ela disse com um sorriso.
– De nada, Lauren. – Shaun saiu de perto sorrindo.
– Hmm... Uau digo eu. – eu disse tentando me recompor.
– Bom, pelo visto seu nome é Lauren...
– Sim.
– O meu é Lucy.
– Nome lindo, grande prazer Lucy. - estiquei a mão direita pra ela.
– Digo o mesmo, Lauren. - ela pegou minha mão.
– Lucy... O que aconteceu agora...
– Você não curte mulheres né?
– Não, mas eu... Bom, eu curti demais isso aqui. – peguei um cartão no meu blaser – Se puder, me liga?
– Claro que ligo, quando eu quiser?
– A hora que você quiser. – eu pisquei pra ela.
– Ótimo. – ela me deu um selinho e saiu.
Uau... Que mulher. Eu bebi a outra dose de tequila que ainda me esperava na mesa e sai daquele bar, sem ao menos dar tchau pro Shaun. Dirigi até meu apartamento pensando que talvez eu me interessasse por mulheres sim. Cheguei na garagem, estacionei o carro e peguei o elevador. Entrei em casa e fui rastejando até o meu quarto, larguei minhas roupas no chão e me joguei na cama.
Acordei com uns raios de sol na minha cara. Levantei e fui até meu banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes e desci.
– Senhora Jauregui. – disse Louise.
– Tudo bem? – disse esfregando os olhos.
– Claro. – ela colocou o café da manhã na mesa.
– Nossa, obrigada Louise.
– De nada. – ela riu.
Eu comi tudo o que ela me fez e depois fui tomar banho. Me arrumei e desci pra saguão do prédio, ficando à espera do meu motorista.
– Bom dia, senhora Jauregui.
– Bom dia, Austin.
– Vamos pro seu escritório, senhora?
– Não, vamos passar numa loja primeiro.
Estava pensando em comprar um presente pra Camila, talvez um violão, então pedi para que Austin me levasse até a melhor loja de música da cidade. Pedi pra ele me esperar no carro e entrei na loja. Estava olhando alguns violões quando uma vendedora me rendeu.
– Bom dia, posso ajudar?
– Ah sim, eu gostaria de comprar... - me virei e, nossa, era a Lucy - Lucy
– Lauren? – ela sorriu pra mim.
– Uau, como... Você tá... Tudo bem?
– Tudo sim, e com você?
– Ah, eu to bem sim. Então, você poderia me ajudar? Quero o melhor violão que você tiver, por favor. – disse sem parar de sorrir.
– Claro, vem aqui. – ela atravessou a loja e me mostrou um violão cor de madeira – Esse é o melhor, e lindo também.
– Ótimo. Vou levar esse. Pode me dar tudo o que eu preciso pra tocar ele bem, também.
– Tudo bem, vamos pro caixa. – ela andou na minha frente – São pra você?
– Não, não... É pra uma amiga. – ela me olhou desconfiada e riu.
Ela pegou três saquinhos com cordas novas, três palhetas, um afinador, uma capotaste e uma capa pro violão. Passou tudo no caixa, me disse o valor e eu passei o cartão de crédito.
– Só isso?
– Não. Eu quero seu número também, só você tem o meu.
– Claro. – ela sorriu e anotou o número dela num papelzinho – Toma, pode ligar a hora que quiser.
– Eu vou ligar.
Entrei no carro e escrevi um bilhete pedindo desculpas pra Camila. Austin me deixou no prédio da minha empresa e eu o mandei até a casa de Camila para lhe entregar o meu presente.
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