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História A Thousand Hands - At Her Best


Escrita por: lorijauregui

Notas do Autor


Hallo friends. Esse capítulo não tem o que eu costumo escrever, mas espero que gostem.

Capítulo 47 - At Her Best


 

Lauren POV 


Escutei um barulho de tiro vindo do quintal da – ex – casa da Camila e corri pra porta de entrada, arrombando a mesma. Olhei pra varanda e vi Dinah encolhida no banco perto da piscina. Subi as escadas na procura da Ally, e a encontrei no quarto dela, abaixada na quina do lado da cama. Ela gesticulou pra que eu saísse e fiz isso. Desci correndo de novo, voltei pro meu carro e revirei o porta luvas, pegando minha Glock 9mm. Dei a volta na casa e entrei pelos fundos, batendo de cara com uma Dinah ferida no ombro, sozinha. 


 — O que houve? 


 — Lauren! 


 — Shhh, Shhh. 


 — Ele tá aqui. 


 — Ele atirou em você? 


 — Sim... 


 — Cadê ele? 


 — Disse que ouviu um barulho e entrou. 


 — Certo. Foi eu. Arrombei a porta da frente. — disse olhando pela janela. 


 — Lauren, você veio sozinha? 


 — Sim. Eu... Olha, eu vou entrar. 


 — Não! Você não pode entrar sozinha. 


 — Eu posso e eu vou. 


 — Se alguma coisa... 


 — Se acontecer algo, diga a Camila... 


 — Não faz isso, Lauren! — ela gritou e eu tapei a boca dela. 


 — Cala a boca! Sou eu quem ele quer. 


 — Você não pode fazer isso. — ela disse. 


 — Eu já to indo. Dinah, diga a ela que eu a amo mais que tudo. — abri a porta da varanda — E giganta, eu amo você também. 


Entrei na casa com a arma na altura do queixo, segurando firme com as duas mãos, mas quando estava prestes a subir as escadas, escutei um barulho de pneu. Corri pra porta de entrada a tempo de ver Shawn dirigindo um carro preto e Ally no banco de trás. Merda. Ajoelhei e dei dois tiros nos pneus, na tentativa de fazê-lo parar, mas não adiantou. Voltei pra onde Dinah estava correndo, colocando a arma na cintura e ajoelhei mais uma vez na frente da minha amiga. 


 — Ele levou a Ally. Sabe pra onde ele poderia ir? — eu disse olhando em volta — Vamos, levanta, eu tenho que te levar pro hospital. — coloquei ela apoiada no meu ombro e caminhei até meu carro. 


 — Lauren, como assim ele levou a Ally? — perguntou com a cabeça apoiada no porta luvas. 


 — Eu não sei. 


 — Como não sabe?! Você me disse isso! — ela gritou colocando a mão no ombro. 


 — Não coloca a mão! 


 — Mas tá doendo... 


 — Certo, mas não coloque a mão sem nada. 


 — Quer que eu coloque como então, Jauregui? — ela gritou quando estacionei de qualquer jeito em frente ao hospital — Já chegamos? Você é rápida, hein. — Dinah saiu do carro e se apoiou em mim. 


Deixei Dinah sendo atendida e voltei pro meu apartamento afim de usar todos os meus recursos pra encontrar Ally. Mandei Camila sair de perto e passei tudo pros meus homens. Alguns minutos depois, entrei no meu quarto e encontrei Camila um pouco bebada na minha cama. Parei séria perto dela e respirei fundo. Fui até minha estante de livros perto da varanda, abri a portinha de baixo e peguei uma garrafa de vodka, tirando a tampinha e virando ela toda na minha boca. 


 — Está tentando se matar? Se sim, vai conseguir. — ouvi a voz da Camila. 


 Camila POV 


 — Não seria uma má ideia, mas não, não estou tentando me matar. 


 — Você pode me contar? 


 — Te contar o que? Não tenho nada pra contar. — Lauren disse se virando pra mim. 


 — Claro que você tem, Lauren. O que houve? 


 — Não houve nada. 


 — Lauren, todos os seus homens estavam aqui. 


 — Eles ainda estão. Estão resolvendo algo. 


 — Algo... E o que seria? 


 — É confidencial. — ela disse olhando a janela. 


 — Ah, é? Virou FBI? 


 — Não, mas eu não posso falar. 


 — Aconteceu algo com a minha melhor amiga! — eu gritei pulando na cama e sacudindo o ombro dela — Me fala agora o que houve! Ou eu vou embora. 


 — Senhora Jauregui? — Austin e uma mulher mal encarada entraram no quarto. 


 — Sim? Vamos sair daqui. — ela atravessou o cômodo e eu a acompanhei — Você fica! — ela gritou apontando pra mim. 


Me sentei na cama e comecei a chorar tanto que não enxergava mais nada depois de um tempo, por conta das lágrimas. Com as mangas do casaco, limpei o rosto e me levantei, a procura do meu celular. Quando achei, disquei o número da Dinah, que chamou infinitas vezes, até que: 


 — Alô? Mila? Tudo bem? — minha amiga falou do outro lado da linha mas eu comecei a chorar mais — Ei, chancho, o que houve? Tá chorando porque? Não chore. 


 — Eu... Dinah, eu... — chorei mais ainda. 


 — Calma, Mila. Respira. 


 — O que houve com você? Você ligou pra Lauren e ela saiu daqui preocupada, às pressas. — solucei e passei a barra da manga na bochecha. 


 — Ela não te falou nada? Não aconteceu nada. — eu sei que ela tava mentindo. 


 — Você está mentindo, Dinah, eu te conheço. — suspirei. 


 — Eu... Olha, Mila, se a Lauren não te falou, é porque é o melhor. 


 — Lauren não sabe o que é melhor pra mim! — explodi. 


 — É claro que eu sei. — ouvi a voz dela atrás de mim e me virei. 


 — Daqui a pouco eu falo contigo, Dinah. — a ouvi concordando e desliguei. 


Lauren estava com o celular na mão, e uma cara triste e cansada. Austin apareceu atrás dela, ansioso. O que estava acontecendo aqui. Ela veio perto de mim e jogou o celular na cama, me fazendo olhar pra ele. Estava aberto num site de viagens, tinha uma passagem de avião pra Los Angeles no meu nome, e paga. Arregalei os olhos e me virei pra Lauren que já colocava algumas roupas minhas dentro de uma mala. 


 — O que está acontecendo, Lauren?! Você está louca! — eu gritei. 


 — Você vai. 


 — Não, eu não vou! O que?! Por que eu sairia daqui?! 


 — Porque você não está segura. 


 — Que?! 


 — Olha só, Camila. — ela largou as minhas roupas no chão e se aproximou com brutalidade, me fazendo recuar. 


 — O que foi, Lauren? Vai me bater? Ou vai me explicar o que houve?! — perguntei. 


 — Eu não acredito que você acha que eu levantaria a mão pra você. 


 — Eu... Eu... Me desculpa. 


 — Esqueça. Austin vai com você. Vocês embarcam daqui 3 horas. 


Ela fechou a mala e saiu do quarto devastada, me fazendo chorar mais ainda. Austin pegou as duas malas, a que eu tinha trazido da minha casa mais cedo e a que Lauren acabara de arrumar. Fiquei sozinha novamente, perdida em lágrimas. O que estava acontecendo? Ela não ia me contar? Troquei de roupa rapidamente, colocando um vestido estilo japonês, preto com uns detalhes dourados, e por fim, um salto médio preto. Prendi meu cabelo num coque bem feito e sai do quarto, me sentando na sala, onde tinha vários seguranças. Um dos caras se sentou ao meu lado. 


 — Olá senhorita, me chamo Tom Hardy. — ele checou o relógio de pulso e voltou a olhar pra mim. 


 — Assumo que saiba meu nome. 


 — Sim, senhorita Cabello. 


 — Ótimo. Então, o que deseja? 


 — Desejo lhe contar o motivo pelo qual a senhora Jauregui vai te mandar pra Los Angeles. 


 — Ah, finalmente alguém vai me contar isso. — olhei pra Lauren parada no hall de entrada nos encarando triste e confusa — Antes de me contar, pode me dizer porque ela mesma não vem fazer isso? 


 — Porque ela não quer lhe decepcionar, senhorita. — ele ajeitou a arma na cintura. 


 — Por que você precisa disso? E por que ela me decepcionaria? 


 — Preciso disso porque sou chefe de segurança da senhora Jauregui. E ela lhe decepcionaria porque... Bom... Você vai saber. 


Ele me contou tudo o que tinha acontecido e eu não era capaz de acreditar que Shawn tinha feito aquilo. Atacar Dinah e Ally? Por que? Depois de dizer que ia se afastar?! Tom disse que Austin e uma tal de Michelle Rodriguez iriam comigo no avião e ficariam comigo no hotel em Los Angeles, mas que ele chegaria lá no dia seguinte, já que precisava ficar hoje pra organizar toda a operação atrás do Shawn. 


 — Por que Los Angeles? Por que não me mandar pra Miami? Eu poderia ficar na casa dos meus pais. — eu disse me levantando — Não seria menos complicado? 


 — Exatamente por isso não podemos te mandar pra lá, entende? — ele me olhava ainda sentado — Ele sabe que seus pais moram lá. 


 — Então eles podem estar em perigo? Não! Eles não! — eu gritei indo em direção a Lauren — Pelo amor de Deus, Lauren, meus pais! 


 — Calma, eu vou mandar alguns homens pra Miami. — ela virou a cara pro lado — Acho que você já deveria ir. Eu vou chamar o Austin. — virou as costas e saiu, me deixando ver uma arma dentro de sua calça. 


Parei de frente pra Tom e fiquei encarando ele, que agora já estava de pé, e parecia duas vezes maior do que eu. Alguns segundos depois, Austin apareceu sozinho no hall de entrada, fazendo um aceno de cabeça pro Tom, que repetiu o ato e saiu, voltando com uma mulher extremamente linda. Ela vestia uma camisa branca, uma jaqueta preta por cima, uma calça social cor de terra e um tênis preto. Ela tinha traços bonitos e não muito comuns. Olhava séria pra mim, até que Tom abriu a boca. 


 — Senhorita Cabello, essa é Michelle Rodriguez. — ela se aproximou de mim e esticou a mão, que eu peguei na hora. 


 — Prazer, senhorita Cabello. 


 — Prazer, senhora Rodriguez. 


 — Vocês vão agora, certo Austin? Foi isso que Lauren mandou? — Tom perguntou pro motorista da mulher. 


 — Sim, foi isso. 


 — Tudo bem. Boa viagem, senhorita Cabello. 


 — Ahn, obrigada. Mas, cadê a Lauren? Ela não vai se despedir de mim? Cadê ela?! — perguntei já começando a chorar de novo — Austin, cadê a Lauren? Eu não posso ir sem me despedir dela! — entrei em desespero quando ninguém me respondeu — Pelo amor de Deus! Eu vou ter que ir atrás dela?! Eu não saio dessa casa enquanto Lauren não aparecer! — eu gritei. 


Então vi, Lauren estava com uma cara assustada parada perto do elevador. Corri pra ela chorando mais do que nunca e ela me envolveu em seus braços com força. Me separei dela quando escutei uma fungada no meu ouvido e ela chorava também. Lauren estava com a arma na mão direita e quando eu ia perguntar o porque disso, a porta do elevador se abriu. Ela me separou dela, e deu um passo pro lado, deixando Austin entrar no cubículo de metal com as minhas malas. 


 — Lauren, amor... 


 — Vai, Camila. Por favor, só vai. Eu não... — ela virou o rosto e passou a mão que segurava a arma nele — Eu preciso deixar você ir, e se eu ficar perto de você, eu não vou. — ela saiu. 


 — Lauren! 


 — Camila. 


 — Vai comigo, por favor, eu te imploro. 


 — Eu não posso. Me desculpa. 


Ela nem olhou pra trás, só continuou andando até sumir do meu campo de visão. Michelle se pôs ao meu lado e me guiou pra dentro do elevador. Eu estava perdida. Indo pro outro lado do país, fugida e praticamente largada pela mulher que eu amo. O que seria de mim agora?


Notas Finais


Qualquer coisa, falem comigo, comentem ou me mencionem no Twitter; @lmjcabxllo


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