O lugar que Camila estava era um bar caído, cheio de pessoas e sujo, no subúrbio de New York, queria saber o que ela estava fazendo metida ali. Mandei Austin aguardar no carro e desci. Eu entrei no bar e nem precisei procurar muito, ela estava perto da porta com aquele tal de Shawn, que estava tentando beijar ela da última vez em que ela bebeu. Cheguei perto deles e segurei na cintura de Camila.
– Boa noite. — disse pro garoto e estiquei minha mão pra ele.
– Tchau. – ele me encarou e virou as costas.
– Okay! — eu ri — O que você está fazendo aqui, Camila?
– Eu estou bebendo!
– Nossa, nem reparei! Que tal irmos pra casa?
– Não, eu vou ficar. — ela tentou se livrar de mim.
– Camila, eu vou te levar pra casa agora. — olhei nos olhos dela séria.
– Tá!... — ela disse olhando pros lados.
– Está procurando aquele tarado?
– Que tarado? — ela perguntou embolado e rindo.
– Aquele teu amiguinho, Shawn.
– Não... — ela riu e eu encarei ela — Não! — parou de rir — Eu tenho que achar a Ally. Meu deus, eu estou muito bêbeda!
– Ally? Aquela que mora contigo?
– Sim, ela veio comigo. — ela olhou pros lados — Ali! Ali está ela! — ela apontou pra um cantinho com mesa de sinuca.
Tinha uma menina baixinha e loira, um pouco mais parda que Camila. Ela estava dançando com uns caras que eu não conhecia e com o Shawn. Camila pediu pra eu esperar e foi até lá. Ela estava falando no ouvido da Ally por causa da música alta, e eu vi... Aquela garçonete da tarde passada. Ela estava vestida de bartender e tava indo até a Camila. Eu comecei a andar na direção delas enquanto via ela começar a dançar atrás da Camila e puxar ela pra um beijo. Ela beijou a boca da Camila rapidamente e Camila se afastou, mas ela a puxou novamente. Eu já estava perto o suficiente e pude ouvir Camila dizendo: "não, não!". Andei mais rápido e empurrei a garçonete.
– Qual o teu problema?!
– Ah, não, você de novo?! — ela gritou de braços abertos.
Eu empurrei Camila pra trás de mim e fui em direção da garçonete, a encarando.
– Que? — perguntei com a voz suave.
– Você! — ela cutucou meu ombro e eu olhei pra onde ela tinha tocado — Estava tudo bem, até você chegar.
– Meu deus, parem! — ouvi Camila gritar atrás de mim.
– O que você disse? — perguntei dando mais um passo pra frente.
– Você é surda? Eu e Camila estávamos nos dando super bem até você chegar e atrapalhar tudo, de novo!
Eu olhei pra Camila, estava com a maior cara de culpada e arrependida. virei pra garçonete e perguntei:
– Você beijou Camila?
– Ela me beijou, — ela riu debochando de mim — Nós nos beijamos e beijaríamos mais se você não chegasse!
Não pensei duas vezes e acertei um soco no rosto dela, fazendo ela cair no chão e me olhar com a cara toda suja de sangue. Virei pra Camila e fui até ela, estava abraçada com Ally.
– Com licença, Ally, certo? Perdão por isso — disse apontando pra garota no chão — mas será que eu poderia conversar com Camila em particular?
– Ahn... — ela me olhou preocupada e depois virou pra Camila, que fez que sim com a cabeça – Claro...Ahn, claro que pode.
Camila me olhou e eu fui andando na frente dela pra fora daquele bar horroroso, fui em direção ao meu carro pra conversar lá dentro. Quando estávamos pra atravessar a rua, Camila parou e me puxou, eu olhei pra ela e ela disse:
– Acho que vou vomitar.
– Agora?
Antes que pudesse responder, ela vomitou a rua toda e eu peguei no cabelo dela rapidamente. Ela vomitou por um tempo e quando olhou pra mim estava toda vermelha de vergonha. Eu a olhei e ela estava realmente mal, então eu chamei o Austin e mandei ele levar a pro carro.
– Eu já volto pra cuidar de você tá?
Ela me olhou com o rostinho todo pálido enquanto Austin lhe dava apoio até o carro. Fiquei olhando eles e quando ele a colocou dentro do carro eu entrei de novo no bar. A garçonete estava sentada na mesa de sinuca e Shawn colocava gelo no nariz e no olho dela. quando eles me viram, os dois me encararam e eu sorri pra eles. Fui até Ally e a cutuquei levemente no ombro.
– Ally, licença. — disse e ela olhou pra trás.
– Oi.. Lauren né? — perguntou.
– Sim. Camila não está bem, ela vomitou lá fora e não tá com uma boa cara. Eu sei onde ela mora, então vou levá-la pra casa, sei que você mora junto com ela, quer uma carona?
– Ah! Que gentil, mas não, obrigada — ela disse sorrindo pra mim — Eu vou com algum dos meninos.
Um dos caras que estavam dançando com ela, - ele estava sem camisa e tinha o peitoral todo tatuado - a chamou com os dedos e ela fez sinal pra ele.
– Então tudo bem. Boa noite pra você.
Sorri, ela assentiu com a cabeça e correu pro colo do tatuado, dando um beijão na boca dele. Meu deus! Sai logo dali. Abri a porta do meu carro e Camila estava deitada no banco de trás, dormindo.
– Eu acho que ela desmaiou, senhora.
– Oh ceus! — disse colocando a cabeça dela na minha perna — Me leva pra casa dela.
Fomos brevemente depressa para casa de Camila. O porteiro do condomínio dela já me conhecia por eu ter ido duas vezes lá. Austin estacionou na frente da casa dela. Eu a peguei no colo e subi as escadas da frente, procurei as chaves da casa no bolso do jeans dela mas não achei, então toquei a campainha.
– Quem é?! — alguém gritou de longe.
– Volta aqui sua safada! — outra voz gritou.
– Quem é?! — a primeira voz perguntou mais perto.
– Ahn, Lauren. Lauren Jauregui, estou com Camila.
A Dinah me olhou rapidamente pelo vidro ao lado da porta, pareceu não ter visto Camila no meu colo e depois vi a bunda dela só de calcinha correndo pro segundo andar da casa de novo e ela gritou:
– Já vai!
Ouvi uns barulhos lá em cima e depois de um tempo uma porta batendo. Camila estava começando a ficar pesada quando dinah abriu a porta. Agora ela estava de roupão, meio aberto, e eu pude ver partes do seu seio. Quando ela viu Camila no meu colo ela abriu a boca.
– Oh meu Deus! O que houve?
– Parece que ela saiu pra beber com alguns amigos e ficou mal, vomitou muito e em seguida desmaiou.
– Meu deus! — ela colocou as mãos na boca — Tadinha da minha Mila.
– Vocês a chamam de Mila? eu a chamo de Camz.
– Camz... — ela disse me olhando com um sorriso — Camz é fofo.
– Bom... — eu disse sem graça — Pode me dizer onde é o quarto dela? Pra eu a colocar na cama.
– Claro, claro, me segue.
Ela fechou a porta e a gente foi subindo a escada, quando estávamos quase chegando no fim da escada, alguém - que eu imagino que seja a tal da Normani - gritou:
– A branquela já foi embora!? Entra aqui logo, eu quero você!
– Cala a boca Normani! — Dinah gritou me olhando toda vermelha — Lauren ainda está aqui!
E ficou um silêncio chato. o quarto da Camila era no final do corredor. Dinah abriu a porta pra mim e disse:
– Pode ficar aqui com ela o tempo que quiser, ela confia em você e pelas poucas coisas que sei de você, você é uma boa pessoa. Ela gosta de você, senhora Jauregui. Ela é uma garota muito especial, cuide bem dela. Qualquer coisa eu estou naquele quarto que você já conhece.
Ela foi andando pelo corredor e entrou no quarto dela, me deixando ali na porta do quarto de Camila com ela no colo.
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