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História A Thousand Kisses - #14


Escrita por: yejiapsa

Notas do Autor


Não morri! Desculpa pela demora. Sem mais. Fiquem com o capítulo novo.

Para as universes, com amor. Boa leitura!

Capítulo 14 - #14


Eu confesso não ter tido coragem para dormir à noite, embora todo o meu corpo estivesse pedindo por um descanso. Depois que nos acomodamos na cama para realmente dormir (ou tentar, como era o meu caso), tudo o que eu consegui fazer foi observar Jinho dormindo.

Ele dormia como um anjinho, de costas para mim já que estávamos dormindo de conchinha como nos velhos tempos, e eu só conseguia encarar sua nuca e pensar no quão sortudo eu era por estar desfrutando daquele momento. Meu baixinho estava novamente comigo e nada iria nos atrapalhar dessa vez.

Beijei a pele descoberta de seu pescoço bem devagar e, relutante, eu me afastei dele. Já estava amanhecendo e eu não conseguiria dormir mais, era um fato. Decidi então por dar uma caminhada nos quarteirões e fazer alguns exercícios só para não perder o costume.

**//**

19 dias para o casamento.

Acordei com uma preguiça monstro e fiquei enrolando na cama, parecia que o lençol se enroscava nas minhas pernas e não deixava eu me levantar. Travei essa batalha por quase uma hora, sem brincadeira. Hongseok já não estava mais no quarto quando eu finalmente despertei, e pelo cheiro de sabonete que eu ainda consegui sentir, significava que ele já estava de pé, pronto, no pique. Invejei-o profundamente.

Assim que eu me sentei na cama eu senti uma dor incômoda bem lá. Pois é, bem . Todas as memórias da noite anterior passaram pela minha cabeça como um flash e eu sorri de canto. Cada detalhe era importante para mim.

O problema era apenas um: eu estava na casa da minha família. Com duzentas e trinta e cinco pessoas habitando lá nos últimos dias. O que significava que havia uma enorme chance dos moradores terem escutado minha pequena aventura na noite anterior. Quis me enterrar de volta na cama, mas escutei duas batidas na porta e minha mãe mandando eu me apressar, ela estava saindo, mas já estavam fazendo meu café da manhã. Ah, pois é, eu e os garotos vamos na loja fazer a prova das roupas para o casamento. Agora que faltam menos de 3 semanas para o evento nada pode ficar para a última hora ou a Yoojin vai surtar. Ela já anda meio estressada porque alguma das damas de honra ligou e disse que engordou, então vai precisar vir até aqui para aumentar o vestido.

Obriguei-me a levantar da cama e tomar um banho frio para acordad. O dia seria um saco, eu já podia prever, mas não tinha como evitar, infelizmente. Então eu precisava estar pelo menos bem desperto.

Assim que terminei toda a minha higiene matinal e desci, a realidade veio como uma bomba sobre mim. A casa toda tinha escutado jinhongseok agindo na madrugada. Notei que meu pai, meu tio e avô nem olhavam na minha cara direito, falavam comigo como se eu fosse a parede. Deviam estar tão constrangidos quanto eu naquele momento. Minha mãe e tia já haviam saído para levar a minha avó em uma consulta médica e me pouparam disso. Pelo menos delas eu me livrei. Já Changgu... daquele demônio eu não me livrei, não.

Quando percebi, os garotos ainda estavam lá na cozinha. Wooseok e Hyunggu conversavam sobre um videogame que havia sido lançado e Changgu terminava o café da manhã. Hongseok estava terminando de cozinhar o meu café da manhã e o dele também. Pelo que eu entendi, ele estava comendo só aquela hora porque havia ido fazer exercícios físicos bem cedo, voltou a tempo de tomar banho e descer para preparar tudo.

O problema era que Changgu não parava de me encarar com um sorrisinho de canto e uma cara de trevoso que manjava das coisas.

Eu sentei na mesa e o incômodo na minha bunda ainda estava lá. Ótimo. Eu te mato, Hongseok! Tentei disfarçar, mas o tinhoso não deixou escapar.

- A noite foi boa ontem, hein, Jinho.

Wooseok quase cuspiu seu pão e junto de Hyunggu passou a me observar.

- Não enche! - Resmunguei para Changgu.

- Poxa, Hongseok, achei que você tivesse dado um bom trato nele essa madrugada, mas ele ainda está mau humorado.

- A gente tenta. - Hongseok fingiu se lamentar, com um sorriso de canto perverso acompanhando Changgu enquanto despejava os ovos fritos e a colocava a jarra de suco diante de mim.

- Você não dê bola para o que ele fala. - Alertei Hongseok, que apenas sorriu e sentou-se ao meu lado.

- Sério. - Changgu continuou. - Quase eu batia na porta de vocês ontem à noite. Estavam assustando as crianças.

Ele fez sinal com a cabeça na direção de Wooseok e Hyunggu, que deram risadinhas se divertindo da minha situação. Chutei a canela de Changgu por baixo da mesa, ele gemeu de dor e eu lhe lancei meu olhar mais mortal.

- Ok, ok. Vou te poupar do constrangimento. Mas da próxima vez, por favor, nos poupem disso também e esperem até não ter ninguém em casa. Ou, sei lá, arranjem um motel.

- Pode deixar, da próxima vez será silencioso. - Hongseok deu uma risadinha soprada, fazendo Changgu rir junto, e eu dei uma cotovelada nele. - Ouch! Ok, parei também.

As coisas seguiram assim até que chegou a hora de ir à loja. Yoojin já estaria lá com o alfaiate e só precisávamos tirar o carro da garagem. Como eu era o mais velho e responsável dali (cof) eu quem iria dirigindo.

Como as coisas pareciam estar dando certo para mim e Hongseok, quando avistamos Hwitaek na garagem dele, Hongseok o cumprimentou amigavelmente. O que uma dose confiança não faz com as pessoas, não é mesmo?

O trajeto não durou nem 15 minutos, sem trânsito, e já estávamos na loja. Tira roupa, coloca roupa, mede roupa, tira roupa, experimenta outra... um saco todo o processo. Mas Yoojin já havia separado tudo para nós cinco. Ela era perfeccionista e queria roupas iguais para todos, especialmente para mim que seria um dos padrinhos.

Uma hora depois e eu estava na cabine da loja experimentando a última camisa social que iria com a calça preta que eu estava usando, quando alguém entrou naquele cubículo comigo e trancou a porta. Se alguém chutou "Hongseok", está certo.

- O que está fazendo aqui? Isso é uma loja!

Só então me dei conta de que ele estava com a sua própria camisa na mão, ou seja, estava apenas com a calça social. Respirei fundo.

- Está louco?

- Calma, Jinho. - Ele rolou os olhos. - Eu só quero a sua ajuda nisso aqui. Não quero ficar andando seminu pela loja te esperando.

Ele colocou a camisa social e me mostrou os punhos. Ele não conseguia fechar os botões que tinham ali. Suspirei. Certo, era só isso.

Fiz o que ele pedia, mas os botões principais de sua camisa ainda estavam desabotoados, chamando a minha atenção para o seu torso.

- Que? Gosta do que vê? - Provocou.

- Você sabe a resposta. - Suspirei, já impaciente, não queria ninguém nos encontrando naquela situação constrangedora.

Ele se aproximou de mim e me encostou na parede. Sua mão direita segurou meu rosto e a outra se apoiou na parede, me prendendo ali.

- É melhor ainda quando você fala. - Sussurrou e logo me deu um selinho, dois, três...

- Acho melhor sairmos daqui. - Tentei me descencilhar, mas sua mão livre segurou minha cintura, prendendo-me ali.

- Só mais um pouquinho.

Fazer compras era um saco, vamos admitir. Mas fazer compras com Hongseok dentro da cabine do provador era muito bom, tenho qye admitir. Um outro nível.

Ficamos ali durante mais alguns minutos, trocando beijos e carícias. Cada vez que eu tocava seu abdôme eu o sentia se contrair, estava navegando por águas perigosas e não poderia arriscar nada do que me vinha em mente. Não era hora de fazer saliências na loja, ainda mais estando acompanhado dos meus primos.

Por sinal, assim que saímos do provador (com Hongseok vestido), Changgu foi o primeiro que vimos porque claro que eu tinha que ser bem azarado mesmo.

- Estava procurando vocês. - Ele me olhou, malicioso. - Na cabine do provador, Jo Jinho?!

- Vai se foder. - Falei baixinho enquanto me afastava, sentindo o rosto arder por ter sido flagrado.

Ainda bem que não fizemos nada demais, ou ele não me deixaria viver em paz pelo resto da semana.

Almoçamos em um restaurante perto da loja mesmo, mas só nós cinco, pois Yoojin tinha compromissos com Minhyeok e os pais dele. Não prolongamos muito e logo fomos para casa.

Em alguns momentos durante o dia, parei para pensar se eu estava sendo fácil demais. Tudo bem que eu passei meses afastado de Hongseok não deixando nem ele respirar o mesmo ar que eu. E agora estávamos bem. Quando eu pensava no motivo da separação era que eu ficava encucado. Traição. Eu não admitia esse tipo de comportamento, mas estava perdoando Hongseok, e não apenas isso, eu estava voltando com ele.

Avaliar essas coisas me fez ver o tamanho do sentimento que eu tenho por ele. Eu havia me magoado bastante, sofrido muito ao descobrir o que ele havia feito. Pior, eu havia visto! Mas nem isso foi o suficiente para extinguir o amor que eu sinto por ele, e menos ainda a chama da paixão. Ela continuava acesa como se fosse nosso primeiro dia de namoro. Uma palavra sussurrada, um toque, e ambos já estavam em chamas.

Acho que apesar de tudo, eu só precisava dele por perto. Ver que ele não havia desistido da gente mesmo depois de tudo o que aconteceu me deu uma energia nova, um motivação para perdoá-lo. Ele poderia ter ficado com a outra pessoa ou mesmo uma nova depois que eu passei a ignorá-lo por meses. Muita gente enche o saco e parte mesmo pra outra. Mas o que ele fez foi um erro, e ele se mostrava arrependido. Só de ver aquilo tudo em seus olhos é que eu havia voltado para ele.

- Ei! - Senti alguém cutucar meu pé e se sentar ao meu lado na varanda. - Perdido na lua?

Changgu apontou com a cabeça para a lua lá em cima iluminando a rua e eu sorri. Eu estava divagando mesmo.

Ele sentou ao meu lado e ficamos calados por algum momento. Não era constrangedor, mas decidi quebrar o silêncio.

- Eu falei com Wooseok. Ele não está afim de você.

Changgu colocou a mão no peito e soltou o ar como se estivesse aliviado.

- Menos mal. Mas por que ele está tão estranho?

- Ele acha que gosta de garotos.

- Uau! - Changgu ficou realmente surpreso.

- Mas não se preocupe, nem comente nada com ele. Não é você.

- É Hyunggu?

- Também não. Ninguém conhece, acho que nem ele está muito certo disso. Mas não quis desapontá-lo com o que eu acho. Melhor deixá-lo descobrir por si só.

- Ele sabe que pode contar com você, hyung. Se precisar ele virá te procurar.

- Espero que sim, e espero poder ajudá-lo nisso. Se ele realmente gostar de garotos, não será fácil.

Lembrar do tempo de aceitação da própria família era um pouco complicado. Nem tudo foi um mar de rosas, e embora eles já estivessem acostumados a terem um homossexual na família, em se tratando do bebezão da casa Wooseok as coisas poderiam ser um pouco diferentes.

- E você e Hongseok? Estão bem?

- Acho que sim. Pelo menos até o momento.

- Fico feliz que as coisas estejam se acertando entre vocês. Era muito estranho vê-los separados mesmo ainda se gostando tanto.

- Era sobre isso mesmo que eu estava pensando. - Suspirei. - Será que não foi rápido demais? Será que não vou me arrepender de ter deixado ele se aproximar? Não vou ficar lembrando da traição e jogando na cara?

- Hyung, você gosta dele! Você pode passar o resto da sua vida se lamentando e se perguntando "e se eu tivesse dado uma chance para ele?" ou pode retomar logo o relacionamento e ver no que dá. Se lá na frente achar que não é nada disso que queria, então termina. Pelo menos tentaram.

Refletiu um pouco sobre aquelas palavras, pois sabia que Changgu estava certo. E como fã #1 jinhongseok de carteirinha ele devia ter algum crédito.

- Tudo bem, vou tentar espantar esses fantasmas e seguir a minha vida em frente, não voltar pro passado.

- É assim que se fala! - Ele se animou. - Agora vamos que o jantar está pronto e foi o seu namorado quem fez. Já está ganhando pontos com a sogra!


Notas Finais


Adivinhem só? Já estou pensando na minha próxima longfic do Pentagon! E será com jinhongseok, huidawn, yuki, shinseok e yanone. Mas obviamente só irei postá-la depois que terminar essa daqui senão não acabo nunca nenhuma fic :x hahahaha

Qualquer erro podem me falar, depois venho arrumar tudo. Pentakisses! 😚


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