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História A Trindade de Athena - Uma nova estrela a brilhar



Notas do Autor


Eu queria ter postado ontem, mas estou com uma cachorrinha doente e numa correria com veterinário. Orem para ela melhorar, por favor, oração nunca é demais.
Eu chorei um pouco ao escreve esse capítulo, não sei se estou sensível demais ou se ficou triste mesmo. Me perdoem se chorarem também.

Capítulo 8 - Uma nova estrela a brilhar


Fanfic / Fanfiction A Trindade de Athena - Uma nova estrela a brilhar

Apolo se surpreende com a chegada de seu tio, Poseidon, segurando Sorento em seus braços, principalmente ao ver que as partes quebradas da Escama de Sirene cortavam o braço do deus dos mares, manchando inclusive o que sobrou da escama com o Ikhor sagrado de Poseidon, porém, o deus dos mares parecia não se incomodar com os cortes.

 

Apolo: *com semblante sério* Vejo que esse mísero humano que lhe serve como soldado deve ser muito especial para você, tio, para fazê-lo despertar e vir a minha presença sem aviso. Aconselho a buscar outro ser para lhe servir como mascote, pois não creio que este vá resistir muito tempo.

 

Poseidon: Apolo, meu sobrinho, você nunca vai compreender. Esse “mísero humano” a que você se refere, não é apenas meu soldado, ele é meu amigo. A lealdade que ele tem tanto comigo quanto com meu receptáculo humano é maior do que o afeto de todos os filhos que já tive durante minha longa vida. Senti a vida dele em perigo, não poderia deixar que acontecesse algo com o único ser que posso chamar de amigo.

 

Apolo: Amigo? Parece minha irmã Athena falando do Cavaleiro de Pegaso dela. A propósito, a resistência desse seu mascote é quase igual a daquele Cavaleiro.

 

Poseidon: Tive o prazer de batalhar contra o Pégaso, é um guerreiro admirável, assim como Sorento.

 

Apolo: Ele te selou junto com Athena, não é possível que não haja nenhum rancor, tio.

 

Poseidon: Rancor é para aqueles que não tem a capacidade de reconhecer as qualidades alheias, Sobrinho, e não nos permite crescer.

 

Poseidon leva Sorento em seus braços e o acomoda inconsciente ao lado de Sakura e dirige a palavra a Elda.

 

Poseidon: Por favor, jovem guerreira, cuide do Sorento e de Dice enquanto resolvo um assunto de família.

 

Elda: Sim, Senhor Poseidon, cuidarei deles.

 

Sakura: Você é mesmo Poseidon? Sempre ouvi falar de você, é um dos meus deuses olimpianos favoritos.

 

Poseidon: *sorrindo levemente* Obrigada, e você é a minha deusa da justiça favorita também. Pena que ainda não despertou totalmente, senão poderia me ajudar a dar uns puxões de orelha no meu sobrinho, mas, você pode cuidar de meu amigo por mim.

 

Sakura: Tudo bem, eu cuido desse teimoso.

 

Poseidon: Obrigada.

 

Apolo: Não creio que você vá mesmo me desafiar por causa desse mísero humano! Somos da mesma família!

 

Poseidon: Família? Vivemos em guerra entre si, matamos uns aos outros por prazer, estamos sempre tentando mostrar um para o outro quem é o mais poderoso, não sei se somos a melhor definição de família. Minha família são Sorento e Tetis, que estão sempre ao meu lado quando preciso.

 

Apolo: Tio, todo deus que se afeiçoa por humanos não tem um destino favorável. Você sabe disso, não sabe? Lutar contra um deus para proteger um humano é o mesmo que declarar guerra ao panteão. Athena já tentou me convencer, mas não conseguiu.

 

Poseidon: Hunf! Seu filho era muito mais corajoso que você, Apolo.

 

Apolo: NÃO MENCIONE O MEU FILHO! Asclépio amava os humanos, tentou-lhes conceder a imortalidade e foi eternamente aprisionado por isso, e hoje poucos sabem quem ele foi! Esses humanos não merecem o carinho que um deus possa ter por eles. São criaturas fracas e frágeis, não muito diferente dos vermes que habitam o mundo.

 

Poseidon: Zeus aprisionou seu filho por capricho, a culpa não foi dos humanos! Você há amou os humanos um dia, Apolo, você mantinha o equilíbrio na terra para mantê-los felizes, mas a morte de Asclépio enrijeceu seu coração. Seu filho teve coragem de seguir seu ideais mesmo que isso lhe custasse a vida, diferente de você, que direcionou sua raiva para o que seu filho sempre tentou proteger, ao invés de criar coragem para desafiar seu pai.

 

Apolo faz um minuto de silêncio, fecha os olhos, respira fundo e aperta seus punhos e depois reassume a postura firme e séria de antes.

 

Apolo: Meu filho era muito puro, escolheu lutar por criaturas imundas, e foi esquecido pelas pessoas pelas quais ele lutou. Por isso acho que os humanos são tão ingratos que não merecem compaixão. Eles destroem tudo que tocam e depois colocam a culpa de seus fracassos nos deuses. São seres tão fracos que esse seu soldado não conseguiu sequer me tocar durante o combate. Mas se insiste em lutar por ele, não vou me conter.

 

Apolo ergue sua mão, acumula uma esfera de energia similar a um pequeno Sol, e a lança na direção de Poseidon, que ergue seu tridente, porém, antes que a esfera de energia chegasse até Poseidon, Sorento havia despertado e tomado a frente de seu mestre, recebendo o golpe.

 

Sakura/Elda/Poseidon: SORENTO!!

 

Poseidon ajuda seu Marina a se erguer o questionando do porque tomou essa atitude.

 

Sorento: Mestre, Apolo duvida da capacidade humana. Combater um deus olimpiano do mesmo nível, só vai provar a eles que nós, os “míseros humanos”, somos mesmo frágeis e incapazes como ele afirma. Se alguém tem que combater com ele, sou eu.

 

Poseidon: Amigo, você está machucado demais para isso. É loucura!

 

Sorento: Por favor, Mestre.

 

Sakura se levanta e, com muito esforço, vai até Sorento e Poseidon, com lágrimas aos olhos, e faz algo que surpreende a todos, ela abraça o Marina.

 

Sakura: Por favor, não faça isso! Você vai morrer, e não vai poder ajudar ninguém se estiver morto. Eu não quero que ninguém morra. Você disse que não gosta de me ver sofrer, mas mesmo sendo chato, você tem sido legal comigo, se você morrer, eu vou sofrer. Já basta o Dohko estar do jeito que está por ter tentado me proteger.

 

O Marina fica imóvel, sem reação, pois não esperava essa atitude da garota, que até agora mostrava um pouco de desprezo por ele. Aquela pequena demonstração de afeto o comoveu, mas ele sabia o que precisava ser feito.

 

Sorento: Sakura... Você é inteligente, sabe que o que eu falei tem sentido, não sabe? É a única forma de convencer Apolo a nos deixar fazer o que é necessário para salvar o Dohko.

 

Poseidon: Sakura... Deixe o Sorento lutar, ele tem razão. Apolo só vai compreender a grandiosidade e a capacidade de um humano quando senti-la o atingir.

 

Apolo: Isso é ridículo! Ele nunca seria capaz de me atingir.

 

Sorento: Apolo, sei de minhas limitações como humano e de seu grande poder como um deus, mas se um de meus ataques conseguir te atingir, você atenderia o pedido que vim fazer?

 

Apolo: Se você conseguir me tocar com seus ataques, deixarei que minha neta Panacéia, e também minha neta Iaso, possam ir curar a pessoa que você disse estar enfermo, mas...

 

Sorento: Qual a outra condição?

 

Apolo: Se você não conseguir, Dice terá que ficar aqui comigo. Ela é jovem, poderá me dar bons descendentes. E independente de você ganhar ou não a esse combate, se você morrer, quero seu corpo como troféu. E sem intervenção de Poseidon ou de Dice no combate.

 

Sorento: NÃO DEIXAREI VOCÊ TOCAR NELA!

 

Poseidon: Não acho que deva envolver a jovem no acordo, ela ainda nem despertou totalmente como deusa! E se Sorento morrer, ele merece ser velado como o Guerreiro que foi, e não virar um adereço em seu Templo.

 

Apolo: Você não confia na capacidade desse seu Marina? Essas são minhas condições.

 

Elda: Não tem outra forma de curar o Dohko? Vamos voltar, por favor, SORENTO!

 

Poseidon: Elda tem razão, deve haver outra forma de salvarmos o cavaleiro de Libra.

 

Sorento: Já pesquisei, não há outra forma. Se ele foi atingido pelo Sono Mortal de Eos, morreria duas horas depois do ataque, ele só não morreu porque foi atingido também pelo golpe da deusa da lua, que acabou impedindo o cérebro dele de desligar. Nem mesmo Eos pode desfazer o efeito, somente uma das deusas da cura podem salvá-lo.

Poseidon: Mas você nem tem ataques físicos que possam atingi-lo, Sorento!

 

Sorento: Tenho sim, Mestre, apenas nunca usei. As Sirenes não matavam suas vítimas com a música, era apenas uma atrativo, elas os abatiam de outras formas. Eu só preciso tocar nele, e prometo que conseguirei, até porque, agora tenho algo mais importante do que minha vida para proteger nesse momento.

 

Poseidon: Entendo. Sakura, deixe ele ir.

 

Sakura: Mas ele vai morrer! Você não vai fazer nada?

 

Poseidon: Já estou fazendo, estou confiando nele e honrando a vontade dele como Guerreiro. Eu sei que ele vai vencer, Sakura, ou melhor, Dice, deusa da Justiça, porque ele quer salvar o amigo, e ele é capaz de fazer qualquer coisa pelos amigos dele.

 

Sorento: Obrigada, Mestre, por me entender.

 

Sakura então solta Sorento, segura o choro, e antes de se afastar, deixa suas palavras de apoio.

 

Sakura: Vou torcer por você, espero que sobreviva, você prometeu que ia me contar o motivo dessa fixação por mim. Se você morrer eu te mato!

 

Sorento: *dá um pequeno sorriso* Eu sempre cumpro minhas promessas.

 

Apolo: Se já terminaram de fazer cena, não tenho o dia inteiro.

 

Sorento: Estou pronto, Apolo.

 

Apolo novamente lança suas esferas de cosmo, similares a pequenas super novas, mas Sorento, mesmo ferido, consegue desviar delas e inicia sua Sinfonia Final da Morte.

 

Apolo: Essa música não me afeta, imbecil!

 

Quando Apolo diz essas palavras, começa a sentir vertigens.

 

Apolo: O que é isso? Você está usando a música para me enfraquecer, e não para me atacar. Essa sinfonia é diferente da que ouvi você tocar enquanto combatia com meu Tenente da Coroa Solar. Mas ainda assim, seu esforço é inútil.

 

O deus do Sol faz seis dessas esferas de cosmo e lança todas contra Sorento em uma única vez, provocando uma grande explosão, mas tirando forças de onde não tem, o Marina consegue criar uma barreira com sua Flauta, e consegue repelir as esferas e fazê-las voltar para Apolo.

 

Apolo: Impressionante, Sorento, uma esfera seria suficiente para te matar, você é bem resistente. De onde vem essa força? Não precisa responder, é indiferente, vou acabar com você de uma vez ao invés de ficar testando quantos ataques você suporta.

 

Sorento: Apolo, enquanto eu tiver alguém importante para defender, buscarei forças até aonde não existem. Tenho Sakura, Poseidon e agora, Shun e Ikki, que posso chamar de meus amigos queridos, então não vou desistir. Preciso salvar Dohko de Libra, ele é um homem honrado que não merece morrer, ele ainda tem muita coisa a fazer nesse mundo.

 

Apolo: Vocês e esses sentimentalismos inúteis são entediantes. Amigos não existem. MORRA GENERAL MARINA!

 

O Deus do Sol lança uma esfera gigantesca na direção de Sorento, que tenta desviar, mas percebe que não haveria tempo para isso, e começa a queimar seu cosmo como nunca havia feito antes e, de repente, surgem as escamas de Dragão Marinho, Cavalo Marinho, Chrysaor, Scylla, Lymnades e Kraken, e bloqueiam o ataque que atingiria o Marina.

 

Apolo: O que é isso? De onde surgiram essas escamas?

 

Poseidon: As almas dos Marinas que perderam a vida durante a Guerra contra os Cavaleiros de Athena vieram proteger Sorento. O que você diz que não existe, a Amizade, é algo tão precioso que atravessa até as fronteiras da Morte, Apolo. Garotos de almas puras e com mágoas da humanidade foram selecionados para serem meus Marinas. Eles eram amigos, e seus espíritos não deixariam Sorento lutar sozinho.

 

No Santuário...

 

Saga: Kanon, irmão, o que tanto olha no horizonte?

 

Kanon: Senti a Escama de Dragão Marinho se mover, apesar de não ser mais um General Marina, tenho ligação com ela. Estou preocupado com Sorento, que sumiu.

 

Saga: Ele vai ficar bem.

 

Kanon: Espero que sim. Ele se tornou um Marina por minha culpa, espero que não aconteça nada com ele.

 

Saga: Ele pode ter se tornado um General Marina por sua culpa, mas continuou como um por escolha própria, então, se ele é um Guerreiro Nobre, parte disso ele aprendeu com você.

 

Kanon: Obrigada pelas palavras, irmão. *pensando* Sorento, gostaria estar lutando ao seu lado agora, mas espero que meu cosmo chegue até você.

 

Devolta ao templo de Apolo...

 

Sorento olha as escamas a sua frente e vê a imagem de seus antigos companheiros, como se estivessem ali presentes, concedendo-lhes seu cosmo, mesmo após a morte.

 

Sorento: *chorando emocionado* Amigos, obrigada por vivem de seu descanso para me ajudar. Não desperdiçarei esse esforço, bem como a confiança do Imperador Poseidon sobre mim, que me trouxe nos braços mesmo se machucando ao fazer isso.

 

O General Marina começa a queimar seu cosmo de forma tão intensa que até mesmo Apolo se surpreendeu, as imagens dos Generais Marinas desaparecem, bem como as Escamas, que se retiram, e a escama de Sirene começa a brilhar com uma luz tão intensa como o nascer do Sol e tomar uma forma mais adornada e maior.

 

Apolo: *pensando* Está acontecendo o mesmo que aconteceu com Pegaso, a escama está se transformando em uma Kamui! Como pode? O Sangue de Poseidon! Será que meu tio segurou o Marina em seus braços daquela forma propositalmente?

 

Poseidon: Está surpreso, Apolo? Esse é o poder que os humanos desenvolvem quando querem defender o que amam. Diferente de nós, eles tem a capacidade de se superar e ultrapassar seus limites. A ultima vez que vi uma Escama Divina foi na primeira Guerra dos Deuses, não achei que outra delas atingira esse estágio.

 

Sakura: Escama Divina? O que é isso?

 

Elda: É como as armaduras de Ouro, existe a forma convencional e a Divina. Athena confeccionou as armaduras douradas em pares recentemente, foi um presente de Hefestos e Afrodite por vencerem a Guerra Santa, mas antes eram formas diferentes da mesma Armadura.

 

Sakura: Hefestos é o Ferreiro do Olimpo, não é?

 

Elda: Sim, ele que ensinou aos Muvianos a arte de construir e restaurar armaduras.

 

Sorento começa a criar uma esfera de energia cósmica muito poderosa, que formava uma esfera cheia de espinhos, surpreendendo o deus do Sol.

 

Apolo: Está tentando copiar meu ataque, Marina? Que ingenuidade!

 

Apolo cria uma esfera gigantesca, que parecia uma réplica do Sol, e ambos lançam seus ataques, que se colidem, provocando uma explosão que destruiu uma grande parte do que estava ao redor deles. Poseidon cria uma barreira para proteger Elda, Sakura e ele da energia provocada pela colisão dos ataques. Quando a poeira e a luz se dissipam, Apolo vê Sorento ás suas costas, de costas para ele, tocando sua flauta uma canção triste, como uma canção de despedida, e em minutos sua escama volta a forma normal e o Marina cai ao chão exaurido.

 

Apolo: Eu disse que você não conseguiria, perdeu a vida sem conseguir me tocar.

 

Sakura e Elda correm chorando até Sorento na tentativa de ajudá-lo

 

Apolo: Por que choram por uma criatura tão fraca? Ele não conseguiu sequer me tocar, como prometeu.

 

Poseidon: Eu não diria isso tão cedo, Apolo. Já olhou seu abdômen?

 

Apolo olha e percebe que sua roupa estava rasgada e havia um grande arranhão que parecia ter sido feito pelas garras de uma águia.

Apolo: Mas como? Quando ele fez isso?

 

Poseidon: Essas foram as Garras da Sirene, o ataque proibido. Elas eram criaturas metade humanas e metade aves de rapina, usavam a música para atrair suas vítimas, depois as estripavam com suas garras. Para usar esse ataque Sorento precisou transformar o sangue do próprio corpo em garras que estavam dentro da esfera de energia que ele te lançou, e também, as escamas de Sirene ativam suas garras, ele foi logo atrás da esfera.

 

Apolo: Ele usou a esfera como distração para me atingir com o outro ataque. Tenho que admitir, ele é um ótimo estrategista. Como prometi, vocês poderão conversar com minhas netas.

 

Poseidon: Sobrinho, espero que Sorento não tenha morrido, ou não vou me conter. *olhar furioso para Apolo*

 

O Imperador dos Mares vai até Sorento, vê que Sakura tinha colocado ele deitado em seu colo e chorava.

 

Poseidon: Como ele está?

 

Elda: Ele ainda tem pulsação, mas não acorda.

 

Sakura: Ele vai ficar bem?

 

Poseidon: Se ele sobreviveu, ficará sim. Ele é nosso chato grudento, não vai nos deixar assim tão fácil. Olhem, parece que ele está acordando.

 

Sorento abre um pouco os olhos e dá de cara com Sakura, o primeiro rosto que ele vê, com muito esforço leva sua mão ao rosto dela, e a chama por um nome diferente do seu.

 

Sorento: Cicília!

 

Sakura: Quem é Cicília? Sou eu, a Sakura. Fica vivo, você prometeu que ficaria, lembra?

 

Sorento: Sakura! Me perdoe, não queria te fazer chorar, mas não sei se vou conseguir cumprir minha promessa dessa vez.

 

Sakura: Não diga bobagem!

 

Sorento: Cicília é minha irmã mais velha, ela morreu nos meus braços quando tinha sua idade e eu não pude protegê-la, mas pude fazer isso agora. Vejo ela em você... são idênticas. Obrigada por me fazer lembrar de como era quando ela estava viva.

 

Sorento usa suas forças e conta a Sakura sobre sua irmã, enquanto isso, no Santuário...

 

Saga: Kanon, o que houve? Está com cara de Assustado, por que essas lágrimas?

Kanon: Acho que Sorento está partindo, irmão...

Saga: O que está dizendo? Como sabe?

Kanon: Eu recrutei os Generais Marinas para Poseidon, sei a história de cada um, Sorento era o de coração mais puro entre eles.

Saga: Entendo, é semelhante ao laço que tenho com os Cavaleiros de Ouro mais jovens. Como você o encontrou?

Kanon: Ele se jogou no mar quando tinha dez anos, tentou se matar, mas a correnteza o levou com vida até o templo de Poseidon.

Saga: Uma criança tentando tirar a própria vida?!

Kanon: Ele carregava uma lembrança que o assombrava. A mãe dele morreu quando ele nasceu, o pai ele nunca conheceu, ele e a irmã mais velha foram morar com os tios, que os aceitaram por obrigação. Os tios eram de uma família rica, mas não tinham nenhum amor pelos sobrinhos. Ele só tinha a irmã dele, que era a única pessoa que ensinou a ele o que era ser amado. Como os tios eram ricos, isso atraiu a atenção de criminosos que seqüestraram ele e a irmã. Ele era pequeno, chorava muito, isso irritou os seqüestradores, eles queriam bater nele, a irmã entrou na frente e por mais que ele gritasse para soltarem ela, eles fizeram muitas maldades com a garota, e como os tios não se dispuseram a pagar resgate, os seqüestradores decidiram matar os dois, tiraram a vida da irmã dele na frente dele, ela morreu no colo dele, quando iram fazer o mesmo com ele, a polícia chegou no local, os seqüestradores conseguiram fugir e deixaram Sorento lá chorando sobre o corpo da irmã morta.

Saga: Que história triste! Nós, cavaleiros, estamos acostumados a lidar com a morte desde pequenos, mas para alguém que vive uma vida normal, é horrível, e ele só tinha seis anos.

Kanon: Os tios o mandaram para um colégio interno depois disso e nunca foram visitá-lo. Ele sempre foi uma criança diferente, era muito inteligente e maduro para idade, então os coleguinhas o excluíam e zombavam dele, que sempre foi o órfão abandonado. A única coisa que o confortava era a música, que ele aprendeu a gostar com a irmã, que tocava flauta para ele dormir. Ele nunca se perdoou por não conseguir ajudar a irmã.

Saga: Deve ter sido traumatizante para ele.

Kanon: Ele passou a odiar a humanidade por conta de tudo que aconteceu, perdeu a esperança de um mundo melhor e se jogou no mar, e eu, como o Monstro que fui, usei a dor dele para transformá-lo em um Marina para servir meus propósitos egoístas.

Saga: Irmão, todos nós cometemos erros.

Kanon: Foi Sorento, junto com Ikki, que me fizeram compreender os erros que cometi. É irônico que um Marina de Poseidon tenha me ensinado a reconhecer o amor de Athena, que nunca me abandonou. E agora ele está partindo.

 

De repente, Tetis entra na casa de Gêmeos correndo desesperada e abraça Kanon.

 

Kanon: Tetis... Você também sentiu?

 

Tetis: Sorento, acho que ele está nos deixando, Kanon.

 

De volta ao Templo de Apolo...

 

Sakura *chorando*: Sorento, eu não sou sua irmã, mas posso ser se você quiser. Não morre, por favor.

 

Poseidon: *chorando* Sorento... *pega na mão dele*... Obrigada por tudo, meu amigo. Cuidarei dela para você.

 

Sorento: Obrigada, Mestre. Sakura, seja feliz, como minha irmã nunca pôde ser...

 

O jovem guerreiro adormece no colo da jovem Sakura, que tentava em vão acordar o General Marina, que fechou os olhos e repousou em seu sono eterno.

 

Sakura *desabando em lágrimas*: Sorento, acorda, não me deixe... Agora que estou te considerando meu amigo, você vai embora? Acorda, por favor...

 

Apolo observa a cena, com um semblante frio e de desprezo, se aproxima deles.

 

Apolo: Finalmente ele morreu. Pedirei para um de meus soldados trazerem até aqui minhas netas Panacéia e Iaso, agora me dêem licença e deixem-me carregar meu troféu para meu templo.

 

Poseidon *ajoelhado*: Apolo, sobrinho, não posso sujar a honra de Sorento e quebrar a palavra dele, mas lhe imploro, me deixe velar meu amigo como ele merece. Não o transforme em uma peça de sua coleção.

 

Apolo: Não poderei te atender, tio. Se serve de consolo, apenas preservarei o corpo dele em um local que reservo para os Guerreiros que mais chamaram minha atenção. Se um dia eles renascerem, com posse do corpo, conseguirei saber onde estão. Por consideração a você, tio, não irei transformar ele em pedra, o corpo dele permanecerá intacto, jamais perecerá, como se ele estivesse apenas dormindo em paz. Podem ficar com a flauta como lembrança, se quiserem. Aproveitem que estou sendo generoso.

 

Sakura: GENEROSO!! GENEROSO?? VOCÊ É RIDÍCULO!!

 

Apolo: Como ousa falar comigo nesse tom?

 

Sakura: É o único tom que você merece. Alguém cruel como você não merece respeito e muito menos ser chamado de deus! O Sorento era uma pessoa boa, muito melhor que você, e você trata ele como se fosse um objeto, isso é imperdoável. Alguém sem coração como você, só merece desprezo.

 

O cosmo de Sakura explode e invade todo o templo de Apolo, as vestes da deusa da Justiça se mostram, finalmente, ela despertou em sua totalidade.

 

Elda: O que está acontecendo?

 

Poseidon: Ela despertou como deusa. Agora, a decisão dela é o veredicto final.

Sakura: Apolo, eu me lembrei de tudo, inclusive das maldades que tens feito contra os humanos e contra sua irmã Athena.

 

Apolo: Seu cosmo é assustador, jovem Dice, mas sabe bem que não pode sequer me ferir com gravidade significante. És uma deusa que julga, não que pune.

 

Sakura: Cedo ou tarde, a decisão do meu julgamento recairá sobre você. Os inevitáveis te punirão com a morte de acordo com a dor que causou aos inocentes.

 

Apolo: Ninguém pode me matar, sou imortal. Diferente de você e de Athena, eu não quis nascer como um humano, que é a decisão mais humilhante que um deus pode tomar.

 

Sakura: Não vale a pena sujar minhas mãos com você, nem mesmo te dar atenção, mas te condeno a receber a punição equivalente ao tamanho do seu orgulho.

 

Poseidon: Dice, não vale a pena discutir com ele. O coração dele, se é que tem um, foi tomado pelo orgulho.

 

Apolo: Leve essa criança tola daqui, tio, antes que eu perca a paciência. A deusa da punição divina está selada, não tenho nada a temer. No momento, sou o deus olimpiano mais poderoso na Terra. Agora deixem-me levar ele daqui antes que eu me arrependa e os expulse daqui.

 

Poseidon: Vamos, Dice. Não vamos tornar o Sacrifício de Sorento em vão, ele não ficaria contente com isso.

 

Sakura: Infelizmente, você tem razão, Poseidon.

 

Sakura, mesmo contra sua vontade, se afasta e deixa que Apolo leve o corpo de Sorento, e vira o rosto para não ver a cena, que partiu seu coração, e o mesmo fez Poseidon, que se sentiu impotente naquela situação.

 

Poseidon: Apolo, deixe a flauta com ele. *lágrimas escorriam na face* Ele amava a música, essa flauta foi a companheira dele por seis anos, deixe-a com ele.

 

Poseidon entrega a flauta a Apolo, que a pega e parte de lá com o corpo do General Marina e o leva até um aposento aonde ele guardava os corpos dos Guerreiros que ele considerava dignos do respeito do deus do Sol e pede para um servo arrumar e acomodar seu novo “troféu” e vai até seus aposentos. Quando abre a porta de seu quarto, ele vê uma presença que jamais imaginou encontrar.

 

Apolo: O que vocês estão fazendo aqui?

 

Vozes: Apolo, o que você fez? Sabe a conseqüência disso?

 

Enquanto isso, na parte de fora do Templo, minutos depois Apolo se retirar, um soldado  trás Iaso e Panacéia até Sakura, Elda e Poseidon. Eles explicam o que aconteceu e as deusas se comovem.

 

Iaso: Sinto muito pelos atos de meu avô. Depois do que aconteceu com nosso pai, o coração dele endureceu e ele nunca mais olhou os humanos do mesmo jeito.

 

Panacéia: Ele não nos permite sair do Templo do Sol e nem ter contato com humanos com medo que tenhamos o mesmo destino de nosso pai.

 

Elda: Desculpem, mas falar sobre o que seu pai fez ou pedir desculpas, não vai trazer o Sorento de volta. Precisamos ajudar o Dohko de Libra, o que devemos fazer? Nem mesmo o sangue sagrado de Athena conseguiu curá-lo.

 

Panacéia: Alguém que viveu mais de duzentos anos sob efeito do Misophetamenos não consegue se curar com o Sangue Sagrado de qualquer deus, pois acaba ganhando resistência as propriedades curativas.

 

Iaso: Mas o sangue das deusas da cura poderá curá-lo. Nenhuma doença ou mal cria resistência ao nosso sangue.

 

As duas deusas furam seus braços e enchem uma pequena ânfora com o sangue delas e entregam a Sakura.

 

Iaso: Ele só precisa de uma gota de nosso sangue. Levem essa ânfora para usarem em outros guerreiros que receberem danos incuráveis.

 

Poseidon: Obrigada por serem gentis conosco e respeitar nossa dor.

 

Os três então partem dali para retornar ao Santuário, e Elda vê um objeto dourado no chão, se aproxima para ver do que se trata, e vê que era o Elmo da Escama de Sorento. Ela entrega o Elmo a Sakura.

 

Elda: Acho que ele ia preferir que ficasse com você.

 

Sakura: *segurando o choro* Obrigada.

 

Quando os três retornam ao Santuário, Athena os esperava ansiosa e ao mesmo tempo aliviada por vê-los em segurança, mas percebeu que Sorento não havia voltado com eles e o Elmo do Marina estava nas mãos de Sakura. Eles então vão até o quarto aonde estava Dohko e dão a ele uma gota do sangue das deusas da cura, e o Cavaleiro de Libra logo desperta, vendo o rosto de Sakura o esperando, ao mesmo tempo triste e feliz.

 

Dohko: Sakura!! *abraça a jovem* Obrigada por me trazer de volta, eu ouvia você me chamar quando estava do meu lado. Mas... Por que está triste?

 

Sakura: Você só está bem porque o Sorento foi buscar a cura para você. Ele morreu, Dohko.

 

A menina desaba em lágrimas no ombro do Cavaleiro de Libra, que acaba chorando junto com ela e a abraça tentando confortá-la.

 

Dohko: Te prometo que a morte ele não será em vão... Jamais terei como agradecer ele.

 

Na casa de Virgem...

 

Shaka: Shun, o que está olhando aqui fora?

 

Shun: A estrela principal de Virgem, Spica, está brilhando mais forte hoje. O que será que houve?

 

Ikki subiu até a casa de Virgem e se aproxima de Shaka e Shun para lhes dar a notícia.

 

Ikki: Shun, Shaka, a sua Constelação Protetora ganhou uma nova estrela, e nós perdemos um amigo.

 

Shaka/Shun: *segurando o choro* Sorento...

 

Os três contemplam o brilho da estrela em homenagem ao seu amigo.

 

Em paralelo ao ocorrido, no templo de Ares, Camus desperta do efeito do ataque de Eos, e quando acorda, percebe que está deitado no colo de Selene, sem sua armadura e sem camisa, ele se levanta de forma abrupta e percebe que Hyoga não está com ele.

 

Camus: O que aconteceu? Aonde está Hyoga? O que você fez comigo?

Selene: Estava cuidando de seus ferimentos. O ataque de Eos ataca de dentro para fora, sua armadura não te protegeu por isso. Seu discípulo está bem, cuidei dele também, e a jovem Saory está bem alojada. Não se preocupem, não deixarei que machuquem nenhum dos três.

 

Camus: Você nos ataca e agora se preocupa com nossa segurança? O que você quer afinal?

 

Continua...



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