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História A Troca - A Notícia


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Estou nervosa, nunca escrevi para o público, rs.
Gostaria de agradecer a minha amiga Debis, que sempre me incentivou a divulgar os meus textos.

Por favor, dêem uma olhadinha nas notas finais que tem recadinho :)

* AOS NOVOS LEITORES *
— Estou editando os capítulos, entao não estranhem se a linguagem estiver um pouco diferente destes aqui. Em breve os outros serão revisados também.

Agora vamos ao que interessa, espero que vocês gostem!

Capítulo 1 - A Notícia


 — Co-como assim?

Eu estava nervosa. Porque ele estava fazendo isso comigo?

— Para mim não dá mais, Hermione. Acho melhor a gente terminar.

 Viktor não olhava pra mim, parecia sentir vergonha do que estava falando.

Depois de quase quatro anos de namoro, eu me encontrava ali. Parada e perplexa. Não conseguia entender o que estava acontecendo. Ali eu permanecia, sentada na escada e olhando pra ele. Meu coração esperava que ele voltasse atrás, que ele se arrependesse e me dissesse que era apenas mais uma crise, mais uma briga.

Nós já tínhamos brigado tantas vezes antes. Não poderia ser o fim.

— Você precisa entender o meu lado, Mione... – Viktor continuou, ainda sem olhar pra mim. – Começamos a namorar muito cedo...

— Muito cedo?! – o interrompi. – É isso que você tem a me dizer, Viktor?!

Eu me levantei rapidamente e fui em direção a ele. Não conseguia mais esconder o meu nervosismo.

 – Nós temos uma história juntos. Construímos tantas coisas, tantos planos! Pra você chegar agora me dizer que começamos cedo demais!

— São seus planos, Hermione! São os seus planos, não os meus! – ele argumentou, exasperado.

Eu não consegui falar mais nada. Não depois daquilo que ele havia acabado de me dizer. Voltei a sentar nos degraus atrás de mim. Meus olhos marejaram, mas as lágrimas não quiseram cair. Ainda bem, porque pra mim já bastava o que ele estava falando. Não queria passar mais uma vergonha, chorar na frente dele.  

Viktor suspirou e apoiou a cabeça na parede.

— Mione, entenda... – ele passou a mão pelos cabelos negros. – O que a gente viveu foi lindo, mas éramos crianças. Foi paixão adolescente.

Eu continuava atônita. Viktor olhava para mim como se me desse uma explicação óbvia.

— Eu passei quase todo o meu ensino médio com você, e não que isso não tenha sido bom, mas, eu não aproveitei nada da vida. Eu quero curtir, aproveitar o mundo. Conhecer novas pessoas. Namorando eu não posso ter isso. Você é toda certinha, focada nos seus estudos e nos seus planos. Eu não sou assim e nem quero ser assim agora.

     Boa, Hermione Granger. Parabéns! Você acaba de levar um pé na bunda!

Noites na balada eram mais interessantes que eu.

— Eu não quero perder o contato. Temos muitos amigos em comum e você sabe que eu sempre vou ter um carinho enorme por você. – parecia que ele estava explicando aquilo mais para si mesmo do que para mim. – Acredito que ainda podemos ser amigos e não jogar fora tudo aquilo que nós tivemos um dia.

     Realmente, não vamos jogar fora tudo o que tivemos um dia.

Que por sinal, ele acabara de dizer que não era o suficiente. Eu me perdi em meio a toda aquela situação patética.

— Mione? Hermione? Você ainda está aí?

Dedos foram estalados na minha frente. Viktor fixou os seus olhos castanhos no meu, procurando algum sinal de atenção.

 – Você ouviu tudo o que eu disse? – perguntou receoso.

Eu havia escutado tudo o que ele dissera. Cada palavrinha. Meu coração doía, de verdade, mas ainda sim eu não consegui chorar. Talvez ele estivesse certo. Nosso relacionamento havia chegado ao fim.

Viktor foi o meu primeiro namorado sério. Começamos a namorar quando eu tinha dezessete anos. Ele era o sonho de consumo de toda escola. Alto, forte, lindo, mais velho. Famoso nos os corredores da escola, a promessa no esporte entre os professores. E mesmo em meio a toda essa áurea encantadora ao redor dele, em meio a todas as meninas que se jogavam aos seus pés, ele havia me encontrado estudando no banco dos fundos do colégio e começado a conversar comigo.

Ele havia pedido meu número, ele havia me chamado para ir ao cinema. Ele havia me beijado. E por fim, ele havia me pedido em namoro. Talvez o peso das ações dele tenha caído sobre os ombros dele agora, quatro anos depois.

Respirei fundo.

— Sim, Viktor, eu ouvi – disse por fim.

— E então? – ele perguntou, apreensivo. – O que você me diz?

— Tudo bem, Viktor. Siga sua vida.

Um meio sorriso surgiu nos lábios do homem a minha frente. Ele realmente queria aquilo.

— Não encare isso como o fim, Mione...

Viktor dobrou os joelhos e se abaixou. Ele ficou na mesma altura que eu. Seus dedos ásperos acariciaram minha bochecha.

— Eu disse, sempre vou ter um carinho enorme por você.

— E o que isso significa? – perguntei confusa.

Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— Significa que eu sempre vou querer você na minha vida. E que eu sinto que um dia, quando eu me ver desejando alguém pra vida toda, eu irei te procurar.

Uma centelha de esperança se abriu no meu coração.

— Quando isso, Viktor? – questionei.

— Não sei Mione. Pode ser a qualquer momento. Amanhã, depois, mês que vem, ano que vem... – respondeu. – Eu realmente não. Só que eu espero que você também queira isso. Queira um dia reatar o que vivemos.

     Eu quero.

Balancei a cabeça, em negativa.

— Não sei, Viktor. Talvez eu queira. – falei.

Viktor sorriu e se aproximou de mim, levando sua boca de encontro a minha. Nossos lábios permaneceram colados, por alguns segundos, em um selinho demorado. Quando Viktor iria aprofundar o beijo eu o refreei gentilmente, colocando minhas mãos em seu peito. Eu não pretendia prolongar aquele momento.

Ele percebeu e não insistiu.

— Está na hora de você ir. – eu disse, ainda com minhas mãos apoiadas nele. – tenho que arrumar minhas malas para viagem de campo.

— Ah, é mesmo. Você tinha comentado sobre isso – ele se levantou – Para onde vocês vão mesmo?

Viktor nem mesmo se lembrava de qual era destino da viagem que eu vinha comentando há meses. A fagulha antes acesa voltara a se apagar.

Eu me levantei.

— Grand Canyon. – respondi, seca. – Viajamos depois de amanhã.

Viktor meneou a cabeça em concordância. Eu o acompanhei até a porta. Depois de atravessa-la Viktor virou-se para mim.

Ele apoiou a mão no corrimão de ferro da escada de entrada.

— Então, te vejo na volta... pode ser? – perguntou.

— Estudamos na mesma universidade. – sorri amarelo. – Não é muito difícil nós nos encontrarmos lá.

Viktor sorriu de canto.

— É. Não é difícil mesmo. – concordou. – Te vejo lá.

Assenti. Viktor se despediu com um beijo demorado na minha testa e se afastou em direção ao carro. Ele deu partida no motor e acenou pra mim com a cabeça, antes de sumir no final da rua. Devagar, eu fechei a porta. A lágrima guardada nos meus olhos permaneceu ali por um tempo e dissipou-se, firme em não cair.

Talvez isso seja um sinal.


Notas Finais


Então, meus amores. O que vocês acharam do capítulo?
Deixem aqui embaixo os lindos comentários de vocês.

Se vocês quiserem saber quem a Mione procurou para conversar logo depois é só dar uma olhadinha lá n'A Escolha, no capítulo 05 ~ "A Promoção"

==> https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-escolha-6710455 <==

Me digam o que vocês acharam desse capítulo, a opinião de vocês é muito importante pra mim.

Beijos!


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