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História A Troca - O Acerto de Contas


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Oi gentchê!

Hoje eu tenho alguns comunicados importantes (ou não, rs):
Entããao... Mil desculpas, mas nas próximas três semanas eu só postarei apenas um capítulo por semana, e não dois, como o proposto.
Por quê?
- Semana de prova que me mata sempre, always and ever.
- Na outra semana eu tenho visita de campo, ou seja, uma semana no mato sem internet.
- Eu estou trabalhando em outro projetinho que eu acho que vocês vão gostar:
===> Saber mais sobre o lado de Harry e Ginny!
Sim, estou trabalhando em uma spin-off deles dois, com todos os detalhes da relação dos dois, de Snape, da vida de Harry... Quero muito levar a diante, se vocês concordarem, claro!

Juro de coração que vou recompensar a falta de capítulos depois, se tudo der certo.

Agora, vamos ao capítulo de hoje de uma vez, que nem eu aguento mais esperar. Adianto que ele está muito divertido... haha!

Capítulo 14 - O Acerto de Contas


 

– Ron...

Hermione sussurrou no meu ouvido enquanto eu beijava seu pescoço. As mãos dela que antes seguravam as minhas costas, firmes, subiram para o meu cabelo, a me arranhar durante todo o percurso.

Trilhei um caminho de beijos até a sua barriga. Hermione já não fazia a mínima questão de esconder os gemidos que estavam presos em sua garganta. Eu estava adorando escutar os seus sons, que chegavam aos meus ouvidos cada vez mais altos.

Peguei-a no colo e Mione enlaçou as pernas ao redor da minha cintura. Enquanto eu a carregava até a cama, Hermione largou da minha boca apenas para mordiscar a minha orelha. Sua língua explorava extensão do meu lóbulo.

A apoiei com as costas no colchão. Antes que eu fizesse algum movimento a mais, ainda com os pés ao redor da minha cintura, Hermione me virou e ficou por cima de mim.

Eu ri, malicioso. Não percebi nenhuma safadeza a menos no sorriso ela.

– Não é só você que tem seus truques, Weasley.

Sua atenção voltou para meu corpo. Hermione sentia o volume abaixo de si. Ela decidiu me provocar um pouco mais, movimentando-se lentamente. Seus braços foram levantados e eu retirei a sua blusa sem muita dificuldade. O sutiã preto de renda tirou o meu fôlego.

O meu raciocínio já não era lógico. Hermione adicionou mordidas ao meu ombro nessa mistura. Eu me coloquei sobre o seu corpo, rapidamente. Concentrei toda a minha dedicação ao par de seios a minha frente e dois minutos depois o sutiã preto estava no chão. Eu afundei o meu rosto em um dos mamilos enquanto acariciava o outro com uma das mãos.

Eu ainda queria mais. Ela também. Eu me afastei um pouco só para visualizar melhor a cena a minha frente. Aquela mulher maravilhosa, de olhos fechados e completamente livre para mim. Senti o corpo de Hermione estremecer outra vez ao meu toque. Meus dedos desceram ágeis até o zíper da peça jeans que cobri aos seus quadris.

Segurei o cós da short e comecei a descê-lo lentamente até metade das coxas de...

– Merda! – eu exclamei irritado.

– Porra, não, não...! – eu fechei os olhos novamente, numa tentativa vã de voltar a dormir, mas o barulho insistente do celular tocando impediu qualquer concentração possível.

Vencido, atendi a porra daquele aparelho.

– O que você quer? – eu falei audivelmente nervoso.

– Para que tanta violência a essa hora da manhã? – Harry perguntou, rindo do outro lado da linha.

– Você me atrapalhou.

– E o que exatamente eu atrapalhei?

     A minha transa imaginária.

– O meu sono. – respondi, desanimado. – Diga logo o que você quer, por favor, para eu poder voltar a dormir.

– Chega de dormir. – ele falou, diferentemente de mim, bem empolgado. – Você vai me acompanhar em uns lugares aí.

– Para quê?

Eu não estava entendendo nada do que o Harry estava falando. Acho que as bebidas da noite anterior ainda estavam agindo na mente dele.

– Vou comprar um presente pra Ginny.

– Harry, hoje é o seu aniversário, não o dela. Espere mais duas semanas e me chame de novo.

Harry riu.

– Eu sei disso, suprema inteligência. É que hoje vamos sair para jantar e eu tô pensando em entregar a primeira parte do presente que eu comentei com você no dia do j0go.

– Nem quero saber qual é a outra parte, cara. 

Harry soltou uma gargalhada do outro lado da linha e eu acabei fazendo o mesmo.

– Estou pensando se devo mesmo levantar da minha cama para isso, Potter. – eu provoquei, embora já me espreguiçasse.

– Ron, você prometeu que ia ajudar! – Harry exclamou desesperado e eu caí na risada – Agora eu estou precisando da sua ajuda, então levante daí.

– Por falar nisso, eu acho que a Ginny tá puta com a sua cara.  

As feições da minha irmã ultimamente não andavam amigáveis. – Acho que por você ter a ignorado essas últimas semanas.

– E você acha que foi fácil pra mim, por acaso? – Harry questionou. – Toda vez que a Ginny vinha puxar assunto, eu desviava, mas com vontade de jogar tudo para cima e ir com ela.

– Paciência é uma virtude, Potter.

– Você bem sabe disso, né?

     Bastante até.

– Por que eu sei bem? – indaguei, já desconfiado do que o Harry iria falar.

– Ron, pelo amor de Deus, você acha mesmo que eu já não percebi que tá rolando alguma coisa entre você e a Mione?

Eu dei risada com gosto. Embora não tivesse acontecido nada de excepcional entre nós, o meu interesse por Hermione era evidente há algum tempo.

–Você nem se dá mais o trabalho de negar.

– Eu também não me dei o trabalho de afirmar nada.

– Como se levar Hermione em casa todos os dias já não fosse afirmação suficiente...

– Eu não a levei para casa essa semana! – me defendi, porque era verdade. – Hermione não quer me ver nem pintado de ouro por causa da resenha de Lupin que nós estragamos.

– A resenha que você estragou, Ronald! – Harry provocou. – Porque você é lerdo para caralho.

– O refrigerante derrubou porque você queria puxar o trabalho da minha mão para ler também.

– Mas no final ela só brigou com você. Isso não é interessante?

     Até que é...

– Se você diz...

Preferi não me manifestar sobre a observação que o Harry havia feito.

 

...

 

Liguei o chuveiro e deixei a água escorrer pelo meu corpo. Tá na hora de você tomar vergonha na cara, Ronald, e ir cortar esse cabelo. Sacodi a cabeça e ri da possibilidade de não ir mais ao barbeiro. Passaria a prendê-lo com um elástico, por pura preguiça, como um dos meus irmãos.

Demorei um pouco mais do que o de costume no banho. Durante esse tempo ouvi Ginny do lado de fora e pressupus que ela estivesse acompanhada, provavelmente das mesmas pessoas de ontem à noite, a Hannah ou a Angel. Enxuguei meu corpo assim que saí do box e usei a mesma toalha para secar os meus cabelos, enquanto me distanciava do banheiro para vestir a minha roupa.

A cena que eu vi dentro do meu quarto foi capaz de me deixar sem ação por um tempo. Hermione estava parada a me encarar assustada e de olhos arregalados. Eu demorei a entender o motivo do olhar dela, até que percebi que eu estava completamente nu.

Sem muita demora eu enrolei a toalha ao redor da minha cintura.

– O-o q-que você tá aqui dentro?!

– N-na-nada!

Hermione respondeu vacilante. – Eu achei que aqui ainda fosse o quarto da Ginny!

Levantei uma sobrancelha.

– Se aqui era o quarto da Ginny, não é mais.

     Interessante...

Conveniente, na verdade.

– É, eu percebi.

O tom era de desculpas. Hermione apontou na direção do corredor. – Mas já tô saindo!

Eu cheguei à porta do quarto mais rápido do que ela e rodei a chave na fechadura.

– Antes a gente vai resolver uns assuntos inacabados.

Eu comecei a andar lentamente na direção de Hermione. Ela deu alguns passos para trás, de modo a manter distância de mim.

– Eu posso enfim saber o motivo da senhorita estar me evitando a semana inteira? – indaguei devagar.

– Estragar a minha resenha não é motivo suficiente?

     Não.

Eu ri, sarcástico.

– Resenha essa que, por sinal, você conseguiu reescrever em menos de dez minutos. – comentei, ainda a me aproximar. – Eu quero o motivo verdadeiro, Hermione. Essas desculpas que você me dá eu já conheço de cor.

– Que outro motivo seria, Ronald? – Mione voltou a retrucar. – O mundo não gira a favor do seu ego, sabia?

Eu não pude conter o meu sorriso ao escutar o que ela tinha dito. Olhei por cima de Hermione e percebi que logo, logo ela não teria mais para onde ir.

– O que eu sei é que você ainda não me respondeu. E, até onde eu saiba, você não consegue atravessar paredes de concreto.

Hermione sentiu a superfície logo atrás dela e se encolheu. Eu aproveitei a oportunidade e apoiei as minhas mãos na parede, de cada lado do corpo do seu corpo, prendendo-a entre os meus braços.

Olhei para baixo, em sua direção.

– E então...?

Hermione engoliu a seco.

– Não é nada demais.  – respondeu sem me encarar. – Apenas besteira minha.

Franzi o cenho.

– O que aconteceu?

– Ron, não foi nada.

Ela teimou, autoritária. – agora me deixe sair daqui!

– Não vou mover um músculo até você me responder.

Permaneci no mesmo lugar. Mione soltou um suspiro ao ouvir a minha negação, vencida.

– Você me acha... oferecida?

A pergunta de Hermione me pegou de surpresa. Ela olhou para mim ansiosa. Suas írises achocolatadas concentradas no meu rosto, a espera de uma resposta.

– Claro que não! – retorqui. – De onde você tirou isso?

– É que eu acho que talvez a gente esteja indo rápido demais e...

Seus olhos agora focavam no meu peito enquanto falava. Parecia mais uma conversa entre ela e ela mesma. A interrompi. – Indo rápido demais para onde, Hermione?

– Não sei... É que... Ah, droga, eu não sei.

O tom de frustração por não saber essa resposta me fez soltar uma risada.

     E abriu a minha mente para novas perspectivas.

Eu cheguei um pouco mais perto.

– Você quer que a gente chegue a algum lugar?

– Não...

– Então você não quer que aconteça nada entre a gente?

– Também não... 

     Essa mulher é maluca, só pode.

Hermione me encarou novamente. Sua respiração estava acelerada. Eu me peguei perdido, admirado, dentro daqueles aqueles olhos castanhos e confusos por alguns segundos.

Curvei-me na direção do rosto dela. Meu nariz encostou na raiz dos seus primeiros fios de cabelo e eu senti o cheiro bom que exalava.

– O que você quer, Granger?

– O que você quer, Weasley? – Hermione devolveu a indagação no mesmo tom que eu havia usado.

     Você.

– Um beijo. – sussurrei em seu ouvido. – Eu quero um beijo.

Pelo movimento da mandíbula de Hermione pude perceber que ela exibia um sorriso. Suas mãos se apoiaram sobre o meu tórax, mas não me afastaram de fato.

– Você já teve sua chance, Ron. Há três semanas... e deixou passar.

     Não faz isso comigo, mulher...

Aquele pescoço parecia apetitoso.

– Acho que eu preciso me redimir agora...

Minhas mãos foram da parede até a cintura de Hermione. A segurei com firmeza quando rocei minha língua pela sua orelha. Mione estremeceu com o toque. A mantive no mesmo lugar enquanto descia os meus lábios até o seu queixo. A arranhei devagar com os dentes.

Sua pele permanecia eriçou-se ainda mais quando, não satisfeito, desci até a altura da clavícula. Hermione soltou um gemido baixo quando eu a beijei de leve por cima do tecido do decote em V.

– Ron... – ela me chamou em voz baixa, enquanto eu ainda permanecia perdido naquele decote.

– Por favor, Mione... Não me peça para parar.

A minha voz também oscilava. Por que eu me sentia tão desesperado por querer aquela mulher para mim?

Hermione segurou os meus cabelos com urgência. Eu entendi essa atitude como um passe livre para continuar. Sem muita cerimônia, puxei Hermione pelas coxas e levantei-a no ar. O tamanho do meu desejo estava marcado na toalha e Hermione percebeu. Ela prendeu as pernas ao redor do meu quadril.

Carreguei-a até a cômoda. As pernas de Hermione relaxaram e eu me encaixei entre elas.

– O meu beijo, Granger...

Nossos olhos se fixaram. Hermione cerrou os lábios e fingiu pensar.

– Ainda não estou convencida se você está merecendo ou não, Ronald. Era um trabalho de ética muito complexo, sabe?

Seus lábios desceram em direção ao meu pescoço e as mãos de Hermione agora apertavam o meu bíceps. – Não é tão fácil perdoar um estrago daquele assim...

– Não...?

Eu me forcei a perguntar, admito. Não queria que o carinho que eu recebia fosse cessado.  Hermione balançou a cabeça em negação e distribuiu mais uns beijos.  A última gota de comedimento que eu tinha fora embora quando ela enlaçou o meu quadril novamente com as pernas.

Prendi a respiração e Hermione percebeu e sorriu satisfeita. A puxei novamente na minha direção e beijei o vale entre os seus seios. Minha vontade era arrancar todas aquelas peças de roupa a minha frente. Meus dedos deslizaram bem devagar pelo interior das coxas de Hermione, apertando e alisando devagar cada pedaço livre de pele por dentro da saia do vestido.

– Ron... – a voz dela era mais urgente. – Por favor...

– Eu te avisei que ia te fazer implorar.

Era uma boa hora para recordar antigos episódios. Hermione sorriu. – É, você disse qu...

Antes que Hermione completasse a frase, eu a beijei.

 

...

 

Não foi um beijo calmo. Nossos lábios se encontraram com necessidade imensa de se saciar. Minha língua invadia cada milímetro da boca de Hermione, sem perder nenhum detalhe daquele espaço. Ela retribuía cada movimento com a mesma energia.

Mione subiu as mãos para o meu pescoço e eu apertei seus quadris. Ela mordeu meu lábio inferior e logo depois passou a língua molhada por cima. Usei esse tempo para voltar a respirar por alguns segundos e então retribuí o movimentos.

– Mione...? 

Uma porta bateu ao longe e a voz de Ginny irrompeu o silêncio. Nós nos separamos, rindo.

– Cala a boca, Ron!

Hermione colocou a mão no meu rosto, porém, isso só me fez ter mais vontade de dar risada. – Ela vai ouvir!

– Ela já vai saber, de qualquer jeito. – sussurrei. – Uma hora você vai ter que sair do quarto.

     – Amiga, tá aí...? 

Ginny chamou, sua voz parecia mais perto de onde estávamos.

– Uma hora não. Agora. – Hermione rebateu, também sussurrando.

Fiz manha.

– Nãaao. Eu não quero te tirar daqui!

Hermione riu e segurou o meu rosto.

– Você esperou quase dois meses, Ronald. Não vai morrer por causa de algumas horas longe de mim.

– Mais um beijo de despedida, então?

– Um só?

– Talvez dois... ou três...

Capturei o seu o lábio novamente para outro beijo. Passaram alguns minutos até que ouvimos um barulho na maçaneta da porta atrás de nós.

     – Ron? Já acordou? 

Ginny estava tentando entrar no quarto. Eu e Hermione nos encaramos. Ela parecia assustada. Eu, na verdade, estava a achar tudo muito engraçado.

– E agora? – Mione indagou.

– Vamos sair daqui. – respondi tranquilamente.

Ela apontou para a minha toalha avolumada.

– Você vai sair assim?

Prendi o riso. – Certo, você destranca a porta e sai, sem deixar Ginny entrar. Enquanto isso eu dou um jeito nisso aqui.

– Tá.

Hermione ajeitou rapidamente as alças do vestido. – Então eu já vou.

– Ei...

A puxei mais uma vez para um beijo de despedida.

     – Ron!!!

A voz de Ginny já soava impaciente do lado de fora. Nos separamos outra vez. Estava ficando cada vez mais difícil deixa-la ir embora.

– Até mais tarde, Weasley.

– Até, Granger.

Hermione saiu do quarto a sorrir.

 

...

 

Como o combinado, Mione conseguiu manter Ginny fora do quarto tempo suficiente para eu me vestir por completo. Olhei no relógio e constatei que eu já estava atrasado para o meu compromisso com Harry.

 Coloquei o celular no bolso e me dirigi em direção à saída, contudo, antes que eu abrisse a porta do quarto, Ginny se adiantou e fez isso por mim.

– O que a Mione estava fazendo aí dentro, Ronald?

– Bom dia pra você também, irmãzinha!

A atravessei rapidamente e fui em direção à sala.

– Ei, venha cá Ron! – Ginny correu atrás de mim. – Você ainda não me respondeu o que estava acontecendo dentro do seu quarto.

– Eu adoraria esclarecer todas as suas dúvidas, polegar... – falei enquanto pegava a minha carteira e a chave da moto. – Mas eu estou super atrasado para um compromisso muito importante, então... até mais tarde!

Dei um beijo na testa de Ginny e saí do apartamento apressado. Não satisfeita, a minha irmã correu até a porta da sala. Do lado de fora eu esperava o elevador rezando para que ele chegasse logo.

– Ronald! – ela gritou. –  Pra onde você tá indo? – Ginny veio na minha direção. – Será que ninguém me responde nada nessa porra?!

Para a minha sorte, a cabine chegou que ruiva se aproximasse o bastante para me impedir de ir.

– Não me espere pra almoçar!

Entrei no elevador e apertei o botão do térreo o mais rápido possível.

 

...

 

Cheguei em casa às cinco e meia da tarde. Ainda existia uma folga considerável para eu me arrumar para aniversário. Ouvi o barulho da água caindo e pressupus que a minha irmã já estivesse a se arrumar. Não tardei a fazer o mesmo, porém, não antes de comer umas besteiras na cozinha.

Eu nunca fui muito bom com combinações de roupas. Eu costumava ser aquela pessoa que veste a primeira camisa que encontra sem se importar se combina ou não com a calça, contudo, os anos em Londres me ensinaram que para algumas ocasiões esse hábito não era bem-vindo. No momento que fechei a gaveta da cômoda, com as minhas vestes escolhidas nas mãos, lembrei de que mais cedo Hermione estava apoiada ali em cima, enquanto me beijava.

Um arrepio subiu pela minha nuca. Resolvi não prolongar a lembrança por muito tempo e parti para o banheiro. Quarenta minutos depois eu cheguei ao corredor, já pronto, e chamei por Ginny. Ela sinalizou em resposta e eu entrei no seu quarto.

Minha irmã punha os brincos na orelha quando o meu reflexo apareceu para ela no espelho.

Porém, também pelo espelho, Ginny não parecia satisfeita ao me ver.

– Vai correr agora também, Ronald? – indagou.

– Eu não corri, Ginny. Largue de paranoia.

– Você não vai me responder o que rolou aqui mais cedo?

– Hermione entrou no quarto errado quando foi pegar as coisas do aniversário. – respondi. – Pensou que ainda era o seu.

Ginny virou-se para mim com os olhos estreitos. Seu vestido lilás, bonito e delicado, não minimizava a sua postura de brava. Ela apoiou-se na beira da penteadeira de braços cruzados.

– Então por que a porta estava trancada, Roniquinho?

     Ponto pra você, Polegarzinha.

Antes que eu fosse obrigado a dizer a verdade o celular de Ginny tocou e virou-se para atender. A ligação durou apenas alguns segundos.

– Era o Harry. Ele está vindo me buscar.

A minha irmã reuniu algumas coisas da penteadeira e jogou dentro da bolsa.

– Já devo ir para o Caldeirão? – perguntei.  

– Não, ainda não. Antes você passa na Hermione para pegar o bolo.

– Ah, hum... certo.

Tentei esconder a minha animação com a notícia, mas acho que não fui muito eficiente – É melhor eu ir, então.

– Agora tranque-se lá também, Ron.

O olhar sugestivo de Ginny me fez desviar o olhar, envergonhado. Peguei a chave do carro dela no aparador.

– A gente se vê lá no pub.

Nós nos despedimos e eu desci para o estacionamento. Por uns segundos, quando me acomodei no banco do motorista, não pude deixar rir. A vida era irônica. Eu estava indo para o lugar onde eu queria estar. Pensei que o dia não poderia terminar melhor.

Mal sabia eu que a noite só estava começando.

 


Notas Finais


Prometi não comentar nada nessa nota, mas preciso dizer que esse foi um dos capítulos mais gostosos de escrever porque até eu estava esperando ansiosa por esse beijo!

Enfim, espero os lindos comentários de vocês ♥

Beijos, até semana que vem!


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