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História A Troca - O Presente


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Olá pessoal,
Hoje quem está falando aqui não é a Mrs (não fiquem tristes)! Eu sou a Mari, uma miguinha dela :D
Ela estava muito preocupada em não consegui postar hoje e me pediu pra fazer isso agora de manhã. Hoje a danadinha vai sair o dia todo, conto mesmo que é o aniversário dela (ela vai me matar ><'), hehe.
Enfim, tem um recadinho pra vocês:

Oiê, meus amores!
Hoje tem capítulo novoooo!
Vamos descobrir o que o nosso casal preferido conversou?
Deixo claro que essa noite de aniversário está bem longe de acabar, ahahaha
O capítulo tá fofinho, espero que vocês gostem!

Agora vamos ao que interessa ;D

Capítulo 16 - O Presente


 

– Isso é trabalho da Mione, com certeza... – a voz ecoou ao meu lado. – Ninguém gastam tanto tempo fazendo detalhe de painel sem ganhar nada por isso.

Dei de cara com Cedrico. Ele avaliava o painel se fosse um Van Gogh.

– E aí, Ron?

– E ai, como vai?

– Fodido, para ser sincero. – ele se lamentou e eu ri – Ninguém me avisou que ano de formatura era uma grande merda.

– Imagino. Deve ser cansativo para caralho, não?

– E eu ainda estou trabalhando no ministério público, o que piora a minha situação. Já não sei mais o que é dormir.

Embora parecesse exagero, eu imaginava que a rotina dele deveria estar sendo realmente puxada. Conversamos um pouco sobre a festa. – Não sabia que você também estaria aqui.

– A Ginny nos convidou. É o aniversário do Harry, eu não podia deixar de vir.

    Nos convidou?

Krum, estava sentado atrás de nós, abraçado a uma mulher que eu ainda não conhecia. Os dois conversavam, distraídos. Quase fui fuzilado com o olhar quando Krum reparou que eu o observava e não pude reprimir um risinho em provocação.

– Harry vai gostar de te ver aqui. – retomei a conversa.

Dei dois tapinhas calorosos nos ombros de Cedrico e ele sorriu em resposta.

 

...

 

Miguel me olhava e eu gostaria de acreditar que era apenas por curiosidade.

– Sr. Weasley, já estava com saudades dessa sua forma sutil de se apresentar as pessoas. – disse ele.

– Você sabe onde eu moro, Miguel. Pode aparecer qualquer dia para mais demonstrações.

Miguel riu e voltou a me analisar dos pés à cabeça.

– Vejo que você fica bem em qualquer modelito, Ron. – elogiou – Mas, eu ainda prefiro aquela toalha branca que você tava usando naquele dia.

     Espero que Hermione também.

– São seus olhos.

Pisquei em resposta.

– Ai meu Deus, ainda por cima é charmoso! – Miguel se abanou com as mãos. – Assim meu coração não aguenta, lindo!

Enquanto eu ria, Angelina parou de mexer no celular e virou-se em nossa direção. Ela estreitou os olhos para o amigo.

– Procure outro terreno para investidas, meu amor, porque esse monumento já é meu!

– Não custa nada dividir a obra comigo um pouquinho, sabia?

– Ei, com licença... – eu os interrompi. – Desculpa, mas quando é que eu fui vendido mesmo? – achei graça. – Porque eu não fui comunicado sobre isso.

A cada passo que os termos sobre a minha venda se desenrolavam, menos eu concordava com Miguel e Angel. Perdi total controle da discussão e me limitei a rir dos dois amigos. Por um momento eu olhei na direção de Hermione. Ela conversava com a Luna. Parecia um pouco triste, a encarar a mesa onde Krum estava sentado a sua acompanhante e Cedrico.

– Quem é ela? – apontei para a mulher.

– Não sei. – Angelina me respondeu.

Ela também analisava a mulher. – Na verdade eu nem sei o que o Krum está fazendo aqui.

– Eu a conheço apenas de vista, – Katie apareceu atrás de nós. Ela sentou-se próxima. Pelo visto estivera a escutar a nossa conversa. – Ela também estagia lá na indústria, no mesmo setor de Viktor.

– O Krum trabalha na mesma empresa que vocês?

     Esse lugar deve ser um centro de recrutamento de estudantes universitários, só pode.

– Sim, no departamento jurídico. – Angel respondeu. – Ele um quase contratado, amiguinho do chefe. Vive de conluio com o poderoso chefão.

– Aaaaah, já eu sei quem ela é!

Miguel bateu na sua própria testa. – Pansy... Parkinson! Isso, acho que é esse o nome. Ela é graduanda, assim como o Krum. Estuda na mesma faculdade que eu e a Katie. Já tem uns meses que ela e Krum participam do mesmo projeto.

     Estranho...

– Miguel, eu queria ter os seus contatos. – Katie observou, sorridente.

– Preciso me manter informado sempre.

Angelina se ajeitou na cadeira ao meu lado. Percebi que ela estava um pouco incomodada.

– Parkinson...

Seu tom de voz era baixo, um sussurro quase. – sabe, esse sobrenome não me é estranho. Ela não é a...

– Isso, linda. Ela é a dita cuja. – Miguel a interrompeu após captar a mensagem. – A famosa ex-namorada do Malfoy.

     Malfoy?

– É o mesmo sobrenome da vaca que me atendeu no RH, no dia da minha matrícula. – inquiri, confuso.

Angel soltou uma gargalhada ao ouvir o meu apelido para falar da mulher.

– Cissa é a mãe do Malfoy em questão. Draco é o filhotinho querido dela.

– E põe querido nisso! – Miguel balançou a cabeça em concordância.

 

...

 

Uma mulher de longos cabelos lisos e pretos chamou a nossa atenção. Ela ficou de pé.

– Hannah me mandou uma mensagem. Ela e o Neville estão no final do jantar. Acho que é melhor começarmos a nos preparar.

Seus traços fortes estavam firmes. Vi Miguel fazer um sinal com a mão livre, enquanto olhava algo no aparelho celular.

– A Ginny me avisou que vai demorar um pouco mais. Algum problema com a reserva.

– Vamos ficar alertas ainda assim. – disse Luna, sentada em uma cadeira no canto.

Não prestei muito mais atenção na discussão. Meus olhos estavam focados no bar, adiante. Hermione conversava animadamente com um dos barmen. Eu não estava gostando daquilo.     

     Por quê?

Desde quando eu a conheci, passei a não gostar quando algum homem se aproximava de Hermione. Contudo, eu controlava ao máximo para não demonstrar o meu incomodo. Era difícil. Hermione parecia não saber que era linda e que atraia muita gente ao seu redor.

O barman permaneceu ao lado de Hermione enquanto ela terminava a sua bebida. O assunto deveria estar realmente interessante. Durante o tempo que a conversa se desenvolvia ao meu redor, Luna sentou-se ao meu lado, na cadeira antes ocupada por Angelina.

– Você vai ficar aí parado, Ronald? – ela me perguntou sem rodeios.

– Boa noite, Lu.  Tudo bem com você?

Luna sorriu.

– Tudo ótimo. Melhor do que com você, por sinal.

Curvado, apoiei os cotovelos sobre as minhas coxas e encarei o chão.

– O que você quer que eu faça? – questionei depois de um tempo.

– Ir até lá seria um bom começo, acredito.

– Para que? Hermione me parece bem acompanhada.

A loira caiu no riso.

– Você é sempre possessivo assim? – questionou, com lágrimas de diversão nos olhos.

– Não é ciúmes! – me defendi – E ela nem conhece aquele barman!

– Aham. – ela enxugou as lágrimas. – Enfim, eu continuo achando que você deveria ir lá.

– Para Hermione me dar uma desculpa e desviar o assunto como sempre faz? Não, obrigado. Eu não sou digno de confiança. Já aceitei isso.

– Você está errado, Ronald. Muito errado. Mas, não cabe a mim te convencer disso.

– Por isso eu vou ficar aqui. – eu insisti, teimoso – Se ela quisesse falar comigo não teria ido para o bar. Teria sentado do meu lado, isso sim.

– Ok, que seja. Fique aqui. Mas isso não significa que só porque não quer ir falar com ela, ninguém queira.

Segui o olhar maroto de Luna. Percebi que Krum já não estava abraçado com a Parkinson e analisava insistentemente a conversa de Hermione com o barman. Krum parecia estar com a mesma dúvida e eu, particularmente, não queria nem um pouco que ele saísse do lugar.

Eu me preparei para me levantar.

– Sabe Luna, seus conselhos são muitos bons de vez em quando.

– É, eu sei. – Luna concordou convencida. – Aproveite enquanto eu não me formei e eles ainda são de graça.

– Aproveitarei.

Eu me afastei das nossas mesas e fui em direção ao bar.

 

...

 

 Hermione se preparava para levantar quando eu parei ao seu lado.

– Nossa, você me assustou. – ela voltou a se apoiar no banquinho.

Eu levantei a sobrancelha, incrédulo. Eu sempre ia atrás dela uma hora ou outra. Achei que isso já estivesse meio óbvio.

– Eu assustei?

– Sim...

A sua confirmação veio acompanhada de um sorriso.

     Bom sinal.

Eu me sentei no assento ao seu lado. – Mione, aconteceu alguma coisa?

Hermione me encarou um pouco confusa.

– Hum, não...

– Você veio pra cá sozinha. Eu fiquei preocupado.

Ela me analisou por mais alguns segundos. Dessa vez seu olhar era diferente.

– Para falar a verdade, Ron. Eu acho que tá acontecendo sim... – admitiu, pesarosa.

– É por causa daquele imbecil lá na mesa, não é?

Hermione levantou a sobrancelha e sorriu mais uma vez quando me ouviu chamar o ex-namorado dela de retardado. Dessa vez foi um sorriso verdadeiro. Eu gostei.

– Nossa, a recíproca é verdadeira então... – disse ela. – Você também não gosta dele.

– É, não gosto...

Hermione assentiu com a cabeça.

– Enfim.... Em sumo também é por causa dele.

     Também?

– Me conta o que houve... – alisei sua bochecha com o dedo indicador.

Mione fechou os olhos por uns instantes.

– Eu sei que não deveria me sentir assim depois de tudo o que aconteceu entre nós... – ela suspirou antes de continuar. – Mas quando eu vejo o Viktor com aquela mulher, simplesmente não consigo deixar de me sentir triste.

Não gostei do que eu ouvi. Mesmo assim, continuei a escutando.

– Eu sinto uma raiva enorme de mim mesma por me sentir assim. Ainda que o Viktor tenha me dito coisas horríveis da última vez que nos encontramos, eu não consigo odiá-lo. Eu queria simplesmente ignora-lo, mas não é fácil vê-lo esfregar na minha cara que ele não está sozinho e eu estou.

Segurei a sua mão.

– Mas você não tá sozinha, Mione. – eu falei. – Você tem os seus pais. Tem o Neville, a Ginny, o Harry, a Luna. Você tem a mim. Espero que isso signifique alguma coisa para você.

Hermione sorriu. Os seus dedos retribuíram os meus carinhos. – Claro que significa, Ron. Significa muito.

O meu coração disparou um pouquinho ao escutar aquilo.

– Eu estou sendo uma idiota, não é?

– Eu não acho que esteja. Terminar um relacionamento não é a coisa mais fácil do mundo. Principalmente quando a gente ainda gosta da pessoa.

A minha voz saiu mais pensativa do que eu gostaria que saísse. Hermione percebeu, mas, sabiamente, escolheu não me perguntar nada sobre.

     Ainda bem.

– Não é como se eu ainda gostasse dele, Ron.

     Não comemora, Ronald.

Nade de dar bandeira.

– No fundo eu acho que só tive o meu orgulho ferido mesmo. – Mione completou. – Viktor que terminou comigo.

A definição de idiota nunca coube tão bem a Viktor Krum. Não sei se eu estava mais perplexo ou curioso. –Por que ele fez isso?!

Hermione riu do meu assombro.

– Segundo ele o nosso relacionamento já não se encaixava nos seus desejos para o futuro. Viktor sentia como se não tivesse aproveitado muita coisa da sua juventude.

     Esse Viktor Krum é um filho da puta mesmo.

– E você?

Hermione deu de ombros, indiferente. – Eu não iria insistir em uma pessoa que não queria ficar comigo.

– Pelas reações do Krum eu nunca iria imaginar que foi ele que te largou.

– Por quê? O que você sabe que eu não sei?!

A Hermione mandona estava de volta, do jeito que eu gostava. Dei um sorrisinho e apoiei os meus cotovelos no balcão. Agora eu estava de frente para o nosso grupo de amigos.

– Digamos que o seu ex-namorado... – fui enfático nas palavras. – Ele tentou me pressionar algumas vezes.  Queria saber o que eu e você tínhamos de fato.

Hermione não pareceu nada contente com o que escutou.

– Ele te disse o que exatamente? – ela questionou.

Não era minha intenção contar todos os detalhes. Eu não queria que Hermione ficasse mais chateada do que já estava.

– Mione, deixa isso para lá. Já passou.

– O que ele te disse, Ron?

     Ok, eu estava com medo agora.

A voz de Hermione saiu baixa e ameaçadora.

– Bom... – engoli a seco. – Ele me disse que ele nunca perdia um... jogo.

Eu falei baixo e devagar. Não sei porque, mas eu estava constrangido.

– Ele te disse que eu era um jogo?

– Hum... é, sim.

– Eu vou matar o Viktor!

 Hermione levantou-se rapidamente, contudo, eu a segurei. Mesmo que eu achasse super divertido vê-la brigar com o Krum, não poderia deixa-la sair dali assim.

– Nada disso! – ordenei.

– Eu vou lá e vou tir...

– Não vai não. – eu a puxei pelo braço e a obriguei a sentar do meu lado, quietinha. – Se você sair do lugar eu te agarro na frente desse povo todo.

     Eu tô louco para fazer isso mesmo.

Hermione cruzou os braços, mas, alguns segundos depois, ela sorriu.

– Como se você já não quisesse fazer isso, Weasley. – levantou uma das sobrancelhas, pretensiosa.

Eu ri alto da certeza com que ela afirmou.

– Você anda muito convencida esses dias, Granger.

– A culpa é sua.

Capturei o dedo de Hermione no ar. Ela segurou a minha mão outra vez.

– Eu ando fazendo demais as suas vontades.

– Não vejo nenhum problema nisso, Ronald.

Mione fez um biquinho tão lindo que me deu mais vontade ainda de beijá-la. – Ah, é? – eu enlacei nossas mãos – Vou deixar você voltar pra casa de ônibus de novo por algumas semanas. Preciso recuperar minha dignidade.

– Ei, eu gosto de andar de moto! É relaxante.

– No entanto, você fugiu de mim a semana inteira. Exceto hoje de manhã.

Meu olhar sugestivo fez Hermione ficar vermelha. – Por sinal, até agora eu não sei o motivo da sua pergunta mais cedo.

Hermione pareceu um pouco incomodada.

– Viktor e eu brigamos, meio que por sua causa...

Eu não estava esperando por isso.

– Quer dizer, não foi bem por sua causa exatamente... – ela se explicou rapidamente quando viu a minha cara assustada. – Ele foi me tirar satisfações sobre o que eu tinha com você e me disse algumas coisas que eu não gostei.

– Então foi ele que te chamou de oferecida?

– Sim. Foi mais ou menos isso sim.

– Se eu soltar a sua mão você vai lá bater nele? –perguntei como quem não queria nada. – Porque agora eu que estou tentado a fazer isso no seu lugar.

Hermione soltou uma gargalhada.

– Se eu não posso ir lá tirar satisfações, você também não pode, Ron.

– Tá certo, eu não vou... – eu me contive no meu lugar, contrariado – Mas então, você respondeu o que ao Krum?

– Que se eu fosse oferecida não era do interesse dele. E que eu podia fazer o que bem quisesse da minha vida.

Não pude deixar de gostar da resposta desaforada de Hermione.

– Viu, Granger? Até seu subconsciente já queria me beijar quando mandou essa resposta pra você.

– Quem está sendo convencido agora, Weasley? – ela replicou.

– Vai dizer que você não queria? – insisti.

– Talvez.  Mas isso você nunca vai saber.

Eu já sabia.

 

...

 

Cedrico começou a falar.

– Ei galera! Boa noite!

Ele cumprimentou a todos no com um sorriso no rosto. Segurava um microfone improvisado em uma caixa de som e parecia um apresentador de televisão. As pessoas responderam animadas.

– Bom, eu e os meus amigos estamos esperando dois aniversariantes essa noite, para uma festa surpresa... – sons de assobios e palmas brincalhonas ecoaram. – Mas, para que isso dê certo, nós vamos precisar da ajudinha de vocês.

“Na verdade, é apenas um tantinho de compreensão. Os aniversariantes estão chegando e vamos precisar apagar a luz dessa parte do Caldeirão. E, claro, vamos exigir também um pouquinho do vocal de vocês na hora dos parabéns, para ficar tudo mais emocionante.”

Nós e praticamente o pub inteiro rimos com a exigência dele.

– Posso contar com a boa vontade de todos? – Cedrico sorriu.

As pessoas afirmaram, contentes. Acho que a ideia de participar de um aniversário sempre seria animada. Ele alargou mais o sorriso, satisfeito com a resposta positiva – Ótimo! Agora é com vocês, então!

Ele apontou na direção de Dino, mais a frente. Dino fez sinal para um dos colegas, e seguiu de volta para as nossas mesas. Algum tempo depois as luzes do pub se apagaram gradativamente. Pela sombra no chão eu pude ver que a únicas lâmpadas que permaneceram acesas foram as da recepção, no cômodo de entrada, e as da cozinha, no cômodo dos fundos.

O celular de Luna vibrou e ela abriu a tela para ver sobre o que se tratava.

– Eles chegaram. –falou baixinho, do meu lado.

A porta da entrada do salão se abriu e vimos quatro pares de pernas passarem pela abertura. Alguns segundos depois a luz acendeu e revelou duas mulheres sorridentes e dois homens perdidos. Antes de qualquer explicação óbvia, o pub inteiro começou a bater os parabéns.

Todos nós cantamos a música, animados. Eu, Dino e Angelina não conseguimos controlar o nosso riso ao ver as feições perdidas de Harry e Neville. Recebemos inúmeras cutucadas de Hermione e Luna em repreensão.

Os parabéns terminaram e os quatro se aproximaram de nós. Após xingamentos, risadas e agradecimentos, voltamos a nos sentar.

– Caralho, esse bolo tá tão perfeito que nem dá vontade de comer! – Neville babou, ao lado de Harry.

– Diga isso por você, lindo. – Miguel comentou. – Eu tô de olho nesse bolo desde a hora que ele chegou.

– Eu também. – Katie concordou – Inclusive tá na hora de começarmos a dividir essa maravilha gastronômica.

– Ei, nada disso! – Ginny chamou a atenção do pessoal. – Está na hora da entrega dos presentes, isso sim! Quem quer começar?

– Euuu! – Luna estendeu os braços pequenos para o ar. – Eu quero!

Nós a vimos tirar dois pacotes pequenos da bolsa. Luna ofereceu o primeiro ao Harry, que agradeceu. Ele abriu a embalagem vermelha e encontrou um relógio antigo, de bolso, de cor dourada. Harry passou o dedo pela capa do relógio e sorriu um pouco sonhador para a peça clássica.

– Obrigado, Lu.

Harry deu um beijo na testa dela. Sua atitude fora fraternal. E me pareceu bem sincera. – Eu realmente adorei.

Luna sorriu e apertou o ombro de Harry. Ela foi até o Neville.

– Esse é o seu. Espero que goste.

Neville segurou o pacote esverdeado, mas não aparentou vontade de abri-lo ali.

– Anda, Neville. A gente quer ver. – Parvati falou, curiosa.

As nossas feições intrometidas fizeram com que ele se desse por vencido. Neville arregalou os olhos, surpreso, quando viu o que estava dentro. Lentamente, ele tornou a abrir um sorriso.

– Luna, isso é o que eu estou pensando?

– Um chaveiro sinalizador feito de cianobactérias marinhas? – a loira indagou como quem não queria nada. – É sim.

Neville sorriu ainda mais. Ele levantou-se de onde estava e puxou Luna para um abraço apertado. Reparei que Hannah não parecia satisfeita com a cena.

– Eca, que nojo. Só o Neville mesmo para ficar feliz por ganhar um chaveiro de bactéria. – Angelina falou do meu lado. Nós rimos.

– Essa é uma espécie de trichodesmium, Angel. – Neville explicou orgulhoso. – O chaveiro muda de cor de acordo com o ambiente. Alguns dizem que a nossa energia influencia também. Essa é uma colônia muito rara de manipular.

– Luna, onde você achou isso?

A pergunta de Angel fez Luna corar. – Enfim, não responde. Pela sua cara eu já vi que foi em algum lugar ilegal. Agora é minha vez!

Angelina pegou dois embrulhos idênticos e entregou um para cada aniversariante. Eles se entreolharam e abriram o pacote em seguida. Eram duas camisas oficiais do Cannons, uma de cada modelo do time. Harry e Neville agradeceram animados, a observar cada detalhe das peças de roupa. Eu estava começando a sentir inveja dos dois.

– Quem é o próximo? – Ginny perguntou. – Já sei! Vai você, Cedrico.

Cedrico fez uma careta engraçada.

– Olha, o meu presente é bem simples – ele abriu a carteira. Eu senti um quê de interpretação. – Então, vocês vão ter que me desculpar pela lembrancinha. Essa festa de aniversário me pegou de surpresa.

Cedrico estendeu quatro tickets azulados. Harry e Neville foram em sua direção e tomaram os papéis ao mesmo tempo. Como eu imaginei, eram ingressos da final da liga nacional de futebol.

Eu me perguntei como Cedrico conseguira tais tickets tão cedo. Se já era praticamente impossível arranjar um só daqueles, imagine quatro.

     Definitivamente eu estou com inveja agora.

Depois de uma enxurrada de agradecimentos por parte dos aniversariantes e uma breve discussão bajuladora sobre quem deveria ser levado para assistir o jogo com eles, Cedrico escolheu Hermione para ser a próxima a entregar os presentes.

– Eu já entreguei o presente do Nel ontem, gente. – Hermione avisou.

Ela parecia um pouco sem graça, mas eu sabia que era apenas para adiar o inadiável.

– Entrega o do Harry, ué. – Katie insistiu.

Hermione me encarou. Ela pôs a mão no rosto, envergonhada. Eu sorri, embora também estivesse nervoso. Nós não sabíamos que iríamos ter que entregar o presente na frente dos outros convidados. O olhar de todos estava concentrado em nós. A maioria não parecia entender o que acontecia, porém, Harry e Luna nos encaravam com ares de riso.

Mione chegou mais perto de mim.

– E agora? – me perguntou.

Que fosse feito logo então. Eu me levantei e peguei o pacote grande embaixo de uma das mesas. O depositei aos pés de Hermione e estendi a mão livre para ela, que segurou sem muita cerimônia.

– Bom, agora é a nossa vez de entregar essa merda. – eu respondi. Mione riu.

 


Notas Finais


E então, o que vocês acharam da conversa desses dois?
Eu acho que a Mione poderia ter dito mais coisa né, pra que tanto mistério, jesus?
A Luna como sempre é um anjo nas nossas vida. As vezes o Ron é muito lento!!! Ele precisa de um choque pra ver se acorda.
Enfim, espero os comentários de vocês viu? Eu senti falta no último capitulo. Preciso que vocês me contem tudinho, isso é muito importante pra mim e para o desenvolvimento da historia, lindinhos!

Beijos, e até quinta <3


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