História A última fada - Conhecendo a magia.

O Sol já se exibia quente no topo do céu. Jhin não parava de pensar em como estariam seus colegas no templo que ha muito deixara para trás. A trilha que seguia estava quase totalmente coberta pela vegetação, mostrando como fazia tempo que ninguém passava por ali. O rapaz fez uma pequena pausa pois seu estômago não parava de reclamar com seus roncos nada discretos. O barulho que fazia mexendo na bagagem parecia trovões comparado ao silêncio e tranquilidade da floresta. Pegou uma maçã, um pedaço de pão velho e um copo de água, sentou-se e começou a comer.

O som de uma voz feminina fez sua paz desaparecer como um relâmpago. Agarrou sua katada com força e em passos furtivos procurou a delinquente que iria enfrentar, mas nada encontrou.

- Olá?

Jhin então percebeu que a voz veio de dentro da carruagem. "Não! Ela não pode ter entrado!". Com o coração apertado e garganta fechada pelo nervosismo ele abre as portas desesperado. As várias trancas estavam tão seguras como quando saiu do templo, "Como ela conseguiu entrar? E como ela fechou tudo de novo pelo lado de dentro??". Ao abrir se deparou com uma jovem bem incomum. Seus cabelos e pele eram de uma cor branca, e em seu corpo haviam marcas que pareciam irradiar um brilho azulado. Ela estava de olhos arregalados e parecia assustada com o comportamento do samurai. Apesar de aparentar inocência ele não se deixou enganar, ela com certeza estava roubando aquilo que foi destinado a proteger. Não sabia como esconderam a magia, se estava em alguma caixa ou pote, por precaução não pouparia a vida daquela meliante. 

- O que você está fazendo?! Devolva-a agora se não quiser morrer! - ele ordena avançando em direção a moça.

- Do que você está falando? - ela pergunta afastando o rosto da lâmina encostada ao seu pescoço.

- Não se faça de ingênua! Você não vai roubar a magia!

A jovem olha para ele com uma cara confusa, como se o que ele acabara de dizer fosse algo absurdo. No mesmo instante vários galhos de árvore invadem a carruagem, envolvendo os membros do rapaz e o puxando brutalmente para fora, deixando-o imobilizado no chão. Incapaz de acreditar naquilo ele tenta se debater sem conseguir resultados. "Ela já deve ter consumido a magia e esta usando-a contra mim...eu falhei em minha missão...está tudo perdido...". A albina desce com cuidado,  seu corpo era delicado como o de uma boneca de porcelana, não era o corpo de uma lutadora ou ladina. Jhin não entendia mais nada, sua cabeça estava confusa e agitada como uma tempestade no oceano. Ela se aproxima com seu vestido branco cheio de rendas.

- Eu sou a magia.