Sentada ao lado de seu prisioneiro, a garota come a maçã que Jhin não teve tempo de comer.
- Como você não sabia que eu era uma pessoa? - pergunta a garota.
- Sei lá. Pensei que a magia estava em um daqueles jarros ornamentados dos monges.
Ela solta gargalhadas altas com a confição do rapaz e isso o deixa extremamente incomodado. Ele mais uma vez tenta soltar os braços mas os galhos continuam firmes, como se tivessem crescido ali.
- Isso continua não fazendo sentido, já faz mais de 200 anos que a fada fez o ritual, como você é tão nova? - ele indaga com um olhar desafiador.
- Eu fiz galhos de uma árvore se moverem mais rápidos que o vento e você acha estranho minha idade não conresponder com minha aparência? - responde com um ar zombeteiro e em seguida enterra as sementes da maçã que comeu.
- Meu nome é Ísis.
- Você tem até nome?
- Oláá!! Eu sou uma pessoa! - ela acena com a mão como se estivesse tentando chamar a atenção dele. Jhin vira o rosto emburrado. Foi treinado a vida toda para proteger uma coisa quem nem sabia o que era. Se sentia traído pelos monges e pelo seu próprio general por não ter sido informado sobre ela. Agora estava sendo feito de bobo por uma garota que ele imaginava ser apenas um amuleto. Não iria perdoa-los por isso.
- Thae Jhin Hoo. - diz com o rosto virado, como se contestasse ter que falar seu nome para ela.
- Prazer em conhecê-lo Jhin! - com um sorriso doce ela o comprimenta e os galhos delicadamente se desenrolam do corpo do samurai. Ele se recompõe com o orgulho amargurado, recolhe sua katana e toma a carruagem novamente.
- Entre! Temos que seguir viagem.
- Eu não quero ficar lá dentro de novo, vou aí na frente com você!
- De jeito nenhum! Não é seguro!
- Segurança é uma questão de pespectiva. E você não tem como me obrigar a ficar lá. - a afirmação da garota veio acompanhada de movimentos sutis dos galhos que outrora estavam contendo o rapaz. Ela estava o desafiando.
- Preste atenção! Eu fui designado a te proteger, então você tem que fazer o que eu digo!
- Está bem, então eu vou aqui com você e se alguém aparecer você vai estar bem pertinho para me proteger. - ela havia distorcido tudo. Ja estava sentada ao lado dele, olhando para frente com um olhar de espectativa.
Naquele momento Jhin desejou ter que viajar com o jarro ornamentado que ele achava ser a magia, um jarro quieto e obediente. Vendo que não iria conseguir contesta-la o jovem agita as rédeas, fazendo os cavalos andarem. Aqueles seriam dois anos bem longos.
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