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História A última Guerra de Percy Jackson - Jardim de belas flores


Escrita por: UpTapioca

Notas do Autor


Essa história é uma continuação de Os Heróis do Olimpo.
É baseada no arco final do mangá Bleach.
A capa é de minha autoria (eu sou o Avassalador).
A escrita é feita da maneira mais Rick Riordan que eu consegui, com o objetivo de deixa-los à vontade como em um livro qualquer de PJO ou HDO. Espero que realmente gostem.
Eu continuarei postando dependente dos reviews.

Capítulo 10 - Jardim de belas flores


10.

 

Os quatro que ficaram no acampamento com a missão de recrutarem os deuses menores decidiram ir até a Casa Grande antes de partirem. Tomaram, cada um, um banho rápido e trocaram de roupa. De acordo com Annabeth, o primeiro item da lista constava como falar com Quíron para que o Olimpo tivesse o apoio já pré-estabelecido do Acampamento Meio-Sangue.  Ela explicou que basicamente era para que avisassem os semideuses dali para que se preparassem para a guerra. Já não havia mais necessidade, afinal foram atacados do mesmo jeito que o Acampamento Júpiter.  O primeiro item foi riscado. Agora precisariam ir atrás dos deuses menores que estavam entre a sociedade mundana, os mortais. Felizmente, receberam algumas dicas de Hermes para que pudessem encontra-los sem ter que procurarem muito. Sabiam que o outro lado tinha um exército, que Hermes chamou de Exército Branco.  O motivo do nome era óbvio. E agora precisavam reunir os próprios soldados. Por sorte, ou não, o carro sob a posse do acampamento não foi destruído no ataque.  Argos não estava lá para dar uma carona, seu paradeiro era desconhecido assim como o de Quíron e Lupa. Percy foi quem assumiu o volante. Annabeth ia no banco de carona, Frank e Hazel estavam sentados atrás.

— Estive pensando – Frank começou a dizer – será que também enviaram algum deus para cuidar do nosso acampamento?

Estavam indo para Suffolk, um dos condados de Nova Iorque em Long Island. Precisavam ir para uma área suburbana de lá. A deusa com quem precisavam conversar era uma que gostava da tranquilidade do campo.

— Tenho certeza que sim! – Annabeth disse – Além disso, não há com o que se preocupar. Hermes disse a verdade, não eram ataques para especificamente matar, eram avisos. E o aviso já foi dado.

Hazel se remexeu no banco.

— Por falar nisso, nós ainda não sabemos o motivo de terem feito isso. Poderíamos estar mortos se aquele cara quisesse. Lembram-se da velocidade com que acertou Jason? Aquilo foi assustador.

Percy olhou para ela pelo retrovisor.

— Acho que não devemos nos preocupar com isso por agora, mas é certo que precisamos ficar mais fortes. Esse tempo que passamos parados nos deixou meio moles – falou ele – aliás, Frank, você foi incrível dando aquelas chifradas.

Frank deu um sorriso fraco. Olhou pela janela, os grandes prédios passando e ficando para trás conforme iam avançando. Demorou alguns minutos antes dele abrir a boca para comentar.

— Eu fiquei bem assustado, Percy. Quando eu o acertei pensei que fosse se desintegrar, como qualquer monstro – admitiu – quando vi o sangue escorrendo pela minha cara... Eu não sei, foi estranho.

   Ninguém respondeu. Precisavam descobrir muitas coisas, até o que realmente são esses soldados.  Passou cerca de duas horas e os prédios já começaram a ser substituídos pela mata e pelo campo. Podiam ver o céu pelo espaço aberto à direita do carro. Ele estava branco, Nova Iorque continuaria gelada por mais uma estação. Foram chegando a uma zona rural com milharais e trigos plantados em longas extensões de terra. Algumas fazendas surgiram em certa distância. Estavam bem afastados da área central de Suffolk, mal havia placas e semáforos na estrada reta e bem pavimentada. Annabeth colocou o braço ancorado na parte da janela e fechou os olhos. O vento ia com tudo em seu rosto, ela apreciava a sensação. Seu cabelo loiro esvoaçava para trás e, de vez em quando, acertava Percy que fingia não ligar e mantinha seus olhos à frente.  As fazendas começaram a aparecer em menor número, e pequenos casebres coloridos e com grandes quintais tomaram conta de suas visões.  Era o lugar certo.

— Chegamos! – Percy anunciou.

Ele então estacionou no meio fio da estrada que se dividia para outros dois lados mais adiante, um para esquerda e outro para a direita. Se alguém ousasse passar direto, acabaria caindo em um grande lago com extensão para o mar. Não havia nenhum carro lá além do Altima gelo que usavam. Eles saíram e olharam para os casebres bem afastados uns dos outros. Hazel se aproximou de Percy.

— Já se encontrou com Pomona alguma vez? – ela lhe perguntou.

— Já me encontrei com uma estátua dela durante a batalha em Manhattan – respondeu fazendo careta enquanto se lembrava – eu a confundi com Deméter, ela não gostou muito.

Annabeth olhou para Hazel e Frank.

— Na guerra contra Gaia fui informada de que essa é uma deusa romana, não tem uma contraparte grega. Talvez, apenas talvez, ela dê mais ouvidos a vocês dois.

— É igual Bellona – Hazel disse.

— Sim, igual Bellona – concordou Annabeth.

Percy de uma andada ao longo dos caminhos pedregulho espalhados pelo chão logo ao lado da estrada. Ele se virou para os três.

— E então? Como a chamamos mesmo?

Annabeth olhou para o jardim de flores que se alongava junto com os pedregulhos.

— Hermes disse que seria fácil se a irritássemos. Qual jeito mais fácil de irritar uma deusa do jardim se não for através das suas flores?

Ela então se abaixou em frente a um conjunto de orquídeas e margaridas. Com uma apunhalada, Annabeth pegou várias das flores em suas mãos.  Ela levantou para os outros darem uma olhada. Hazel as olhou sensibilizada.

— Pobres florzinhas – falou.

— Sim, pobres florzinhas – disse acima deles uma voz feminina.

Eles ergueram as cabeças esperando encontrar Pomona cheia de raiva. Percy até a imaginou como sendo uma versão mais magra e alta de Deméter, usando as mesmas roupas verdes usuais da Olimpiana. Talvez até um chapéu pontudo. Não fazia ideia se ela seria diferente de sua estátua em Manhattan. Não foi isso que viram. Logo acima, com os pés no ar como se fosse chão, estavam três garotas inclinadas. Elas os olhavam com curiosidade. A do meio era pequena e tinha a pele bem clara, com o cabelo negro trançado. A que estava do leu lado direito era a mais alta e tinha as mãos na cintura e a cara fechada, como uma mão prestes a dar bronca no filho. Seu cabelo era castanho e ondulado, indo somente até a altura dos ombros. Por fim, ao lado esquerdo estava uma loira com cabelo grande e bem alisado. Ela tinha uma expressão divertida e o resquício de um sorriso em seus lábios finos.  Frank estava prestes a perguntar como e por que três garotas estavam voando. Mas aí ele percebeu algo e deu um passo para trás. Elas vestiam o que parecia ser uma versão feminina do uniforme branco de Jacques. Definitivamente era o mesmo modelo de capuz em seus ombros.

— Vocês são... semideuses? – a garota do meio perguntou.

— Não seja tola, Lilibelle. Você não consegue sentir isso dentro deles? – perguntou a que estava na sua direita.

Lilibelle sentou ainda no ar e jogou a cabeça para a esquerda, franzindo a testa para examina-los. Percy chutaria que ela tinha uns onze anos de idade.

— Ei, Janice, parece que Lian acertou de novo. O garoto ali – a loira apontou para Percy – bate com as descrições.

Ela fez um murmúrio de concordância. Annabeth trazia uma bainha com espada nas costas. Ela e Hazel tinham que se armar melhor antes de saírem do acampamento, então foram até o arsenal.  Annabeth optou por uma longa espada de aço. Hazel preferiu dois sais, uma pequena arma ninja com três pontas. Tinha certeza que já as tinha visto em algum programa de TV com tartarugas. As duas agora estavam em posições de defesa e bem equipadas. Percy estava com Contracorrente em mãos, e Frank pegou seu arco, apontando precisamente uma flecha para a cabeça de Janice. Ele a achou mais perigosa pela cara que ela tinha.

— Descrição? – balbuciou Lilibelle – esse é Percy Jackson?

Percy amaldiçoou a própria sorte. Então estavam atrás dele de novo. Estava começando a se tornar um perigo para os outros.

— O que vocês querem?  - ele questionou.

Lilebelle levantou-se e jogou os braços para cima. Deu um sorriso largo que salientou suas bochechas. A roupa branca e característica que ela e suas colegas usavam eram bem escandalosas para aquela hora do dia. Ela olhou de relance para as duas.

— Janice, Lúvia, deixem eles comigo. Por favooor! – implorou juntando as mãos e fazendo biquinho.

Hazel a achou bem infantil apesar de não subestima-la, sabia que deveria ser uma inimiga de peso por querer lutar sozinha. Pensou consigo mesma o que aquela garotinha poderia fazer, qual era seu tipo de habilidade. Janice revirou os olhos.

— Por mim tudo bem. Sorte sua que não estou a fim de matar ninguém hoje – respondeu.

Lilibelle olhou para a loira, Lúvia, esperando uma confirmação. Ela apenas fez um sinal de desdém com a mão. A morena manteu seu sorriso e se virou para os quatro abaixo.

— Ah! – gritou alarmada, com seus grande olhos surpresos – Onde é que eles estão?

Percy corria com os outros em fila logo atrás. Iam em direção ao grande lago que ficava depois da divisão da estrada. Ele sabia que seria muito mais fácil enfrenta-las com água por perto.

— Eles estão fugindo, sua idiota! Vá atrás deles! – vociferou Lúvia, apontando na direção.

Lilibelle não respondeu, apenas fez o que foi dito. Ela avançou pelo céu como se fosse a supermoça. Frank era o último na fila e ela apontou o dedo indicador na direção de suas nádegas. Desse ato saiu uma pequena fagulha de energia azul que voou diretamente nele.

— Ai! – exclamou colocando as mãos por cima da queimadura.

A garota deu uma gargalhada e acelerou o voo até passar pelos quatro como um torpedo. Ela desacelerou e se virou. Desceu e ficou em pé diretamente no chão, de frente para Percy, que parou de acorrer abruptamente. Ela colocou os braços por trás das costas e deu um sorriso meigo. Com um dos braços, ela apontou a palma da mão para ele. Se o acertasse estaria acertando os quatro em efeito dominó.

— Cuidado com o meu volna – alertou de maneira doce e mortal ao mesmo tempo.

— Separem-se! Rápido! – Percy gritou.

Assim eles fizeram, cada um pulando para o lado e correndo em direções opostas. O volna de Lilibelle passou devastando o concreto do chão por vários metros até desaparecer. Ela suspirou e subiu para o ar novamente. Teria que escolher um deles para ir atrás. Não foi necessário, uma flecha passou zunindo por sua orelha. Ela se virou para Frank que a encarava de forma desafiadora.

— Não foi legal o que você fez! – afirmou.

Ela colocou as mãos cobertas por luvas brancas na boca e deu uma risadinha.

— Vamos testar algo de diferente então.

Ela dobrou os cotovelos, os antebraços apontados para Frank. Parecia que ia empurrar alguma estante invisível. Frank arregalou os olhos ao perceber o que ela faria. Lilibelle jogou os braços para frente e para trás com movimentos repetidos e rápidos. Sempre que fazia isso um volna era liberado na direção do chão onde Frank estava. Seu corpo virou praticamente uma metralhadora de energia azul explosiva. Um, dois, três, quatro... Atirou cerca de trinta vezes. Com certeza o ataque formou um buraco bem grande. Fumaça subia e ela olhava atenta esperando que se dissipasse e encontrasse o corpo de Frank. Passaram-se alguns segundos e ela não viu nada. Apenas a cratera que seus ataques formaram. Ela desceu, confusa.

— Será que eu destruí o corpo dele? – se indagou.

Ouviu outro zunido em sua orelha. Se virou rapidamente, mas não encontrou nada. Não foi uma flecha que passara, afinal.

— Não estou entendendo... – murmurou.

O zunido continuava. Então ela prestou atenção em seu ombro: era apenas uma abelha. Lilibelle levantou sua mão até ela para lhe dar um peteleco, entretanto algo estranho aconteceu. A abelha começou a ficar maior em uma fração de segundos. De repente Frank estava ali, bem em cima dela.  

— Mas o q-

Ela foi interrompida com o chute que ele lhe deu no rosto enquanto ainda tinha impulso. A garota foi arremessada para baixo, onde Annabeth já a esperava com sua espada. A filha de Atena desferiu um golpe que atravessou o corpo pequeno de Lilibelle. Ela foi empurrada para o chão, agora com um grande corte em seu ombro.  

— Agora Hazel! – Annabeth gritou e saiu do caminho.

O chão tremeu, e começou a se despedaçar para os lados. Uma enorme fenda se abriu e Lilibelle, ferida, foi engolida para seu interior. As duas partes do chão começaram a se juntar novamente e a fenda se fechou.  Hazel apontava as duas mãos para baixo e dava fortes lufadas de ar. Não era um golpe muito fácil de se fazer com velocidade. Janice e Lúvia apareceram voando logo acima. Elas não pareciam se importar com o que aconteceu, tinham uma expressão de tédio. Annabeth estava prestes a bolar mais um plano, no entanto teve seus pensamentos interrompidos quando o chão tremeu. Ouviram um som abafado e então um forte estalo. A terra se abriu e Lilibelle saiu disparada, como um foguete subindo para o espaço. Ela ainda estava ferida, mas não parecia se importar.

— Foi divertido – ela sorriu.

— Ah, não – Frank lamentou – ela é igual aquele cara.

Lilibelle desceu graciosamente e imitou um cumprimento com vestido, como as princesas fazem nos filme.

— Prazer, Lilibelle Nemasbach, Cavaleira de letra G do exército de Vossa Majestade!


Notas Finais


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