História A Ultima Viajem - Musas e o Sátiro

A viajem demorou quatro horas, mas ao chegar no local, a espera foi merecida.

Um céu límpido, pintado de azul e branco. Árvores do tamanho de prédios em um verde reluzente e brilhante, grama cercava os passos que a morena dava ao descer do carro, o vento brincava com suas longas madeixas e o cheiro de grama molhada impregnava todo o local.

Estavam em um grupo de cinco pessoas, Alyna, Erika, Francis, Jack e Dante. Por incrível que parece, a morena tinha amigos, amigos que aguentavam sua personalidade forte e difícil. Acharam um lugar e montaram acampamento, as meninas foram se banhar no rio ali perto, enquanto os meninos faziam o resto do trabalho.

Três dias rapidamente se passaram naquele belo lugar, para a infelicidade da morena é claro, mas... iriam até uma cachoeira não muito longe dali. Ao chegarem nela, sem delongas todos entraram aproveitando a deliciosa água, encantados com tanta beleza, Alyna a mais terrível resolve subir cachoeira a cima, e lá de cima, observou por minutos todo aquele verde, azul e branco que pintava a tela a sua frente, a mais bela que já tinha visto, segundo ela é claro. Depois de observar a bela paisagem, em um pulo meio acrobático, esta salta da pedra onde estava, seguindo direto para a água que tanto lhe impressionava. Um mergulho, longo e fundo, relaxante e gelado... em meio ao nado maravilhoso, uma correnteza, bem lá no fundo acaba atrapalhando a bela moça, levando-a contra sua vontade para sabe-se lá aonde.

Com certa pressa e desespero a jovem sobe necessitando ar, mais do que tudo naquele momento. Depois de recuperar o folego perdido, observa o local que havia mudado drasticamente, não eram aquelas árvores que enfeitavam a paisagem de antes, e que desgraça de rio era esse? Não tinha rio! Apenas um lago, bem grande onde abrigava a água que caia da cachoeira.

- Que lugar é esse?

Saía da água de forma receosa com tanta mudança e logo escuta um barulho ficando atenta sobre o que poderia ser, em passos lentos e silenciosos a morena se esconde atrás de uma árvore tentando descobrir o que ocorria.

*Observava três belas mulheres correndo em seus belos e elegantes vestidos, com pressa e aparentemente irritadas.... olhava para trás, a procura do que havia as irritado e vejo......*

- Mas.... que porra é essa?!?!

Um sátiro!!!! Um sátiro!!!! corria para as belas jovens que se escondiam atrás de arvores, impedindo o mesmo de toca-las. Alyna boquiaberta pelo que via, ajoelha-se no chão sem tirar os olhos, que agora, estavam arregalados, do sátiro, quando seu joelho toca o chão, um graveto que ali se escondia embaixo de algumas folhas se quebra revelando sua localização, por algum motivo desconhecido pela jovem, aquele animal, metade bode metade homem com orelhas e chifres seguia em sua direção com um sorriso pervertido. O mesmo se aproxima falando um idioma desconhecido por esta, que ainda sem falar nada, demonstra-se confusa com tudo aquilo, quando a criatura chega mais perto, observa que a mesma tinha em sua face uma cicatriz, mas sem se importar segue suas mãos até os fartos seios da mesma fazendo-a se levantar e dar-lhe um chute na barriga, onde o mesmo “voa” para o outro lado. Com tanta agressividade as mulheres que antes escondidas, agora fitam a jovem morena horrorizadas temendo sua violência. Um suspiro forte vinha da morena que logo se afasta, correndo de toda aquela loucura mitológica.