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História A Ultima Viajem - Desavença


Escrita por: Loicy

Capítulo 5 - Desavença


Fanfic / Fanfiction A Ultima Viajem - Desavença

Depois de uma longa caminhada, finalmente chegam a humilde casa do senhor, esta ficava no pé de uma linda montanha, cercada por árvores e grama, havia também animais, como dois cavalos, algumas galinha, dois porcos grandes e alguns patos e gansos, aquilo era uma vista e tanta, animada com tantos animais juntos, brincando e correndo de um lado para o outro, aaahh claro, como pude me esquecer de Nyx.... uma adorável e bela cadelinha que ao ver o dono, corre em sua direção abanando aquele belo rabinho negro, esticando uma das patas para que o mesmo pegasse com uma das mãos. Ao perceber a presença da jovem, a cadela observa com atenção a mesma e vai em sua direção, sem demonstrar agressividade alguma, fita-a por alguns segundos e logo começa a abanar o rabo novamente, mostrando euforia em seu comportamento, já a morena apenas fita a cadela de forma neutra estranhando o comportamento da mesma.

 

- Nyx

 

O homem fala apontando para a cadela.

 

- Nyx...

 

A morena repete, entendendo o recado que este havia passado, antes de dar o próximo passo para então continuar sua caminhada, respira fundo e mostra a língua junto de uma careta, como se provocasse-a, fazendo a cadela latir, rodopiar e sair correndo para junto de seu dono que logicamente, já estava a uma certa distância, quase entrando a casa.

Voltava a andar, e logo estava junto ao senhor subindo os poucos degraus que havia na entrada daquela humilde porém bela e aconchegante casa. A mesma era feita de madeira, na porta principal havia desenhos delicados provavelmente feito à mão, já dentro da casa, logo na entrada podia ser vista peles de animais decorando o chão, uma lareira simples na sala com duas poltronas em seu lado, uma estante e mesa pequena contendo vários e vários livros, papéis e um monte de bagunça. No começo foi apenas isso que viu, pois antes de adentrar outro cômodo, que provavelmente seria a cozinha ou sabe se lá o que, a voz do velhinho ecoa na casa chamando sua atenção, logo segue-o em direção à escadas que havia completando a divisória entre dois cômodos, os dois sobem a mesma e lá em cima, quatro quartos, tendo em um deles, o qual ela entrou, uma banheira, uma cama de casal extremamente enfeitada por grandes e belas peças de tecidos. “Desnecessário!” pensa ao observar tanto frufru, havia também uma penteadeira e um baú, provavelmente pertencia a sua mulher ou filha... mas pelo que via, o quarto a muito não era usado, sentiu-se mal, não queria usar coisas de um defunto. Pensamento bem insensível neh?? Triste essa nossa Alyna. Ok... voltando!

O senhor adentra o quarto seguindo em direção ao baú, abrindo-o, onde mesmo de longe pôde ver belíssimos vestidos de todas as cores e modelos, elegantíssimos. “ Ok.... esse velho tem grana”, pensa ao cruzar os braços fitando-o gesticular para as peças do baú, como se quisesse que esta os usasse, com um olhar meio desgostoso e sem graça, nega com a cabeça dando um passo para trás, o senhor insiste pegando um colocando-o em cima da cama, acenando positivamente com a cabeça e gesticulando certas coisas que não conseguiu decifrar. Antes de sair do quarto o velhinho sorri para Alyna que retribui apenas fitando-o, mantendo os braços cruzados, antes deste fechar a porta o homem grita um nome ou alguma coisa que a morena não entendeu, mas também não deu importância.

O quarto era realmente bonito, limpo e cheiroso, pena pertencer a defunto, a janela estava aberta onde entrava uma brisa refrescante e extremamente cheirosa, foi o que mais chamou a atenção da morena, que em passos lentos seguiu até a mesma observando o lado de fora.

 

- Que lugar lindo!

 

Apoiava-se na parede ao lado da janela, mantendo completamente sua atenção lá fora, o cheiro era maravilhoso, não havia poluição.... não havia barulho de carros, motos, ônibus, pessoas falando, crianças chorando... um lugar realmente abençoado segundo ela. Em meio a seus pensamentos, lembra-se se sua irmã, de sua bondade e belo sorriso gentil, de como deveria estar? O que estaria fazendo? Se sentia saudades assim como ela. Um leve sorriso abre-se nos lábios ressecados e carnudos da morena, onde a única coisa que via aquela cena de certa forma milagrosa, era o céu os animais e as flores que enfeitavam todo o “quintal” daquele belo lugar. Infelizmente este logo se vai ao se lembrar da situação em que se encontrava, em outro mundo, em outra época, e pelo que parecia pelas roupas do homem estaria na Grécia, se bem que era extremamente óbvio isso, já que de cara, a primeira coisa que encontrou foi aquela porcaria de sátiro! Ao se lembrar da irritante criatura, seu semblante antes indiferente dá lugar a um cheio de raiva onde a mesma franzia a sobrancelha, coisa que não foi nada agradável, quando uma mulher adentra o quarto falando como se esta entendesse; Alyna volta sua atenção para dentro do quarto ao escutar a voz da mulher que se assusta com sua expressão fria, dando dois passos para trás, curvando a cabeça. Sem mudar sua afeição, porém agora não tinha raiva e sim duvidas sobre quem era aquela mulher e o que ela queria, a morena descruza os braços, dando dois passos para frente fitando-a que ainda de cabeça baixa, fala. A morena nada entendia então se aproxima mais da mulher, levando sua mão até o queixo da mesma fazendo-a levantar a cabeça, onde sua reação foi fechar os olhos e apertar fortemente as mãos no belo tecido que cobria seu corpo, surpresa pela reação da mulher Alyna tira as mãos da mesma as levantando pra cima, em sinal de paz, como se não fosse fazer nada, e realmente não iria, só estava curiosa e intrigada do por que ela estar ali.

 

- Tudo bem.... não precisa ter medo.

 

Mesmo que a comunicação fosse falha entre as duas, a mulher volta a abrir os olhos quando escuta a voz da jovem, Alyna recua dois passos, dando passagem a mulher, observando o que a mesma faria; rapidamente esta pega uma bacia que havia colocado instantes atrás no chão, contendo água quente e a joga na banheira, logo esta se reverencia e sai do quarto. Alyna olha para a banheira e percebe que demoraria mais do que minutos para esta se encher, um suspiro “Que saudade do meu chuveiro” pensa a morena. Novamente a mulher chega, se curva logo andando até a banheira para enche-la com a água que trazia e isso.... sucessivamente, até que finalmente estava cheia, a mulher receosa abaixa a cabeça indo em direção a Alyna que observava aquele temor, era ridículo na opinião da morena, mas nada podia fazer já que no fim, acabou ficando assim, ranzinza!

Um suspiro forte da parte de Alyna que estava irritada, primeiro com a reação da mulher e segundo pela demora, além de chata e ranzinza era mal agradecida. Não demora muito e a mulher toca o tecido da roupa que Alyna vestia, fazendo-a recuar dois passos, batendo a coxa na beira na cama.

 

- Não toque em mim!

 

Acena negativamente com a cabeça ao proferir tais palavras, levando uma das mãos aonde a mulher tocara-lhe. Com os olhos Alyna mostra a porta do quarto, gesticulando com a mesma para que a mulher saísse, esta entente o recado e sai, porém antes de sair, deixa ao lado da banheira um pano e um tipo de liquido que provavelmente seria para se lavar. A mulher sai, Alyna tira a canga de banho que usava, afinal estava em um lago, e para não usar roupas pesadas, ou biquíni, decidiu usar aquela peça, felizmente não a tirou antes de pular da cachoeira, sorte dela!

O banho fora refrescante, relaxante e muito cheiroso mas..... ao sair e se deparar com aquele tecido na cama....

 

- Como diabos se usa essa porcaria?

 

Dizia ao pegar o mesmo nas mãos e vira-lo de um lado para o outro, tentando entender o corte daquilo para então achar aonde colocaria a cabeça. Sorte que bem nessa hora a mesma mulher de antes bate na porta e entra, via Alyna nua e molhada tendo em mãos o vestido que antes estava em cima da cama, observava sua expressão confusa e duvidosa não deixando de reparar em seu esbelto corpo.... mas.... ao vê-lo a mulher não consegue disfarçar a surpresa e horror que este passava; Mesmo tendo curvas delineadas e de se dar inveja, sua pele pálida era marcada por pequenas, grandes, médias cicatrizes, queimaduras, hematomas, deixando-o de fato assustador. Alyna não se incomodou com o olhar da mulher, sua expressão era calma e indiferente, porém muda ao ver a mulher chorar, aquilo sobe o sangue da morena de uma forma descomunal, onde sem pensar duas vezes vai até a mulher segurando seu pescoço como se fosse estrangula-la, sua feição agora era de puro ódio fazendo a mulher chorar ainda mais.

 

- NÃO PRECISO DA SUA DÓ!!!!



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