Bem longe daquela desagradável discussão, outra ocorria, no Monte Olimpo.
- Não deixarei que faça o que quiser!
- Pareço ter pedido permissão?
- Nossa.... como vocês são infantis.
- Não se meta, ou sobrará pra você.
- Por que insiste em pegar o que não lhe pertence? Já basta toda a desgraça que trás a meu povo!
- Conquistar é o que faço! Se não consegue proteger o que é seu, não posso fazer nada querida Atena!
- Não me provoque Ares! Não sabe do que sou capaz!
- Aaahh.... * um sorriso irônico* Sei muito bem minha queria irmãzinha!
- Basta! * Uma forte e grave voz paira sobre a gigantesca sala fazendo os dois calarem-se.*
- Por que parou? Estava ficando divertido!
- Queria saber aonde daria essa discussão!
- Chega Hermes.... Apolo também.
- Perderá suas terras irmãzinha!
- Não se atreva!
- Eu disse BASTA!
Um raio cai no meio da sala, o grisalho que antes sentado, agora se levanta mostrando sua autoridade sobre todos ali reunidos, logicamente que este era o deus dos deuses, o imponente e temido Zeus, todos se aquietam, voltando a se sentar. Ares não para com a tentativa de intimidar a deus da sabedoria que sem perder a postura, mantem-se sentada olhando fixamente para o irmão.
- Com sua licença. * Diz o ferreiro dos deuses* Esta reunião já acabou a tempos. Tenho assuntos mais importantes.
Este se levanta, curva-se de maneira respeitosa e educada para seu pai e se retira da enorme sala, desaparecendo antes mesmo de chegar na enorme e bela porta. Depois de mais algumas trocas de palavras os outros deuses se retiram também, seguindo cada um seu destino. Mesmo sendo deuses, haviam muitas semelhanças entre eles e humanos, afinal, foram criados à sua imagem e infelizmente assim como sua criação, também havia ódio, amor, luxuria, raiva, inveja, tristeza etc... entre os deuses, onde tudo isso causava apenas confusão e desgraça na vida daqueles menos afortunados.
Aquela discussão não terminaria por ali, e por capricho de duas divindades a vida de muita gente mudaria daquele dia em diante.
Ares segue em direção a sua cidade preferida, Esparta, onde todos ali o admiravam por seu poder e.... violência? Enfim! O deus desce em sua forma humana, não perdendo em nenhum momento todo aquele ar divino que possuía e claro, aquele corpo ajudava e muito a compara-lo com um deus grego. Já na sala de reunião, o deus interfere as palavras do rei, indo direto ao ponto.
- Eu quero Atenas!
Diz ao se sentar na cadeira do rei e “brincar” com uma adaga. O rei e comandantes ali presentes imediatamente se ajoelham ao perceber sua divindade, ainda curvados o rei se pronuncia dando-lhe sugestões de como poderiam atacar, agradando aos ouvidos do temível deus da guerra. Após algumas ideias, sugestões e palavras a reunião acaba e os homens saem da sala seguindo as ordens de seu deus, para então satisfaze-lo com o que sabiam fazer de melhor, matar! O ultimo a sair é Eurotas, rei de esparta que por impulso observa o deus ainda sentado com um terrível e amedrontador sorriso.
Já no santuário, os cavaleiros da grande deusa da sabedoria caminhavam em suas reluzentes armaduras douradas, todos em direção ao templo da mesma, seguindo as instruções do Grande Mestre, estes chegam, ajoelham-se tendo em sua presença a deusa.
- Nos convocou..... Atena?
Diz Sisífos, seu cavaleiro mais querido, portador da armadura de Sagitário e consequentemente dono da nona casa.
A deusa que agora ocupava o corpo de uma bela mocinha, de longas madeixas lilás e olhos esmeraldas se pronuncia a frente deles com certa preocupação.
- Perdoem-me meus cavaleiros. Creio que iniciei uma terrível guerra.
- O que ouve minha deusa?
Pergunta Sage, o Grande Mestre, ainda de joelhos.
- Ares pretende atacar Atenas. Não sei quando, mas preciso que fiquem alerta a qualquer movimento de Esparta
- Não precisa se preocupar Atena, nós cavaleiros estamos aqui para proteger vossa cidade e todos que nela habitam. * Pronuncia Sisífos.*
- Mandarei avisar as províncias distantes, onde provavelmente Esparta passará com seu exército! Não deixarei que cheguem até aqui.
- Muito obrigada a todos.... Infelizmente não poderei ficar aqui, mas estarei olhando por vocês e por favor, tomem cuidado, perde-los me trará sofrimento, mais do que imaginam meus cavaleiros.
- Sim.... nós agradecemos vossas gentis palavras Atena.
Os cavaleiros se vão, ficando apenas a deusa e o Grande Mestre.
- Sinto muito Sage.
- Não precisa se desculpar minha deusa. Ares não tem ideia do que lhe espera aqui, com toda certeza sofrerá por insultar vossa graça.
Atena se despede de seu leal ajudante, deixando o corpo da criança que usava, voltando ao Olimpo.
O santuário agora estava em alerta total, todos tinham o que fazer, alguns partiam para avisar que a guerra chegaria, enquanto outros permaneciam e treinavam ainda mais aqueles corpos cansados.
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