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História A Ultima Viajem - Visita


Escrita por: Loicy

Capítulo 7 - Visita


 ************** Longe da guerra ***************

 

Mesmo quase perdendo todas as forças a mulher consegue soltar um grito, em meio a toda aquela pressão em sua garganta. O velho que estava em uma das poltronas lendo, escuta um barulho estranho e sobe para ver o que acontecia, ao chegar no quarto que havia oferecido de bom agrado, vê aquela cena, por alguns segundos permanece na porta, pasmo pelo que via, mas logo “acorda” de seu transe e segue em direção as duas, impedindo que Alyna realmente matasse sua única servente.

Após o uso de muita força, o velho consegue soltar a mulher das mãos da morena, que ainda irritada, deposita com ódio e repulsa um tapa na cara da mesma. Sabia que aquilo era errado, que o que fazia para se “defender” era uma maneira errada de demonstrar seu descontentamento por olhares e comentários sobre sua pessoa, mas não adianta chorar pelo leite derramado! A raiva ainda não havia passado...

 

- O QUE FOI?? NUNCA VIRAM CICATRIZES? SOU TÃO REPULSIVA ASSIM??

 

Não queria continuar com aquilo, mas seu sangue fervia tanto em ódio que não aguentou ficar quieta observando aqueles olhares de dó e surpresa. Gesticulava com as mãos enquanto falava, passado a mão em uma cicatriz ou outra, fitando-os com desprezo, o velhinho depois de alguns segundos recobrou a consciência, saindo de seu transe, onde por impulso foi até a jovem e deu-lhe na cara fazendo-a para de surtar e fita-lo seriamente. Segundos de silencio se passaram fazendo o senhor pegar o vestido e cobrir o corpo da morena que sem se importar deixou que este a vestisse, seu corpo tremia de raiva, sua expressão não mentia o que sentia naquele momento, mas nada fez, apenas se aquietou ao sentar-se na beira da cama, colocou os pés na madeira que segurava o que deveria ser um colchão, e debruçou-se sobre os joelhos; ficou assim o resto do dia, não viu eles saírem do quarto e nem se importou, apenas ficou daquela maneira. A falta de nicotina ajudava-lhe em seu comportamento grosseiro e violento, junto é claro da fome que parecia lhe consumir e óbvio... o sono, tudo isso misturado a fez perder completamente a razão, não era desculpa é claro... e ela sabia disso, mas agora... nada poderia ser feito, infelizmente não tinha o poder de voltar no tempo e arrumar seus erros. Se arrependia isso é fato, mas....

 

- Que merda!

Um suspiro pesado pairou sobre o quarto onde logo deita-se na cama, se joga para ser mais exata. O tempo passa, a dor no estomago da jovem era forte e cruel, a fome realmente lhe consumia, sua garganta estava seca, havia se esquecido daquela sensação, a muito fome e sede não lhe atormentavam.

A noite chega rápida e gelada, a morena que ainda permanecia deitada na cama, não se incomodava com o vento frio que adentrava o quarto, se perdia em pensamentos, lembrando do que fizera a pobre mulher, realmente estava arrependida, mas seu orgulho jamais a permitiria se desculpar, a porta se abre violentamente fazendo-a se assustar e sentar na cama, o velhinho entra no quarto seguindo em direção a jovem que sem entender nada muda a expressão calma para uma assustada e surpresa, o homem a pega pelo braço sem gentileza alguma, esta puxa o mesmo e quando ia falar, ou melhor gritar, o senhor tapa a boca dela com uma das mãos, acena negativamente com a cabeça e faz um sinal de silencio com o dedo da outra mão, a morena entende a cena com a cabeça. Este se afasta dela, subindo o lençol de baixo da cama puxando-a fazendo-a se curvar para então entrar de baixo da cama, ela não entende nada mas percebe que o velho estava preocupado então cede e entra de baixo da mesma, antes mesmo de se esconder por completo escuta alguns cavalos se aproximar do lado de fora e algumas vozes, o velho faz novamente o sinal de silencio e desce o lençol.

Agora de baixo da cama, escuta vozes vindo da sala, não entendia nada, mas pelo jeito que o senhor responde percebe ser algo sério. Permanecia quieta e depois de provavelmente uma hora escuta os cavalos se afastarem e lentamente sai de baixo da cama onde encontra o velho entrando no quarto, o mesmo a ajuda se levantar e a mesma senta na cama não entendendo nada. Aquilo foi estranho e o homem parecia muito preocupado, aquilo deixou a morena inquieta mas nada falou, afinal não entenderia nada mesmo. O homem acena para que a mesma saísse do quarto, mas esta se recusa e senta-se novamente na cama, porém a fome fala mais alto e sua barriga ronca, ela ainda sentada desvia o olhar envergonhada, não pelo barulho, mas pelo sentimento de culpa que tinha ao tratar a mulher tão ruim.

Na porta a mulher de mais cedo se aproxima, trazendo nas mãos uma bandeja com comida, a mesma a fita e sua barriga ronca novamente, percebia que a mulher tremia ao se aproximar, coisa óbvia já que a algumas horas tentou mata-la. A mulher deixa a bandeja ao lado da morena, se curva e sai acompanhada do senhor que antes de fechar a porta olha a morena que sem cerimônia algum, devora a comida a sua frente. Ao terminar de comer a morena volta para a janela.

 

- Nossa..... como queria um cigarro!



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