História The Only Exception - Primeira partida.

Depois da cena ridícula de Yusuke, não nos falamos mais e eu não era tola de ir atrás dele. Eu tinha coisas mais relevantes ao meu redor. Hoje era o dia do jogo, estava esperando a nossa vez de jogar. Eu estava meio cansada então, cochilei o primeiro jogo com os outros colégios todinho, sendo acordada por Min quando a partida que me interessava começou.

    Min: Estou nervosa pro baile. – me ofereceu pipoca, recusei.
    Jeni: Vai ser uma noite e tanto. – sorriu olhando pra Yuri, que encostou a cabeça em seu ombro.
    - Claro, bem legal. – concordei observando nosso primeiro ponto feito por Seokjin, que era o capitão.
    Min: Prometemos que não vamos te deixar de lado, não é tão ruim ir sem companhia.
    - Eu não vou desacompanhada. – tomei um gole de água, observando o jogo atentamente.
    Jeni: Como é? – ergueu a cabeça, boquiaberta.
    - Eu tenho um par.
    Min: Quem é? – perguntou curiosa, chegando mais perto, típico.
    - Está ali jogando, camisa sete. 
    Min: COMO ASSIM, VOCÊ E TAEHYUNG?
    Jeni: Isso sim é uma surpresa, quando te chamou? – sua expressão era mais leve, aliviada talvez.
   - Quando fui buscar o dinheiro pra pagar o vestido, ele apareceu e perguntou se eu gostaria de ir com ele e eu, aceitei. – o jogo estava ficando mais interessante, os dois times eram bons.
    Min: Eu não acredito... – colocou sua mão na testa, encarando Taehyung que acabara de fazer mais um ponto. – Será que ele gosta de você?
    - Somos amigos, e gostamos um do outro assim. – encarei as duas, Yuri permanecia a atenção no jogo, como se não tivesse escutado uma só palavra de nossa conversa. 
    Jeni: Me surpreende ele ter convidado alguém e esse alguém, ser você! – Yoongi entrou no lugar de Jeon, que estava buscando ar. – Ele nunca convida ninguém.
    Min: A amizade de vocês deu um pulo bem grande, não achei que seria tudo tão rápido.
    - Ele não é como eu pensava, e vice-versa... E você Yuri, com quem vai?
    Yuri: Desacompanhada, não me importo com essas coisas de par. – sorriu, torcendo junto a arquibancada.

   O jogo estava sendo ótimo, iríamos ganhar com toda certeza. Os quatro colégios participantes estavam animados, até o time perdedor do primeiro jogo. Faltava muito pouco pro tempo terminar e ainda estávamos na frente, Seokjin arremessou a bola, entrando na cesta.
   Toda a torcida desceu para comemorar rodeando nossos jogadores completamente. Min bateu o pé ao ver Hoseok rodeado de garotas e Jeni, estava muito ocupada conversando com Yuri. Decidimos esperar os garotos na porta do vestiário para parabenizá-los, só não esperava que os corredores também estivessem lotados. Min me puxou pela mão, me levando até onde os garotos estariam mas, estava difícil passar no meio de todas aquelas pessoas.
   Senti um esbarrão, colocando de imediato a mão no passador de cinto do short verificando se as chaves de casa ainda estavam ali. E elas não estavam, soltei sua mão me abaixando pra procurá-las.

      - Já estou indo pra lá, pode ir na frente. – sorri, ela assentiu continuando o trajeto. Fiquei mais um tempo abaixada, até sentir uma mão fria em minhas costas.
      xX: Acho que isso é seu... – me levantei, um rapaz alto me estendeu o chaveiro.
      - Achei que tivesse perdido de vez, obrigada. – peguei-o de sua mão, virando pra sair dali.
      - Ryan, e você é? – estendeu a mão, cumprimentei.
      - Mia. É com seu time que jogaremos na final?
     - Sim, e acho que seu amigo está bravo por estar conversando com o oponente do próximo jogo... – Jeon parou em meu lado, passando o braço por meus ombros.
      Jeongguk: Estão precisando de nós Mia, vem. – me tirou de perto do garoto que acabara de conhecer às pressas.
      Ryan: Até a final, Mia! – gritou, somente acenei, Jeon olhou pra trás com ar de irritação.
      Jeongguk: O que ele te fez? – seu tom de voz me soou preocupado.
      - Nada, só me devolveu a chave que perdi.. – chegamos onde todos estavam, abri um sorriso ao ver todos juntos. – Parabéns, jogaram pra caralho.
      Seokjin: Jogaremos melhor ainda na final.
      Jimin: Temos que treinar mais ainda... – secou o suor que escorria pelo rosto.
     Hoseok: Mudando o assunto, por que não desceram junto também? – iria abraçar Min mas lembrou do suor pegajoso, recolhendo os braços.
      Min: Preferimos os bastidores. – estava de braços cruzados, ainda com ciúme das garotas que o rodearam. – Vá tomar teu banho, Hoseok.
      Yoongi: Por que demorou tanto, Mia?
      - Deixei as chaves de casa caírem, um menino achou e me devolveu.
      Jeongguk: Ryan... – olhou pra Taehyung, que respirou fundo.
      Taehyung: Também prefere os bastidores, Mia? – ignorou o que Jeon dissera, enquanto os outros entravam no vestiário.
      - Se não tivesse tanta gente ao redor dos titulares, teria falado com vocês. – me encostei na parede. Min seguiu até a saída, me esperaria do lado de fora.
      - Gostaria de ter você na quadra também. Vocês três, nossas amigas de verdade são vocês, não aquele povo todo. – sorriu fraco, com a mão na nuca. - Hmm, sobre o baile... Que horas posso te buscar?
      - Acho que sete.. - seu rosto estava corado, mas não sabia se era por timidez ou pelo jogo recente.
      - Então às sete?
      - Às sete. 
      - Estarei lá em ponto. - mexeu em seu cabelo, sorrindo fraco.
      - E eu esperando. - retribuí, saindo do local.

  Eu, Jeni e Min fomos pra casa todas juntas, falando sobre as expectativas do baile, o tempo que demorariam pra fazer a maquiagem e o quanto o frio na barriga aumentava conforme o tempo pro início do baile diminuía. Cheguei em casa e fui direto pro quarto, minha mãe se “chateou” por não ter dito a ela que seria hoje e prometeu me ajudar com a arrumação. Dito e feito, tomei banho e fiquei lá, horas sentada enfrente à sua penteadeira repleta de aparelhos pra cabelos e maquiagem.

- Ele vem te buscar, Mia? – perguntou, passando um pouco de iluminador em minhas têmporas.
- Sete horas. Ele é pontual então, seja rápida mamãe. – pedi.
- Já estou acabando, calma.
Lena: Mia, ele tem um carro? – se debruçou na janela do quarto, balançando os pés.
- Tem sim.
Lena: Então aquele carro parado na nossa porta é dele... – olhou o relógio no pulso. – Bem pontual mesmo, sete em ponto.
- Mãe...
- Acabei! Vou abrir a porta. – largou o pincel descendo as escadas, me levantei pegando a bolsa com celular e um pouco de dinheiro.
- E então, como estou? – perguntei a Lena, enquanto me olhava no espelho quadrado.
- Linda de morrer!