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História A vampira e a princesa (Bubbline) (Em Hiato) - Cara princesa


Escrita por: Mutekai

Capítulo 2 - Cara princesa


Já estava noite, Jujuba tentava não ceder a tentação de adormecer, queria examinar um pouco mais aquelas amostras. O sangue dela tinha traços de demônio, aquilo era estranho. Ela misturava alguns produtos analisando as reações. Estava usando um óculos redondo, ela apenas usava óculos quando estava no laboratório ou lendo, não queria que imaginassem que a visão da mais perfeita princesa de Ooo não era tão perfeita. Com uma xícara de gatinho, a princesa bebia café, tentando se manter acordada, e estava mais energética que nunca.
Porém uma doce voz novamente lhe causava arrepios.

-Princesa me solta. Sério, ta mó tédio aqui. Já escureceu quero dar uma volta.
A criatura estava imóvel, olhando para o teto, porém não encostava a cama, estava flutuando.

A princesa se virava franzindo a testa.
-Não vou soltar vc. Demorei anos pra te capturar, deve ser um ser de inteligência, conseguiu fugir de todas as minhas armadilhas..
Ao notar a outra flutuando os olhos rosas dela se arregalavam.
-E-está voando?

-Aquelas coisas foram fáceis, e bem.. tem magia por todo canto, não achei que ficaria impressionada com isso.
A criatura se sentava encarando a princesa.

-Mas não pensei que usasse magia. Me conta como escapou.
A princesa puxava uma cadeira, cruzava as pernas, apoiando um caderno sobre as mesmas, pegava uma caneta para anotar.

-Fica mais sensual de óculos sabia?
A vampira sorria, agora olhava para a corrente, estava presa. Ficava puxando a corrente tentando arrebentar, porém parecia ser inútil.

Ao ouvir as palavras da vampira, o rosto da princesa ficava rubro, ela ajeitava os óculos negando com a cabeça.
-Responde as perguntas, já te disse que não adianta puxar que não irá quebrar. Como fugiu? Por que atormenta o povo doce.

A vampira fixava seus olhos vermelhos sangues a ela.
-Tão bonitinha e tão ingênua. Não atormento seu povo, eles vão derrubar as árvores da minha floresta, por que não pensa um pouco hein? Ooo não é todo seu. Aquela floresta pertence a mim, afugento todos que perturbam minha paz lá. Além do mais.. é fácil fugir...
Em segundos a vampira virava um pequeno morcego, escapando da corrente em seu pescoço. Ela voava pelo laboratório procurando uma saída.
-Vou me mandar aqui.

Impressionada a princesa pegava a pistola em cima da mesa, não esperava por aquilo, mas estava prevenida. Ela apontava pra vampira atirando, porém a outra desviava e dava uma risada. Enquanto a outra ria tomava um tiro, caindo ao chão. Jujuba pegava o pequeno morcego e o colocava de volta em cima da cama. Sem demora o ser já voltava a ser aquela garota esquisita. A princesa anotava tudo no caderno. Precisava arrumar um jeito de prender aquela criatura.

 

Logo pela manhã a vampira acordava assustada, olhava ao redor vendo que estava presa em um cubo de vidro. Ela virava um grande morcego batendo ao mesmo, porém não surtia efeito. Já com as mãos doloridas ela voltava a forma original.
-Que merda, princesa esperta.
Bufava ela. A mesma sentava a cama esperando a outra chegar.

Após algumas horas, finalmente a princesa adentrava ao laboratório.
-Gostou? É bem resistente, agora vc não foge.
Jujuba bebia um pouco de café. Estava com um vestido simples, até metade do joelho, e com finas alças, estava um dia quente, o longo cabelo rosa dela estava preso. Ela pegava o óculos a mesa e o colocava, encarando a vampira, que estava deitada.

-Demorou hein princesa. Vai me deixar presa aqui sem alimento? Estou ficando fraca.
A vampira se levantava, indo até o vidro e mostrando as presas.

Sem medo a princesa dava uma risada, apertava um botão, onde algumas frutas surgiam do chão.
-Tá de dieta agora. Tem maçã, uva, banana, pera, escolha sua favorita.
A princesa dava uma risada.

-Devia ter lhe matado. Hunf.. pelo menos tem maçãs bem vermelhas.
A vampira abocanhava uma das maçãs, sugando o vermelho dela, jogando a mesma para trás.

Impressionada a princesa observa.
-Impressionante, consegue comer apenas o vermelho, talvez supra sua vontade por sangue. O que mais me intriga são seus modos.

-Shhh..
A vampira fazia um som esquisito desaprovando as palavras da outra.
-Vai pro inferno princesa.

Jujuba negava com a cabeça.
-Estava até pensando em te soltar, mas acho que vai ficar um tempinho mais em observação.

-Tá de sacanagem comigo né?
A vampira socava o vidro parecendo furiosa.

-Verdade, estou.
A princesa apertava um botão, onde uma janela atrás da vampira se abria, para que a mesma pudesse escapar.
-Pode ir, sua natureza é estranha, apenas peguei algumas amostras. Estava até pensando em lhe contratar como guardiã da princesa, mas acho que tens coisas demais pra fazer.

A vampira olhava para fora, não entendia por que poderia sair. Ouvia aquelas palavras da outra um pouco confusa. Porém logo se lembrava que estava um sol forte, não seria uma boa ideia sair agora.
-Olha princesa, eu não trabalho pra ninguém falo?

A princesa dava de ombros, olhava ela de forma séria. Os olhos vermelhos da vampira encaravam os olhos rosados da princesa.
-Pode me chamar de Bonibel Jujuba. É diferente dos monstros que já capturei, vc tem sentimentos, vc pensa, vc me escuta.
Ela colocava uma das mãos ao vidro.
-Acho até que me entende.

A vampira se aproximava olhando a mão da outra, colocando a mesma sobre ela, mesmo que por trás do vidro.
-Marceline. Sou rainha dos vampiros, porém a única vampira. Não faço ideia do que vc pensa, não te entendo garota.
Ela estava confusa, apenas ficava encarando olho a olho aquela princesa esquisita.

Jujuba sorri levemente ao ouvir o nome da outra.
-Acho que tem menos inteligência do que esperava. Mas bem, está falando comigo agora, vc me escuta e responde. Os seres da Noitosfera não respondem, apenas querem destruir tudo.

Enquanto a princesa dizia tais palavras a vampira se afastava, levando a mão ao ombro, ela olhava para o buraco. Não fazia amizade a mais de 500 anos, ela se sentia só, mas não queria decepcionar a princesa se soubesse que ela era filha do rei de lá. Talvez sua presença ali fosse perigosa aos doces.
-Desculpe decepcionar vossa alteza. Eu volto pra casa quando escurecer.
Dizia uma voz deprimente.

Jujuba não entendia o por que daquela mudança tão repentina, porém o esforço dela era admirável.
-Onde mora?
Perguntava ela curiosa.

-Na floresta.
A vampira dizia em voz baixa,

-Tenho uma casa em uma caverna perto da floresta, me encontra lá amanhã de noite, quero fazer alguns experimentos, pode ser?
Talvez não fosse uma boa ideia, não sabia se seria atacada, portanto iria armada.

A vampira nada dizia, apenas se deitava na cama virando de costas para a princesa, ela olhava para o buraco já imaginando-se livre por ai. Porém a companhia da princesa era agradável, fazia muito tempo que ninguém conversava tanto com ela, raramente seu pai lhe dizia um oi, parecia que ele nem se importava com ela as vezes. Mas ela sabia que ele era ocupado, portanto acabava ficando apenas com seus pensamentos deprimentes.
 



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