História A vampira e a princesa (Bubbline) (Em Hiato) - Apaixonada?

A vampira estava abraçando forte seu pai, sentia saudades dele, já que era muito ocupado, mal se viam. Sorridente ele afastava o abraço, mexendo nos cabelos da filha.
-Olha como deixou os cabelos crescerem. Está cada vez mais linda. Como anda Marcinha?
Ele logo sentava com ela ao sofá, estava de pijama, que tinha a cor toda preta com pequenos morcegos brancos, fora presente de sua filha.

Marceline sorria olhando a vestimenta do pai.
-Está usando o pijama que lhe dei. Bem.. até que ando bem, obrigado pelo elogio.
Hunson olhava para o próprio pijama, apontando para o mesmo.
-Adorei o presente, bem confortável para ficar a toa. Esse fim de semana vai passar muito rápido, passarei um dia inteiro dormindo, só vou ficar com vc hj tá?
Ela acenava positivamente com a cabeça, olhando para o chão, parecia envergonhada.
-Pai, me conta como se sentia com a mamãe.
Ele não entendia ao certo por que ela tocava naquele assunto, fazia tanto tempo, ele tentava se lembrar.
-Acho que esquisito. Dizem que demônio não se apaixonam, acreditava nisso, mas o amor é capaz até de tocar em meu coração. Vc é fruto do meu amor, demônios podem sim amar, mesmo que seja difícil. Ela foi a primeira e única pessoa que já gostei, pena que humanos tem vida curta.
Hunson suspirava um tanto chateado de se lembrar.
-É tipo sentir como se estivesse vivo? Sangue circulando rápido? Felicidade esquisita, vontade de estar perto? Fazer carinho?
Ela parecia muito curiosa.
-Tudo isso. Mas espera.. está sentindo algo assim?
O pai dela erguia as sobrancelhas já desconfiando.
-To sim.. err.. bem.. estou meio confusa, isso mexe com minha cabeça.
O rosto dela ficava levemente avermelhado.
-Então se apaixonou. Posso saber quem é o rapaz? É forte? Bonito? Só não vale ser mais belo que eu.
Ele passava a mão aos cabelos, o que fazia a vampira rir.
-Pai não.. bem.. na verdade é uma princesa..
Cada vez ela parecia mais sem graça. Porém ficava surpresa quando o pai dela abria um enorme sorriso.
-Tem muito bom gosto filha. Quem diria, uma princesa. Como ela é?
Os olhos dele brilhavam, estava muito curioso, sabia que a filha não se apaixona fácil, sabia que era a primeira vez dela amando, portanto tentaria ajudar.
-Ela tem quase a minha altura, cabelos rosas, é toda doce. Governa o reino doce.. tipo beijar ela é como lamber uma bala.. tem gosto bom.
O rosto dela apenas ficava mais rubro quando se lembrava do beijo. O pai dela apenas ria.
-Acho que curti essa princesa. Pena que os demônios daqui adorem atormentarem os pobres docinhos, ela deve ser bem ocupada.. mas hein.. rolou um beijo.
Ele dava um soquinho ao braço dela, que estava sem graça.
-Meio que sim.. mas ela saiu andando rápido depois.. disse que precisava voltar ao castelo.. estou tão confusa.
Marcy leva as mãos ao rosto.
-Talvez ela também se sinta assim. Acho que devia apenas se aproximar dela, como eu ela deve ser ocupada. Torne os tempos livros dela divertidos, vc faz isso bem. E.. garotas adoram flores... principalmente princesas.. devia dar algumas a ela.
A vampira olhava o pai tão determinado em ajudar.
-Hey papai.. eu não gosto de flores.. bem.. até que gosto.. daquelas bem vermelhas.. talvez devesse seguir suas dicas.. ainda estou confusa.
Ele leva a mão ao ombro dela.
-Apenas seja vc mesma, talvez ela também se sinta assim. Deixe ela confiar em vc. E o melhor de tudo, seja paciente, as coisas ocorrem com o tempo. Mas fala pro papai, ela retribuiu o beijo?
A vampira acenava com a cabeça de forma positiva, ele logo abraçava a mesma.
-Vai falar com ela filha, não esqueça de ser vc mesma.
Ele dava um beijo a testa dela.

Marceline abria os olhos olhando ao redor, estava no jardim de morango. Aquele teletransporte foi muito rápido, ela apenas piscou. Já estava escurecendo, portanto o sol não era mais problema. Ela voltava para o trailer, tomava um banho, vestindo a primeira coisa que visse a frente. Era uma blusa listrada vermelha e preto de mangas cumpridas, um allstar vermelho e uma calça jeans. Ela voava pela floresta, procurava alguma flor de seu gosto. Encontrava logo uma bela rosa, pegando a mesma. Invisível ela voava pelo céu, adentrando a janela do castelo da princesa. Ela parecia se despedir de um estranho garoto de chapéu branco com orelhinhas e um cão amarelo falante.
-Obrigada Finn.
-Quando precisar chama princesa.
Ele sorria feito bobo, se despedindo da princesa. Não demorava para ela dar a volta, indo para o corredor, agora estava sozinha. Era nesse instante que a vampira aparecia.
-Bonnie.
Quando ouvia a voz da vampira, a princesa estava abrindo a porta, e no susto ela dava um berro.
-Ahh Marcy.. não faz isso.
A mesma puxava a vampira pra dentro da sala. Lá a outra conseguia avistar um buquê com várias flores rosas.
-Ganhou isso?
A vampira olhava o buquê, escondendo a rosa as costas.
-Finn me deu, parece até que está apaixonado.
Ela dava uma risada, ambas estavam no laboratório da princesa.
-Err.. e vc gosta dele?
Marcy sentava em cima da mesa, apenas observando a princesa organizando os papéis.
-É um bom aventureiro, gente boa.. espera... está com ciúmes dele?
Jujuba franzia a testa olhando para a vampira, via o rosto dela ficar rubro.
-Err.. n-não, é apenas curiosidade..
-Não temos nada Marcy, não precisa ter ciúmes.
A princesa negava com a cabeça.
Marcy agora estava mais confusa, ela não sabia se a princesa se referia a ela ou ao garoto. Impulsiva ela estendia a mão com uma rosa para a princesa.
-Trouxe pra vc... mas acho que lhe deram um presente melhor.
Ela suspirava. Os olhos da Jujuba estavam focados na flor, eles brilhavam.
-É linda, tão vermelha quanto o sangue.. rosas desse tom são raras. E ainda esse ramo.. da pra plantar, onde achou?
Sem graça Marceline olhava para o lado.
-Na floresta, adoro vermelho.. então achei linda.. mas nada se compara a vc, é a flor mais bela.

Ouvindo tais palavras o rosto da princesa ficava rubro, ela sorri sem graça olhando para a vampira.
-Obrigado Marcy. E desculpe ter saído tão depressa antes, estava um tanto insegura.. na verdade ainda estou.
A vampira flutuava para a frente da princesa, ficando a altura da mesma, para isso ela flexionava os joelhos ao ar.
-Me sinto um pouco também. Mas quando to perto de ti, a única coisa que consigo pensar é em vc, seus lindo sorriso, esses lindos olhos, pra mim o resto não importa mais.
Ela leva a mão ao rosto da princesa, acariciando o mesmo.

Jujuba estava tão sem graça e corada, a vampira era tão carinhosa e prestativa, não queria admitir, mas se derretia com aquele carinhoso e frio toque dela. Sentia novamente sua circulação acelerar, seu estômago parecia com borboletas. Estava apaixonada, aquilo não devia estar acontecendo, não podia. Ela olhava fixamente aquele sorriso sincero da vampira, aqueles olhos vermelhos sangue, eram tão vibrantes, dava para sentir no olhar dela que compartilhavam o mesmo sentimento. Aos poucos a princesa cedia a tentação, tocando seus lábios aos da vampira, levando as mãos até os ombros da mesma, iniciando um carinhoso beijo a outra.

Pela primeira vez ela era beijada pela princesa. Uma enorme felicidade tomava conta, seu pai tinha razão, ela podia tentar. Aqueles doces lábios eram encantadores e irresistíveis. Porém o beijo era separado bruscamente por alguém batendo na porta.
-Está ai princesa?
Perguntava o mordomo a procura dela. Assustada a vampira ficava invisível, Jujuba engolia em seco abrindo a porta.
-Estou sim.
Ela dizia meio sem graça.
-Tudo bem?
Perguntava ele vendo o jeito dela.
-Está sim, prepare um banho pra mim.
Ele logo se retirava.

A princesa virava para trás fechando a porta.
-Marcy.. temos que parar com isso..
A vampira aparecia e franzia a testa.
-Sei que se sente insegura, também me sinto, afinal, tenho mais de mil anos, é a primeira vez que me apaixono, ainda mais por uma princesa.. olha.. estou apaixonada.. mais confusa que vc.. acho que não conseguiria ficar sem te ver..
Jujuba ficava muito vermelha e olhava para o lado.
-Assumiu estar apaixonada.. a-acho que mal consigo fazer isso.. mas não nego.. talvez compartilhamos o mesmo sentimentos.. sei que é loucura. Sempre tenho as respostas pra tudo, mas dessa vez não sei como agir..
Marceline se aproximava dela abraçando a mesma.
-Não precisa saber de tudo senhorita perfeitinha. Vamos sair e ver no que vai dar, posso te visitar aqui sempre que der. Então vamos a um encontro as sete horas, não precisa ser formal, vamos jantar na cidade vizinha, fazem uma ótima comida.
A vampira estava com um sorriso bobo aos lábios olhando para a princesa.

Jujuba tinha que recusar o convite, não podia sair com a vampira, era uma princesa, tinha que ter compromissos. Porém não conseguia resistir, só a ideia de passar um tempo com a outra já lhe fazia dizer sim sem pensar.
-Claro, te espero perto da floresta, na reta do portão principal.
Se sentia feliz por ter aceitado, mesmo sua consciência dizendo que não.

Marceline soltava ela dando uma pirueta ao ar, já feliz pela outra ter aceitado.
-Desculpa te incomodar hj então Bonnie, te espero amanhã.
Rapidamente ela roubava um selinho da princesa, voava pela janela e sumia. Jujuba apenas olhava a janela, vendo a amada sumir ao ar, era realmente incrível as habilidades dela. Estavam agora as duas gostando uma da outra, aos poucos Jujuba começava a tentar planejar o encontro, queria ter tudo milimetricamente planejado, talvez surgisse imprevistos mas ela queria estar preparada, não era a toa que diziam que ela era tão perfeita, apenas era a mais bem preparada.