História A viagem da minha vida - Porque isso está acontecendo ?

CamilaPOV

Eu estava deitada no chão frio no porão da minha antiga casa, sabia disso pois o lugar era familiar, estava escuro e sujo. A única luz que tinha era de uma pequena janela que ficava perto do teto do lugar.

Meu corpo doía por inteiro, eu sentia o gosto de sangue em minha boca a dois dias atrás fui levada da pousada para cá de maneira brutal.

-Flashback-

Tinha acordado mais cedo que o comum, estava nervosa e ansiosa para a viagem com Lauren. Eu só teria que preparar as coisas para o café da manhã e depois estaria livre. Tomei um bom banho e coloquei meu uniforme de trabalho.

-Bom dia Mila, disse Mani assim que sai do banheiro, eu sorri e fui abraça-la

-Bom dia linda, eu disse me soltando de seus braços. Mani sorri fraco e suspirou.

-Só me chamou de linda porque vai embora, ela disse e eu revirei os olhos.

-Primeiro sempre te chamo de linda, segundo não vou embora, eu disse e ela sorrio.

-Eu sei mas vou sentir saudades, ela disse baixo.

-Eu também, mas trago presentes prometo, dito isso Mani sorrio largo.

-espera eu me trocar ?-  ela perguntou com um biquinho e eu assenti. Dinah entraria mais tarde por isso a deixamos dormindo.

Saímos do quarto rindo de uma piada boba minha quando de repente tudo ficou escuro. Me desesperei quando senti mãos forte me segurando.

-Ahhhhhh- gritei me debatendo.

-Solta ela, escutei a voz de Mani. Senti um peitoral masculino me abraçando forte por trás e me debati. Acertei um chute com o calcanhar no meio das pernas do homem que me soltou de imediato. Tirei o saco preto da cabeça e vi um homem não conhecido por mim caído no chão e outro segurando Mani.

-Corre Mila, ela gritou e o homem que estava de pé me encarou. Ele largou Mani e eu corri desesperada rumo ao jardim, passei pela recepção gritando e quando cheguei na porta de acesso ao jardim um braço forte me puxou para trás. O homem me encarou sorrindo debochadamente.

-O que você quer ? - perguntei tentando me soltar.

-Você, ele disse e meu coração acelerou suas batidas por medo.

Ele me puxou para o jardim eu tentava gritar mais ele mantinha uma mão em minha boca. Eu estava desesperada, minha respiração era irregular e meu corpo suava frio.

''O que está acontecendo '' eu pensava.

-Solta ela, escutei a voz de Mani e de repente o Homem me soltou cambaleei para frete mas me virei para trás rapidamente, vi Mani em cima do homem batendo nele de maneira desesperada. Quando me aproximei para ajuda-la o homem se jogou para trás batendo o corpo de Normani em uma arvore, ela o soltou e ele pegou uma pedra do chão que decorava o jardim e deu na cabeça de Mani, que caiu no chão.

-Nãoooooooooo- eu gritei e avancei feroz em cima do homem, eu soquei sua cara me arrependendo em seguida.

''Como é duro'' eu gemi pela dor e nem percebi quando ele revidou, cambaleei ele me deu outro soco me derrubando de vez. O homem me pegou no colo e eu não tinha forças para revidar tudo ao me redor estava girando, olhei para o corpo de Mani e vi ela inclinar a cabeça na minha direção

-Eu a amo, disse alto e apaguei em seguida.

(...)

Abri os olhos com um enorme dificuldade, minha cabeça doía e minha visão estava turva. Pisquei me acostumando com a claridade e percebi que estava em um banco de carro. Me assustei ao lembrar do ocorrido e levante meu corpo olhei no banco da frente e havia um homem e...Alexa.

Eu queria abrir a porta do carro e me jogar mais estava com as mãos amarradas.

-Finalmente acordou, Alexa disse e meu sangue ferveu.

-Alexa o que está fazendo ? - perguntei olhando para o espelho retrovisor do carro encarando seu reflexo.

-Te levando embora, ela disse calma.

-Minha mãe vai te matar, você...

-Foi ela quem pediu, só estou obedecendo, Alexa disse e eu franzi o cenho.

"O que ?'' Encarei seu reflexo confusa.

-Não se preocupe você vai encontrar com ela jaja, Alexa disse e eu não sabia o que dizer.

''Porque isso está acontecendo ?'' eu pensei fitando minhas mãos amarradas.

-Eu te avisei, Alexa disse e eu voltei a fitar seu reflexo -Eu te disse para ficar longe dela, Alexa disse me encarando mortamente pelo reflexo.

-Não estou entendo, eu disse calma porem firme.

-Te avisei que esse romancezinho não ia durar, ela disse e minha raiva aumentou. -Não sei como ela pode escolher você a mim, ela negou com a cabeça e minha respiração ficou pesada. Eu estava pronta para rebater quando pensei em Lauren. Ela estaria me esperando para a nossa viagem. Ela não vai me encontra.

''Ela viajaria sem mim ?'' Fechei os olhos sentindo as lagrimas se formarem.

-Não se preocupe vou me prontificar que a Jauregui te esqueça, Alexa disse e eu fechei as mãos em punhos.

-Ela me ama, eu disse sem fita-la. Escutei a risada de Alexa e isso estava me dando nos nervos. Se eu não estivesse amarrada ela já estaria com a cara ensanguentada.

-É uma pena porque nunca mais vão se ver, Alexa disse sorrindo -Sinu ira te manter em cativeiro, até Jauregui desistir de você, o que não vai demorar muito. Aquelas palavras doeram, e eu fechei novamente os olhos. Não queria chorar.

''Vai ficar tudo bem'' mantive esse pensamento durante a viagem.

(...)

O carro parou e eu reconheci minha antiga casa. O motorista me puxou para fora do carro e me carregou até o porão da casa. Enquanto ele me levava eu pude ver minha vó segurando Sofi no colo, não aguentei e chorei. A anos eu sonho em ver minha irmã, só não esperava que fosse desta forma.

O homem me colou sentada em uma cadeira e amarrou meu corpo envolta da mesma, eu achava que já estava com medo mas quando vi minha mãe ali na frente me encolhi em desespero. Engoli seco quando ela se aproximou, sentia que a qualquer momento eu poderia desmaiar e para o próprio bem teria sido melhor.

Fechei os olhos ao sentir um forte tapa em meu rosto.

-Olha pra mim sua vadia, Sinu disse e eu abri os olhos deixando as lagrimas saírem.

-Mãe..- Outro tapa ardente em meu rosto.

-Não sou mãe de uma vadia que nem você, ela cuspiu as palavras e eu já não controlava o choro. Olhei para trás dela e vi Alexa sorrindo.

-Achou que eu não ia descobrir Karla, ela disse debochada -Achou que ia fugir com aquela sapatão riquinha ? - ela segurou meu rosto me obrigando a encara-la seus olhos estavam escuros como nunca antes, e isso era um péssimo sinal.