No capítulo anterior...
“- Ontem, a noite foi... estanha, eu diria. Ocorreram coisas que me fizeram recuperar algumas pequenas partes da minha memória. Espero que isso morra aqui, okay?
- Okay.”
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- Então... Estávamos no quarto da mãe da mãe do Mark e eu tava cuidando dos machucados do Jake, e... – paro e olho ao redor para que assim eu fale. – Ele me beijou. – digo cochichando.
- JAKE O QUÊ? – chega Paris indignada.
- Paris... – eu começo, mas ela se vira e vai em direção à escada. – PARIS! – grito.
Eu me levanto e vou em direção a ela. Ela não para nem por um segundo até que a mesma chega ao pé da escada.
- Você pode me ouvir agora? – pergunto.
- Não quero mais te enxergar perto do meu namorado. Se eu ver que você está falando com ele ou até mesmo olhando pra ele, EU TE MATO! – fala ela e eu fico sem reação.
- Calma Paris... Você entendeu errado. – fala Cass.
- Foi o Jake que beijou a Al, né Alice? - fala Vicky.
- É... É isso mesmo que a Vicky disse. – digo meio perdida.
- Não me interessa. Eu confiava nela! Ela sabe que eu gosto do Jake desde pequena. Eu contei da minha vida pra ela. EU CONFIEI NESSA VADIA! E eu estou calma OKAY? Até porque, se eu não estivesse ela já estaria morta no chão. – fala num tom de ameaça.
- Você tá me ameaçando? – eu indago sendo irônica.
- Não. Eu estou te avisando fofa.
- Se você TENTAR encostar um dedo em mim, eu juro que não vou ser a Alice quieta e calma que você tá vendo aqui.
- Ah... E vai fazer o que? Me bater? Me mandar pro hospital? Me empurrar da escada como o Jake fez com você? Ah, você não se lembra que ele fez isso. – ela para e me olha. – Ops! – colocando a mão na frente da boca como se tivesse falado sem querer.
- Jake fez o quê? – digo incrédula.
- Isso mesmo que vocês ouviu sua puta: ELE que te empurrou da escada quando você ia se encontrar com o Adam. – diz Paris, mais sínica que nunca.
- Eu não vou ficar aqui ouvindo ela me xingar e falar esse monte de mentiras. – falo indignada para Cass e Vicky.
- Quem aqui tá mentindo? – começa Paris de novo. – Ah, tem mais uma coisa sua vadia: ele é MEU namorado graças a VOCÊ, porque eu armei pra você ficar com Adam. Era uma aposta entre eu, ele e Adam. E você caiu direitinho...
Eu olho o meu celular e vejo que Adam está me ligando, mas não dou bola pelo motivo do que a Paris falou. Eu tento segurar as lágrimas, mas uma cai.
- Não vai atender o Adam, fofa? – me provocando.
- Isso não é da sua conta. – eu subo as escadas.
- Parabéns Paris! – ouço Vicky falar.
- Pelo quê? – diz Paris sínica enquanto vou em direção ao quarto de Cass.
No caminho, encontro Andrew, Alex, Bryan e Jake. Eu já não controlava o choro e apenas passo no meio do grupinho deles.
- Al, o que houve? – pergunta Jake e não respondo.
- Pergunta pra sua namorada! – diz Vicky vindo até o quarto de Cass.
- Amiga... – começa Cass. – Você diria que tá muito mal?
- Não... – minto.
- Então por que tá chorando e arrumando a mala? – pergunta Vicky.
- Tenho que buscar o carro da minha mãe na oficina aqui perto.
- O porquê das malas está explicado, mas e do choro? – indaga Cass.
- O que vocês fariam se tudo que vocês acreditassem estar sentido por uma pessoa é real, mas o que você achava que ela sentia por ti, é mentira? – elas apenas ficam em silêncio. – Exato.
- Você venceu. – diz Cass.
- Vicky... Me leva até a oficina? Não quero ir com Jake ou Adam.
- Claro... – diz ela. – Vamos então?
- Só tenho que pegar umas coisas no banheiro e... Com Jake. – eu estremeço. – Cass, podia ir pegar minhas coisas que estão com o Jake? Ficaram no carro dele ontem e ele levou pro quarto. Por favoooor! – imploro.
- Okay...
Cass faz esse favor pra mim enquanto eu pego as makes no banheiro do quarto de Cass.
- Agora podemos ir. – digo.
- Você tem mesmo que ir? – pergunta Cass.
- Sim. E você vai ficar bem, tá fazendo drama a troco de nada, e tu sabe! – digo. – Aliás, a Vicky já vai voltar.
- Eu digo isso, pois estou com um pressentimento ruim, e tem a ver com você. – diz ela.
- Como você tem tanta certeza que é comigo? – pergunto.
- Eu... Eu só sei okay?
- Tá, mas não vai acontecer nada. Pode não parecer, mas eu tenho carteira de motorista, tá? – nós três rimos.
Eu e Vicky vamos descendo as escadas e vimos tia Carmen e tio Leonardo apartando a “briga” de Bryan e Jake, com a víbora da Paris chorando sendo consolada por Andrew.
- Ele não se toca que ela é uma víbora? – cochicha Vicky pra mim.
- Acho que não. – cochicho em resposta.
Todos param o que estavam fazendo e me olham, fixamente, andar pela sala. Quando nós saímos na porta da frente, tia Carmen e tio Leonardo vêm até nós.
- Você tem mesmo que ir? – pergunta tia Carmen.
- Já causei problemas o suficiente aqui... – digo.
- Não foi você, foi a Paris. – diz Cass.
- Não, ela apenas reagiu ao que eu fiz. – me viro rapidamente para os pais de Jake. – Que não é de meu feitio.
- Nós sabemos querida. – diz tio Leonardo.
- Mas de qualquer forma, tenho que ir. E isso não é uma despedida. – digo.
- Claro que não, mas não queríamos que tivesse que sair daqui assim. – diz Cass. – Sorte que a Vicky vai vir pra cá depois... Essa casa vai virar um INFERNO! – diz.
- A minha é um... E nem é tão ruim. Você se acostuma. – brinco.
[...]
Eu chego em casa com o carro da minha mãe e noto ter esquecido meu CD com Jake. “Droga! Vou pedir pra Cass pegar pra mim...”, penso. Pego as chaves e o controle para abrir os portões. Estaciono o carro na garagem e entro em casa.
- KAT! CHEGUEI... – grito.
- Alice... Tem uma pessoa querendo te ver lá no escritório da sua mãe. – diz Kat que parece estar aflita.
- Quem, Kat?
- É melhor ir lá...
- Okay. Só vou largar minhas coisas no quarto.
Subo as escadas e guardo as coisas todas nos seus devidos lugares, exceto as roupas que vou arrumar depois. Desço em direção ao escritório de minha mãe e fico pasma.
- PAI? – grito.
- Oi filha...
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