1. Spirit Fanfics >
  2. A vida de Adele >
  3. Um olhar castanho-claro

História A vida de Adele - Um olhar castanho-claro


Escrita por: unsafe

Notas do Autor


Hey, vamos ao cap

Capítulo 20 - Um olhar castanho-claro


Adele's P.O.V

   Aqui estamos, eu, Lenna e Harry no mesmo carro, a caminho de um fodengo restaurante. Não está tão tarde, acredito que ainda dê pra almoçar. Harry ta do meu lado, e Lenna está no banco de trás distraída olhando a janela.

   Estou esperando o Harry me dizer que não vai almoçar conosco, mas já estamos perto, não tão perto, mas perto. A minha cabeça já começa a pensar rápido de mais com todas as possibilidades.

   “Porra Porra Porra. To ficando nervosa. Essa história não vai dar certo. Onde eu fui me meter e a louça da Lenna ainda parece perdida na paisagem da janela. Vou surtar"

   Como um médium sem noção, que pré-sente as coisas, Harry, sacou o celular do bolso e teatralmente exclamou:

   — Droga Adele, esqueci completamente, hoje tenho que levar minha tia pra consulta dela do obstetra!!

   Eu olhei segurando o riso pra ele e assenti, rindo de mais por dentro e sendo incapaz de falar algo, pois se eu abrisse a boca eu iria rir.

   — Obstetra ? — Lenna questionou — Sua tia tá grávida ?

   — É mesmo Harry, você disse que ia pro OCULISTA com ela — Frisei bem a palavra oculista.

   — Eu disse obstetra ? — gargalhou — Nah, confundi as coisas. Enfim — Virou para mim — Você pode me deixar em casa ?

   — Claro, sem problemas.

   — Então, acho melhor deixar esse almoço pra outro dia quando o Harry puder, certo? — Lenna falou.

   — Nah, vão almoçar, não quero que vocês se incomodem comigo, só peço desculpas, tinha esquecido da consulta da coroa.

   — É Lenna, vamos almoçar, já reservamos a mesa, não podemos deixar de ir, Harry não vai se importar, né HarryRei ? — falei é o garoto do lado estampou um sorriso tão irônico que quase bati nele.

   — Claro que não, vão e aproveitem por mim.

   — Ainda acho melhor remarcar. — Lenna ainda quis relutar.

   Como eu, e meu querido Harry somos muito persuasivos, mentira, a gente só deixou ela falando...

  Após deixar Harry em casa, Lenna passou para o banco da frente. Foi só eu dar partida no carro que a cara dela fechou, eu posso jurar que ela está possessa por algo naquele corpinho. Como ela não abriu a boca e já estávamos ali a uns bons minutos, quebrei o silêncio.

   — Ta tudo bem Lenna?

   — O que você acha ? — Tapa na minha cara — Só me diz porque você tá fazendo isso?

   — A gente pode combinar de conversar sobre isso no almoço? Serio, quero olhar nos teus olhos enquando a gente conversa. — Parei no sinal e pude desviar o olhar para ela que me encarava seria — O que você gosta de escutar? — Ligue o som que passava Take me to church.

   — Essa ta boa.

   — Certo seca. — murmurei o seca — If I'm a pagan of the good times, my lover's the sunlight, to keep the goddess on my side...

   — Você vai mesmo cantar? — Ela perguntou incrédula — Só pode ser karma, eu não devia ter caçoado da Mary ontem — murmurou.

   — She demands a sacrifice.. espera, quem é Mary ?

   — Uma amiga..

   — Entendi... — Continuei a cantarolar — No masters or kings when the ritual begins, there is no sweeter innocence, than our gentle sin... — Essa parte da música eu fiz questão de cantar olhando para ela.

   Mais uns minutos no carro e enfim chegamos ao fodengo restaurante. Parei o carro no estacionamento do local e desci bem rápido, a tempo de poder abrir a porta para ela, que apenas revirou os olhos. Menos 1 ponto para mim.

   Havia um rapaz muito bem arrumado na entrada.

   — Boa Tarde, temos uma reserva, provavelmente deve está no nome de Harry Osborn.. — Falei ao rapaz que já havia nos cumprimentado.

   — Oh sim, por aqui, por favor..

   Caminhamos atras do rapaz. Observei o local e realmente a arquitetura era divina, muito bem decorado e tinha um ar vitoriano, típico inglês. O homem nos mostrou a mesa e logo nos sentamos, assim que fizemos ele voltou a falar.

   — Nosso menu de hoje, mas se preferirem temos a sugestão do chefe.

   — Acho que vamos aceitar a sugestão do chefe — Falei e olhei para Lenna para uma confirmação, ela logo assentiu.

   — Certo senhoritas, com licença.

   Assim que o rapaz deu as costas e saiu do meu campo de visão, foquei meus olhos em Lenna que por coincidência ou não estava fazendo a mesma coisa.

   — Então — comecei — como foi sua semana ?

   — Boa.. — Pausa dramática — Olha tenho que admitir, esse lugar é incrível. Mas agora, por favor, vá direto ao assunto, fala o que cê tem pra falar.

   — Wow. Tudo bem.. Você falando assim faz parecer bobagem o que tenho para falar, mas indo logo ao assunto.. Bom, eu não sei se para você mudou algo. — Respirei fundo e mergulhei naquele olhar castanho-claro — Mas para mim mudou, para mim foi mais do que um simples beijo, eu não sei como dizer isso sem soar estranho mas acho que me perdo quando sua boca encontra a minha. E não é um perder ruim, é um perder de “nunca mais quero me achar"..

  O rosto dela continuou sem reação, ali, apenas me encarando, castanho no azul, azul no castanho. Continuei:

   — Mas eu quero saber de você, o que sente quando me beija ? O que você sente quando ta comigo?...

   — Dell..

   — Eu só preciso que você seja sincera, aí se você me mandar embora eu vou, e prometo não tentar mais nada.. mas por favor, me diz..

   Nesse momento o rapaz chegou com nossa entrada, servindo-nos, porém meus olhos não desviaram dos dela é os dela também não desviaram.

   — O chefe sugere vinho branco para acompanhar, tudo bem senhoritas? — o homem nos tirou do transe.

   — Oh, sim, tudo bem. Obrigada.

   Ela falou, e logo após o rapaz sair ela tornou os olhos para mim novamente. Aqueles olhos, lindos, maravilhosos olhos. Me fez lembrar de uma poesia.

   — um olhar castanho-claro, esse estúpido, vazio e maravilhoso
olhar castanho-claro. — Recitei

   — Espera, o que ?

   — darei um jeito
nele.
você não precisa mais
me enganar
com seus truques
de Cleópatra
de cinema... — Continuei

   — Espera de novo.. eu conheço isso

   — já se deu conta
de que se eu fosse uma calculadora
eu poderia entrar em pane
registrando
as infinitas vezes que você usou
esse olhar castanho-claro? — Ela ficou me olhando e deu um sorrisinho, aquilo foi a coisa mais linda. —
não que não seja o que há de melhor
esse seu olhar castanho-claro.
algum dia um filho da puta louco
irá matá-la
e então você gritará meu nome
e finalmente entenderá
o que já devia ter entendido
há muito
tempo. — Finalizei.

   — Bukowski, uh? — Agora o sorriso estampava seu rosto. — Você é inevitável. Agora vamos comer antes que esfrie.

   O assunto anterior não voltou mais a ser falado, conversamos coisas triviais, como música, filmes, série, e cada vez que ela falava eu me apaixonava mais e mais. Acho que é bom aceitar as coisas, uma delas é que eu estou perdidamente apaixonada por ela. É assim, acontece do nada, só porque tem que acontecer, Maktub.
   
   É disso que se trata as paixões mais bonitas, intensidade e a reciprocidade no olhar. Mesmo com a futura resposta dela, eu vou saber que foi real, e que se ela partir meu coração eu vou sofrer, mas vou estar lisonjeada, pois os olhares sempre dizem se a paixão ta fluindo, e e nesse momento eu vejo paixão, eu sinto cheiro de flores e escuto o cantar dos anjos bem próximo ao meu ouvido.

   Eu poderia tentar escapar mais hoje eu só quero me perder.


Notas Finais


Hey moras, já sabem né,
favoritem
comentem
e espalhem pras amiguinhas(os) ❤
bjonegotchautchau 🌈❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...