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História A vida de um certo Shinigami - Hiatus - Provas e mais provas


Escrita por: AngelinSutcliff

Notas do Autor


Oi gente!
Primeiramente, obrigada pelos 86 favoritos, vcs são maravilhosos.
Seguidamente, me desculpem pelo atraso T~T estive mto ocupada ultimamente, então só pude postar hoje rs, mas espero que gostem deste capítulo ^^ Leiam aí _b

Capítulo 54 - Provas e mais provas


 Era quarta-feira, segundo dia após a breve "conversa" entre ele mesmo e um certo ruivo, o mesmo que de maneira alguma conseguia uma prosa decente por própria indiferença deste. Como decidido por si, não esteve a observá-lo neste período de tempo, algo que despertara certa preocupação de sua parte, algo pensado como exagerado. Talvez apenas decidira não comparecer no dia anterior, o mesmo no dia presente,  assim como já fizera várias vezes antes, nada mais que isso.

 Estava sozinho em sala aguardando o momento em que os sinais soariam e seus pupilos estivessem ali. Alisando a nuca em sinal de distração encarava a parede ao final da sala, isto até escutar o som que tanto esperava e talvez tê-lo por perto, poder admira-lo mesmo que disfarçadamente, poder chama-lo a atenção apenas como desculpa para trocar poucas fossem as palavras, algo ínfimo até, mas que conseguira tirar-lhe um leve sorriso inocente rapidamente cortado pelo primeiro passo adentro.

 Ignorou quem quer que fosse, continuou a encarar a parede preenchida por alguns móveis. Outras entraram, algumas mais, mas alguém entre estas chamou sua atenção. Uma fragrância adentrou suas narinas, um cheiro familiar junto a quem deixava este rastro chamara sua atenção e então desviando os olhos à entrada antes fora de seu interesse viu-o ali, atravessando as mesas de cabeça baixa parecendo estar pensativo sobre algo. Acompanhando-o com os olhos acabou por perceber que todas já estavam lá, o encarando como se perguntassem se começaria a aula ou continuaria a voar em seus próprios pensamentos como se fosse apenas ele ali, e a fitar os rostos que encaravam-no não deixou de notar um em "especial", como sempre os olhos daquela mulher encaravam-lhe daquela forma penetrante. Ignorou-a e então firmou-se com os pés nos chão.

 O horário para o intervalo chegou, liberou suas alunas e esperando que o único homem da turma estivesse a frente chamou-lhe o nome, este não deu-se muito trabalho em dar-lhe atenção, mas após um segundo chamado, mostrando não estar muito confortável subiu os degraus até estar sobre a área do professor.

 -Qual o problema agora? - Disse com um olhar indiferente por trás do simples óculos.

 Pensou em reclamar sobre a falta de vestimentas escolares, mas aqueles olhos levemente maquilados e lábios brilhosos em sua cor natural...no que havia pensado mesmo? Piscou algumas vezes incomodado com sua próprias atitude, limpou a garganta enquanto arrumava a gravata e aquele olhar sério e desconfiado rolou até seus pés assim retornando a seu semblante, lento e indiscreto.

 -"M-Mas o que você está fazendo?" - Pensou contendo-se a exibir seu nervosismo, com sucesso.

 -Estou esperando... - Continuou, inclinando o quadril.

 -Espero que não tenha nenhum compromisso sábado a noite...

 -"Quê?" - Recuou o pescoço para trás com uma expressão espantada. - "Vai me chamar para sair por acaso?"

 -Pois terá de cancelar. - Estranhou a reação do ruivo, mas decidiu continuar. - Ás vinte e uma horas em ponto quero você em frente o portal mais próximo aos dormitórios, sem um minuto de atraso.

 -Hm? Londres, é? - Erguia as sobrancelhas. - O que quer lá? Andar de barquinho no lago? - Deixou um breve riso escapar, tirando do moreno uma expressão indiferente.

 -Graças a você e sua irresponsabilidade no Centro de Treinamento e Pesquisa, temos dever a cumprir.

 -Unf, ah é? - Sorriu torto. - E que tipo de dever seria?

 -Iremos capturar demônios em substituição aos que você matou.

 -Como? - Animou-se. - Aaaah, finalmente sairei deste lugar para algo interessante. - Abriu os braços e estando de costas para o moreno começou a cantarolar algo.

 Estava especialmente radiante aquele dia, quieto o observou com um olhar sereno compartilhando daquele sentimento, mesmo que sua alegria não tivesse nada a ver consigo, era esquisito como sentia-se. E sem dar-se conta Inclinava-se em direção o mais baixo só para ter daquele perfume que emanava forte, era o mesmo aroma de seu passado, aquele mesmo perfume resultante da junção de sua fragrância preferida junto o shampoo incomparável que a tanto tempo não sentia entrar em suas narinas, mas desta vez, ele importava-se, chamava sua atenção como nunca chamara, mas pouco pôde apreciar, o ruivo virou-se de volta a si e rápido teve de voltar a sua postura anterior, apreensivo sobre ter sido notado ou não.

 -E quem mais vai conosco?

 -Somente nós dois. - Arrumou os óculos a olhar para seu canto direito.

 -Eu...e você? - Apontou para si.

 -Sim.

 -Ah... - Olhou para saída preocupado. - Como é? - Voltou a olhar-lhe com mesmo olhar.

-Algo lhe incomoda?

-Nada... - Sorriu sem graça afastando-se rapidamente até o ponto que olhara. - O-Ok, sábado, né? - Concordou. - Tá... - Pôs a mão apoiada no batente e puxou-se desajeitadamente para fora da sala.

 Não que tivesse escutado o que ele resmungava, mas de onde estava pode notar que falava algo consigo mesmo. Abaixou a cabeça e negativamente a movimentou com uma simples reclamação, se fosse um alguém que risse fácil, com certeza o faria; ergueu-a novamente, torcia os lábios e continuava com o mesmo movimento. Caminhou até as janelas com as mãos nos bolsos, ficaria a observar o movimento térreo ao invés de estar "aproveitando" seu intervalo junto os outros professores e seus assuntos constantes sobre o desenvolvimento de seus alunos e outros mais.

 Viu-a sentada num banco distante a janela pela qual observava, aquela mulher, ao lado dela, a amiga Maria, como sempre juntas. Aquele seria o dia que finalmente ouviria o que ela tinha a dizer sobre aquele esquisito dia, como fizera com Grell e no dia anterior, com Maria, faria neste com ela, mas isto, com toda certeza, estava longe de ser seu único interesse, tentaria abrir uma brecha para um assunto além do foco principal daquele ataque, é claro.

 Por fim, no horário de fim de período lá estava ela junto a si na sala mais utilizada pelos professores. Como tinha aversão por aquela mulher...a intrometida, o peso morto entre ele e seu amado. Não poderia ter ido direto às chamas do inferno? Só estava ali para tirar-lhe do sério, despertar seu ódio, tira-lo de si e então depois de tudo, olha-lo com aqueles olhos descarados que tanto odiava, com certeza eram os olhos de uma mulher sem caráter, a mulher disposta em estragar seus planos para com ele.

 -É o seguinte, eu tenho de almoçar, daqui alguns minutos começa meu período de trabalho e assim chegamos a conclusão de que não tenho tempo algum para essa sua maresia.

 -Só preciso que diga-me tudo que sabe sobre o ataque que sofreram, o que eles queriam? Eles pareciam ter ordens vindas de alguém? - Sentava-se com o papel e caneta em mãos.

 -Hm...

 Se era esse o motivo de ser chamada ali, não conteria a língua dentro da boca, não esconderia nada, sabia o quão importante era seu depoimento agora que seu quarteto fora o único a sofrer um ataque como aquele dentre todos os outros e realmente era estranho como acontecera.

 Lembrava de como tudo começara, a pressão no ar, o medo que chegava a paralisar suas pernas assim como todo seu corpo, podendo mover apenas os olhos amedrontados direção à que acabava de provocar-lhe igualmente assombrada por aquela sensação nunca sentida antes.

-"O que é isso? O que está acontecendo?"

 -Huhuhuhuhuhu... - O riso grave vinha se aproximando. - Então é verdade, estão treinando mulheres também? - Olhou de canto para o dono da voz.

 Ao prédio do lado, um homem alto trajado de preto, um semblante ameaçadoramente sorridente, seus olhos misteriosos reluziam rosados. Desesperou-se e todo este sentimento exibiu-se em seus orbes verdes, sem dúvidas, era um deles, um demônio nível AAA.

 -"Não pode ser...".

 Sabendo que 1 segundo a mais ali poderia resultar sua morte, esquecera-se totalmente da sensação que a prendia, suas pernas tornaram-se leves novamente, não havia o que fazer a não ser correr, então foi o que fez e não esquecendo-se de Isabel agarrou-a o pulso saindo a puxa-la logo atrás de si. Pulou sobre o prédio ao lado e continuou seguindo a frente em sua mais alta velocidade direção East End.

 -O quê você está fazendo? - Isabel puxava o braço.

-Fugindo! - Olhou para trás rapidamente. - E ele está nos seguindo! Continue correndo! - Soltou-a esperando que continuasse.

-Até parece, né querida? Ele pode nos alcançar a hora que quiser.

 -Se tiver uma ideia melhor vá em frente!

 -Uma ideia? Ah sim...eu tenho uma ideia.

 -O quê...

 E antes que pudesse questionar sobre, a ruiva contornara seu corpo assim ficando de frente consigo, um sorriso perverso estampava seu rosto e o significado daquilo rapidamente teve assim que atingida certeiramente por um chute em seu estômago. A mulher havia aproveitado-se de si, e chegava a conclusão que havia tornado-se a isca para a fuga da traidora.

 Lembrava de ter caído num beco qualquer, dali apenas continuou sozinha por mais que fossem mínimas as suas chances, mas estranhamente ninguém a perseguia, pelo contrário, sentia pressões de energia fortes vindas de inúmeras direções.

 Seguindo adiante prosseguiu, mas claro que não deixariam que fugisse. Vários deles começaram a revelar-se pelas ruas e becos que passava sempre desviando-a de seu caminho e obviamente  levavam-na a algum lugar, lugar este uma rua estreita a mais e o maior horror já visto por seus olhos.

 Haviam mais 3 deles junto ao mesmo de antes. Sorriam, e sorriam alterados diante os gritos desesperados pedintes por misericórdia de sua igual. A única mulher dentre os 4, ela junto o único ser animalesco entre eles eram quem desenvolviam tal cena. Os olhos de todos os quatro reluziam, os desta em particular esbanjava uma falta de senso incomparável, e como era horrível presencia-la deliciar-se com tamanho sofrimento, com os feitos do enorme cão branco que com os amedrontadores dentes e garras encurralava sua presa e perfurava seu estômago na atitude de crava-los em suas vísceras. A expressão de Isabel era perturbante, o medo, a angustia, a dor, ela passara a olhar-lhe, os pedidos de ajuda não vinham, contudo os recebia por aquele olhar desesperado, fora aí então que sua presença ali revelava-se.

 Recuou um passo, aquele homem alto olhara-a bruscamente e um sorriso maior fez-se em seus lábios finos carregados de malícia, era sua vez, sem dúvidas, mas correr novamente tornou-se um desafio e após um calafrio horrível percorrer sua espinha sentia a presença dele em suas costas, não havia refúgio, ele aproximava-se, morreria ali mesmo.

 -Por acaso já nos encontramos antes? - Agarrou sua nuca com força e após rondar seu corpo olhou-a olho no olho e a língua passou entre lábios, aquele mesmo instinto assassino. - Me parece que já senti este cheiro antes...

 -Sebastian, ande logo com isso! - A mulher reclamou lançando a outra, aparentemente morta; no chão.

 -Faça você mesma. - Lançou-lhe direção os outros três agressivamente. - Verei se o shinigami está agindo de acordo.

 Olhou cada um deles, não escondiam o desejo que tinham por sua morte...

 -Um momento. - William interrompeu, parecia perturbado e realmente interessado no que dizia.

 -O quê?

 -Qual era o nome do demônio?

 -Sebastian?! - As pálpebras do homem afastavam-se ainda mais.

 -E o que ele disse?

 -Algo como ver se um tal de shi... - Surpreendeu-se também. - ...nigami estava agindo... - Murmurou incompletamente. - Espera aí!

 Nada o moreno reagiu, olhava os papéis abaixo de suas mãos inerte, pasmo. Tanto medo sentiu naquele momento que sequer notara a frase do demônio, mas o que poderia significar? William parecia pensar o mesmo que si, então perguntaria.

 -Você acha quê...?

 -Eu não acho nada e você também não. - Saiu a andar apressado.

 -Eu escutei o que eles conversavam antes de lutarem, eles diziam algo sobre Grell ter demorado em chegar... - Dizia acompanhando-o com um olhar assustado.

 -Isso não é da sua conta!

 -Que seja! O que está acontecendo?

 -JÁ DISSE! - Virou-se para ela, irado. - NÃO É...

 William calou-se assim que alguém entrara à sala, uma mulher.

 -... - Olhava os dois assustada. - Tudo bem aqui? - Questionou à morena.

 -Sim. - O homem quem respondeu aproveitando-se desta distração para sair.

 -Claro... - Respondeu em seguida despistando a mulher rapidamente para segui-lo.

 E saíram os dois deixando para trás uma mulher nada convencida, mas por outro lado, nada interessada. Só fez encarar-lhes as costas e voltar a fazer seja lá o que fosse.

 Nisso ambos já desciam as escadas num ritmo apressado.

 -Essa sua reação... - Corria tentando aproximar-se mais dele. - Você sabe de algo.

 -Vá procurar o que fazer e me deixe.

 -Eu estou envolvida nisso, então...

 -Não, eu não lhe devo explicação nenhuma!

 -Isso só prova que há algo neste meio.

 Assim que dita esta frase, já tinham os pés no andar térreo e dirigindo-se à "Rachel" apontou o dedo no rosto da mesma que recuou voltando 1 degrau.

 -Preste atenção... - Olhou-o com uma sobrancelha arqueada. - ...não há nada que você precise saber, muito menos algo que tenha a dizer por aí. - Puxou-a pelo pulso até onde estava. - Este assunto acaba aqui e você não escutou nada vindo da boca daqueles imundos! - Empurrou-a com força suficiente para que chocasse com as costas levemente contra a parede.

 Encerrando a prosa com tal desfecho, seguiu seu caminho pesadamente, sem ser perseguido desta vez.

 Ele havia mentido, e novamente aquele mesmo demônio estava metido na história, o que realmente acontecia? Seria toda aquela desconfiança algo real? Grell os traía e sozinho ainda era o único a duvidar do quase fato? Infelizmente, tudo que vinha acontecendo, todas as acusações... começava a duvidar de suas próprias crenças, mas havia como provar o contrário? Não queria acreditar naquilo, não poderia ser verdade. Apostaria naquela noite, tiraria todas as suas conclusões ali e por fim...pensou com doer em seu peito...fazer o que é certo.

 Aquela tarde centralizava-se numa quarta-feira, não demorara muito, mas lentamente o tal sábado chegou. As horas do dia pareceram ser mais demoradas que os próprios dias anteriores, mas finalmente chegaram até onde deviam chegar acompanhadas a um shinigami e seu relógio muito mau encarado por sinal.


Notas Finais


Espero que tenham gostado :D Deixem reviews ok?! Obrigada e bjinhus :* :*


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