História A vida de um músico adolescente - O encontro

 Antes de começar a ler, irei te dar um alerta. Essa não é uma história comum de amor, essa não terá um final feliz, sendo sincero, minha história de amor é um completo desastre, cheio de suspense, mágoa,  decepções, entre outros. 

Mas caso não se importe em não ter um final feliz, recomendo que leia todas as palavras com atenção, pois expressam um momento único na minha vida.

Faça bom proveito...

 Pense em um som. Ele por si só, é só um som. Agora imagine uma sequência de sons. Imaginou?
Uma sequência de sons pode compor uma infinidade de coisas.
Uma chamada telefônica, por exemplo, contém uma sequência de sons que compõe a fala. Ou então a sua música favorita, uma sequência de sons que ao entrar em contato com você podem te causar alegria, tranquilidade e uma outra infinidade de sentimentos.

Mas em um certo dia uma sequência de sons me cativou...

Era o primeiro dia de aula do meu primeiro ano de colegial, tudo corria conforme o planejado. A cerimônia se mostrou bastante monótona, nada lhe pregava a atenção, cada apresentação,  cada discurso... mas em um devido momento me peguei extremamente cativado por uma coisa.

Eu me lembro como se fosse ontem. Uma menina havia sido chamada à frente, Alexis Simmons, era o nome dela, ela fez uma apresentação encantadora, de uma das minhas músicas prediletas. Ela tinha um talento notável, bastante descontraída, a apresentação correu as mil maravilhas.

Durante a apresentação me deparei com frio na barriga, arrepios, ansiedade, nervosismo, o que seria tudo isso?
Os pensamentos que não saiam da minha cabeça, quem seria aquela garota? E o que é isso que estou sentindo?
Eu preciso de respostas...

Na manhã seguinte fui a escola. Chegando lá me deparei com a constrangedora cena do meu melhor amigo se agarrando com a namorada dele, a Beth, apelidada pela escola inteira de, Penélope Charmosa. Ela insistia em usar uma fitinha rosa no cabelo desde a sexta série. O motivo? Até hoje ninguém sabe.
Ela vem de uma família bem rica da nossa cidade, os Williams, eles eram donos de uma empresa mundialmente famosa de fitas de cetim (talvez daí tenha vindo a obsessão dela por aquela fitinha rosa), e os Williams sempre fazem uma festa enorme no começo das aulas, o que nos dava um motivo bastante plausível para esperar ansiosamente a volta às aulas.

Eu sou do time de basquete da escola, junto do meu melhor amigo, Kendrik Rose, éramos os astros do time de basquete da escola. Ken é o mais alto da nossa turma, ele tem incríveis 1, 85 de altura, com apenas 15 anos, bastante grande comparado ao resto da nossa classe. Nos interessamos por basquete quando num certo dia, nossos pais nos levaram ao jogo do Chicago Bulls. É uma lembrança incrível, Michael Jordan "arrebentou" com o time do Miami Heat naquele jogo. Ao final do jogo eu e Ken (como eu o chamo normalmente) fomos tentar falar com o astro do jogo, Jordan. Foram apenas 30 segundos, mas foram os segundos mais mágicos de nossas vidas, ele apenas assinou a bola do jogo e nos entregou, e aquele momento marcou para sempre nossas infâncias.

Eu e Ken fizemos uma promessa de que no nosso último ano do colegial, após a nossa formatura, iríamos até a quadra onde tudo começou e iríamos jogar basquete juntos como na nossa infância, apenas eu e ele...

Enfim chegou a noite da festa. A mansão dos Williams estava toda iluminada, apontando luzes para os céus com holofotes enormes. Se duvidar estavam todos os habitantes daquela pequena cidade na festa (bom, pelo menos todos aqueles que ainda conseguiam se divertir). Chegando à porta fomos recepcionados pela mãe de Beth, Dona Elizabeth, uma socialite de primeira. Ouvimos rumores de que em uma das suas viajens ao Reino Unido, ela comprou o estoque inteiro de bolsas de couro da marca, o dono da loja ficou tão agradecido, que só faltou beijar os pés da Dona Elizabeth.

Nós levamos alguns doces da confeitaria do meu pai, mas levou apenas alguns instantes para simplesmente sumirem completamente. Eu contei a vocês sobre meu pai? Não tem importância, vou contar mesmo assim. Meu pai é dono da melhor confeitaria da cidade, eles fazem tudo quanto é tipo de doce, que vão de brigadeiros simples até bolos super extravagantes (que eram frequentemente encomendados pelos Willians). Na festa, logo que chegamos, Beth se juntou a nós e passamos um bom tempo colocando os assuntos em dia. Ela contou sobre a viajem para a Alemanha que fez com sua família no verão, falou sobre a cultura, o turismo e tudo mais.
Mas em seguida me peguei distraído com o brilho do vestido de uma garota.
-- nossa que vestido lindo... -- pensei comigo mesmo.
Mas ao prestar mais atenção fiquei totalmente surpreendido.
Eu paralisei naquele momento...
Era ela...