História A vida é breve, o amor mais breve ainda. - Capítulo Único

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POV Secreto

Frank

Eu estava sonhando ou era aquilo mesmo?

Eu estava respirando?

Bem, parece que sim, para todas as perguntas.

Meu coração batia depressa, quase não me dando chance pra raciocinar direito, mas de uma coisa eu tinha plena certeza, eu o queria. Mais que tudo no mundo, eu o queria.

E foi só ele vir com aquela pergunta no meu ouvido, como se lesse meus pensamentos, como se soubesse que eu não negaria, eu nunca o faria e lá veio ele.

Depois de tantos beijos trocados em minha cama, a luz lunar fraca iluminando meramente o quarto e o rosto dele bem a minha frente.

Descolou nossos lábios depois de mais um longo beijo só para perguntar:

_ Frankie, você quer? _ perguntou ele próximo ao meu ouvido.

_ Sim... Sim, eu quero. _ falei, foi só o que consegui olhando nos olhos dele e nós sorrimos.

Para a minha sorte ele me beijou de novo e mais outra vez, antes que eu ficasse tenso, antes que eu pensasse realmente e exatamente no que estávamos fazendo ali.

E não poderia dizer o que foi aquilo, não dava porque era imensurável.

Desde a forma como o sorriso de canto dele se abria e aquele rosto lindo se iluminava até que ele tirava cada uma de minhas peças de roupa, jogando-as em qualquer lugar.

E os olhos, aqueles olhos tinham algo que outros nunca teriam, ainda mais quando ele se esqueceu das próprias roupas e ficou admirando as minhas tatuagens já expostas a ele como eu estava por inteiro.

Eu fiquei um “pouquinho” nervoso por ser alvo daquele olhar. Não que eu estivesse envergonhado, ou qualquer coisa, mas já fazia tanto tempo que ele não me olhava daquela forma tão íntima e quase intimidadora, na verdade ninguém mais olhava pra mim assim e eu não podia evitar sentir aquilo tudo.

A minha pele se aquecer até formigar.

As tremedeiras nas pernas...

Meu estômago se revirar em mil borboletas.

E tudo crescer de uma forma inevitavelmente gostosa.

Ele deslizava a ponta dos dedos e até os lábios.

Contornava os desenhos na minha pele.

Fazia-me mais tranquilo, mais excitado e mais feliz.

Tudo ao mesmo tempo.

Até que certo momento ele parou com os toques,

E só ficou me olhando, me olhando...

_ Por que me olha tanto? _ perguntei sorrindo pra ele.

_ Eu adoro as tatuagens, tem tantas novas que eu não conhecia, agora são mais do que eu posso contar. _ ele disse sorridente.

_ E eu quero fazer mais... Não acha muita coisa?

_ Claro que não. Tudo em você é perfeito. _ ele falou e segurou meu rosto me beijando e eu deixei-me levar por aquelas sensações que ele me proporcionava ao que me abraçava, deslizava os dedos pela extensão das minhas costas e explorava a minha língua como tão bem sabia.

Apoiei minhas mãos em seus ombros e ao que ele e eu movíamos nossas cabeças aprofundando aquele beijo, acariciei seu pescoço, seu rosto até que afastamos nossos lábios dando chance para que nossos olhos se abrissem e eu o visse bem ali.

Agora era a minha vez de ir além e um pouco mais, ter a chance de vê-lo. Vê-lo de verdade depois de tantos anos.

Retirei sua camisa, depois sua calça e roupa íntima. Ele me ajudou e caramba... Depois que eu vi aquilo tudo na minha frente, eu fiquei meio ou muito extasiado; se eu achava que estava nervoso antes, era porque eu não tinha visto ele.

Antes que eu continuasse olhando ele me deitou sobre a cama de novo, tirou meu cabelo do meu rosto e começou a distribuir beijos pelo meu rosto e logo pelo meu pescoço, por meu peito, e calmamente foi descendo.

Em algum momento eu fechei meus olhos, com minha mão acariciando os cabelos lisos dele e bem... Eu abri meus olhos rapidamente só pra olhar quando ele desceu com os lábios até o início do meu abdômen e logo deslizou estes por meu membro que já estava ereto esperando por ele há tempos. Ele foi me tocando tão lentamente e seus olhos que de repente se vidraram em mim de certo para capturar cada detalhe, cada vez que ele me fazia perder o fôlego como fazia ali.

Ele deslizou os lábios por toda minha extensão até que quando eu menos esperava, segurou meu membro com uma mão e voltou a aproximar os lábios destes, só que dessa vez eu prendi a minha respiração de vez e quase perdi o juízo quando ele colocou de uma vez todo meu membro dentro de sua boca quente que me abrigava perfeitamente bem.

Eu fechei meus olhos quando ele começou a se mover.

Meu coração podia ser ouvido a certa distância eu sabia disso.

Senti-o me proporcionando todas aquelas sensações como antes e muito melhor era surreal.

Eu já havia me dado por vencido.

Já havia aceitado que nunca mais estaria com ele naquelas condições e ali estávamos.

Tudo indo e fluindo naturalmente e perfeitamente.

Como sempre e como nunca também, afinal era ele, mas como sempre fora, cada vez era única.

Cada movimento, cada momento era único e eu só tinha um pensamento... Eu o amava muito.

Estar ali de novo com ele, sentindo tudo como um sonho e uma benção era libertador, era arrebatador e familiar, era como voltar pra casa, voltar para o meu coração que eu havia deixado com ele há tanto tempo atrás e agora ali, eu o sentia me entregando um tanto de si como eu fazia. O sentia aproveitar cada detalhe ao que eu o segurava pelos cabelos e ajudava a ir e vir e meu Deus... Eu queria mais e mais, mal sabendo o que eu teria, o que me aguardava.

E assim que eu já sentia espasmos por meu corpo e aquela sensação que não sentia há muito tempo, de estar próximo a me liberar eu fechei meus olhos com força e logo abri porque ele ao perceber meu estado aos poucos retirou-me de dentro de sua boca, e aquilo foi quase desesperador porque eu abri meus olhos sem entender nada.

Mas ele me olhou com uma cara que dizia que eu não me arrependeria do que viria, e não o faria mesmo.

Ele veio se colocando em cima de mim e logo aproximou os lábios dos meus e eu me senti bem melhor quando ele me beijou e aos poucos ele se colocava entre minhas pernas ao que eu abria estas dando lugar pra ele ali, bem junto a mim.

Gerard acariciou meu rosto e olhou nos meus olhos antes de fazer o seguinte, o beijei de novo e então aconteceu.

Ele deixou seu rosto bem colado com o meu, suas mãos estavam bem ao meu lado na cama e mantinham o peso de seu corpo que estava sobre o meu. Eu só o senti entrando em mim, com seu membro rígido e demasiadamente grande, ainda mais para a minha entrada tão apertada.

E eu voltei a fechar meus olhos unindo meus lábios aos dele novamente, ele que se concentrava em fazer aquilo da melhor forma e ele fazia, porque apesar do desconforto inicial a sensação que senti ao perceber ele todo dentro de mim logo depois, foi a melhor sensação de todas.

Só foi isso acontecer que ele começou a se mover, cada vez mais e mais, com força e rápido e aquilo me fez tão bem, era tão entorpecente para os meus sentidos que era como se eu estivesse ali e não ao mesmo tempo. Era como se eu estivesse sentado em uma nuvem olhando pra nós e sorrindo, mas era como se eu também estivesse ali sentindo ele se encaixar e se mover com perfeição e apesar de ser grande pra mim, era ele, era no tamanho ideal.

Conseguia alcançar os meus pontos mais sensíveis, me fazendo abraçá-lo com força e liberar por minha boca gemidos que eu me controlava ao máximo para que não fossem tão audíveis, pois não queríamos acordar ninguém, e ele fazia o mesmo, e pra me aguçar ainda mais não sei se propositalmente ou não, o fazia próximo ao meu ouvido.

Eu podia sentir seu coração bater junto ao meu, seus olhos se apertarem e logo se abrirem pra me olhar e beijar meu rosto assim como eu fazia com ele.

A pele dele estava com uma fina camada de suor junto a minha que brilhava da mesma forma denotando o esforço que fazíamos nos movendo de maneira cada vez mais intensa e até frenética.

E eu me esforçava em guardar no interior de minha mente cada detalhe do amor que fazíamos, porque era o nosso mais digno recomeço.

Os meus medos não existiam ali, minhas angústias, o peso que eu carregava nas costas, nada existia além dele e daquele momento.

E eu o queria pra sempre.

Ainda mais porque eu sabia, ele estava feliz, assim como eu estava.

Por estarmos juntos depois de tudo, por estarmos bem, por estarmos vivos e prontos, um para o outro no tempo certo.

Como as coisas devem ser.

E não dava pra dizer com outras palavras o que eu sentia por ele a não ser por...

_ Eu te amo. Eu te amo muito... _ foi o que consegui falar perto do ouvido dele ao que eu o abraçava com todas as minhas forças e o dava tudo de mim e ele foi mais fundo dessa vez, mais ainda e eu senti meu corpo quase desfalecer ao sentir o peso dele e de tudo aquilo dentro de mim da melhor forma possível, imaginável.

Eu senti os espasmos voltando e só precisei que mais uns pontos fossem tocados dentro do meu interior para que eu e ele, praticamente juntos nos liberássemos, nos abraçando e respirando com dificuldade. 

E eu não queria mais nada no mundo, não pediria mais nada, além dele, daquela forma, sendo ele mesmo pra mim e me olhando com aqueles olhos incríveis recém abertos depois de um ato que mais do que tudo, simbolizava a nossa união.

Eu amava cada parte do seu corpo, e olhando para aquele rosto eu me lembrei de antes, como ele corava e contrastava com a habitual palidez de sua pele branca. Ficava febril como eu estava pelo esforço e por tudo. Era muita coisa e estava acontecendo comigo, conosco.

E ele não deu tempo algum para que aquele torpor pós orgasmo se prolongasse, quando me segurou firme, trocou nossas posições me colocando em cima e com muita vontade voltei a me encaixar no membro dele ainda enrijecido e comecei a me mover com sua ajuda.

Ele me olhou com aquela cara que dizia: Você ainda sabe fazer aquilo tudo de antes?

Eu só sorri em uma resposta muda e assim que me encaixei bem e passei a me mover como eu sabia que ele, especialmente ele adorava, eu tive que prender meus lábios com meus dentes.

Era perturbador ver ele ali embaixo se contorcendo enquanto eu me movia com destreza. Era apertado o suficiente pra ser bom, e prazeroso o suficiente pra ser incrível. Enfim, não tinha muita explicação é mais uma questão de sentidos e os meus estavam atentos a cada detalhe. Eu me apoiando nele e ainda me movendo bem podia ver o que nele eu causava, podia ouvir os sons e me deliciar. E sorrir porque por mais inacreditável que fosse, eu estava ali, aonde meu sonho me levara.

Porque às vezes quando eu sonhava, eu via ele bem ali onde estava, embaixo de mim, com os cabelos bagunçados de um jeito estupidamente lindo, me olhando e acompanhando cada traço meu enquanto eu mexia e lhe dava a mim mesmo.

E às vezes quando eu sonhava, eu via ele somente me olhando da forma que só ele olhava, e aquilo bastava.

Ele bastava porque era tudo e sendo tão único jamais seria substituído, no meu coração, no meu corpo e na minha vida.

Só havia lugar pra ele.

E eu faria de tudo por ele aquela noite, para que sentisse o que eu sentia, pare que notasse um pouco do que eu falava, que o meu amor chegasse até ele e nos levasse a um lugar melhor, e que ele sempre aceitasse com carinho o que eu tinha para oferecê-lo, que não era muito para as outras pessoas, mas pra mim era tudo que eu tinha, a minha vida.

Não tinha erro, era o nosso lugar.

E mais do que nunca eu queria de todo o meu coração dar a ele o que antes não pude dar... Todo o amor do mundo.

-S2-