-Vi Kiba ontem. –Deu os ombros. Kiba era seu ex namorado. A relação dos dois era extremamente turbulenta. Kiba era agressivo com Hinata, não só psicologicamente, mas fisicamente também. Prestamos queixa na polícia, mas ele não foi preso. Foi uma grande bagunça e o pai de Hinata conseguiu um acordo com o pai de Kiba, para que ele se mudasse de cidade. Aparentemente ele se mudou para esta cidade.
-Ele não vai fazer nada. Não com queixa na polícia e seu pai ainda em contato com o pai dele, Hina. Estamos aqui pra te proteger. –Ino a puxou para um abraço meio desajeitado enquanto andávamos. Era complicado para todas nós. Ver a outra passar por momentos desse tipo. Éramos uma família, um time, uma pessoa só. É difícil conseguir uma amizade assim, e eu tive a sorte de conseguir duas.
-Você não pode comprar três potes de nutella, Hinata! –Essa era eu, tentando arrancar as nutellas da Hinata. Louca por doces, maldita não engorda e ainda tem peito.
-É um pra cada uma! –Falsa!!! Todas sabíamos que ela iria comer tudo!
-Você vai pegar tudo pra você! –Ino esperneava carregando um pote de sorvete. DE CINCO LITROS! –Eu quero sorvete!
-Vocês não podem gastar todo o nosso dinheiro para comida em doce! –Puxei o braço da loira para que ela não passasse o sorvete no caixa. A moça do caixa estava um tanto assustada, mas eu não posso fazer nada! Elas são loucas! Loucas!
-Posso sim! –Hinata tentou entregar pelo menos um pote que estava segurando para a coitada da atendente, mas eu me joguei em cima dela, ficando as duas em cima da esteira das comprar. Que vergonha, Sakura!
-Não, Ino! –Mas era tarde. O barulho do bipe veio como um sinal de derrota para mim. Tínhamos cinco litros de sorvete,três potes de nutella, cinco pacotes de salgadinho, bebidas, carnes, frango, ovos, leite, açúcar, sal e temperos, arroz e alga, mas nenhuma fruta ou legume. –Depois que vocês ficarem inchadas, quero ver quem vai vir pedir pra que eu compre chazinho!
-Grossa –As duas falaram ao mesmo tempo.
Me joguei na cama, esperando que eu tivesse um momento de tranquilidade, mas o telefone tocou. Por que? Por que o telefone tinha que ficar perto do meu quarto?
Tentando me segurar para não mandar a pessoa no telefone se foder de quatro no meio de um mar em chamas que não podem ser apagadas, respirei fundo e murmurei “Alô?”.
“Oi”
Deveria ter desligado o telefone. Deveria não ter atendido. Deveria estar na cama agora. Isso é Karma! Teve uma vez que eu dei um tempo em um namorado antigo e estamos dando um tempo até agora… Isso é karma dele! Só que o universo não entende que eu não queria machucar os sentimentos tão frágeis dele! Ele era tão sensível que eu fiquei com medo de que ele tivesse um ataque e se matasse ou me matasse, na verdade.
“O que você quer? E como descobriu meu número?” – Perguntei seca.
“Você esqueceu seu celular aqui e não foi difícil descobrir que sua senha era um S de Sasuke.” –Engraçadinho.
Fiquei quieta por alguns instantes. Será que ele….
“Você não mexeu nele, não é?”
“Não, né?”- Respirei aliviada, mas “Quer dizer, só nas suas lindas fotos.”.
“Sasuke Uchiha! Se você fizer alguma coisa com essas fotos, eu juro que te processo, acabo com a sua vida, injeto insulina em você e jogo teu corpo para os porcos comerem!” Gritei possessa da vida. Era muito idiota! Um filho da puta! Eu rosnava, imaginando mil formas de mata-lo, enquanto ele ria descaradamente! Era um grande desaforo! Não podia aceitar isso.
“Calma, rosada! Quanta agressividade contra minha pessoa.” Eu não respondi. Estava ponderando desligar o telefone e descobrir onde ele morava e botar fogo na casa dele, quando ele pigarreou e disse :Tenho uma proposta pra você.
-Isso é ameaça, Sakura. –Ino disse de boca cheia de sorvete.
Havíamos acabado de jantar e estávamos comendo sorvete de ninho trufado, um sabor que aparentemente era do Brasil, com nutella. Era essa hora do dia em que contávamos tudo o que tinha acontecido no dia de cada uma. Eu contei da ligação que recebi hoje de manhã.
-Eu sei, mas a família dele é feita de delegados! –Eu suspirei. –Não acredito que estou sendo ameaçada por ele. E que coisa idiota é essa de aposta?
É. Sasuke tinha feito uma aposta com seus amigos de que me levaria para a cama novamente e se eu concordasse em pelo menos fingir que tinha, ele me devolveria meu celular e minhas fotos inapropriadas. Não me julguem, ok? Eu tinha comprado uma roupa íntima nova e meu namorado (não o sensível) havia me pedido para mostrar.
Não tenham a impressão errada, eu não saia dando pra todo mundo pra arrumar namorados, por incrível que pareça, Sasuke foi o primeiro menino que eu dormi que não foi apresentado pela minha mãe, que queriam que eu saísse com meninos ricos e educados e de uma boa família. Bom, pelo menos minha mãe era quem ficava por trás disso tudo. Meu padrasto odiava me ver com outros garotos.
-Eu acho que isso é só uma desculpa pra ele salvar o orgulho ferido dele. –Hinata lambeu a colher, dando uma pausa para que ela pensasse. –Ele tem problemas com o pai?
-Hinata, e eu lá vou saber. –Resmunguei irritada. –Eu só dormi com ele.. E nem lembro de ter feito isso…
-Eu não sei, mas eu acho que você pode se aproveitar disso também… -Ino tinha um sorriso safado no rosto. Não tem ser mais pervertido que ela. Sério. Ela já apertou a bunda de um menino no meio de um banco. Tudo bem que ele se tornou seu namorado mais tarde, mas né! Sai é uma pessoa sem graça. Ok, tadinho. Ele é legal quando quer, mas é bem difícil ficar perto dele ás vezes. Parece que ele não tem um senso do que falar e do que não falar e sempre acaba falando demais.
-Você é engraçada, e quem é esse Gaara? –Provoquei mesmo. Se me atacar, eu vo ataca! A loira engasgou com o sorvete e seu rosto ficou todo vermelho. Hmm…
-É um cara aí… -Ino olhou para baixo.
-Você está mentindo.
-Para de me analisar, Hinata! –Não é que ela já sabe analisar as pessoas, afinal, ela tinha um dia de psicologia, mas já tinha participado de um curso de psicanálise.
-Não é minha culpa que você não sabe mentir. –Ela revirou os olhos. Hinata não era assim, normalmente. Ela era alegre, tão alegre e ingênua que era fofo. Mas Kiba tinha transtorno agressivo, e só foi descoberto quando ele agrediu o pai, quando ele foi manda-lo para fora da cidade.
-Quem é Gaara, Ino? –Joguei uma almofada nela. Ela iria me falar, mesmo se precisava de tortura!
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