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História A vida e suas coincidencias - O que aconteceu na festa?


Escrita por: GaaraAndI

Notas do Autor


Oie, pessoas fofas <3 Tudo bom? Então aqui vai mais um capitulo <3

Capítulo 4 - O que aconteceu na festa?


-É confuso, ok? -Ela fez um bico engraçado.  

-Complicado como? -Hinata olhava para o pote de Nutella como se estivesse hipnotizada.  

Eu me levantei para deixar o minha colher e meu potinho em cima da pia, mas tropecei e quase caí. Que vida difícil essa de ser desastrada. Eu sempre fui uma pessoa muito agitada, não agitada igual Hinata que sempre quer abraçar o mundo com uma mão e com a outra fazer um bolo de 3000 andares, mas o suficiente para passar vergonha.  

-Ele me beijou na frente do Sai. -Assim que ouvi as palavras saírem da boca da loira, joguei minha colher em cima do balcão da cozinha e corri como uma palhaça de volta para a sala para ouvir a história.  

-Que coisa! -Apertei minhas bochechas com as palmas da mão e abri minha boca em forma de ''O". -Por que ele faria isso?!  

-Você disse que o Sai era seu namorado? -Hinata franzia o cenho. Acho que ela estava um tanto perdida. Quer dizer, eu também estava, mas eu queria saber como porras foi que eu perdi isso!  

-Sai beijou outra menina...Quer dizer, ela o beijou ou os dois se beijaram. Eu não sei.  -Bufou jogando as mãos para o alto. -Eu sei que eles tavam no maior oba-oba no banheiro feminino e eu estava te procurando e achei que poderia estar no banheiro, mas só achei a calcinha da menina jogada na pia e os dois se comendo na parede do banheiro. 

-Não acredito! -A fofa da Hinata gritou, indignada. Homens como o Sai me dão nojo. Se queria tanto pegar outras pessoas, por que namorou, caralho?!  

-Eu falaria pra você se vingar, mas acho que eles pegaram umas duzentas doenças só de encostar naquela parede. -Eu disse a verdade, por que né? Sabemos como banheiros de baladas não são confiáveis. -Mas e o Gaara? Onde ele entra? 

-Essa é a parte de onde eu sei quem é o Sasuke... Eu estava chorando, com a maquiagem toda borrada e o rosto todo inchado já, quando Trombei com um loirinho, o Naruto, que foi legal o suficiente para ir ao bar e pedir água com açúcar pra mim e depois me levou para ficar junto com ele e os amigos. Acontece que entre os amigos dele estavam Gaara e Sasuke.  

-E você decidiu pegar o Gaara do nada? -Era a cara da Ino beijar Gaara por vingança, mas achava que ela iria fazer um show antes.  

-Não foi assim. Eu nem tinha reparado nele direito, estava muito abalada com o que tinha acontecido. Mas de repente, o Sai chegou empurrando todo mundo, gritando que não era pra eu estar no meio de marmanjo, que eu tinha namorado. -Ela riu irônica. É Incrível como ele consegue ser cínico.  

-Eu já teria partido pra cima dele, arrancando todos os fios dele! Até os pentelhos! -Eu fervilhava por dentro, querendo já torcer o pescoço do Sai. Hinata assentia concordando comigo.  

-Eu joguei na cara dele que ele estava se pegando com uma menina cinco segundos antes e que eu tinha visto! Mas sabe o que ele fez? -Deu uma pausa para fazer suspense. -Ele disse que eu não tinha o direito de pedir nada dele, porque ele era assim e eu sabia como ele era quando aceitou namorar com ele. AI foi demais pra mim. Eu joguei o copo de Gim do ruivo, o Gaara, na cara dele. Não acertei no rosto dele, mas acertei o ombro e vi que machucou. Num ataque de raiva ele apertava meu pescoço com as duas mãos e eu achei que ia morrer. De verdade... Mas Gaara saiu no soco com o branquelo palmito e disse que se visse ele perto de mim de novo, iria acabar com "isso que você chama de cara". Na hora, eu não conseguia fazer outra coisa além de chorar e tentar respirar, enquanto ouvia Naruto gritar para Sasuke ir pegar gelo pra mim... 

-Gelo? -Fiquei confusa. 

-Sei lá também. -Ino deu os ombros. -Naruto estava desesperado, talvez mais que eu. E Sasuke sumiu e agora sei que ele estava te comendo...ou não. Enfim, eu não conseguia me acalmar. Não sei... tive um ataque de pânico. Não conseguia respirar, sentia que as mãos dele ainda estavam me sufocando e eu já estava ficando tonta, e foi quando Gaara me beijou. Ele disse que era pra me acalmar, mas não deu muito certo. Eu vi o quanto ele era bonito e saí correndo, procurando Hinata e querendo ir embora mais do que tudo na minha vida. E foi quando percebemos que você estava sumida.  

-Wow...-Assobiei. -Queria lembrar da minha noite com Sasuke. Vi tantos brinquedos no quarto dele... 

-Você acha que vocês realmente fizeram? -Hinata tinha algo em mente e eu podia ver. -Quer dizer, ele pode estar apenas de zoando.  

-Pensei nisso também. -Ino concordou. Olhei para a mesma e agora percebia a maquiagem em seu pescoço. Quase imperceptível, mas me fez arrepiar só de pensar nas marcas em torno do pescoço da minha amiga. -Não fique encarando.  

-Vou quebrar a cara do Sai. -Trinquei o maxilar com raiva. -Nossa cidade não tem homem que preste?! 

-É uma cidadizinha, Saky. É mais comum ter esse tipo de coisa em ambientes assim. -Hinata sorriu um tanto falsa.  

-Isso não é desculpa pra ninguém...-resmunguei olhando para a Tv. -Mas quem diria...Ino fugindo de um cara bonito! Eu jurava que  morreria antes de ver isso acontecendo. 

Enquanto eu e Hinata riamos como duas retardadas da cara da loira, meu celular começou a tocar. Inflei as bochechas de ar quando vi quem era. Minha mãe não tem senso mesmo...Me ligar uma hora da manhã e depois de tudo... Suspirei aliviada por estar longe de toda aquela confusão que me cercava desde os meus 6 anos.  

-Sim? -Levei o celular à minha orelha e já pude ouvir a voz da minha mãe falando "finalmente!". Era irritante o tanto que ela conseguia ser inconveniente. E não o tipo engraçado. 

-Você passou o dia sem nos ligar! -Ela gritou do outro lado da linha. Você pode achar que ela está preocupada, sabe, mas não é bem assim. -Preciso do dinheiro mais cedo.  

-Não. -Fui curta e grossa e já podia ouvir sua boca se abrindo para retrucar, mas eu me adiante.- Mandei metade da minha pensão ainda esse mês, mãe! Preciso pagar as coisas aqui! Você tinha dito que arrumou um emprego! O que houve com esse? 

-Não aconteceu nada, mas não posso pedir um adiantamento no meu primeiro mês de trabalho. -Ela falava com uma voz de criança mimada e, realmente, era isso que ela era. Nunca havia trabalhado. Meu pai pagava todas as suas luxurias quando ainda era vivo.  

-Não, Mebuki. -Falei com firmeza. -Está invertendo os papéis aqui. Eu sou a adolescente que deveria pedir dinheiro e você a mãe controladora! Tenho faculdade amanhã. Preciso ir. Tchau.  

Desliguei meu celular para logo joga-lo no sofá. As meninas me olhavam com pena. Perdi meu pai fazia 4 meses. Mas ao contrário do que parece, minha família nunca foi uma família feliz. Meu pai não morava comigo e com a minha mãe. Ele não era casado com a minha mãe, porém mandava bastante dinheiro para que eu fosse mantida em segredo de sua família perfeita. Minha mãe, por outro lado... Aah, minha mãe. Arrumava um marido de cinco em cinco meses, mas finalmente, ou infelizmente, parou quando se casou com Koji e foi ai que meu inferno na terra começou.  Koji apostava todo o nosso dinheiro em jogos de azar e gastava o resto em bebida.  

-Acho melhor irmos pra cama...-Ino suspirou, provavelmente já querendo desistir da faculdade.  

 

Eu dormi como um bebê. Mentira. Eu sonhei com coisas que eu gostaria de não queria ter sonhado. Tipo com o Sasuke usando... brinquedos comigo.  Acordei molhada. Sério. Foi como se realmente estivesse acontecendo. Foi surreal. E mesmo que eu não quisesse, tive que tomar um banho para me acalmar.   

Tive uma batalha interior sobre qual roupa vestir. Estava em duvida entre meus velhos jeans claro e rasgados e uma blusa preta de mangas curtas, com o logo da minha banda favorita ou um vestido rosa queimado simples e leve de mangas ¾, mas achei que estava muito produzida para a faculdade, então simplesmente vesti minha calça e a blusa e pus meu adidas daily twist mid preto e roxo. Peguei minha mochila pelas alças e corri para fora, com a esperança de ainda poder pegar uma carona com Ino, mas a loira já havia ido. Tínhamos um combinado: Se uma se atrasava, ela se virava. Não é como se fossemos péssimas amigas, mas é a faculdade e deveríamos ter responsabilidade. O que eu, aparentemente, não tinha. 

Chamei um uber mesmo, pois não estava afim de pegar ônibus nenhum. Assim que entrei no uber, sorri e agradeci, já que ele havia água e balas no carro e como eu não havia tomado café da manhã, aquilo teria que servir.  No caminho Akiro, o motorista, me perguntava se eu era dali mesmo, porque eu tinha um sotaque um tanto diferente. Senti minhas bochechas esquentarem e alisava meu braço, com vergonha. Meu sotaque era um pouco diferente,mas não tanto... 

-Boa sorte na nova cidade, Sakura! -Ele acenou para mim e partiu com o carro. Assim que me virei, vi que muitas pessoas estavam me encarando, mesmo que tentando ser discretas, estava na cara.  

Vi que a garota ruiva de óculos do meu curso brigava com a máquina de doces que, pelo jeito, havia comido seu dinheiro. Cheguei mais perto dela e soquei a lateral da máquina com a lateral da minha mão, o que fez duas barras de chocolate caírem.  

-Obrigada...-Resmungou pegando as duas barras. Olhava para uma e acho que pensava se me daria ou não. -Toma.  

-Obrigada. -Sorri agradecida. -Dia difícil?  

-Péssima semana... -Suspirou ajeitando o óculos e em seguida olhando para mim. -Não foi você a menina que dormiu com o Sasuke? 

-Como você sabe disso?! -Sussurrei indignada. Que falta de privacidade! 

-Todo mundo sabe desde que você veio pra faculdade com ele. -Disse como se fosse óbvio. -Além do mais, Naruto, o amigo dele, é meu primo e fofoca muito sobre qualquer coisa e não é muito comum uma menina de cabelo rosa.  

Assenti querendo prolongar a conversa e fazer amizade com ela, mas senti uma mão forte me puxando para trás e por um segundo meu coração parou de vez e eu pensei que fosse Sasuke, mas era apenas um ruivo... Bonito. Será que ele era Gaara?  

-Você é amiga da Ino, não é? -Sua voz era grossa e rouca ao mesmo tempo. Por um momento, achei que ele iria me amarrar em uma cadeira, colocar um pano em minha boca e me obrigar a gravar um vídeo pedindo Ino em troca da minha cabeça inteira. Ok, foi meio exagerado, mas ele era um tanto assustador todo sério daquele jeito. E os olhos claros dele eram sobressaltados pelas olheiras escuras e profundas.  

-Quem? -Me fiz de pêssega, mesmo! Vou saber o que ele quer com a coitada da minha amiga? Fingi que não sabia quem era. Provavelmente eu estava com uma cara tão cínica, que ele apenas semicerrou os olhos em minha direção. Talvez ele não tenha acreditado. 

-Eu te vi na lanchonete com ela.  

-Aaah! Essa Ino! -Ri nervosa. Enquanto a ruiva me olhava curiosa perto da máquina de doces. -Eu a conheço, sim.  

-Onde ela está agora?  

Eu dei os ombros. Não é como se eu estivesse mentindo. Eu realmente não sabia onde ela estava. Provavelmente em uma aula do curso dela? Sim, mas ele não perguntou onde eu achava que ela estava e sim onde estava. 

Antes que Gaara pudesse falar alguma coisa, a menina da máquina nos interrompeu falando alguma coisa do tipo "Aula agora, sinal tocou, vamos logo". Tinha que lembrar de agradece-la depois, mas agora estávamos entrando na sala de aula e vi que a sala estava mais lotada do que o normal. 

-Que bom que decidiram dar a graça da presença de vocês na minha aula, meninas. -O professor de psicologia médica nos cumprimentou quando chegamos. Já havia ouvido histórias de como ele era abusivo com as alunas e dormia com muitas por nota. -Hoje estamos fazendo aula dupla. O professor de Direito penal dos alunos de direito teve uma complicação pessoal e disse para seus alunos que se quisessem créditos, teriam que vir para essa aula, já que a aula pode ajudar em um futuro problema. 

Olhei em volta com medo de que Sasuke estivesse lá. Pelo o que eu sabia, ele fazia direito, assim como Ino. Bati meus olhos nos últimos dois lugares disponíveis e, na segunda carteira, lá estava ele. Sasuke estava com o rosto apoiado em uma das mãos que estavam sobre a carteira. Sua expressão de tédio deixava bem claro que ele não queria estar ali, mas assim que seus olhos se encontraram com os meus, pude ver ele sorrir de lado. Meu estomago revirou com aquilo, minhas mãos começaram a suar e eu pude sentir meu rosto esquentando. Ele era encantador demais para mim. Eu era apenas uma garota de uma cidadezinha qualquer, que não conhecia garotos fora da sua cidade. 

-Dá menos na cara que vocês foderam, amiga. -A ruiva ainda me seguia e sussurrava em meus ouvidos, me provocando.  

-Meu nome é Sakura! -Gritei sussurrando de volta, enquanto me sentava não na carteira na frente de Sasuke, mas na do lado da que estava em sua. Não tive coragem de sentar em sua frente. 

-Sou Karin. -Sorriu divertida para mim, mas logo fez uma cara de preocupação. -Sakura? Você está bem mesmo?  

-O que? -Pisquei confusa. Olhei para Sasuke, que me encarava com o cenho franzido. 

-Vi como aquele menino estava forçando para ficar com você. -Ela olhava de um jeito estranho para mim, mas eu não entendia o que ela queria direito. -Você parecia assustada. 

-Do que você está falando, Karin? -Franzi o cenho também. Ela estava tentando fazer com que ele ficasse com ciúmes de mim?! Isso era uma péssima ideia, não porque seria ruim, mas porque não adiantaria nem um pouco.  

-Não precisa esconder só porque o Sasuke está aqui, Sakura. -Ela revirou os olhos e o moreno bufou. -O que foi? 

-Você realmente acha que eu caio nessa, Karin? -Sorriu irônico. -Já cansei de você tentando essas brincadeiras pra cima de mim.Não vai adiantar. Eu não ligo pra ela. 

Aquilo doeu o suficiente para que eu o olhasse indignada. Eu não pedi por aquilo! Se eu estivesse sóbria eu nem transaria com ele! Não é como se eu não achasse ele bonito, mas nunca faria sexo assim. 

-Você é um babaca arrogante que se acha demais! -Soltei um tanto alto demais, fazendo com que todos olhassem para mim. Fiquei corada com toda a atenção. 

-Srta. Você gostaria de nos contar o que está acontecendo ai? -O professor estava vermelho como um pimentão de tão bravo. Conseguia ver sua veia saltando em sua testa e tive que me esforçar para não ficar encarando apenas ela.  

-Eu...não...-Eu gaguejei sem saber como explicar que a culpa não era minha.  

-Desculpe, professor. -A voz rouca de Sasuke atropelou minhas tentativas de  fala.  

Eu queria sair correndo da sala de aula, mas apenas me concentrei em não olhar mais para Sasuke. Era uma tentação virar para ele e xinga-lo de todos os nomes possíveis, mas não faria barraco no meu segundo dia na faculdade, né não?


Notas Finais


De 0 - 10, quanto foi? E o que posso melhorar?


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