História A vida em um sonho - O único

- Sim!

- Ai nossa eu sinto muito! sinto muito mesmo. Me desculpe - falo meio descontrolada

- Tudo bem! esses caras não são pário para mim...- ri como se nada tivesse acontecido

- mas tem certeza de que está bem? -pergunto me aproximando cada vez mais.

- eu já disse! Eu estou bem . - fala o mesmo olhando para seu cotovelo direito que estava com um pequeno corte.

- Ai meu Deus! isso é sangue? - pergunto 

- foi apenas um pequeno arranhão, e não é tão sério a ponto de precisar amputar meu braço. -fala olhando para mim

- ah! foi mal, é que não é todo dia que dois caras brigam por mim.

- Hum! eu acho que não. Você parece ser do tipo de garota que deve ser motivo de muita briga pro onde passa! - fala o mesmo ficando a minha frente . 

- Pra falar verdade, nem de festas eu gosto, só vim por que a Jennifer que me convidou.

- ah ! a Jennifer!!! - exclama se sentindo constrangido com a situação.

-Não é por nada , mas você por acaso teve alguma coisa com o que houve? -pergunto 

- Claro que não!  Quer dizer eu jamais faria isso com alguém. -fala sem paciência.

- D-desculpa. Eu só pensei, não foi isso que eu quis dizer, quer dizer eu nem te conheço direito.

-  Parece que você não sabe de nada Spencer! -fala com o olhar mais sério possível .

Não demorou muito para que aquela conversa  ficar no minimo estranha, foi aí que recebo uma mensagem dizendo o seguinte:" Hoje foi a fruta podre, mas amanhã será a que todos desejam (mas ai ela estará podre também)" 

mas como assim? - me pergunto 

- O que houve? -pergunta Jimin preocupado

- T-tenho que ir embora agora é só isso! - falo já saindo do local

-Espera! - ele diz

- o que?

- Você não pode ir sozinha! -diz chegando perto de mim.

- Eu sei me virar muito bem. - respondo me virando para ir embora

- Muito bem mesmo! tanto... e olha só no que deu! - fala o mesmo me mostrando seu cotovelo

- Tudo bem! - Então vai fazer o que? pagar um taxi pra mim?

- ah! Não! mas eu tenho uma ideia melhor, que tal eu te acompanhar até a sua casa?

- pode ser . mas eu não moro tão perto assim.

- não tem nada, vai ser bom por que assim nos conhecemos mais. - fala o mesmo passando a minha frente 

Não falo mais nada apenas o acompanho. Me concentro em cada parte da rua, pensando que se um dia eu me perdesse saberia voltar para casa. Passamos por várias casas que parecem mais casas vitorianas. De repente me perco pensando de como eu era feliz .

- Por que mesmo que se mudou para Manchester ? 

- Meu pai ganhou uma promoção.

-Sei! e aposto que deve ter sido dificil , sair de um lugar que ama e se mudar para outro onde não conhece ninguém.

- È isso mesmo, exatamente assim como eu me sinto. -falo com segurança 

       ao lado de Jimin me sinto confortavel, como nunca me senti antes nos últimos dias. Há algo nele que me faz me sentir segura, como se ele pudesse me proteger de algo que eu nem mesmo sei o que é. Conversamos o caminho todo; quando enfim chego na rua de casa.

- È aqui! - falo me virando e ficando a sua frente.

- Então está entregue St.Smiller - fala me olhando sem parar

-  Obrigada! -falo me despedindo do mesmo.

- Ah ! eu queria me desculpar pelo que a Jennifer fez logo cedo, as vezes ela não sabe o que faz.

- Não é você  que tem que pedir desculpas, e não é pra mim ! - falo meio revoltada

- Eu sei, mas é que.... ah! deixa para lá.

- Como consegue namorar alguém  tão nojenta assim? - pergunto

- Eu também não sei! - fala o mesmo passando a mão na cabeça.

- você devia mesmo era terminar com ela! - digo mas sou interrompida por uma carro da polícia passando em alta velocidade .

- Será o que houve ? - pergunta Jimin preocupado.

- Deve ser sério!

- Devia entrar agora. Pode ser perigoso ! - fala o mesmo

- Acho que não, mas já está tarde. - respondo

- Tchau! se cuida.

- tchau !

vejo que jimin vai em direção a rua onde o carro da policia passou. Mas não deve ser nada, ele deve está indo pra casa. Não dou bola e entro em casa, tentando não acordar meus pais. Quando vejo que a luz do escritório do papai estava acesa, me aproximo acada vez mais e de repente ouço papai quase engolir alguém pelo telefone de tão zangado que ele estava. Fico encostada num jarro grande perto da porta sem que ele me veja .E pela sua exaltação papai quase grita .
        -"Mas por que eu deveria acreditar em qualquer palavra que ele diga, ele mentiu pra mim, mentiu pra todos nós"! - mas com quem papai está falando dessa forma?  - me pergunto.
Papai se vira, quase me vendo. Saio rápido ficando longe de sua visão.
Quando me viro sem sinto pisar em algo. Um papel, está mais pra uma carta. Abro o envelope, encontro uma espécie de convite para um teatro em Paris. Mas ouço papai abrir a porta do escritório. Me assusto e deixo o papel cair e sem fazer barulho subo as escadas. Acho melhor eu dormir agora.
  Estava morrendo de sono, decido ir dormir.
      Mas aquela mensagem com o número desconhecido falando de fruta podre. quem será a fruta podre?

    A única coisa que eu quero entender hoje é como eu vou explicar para mim mesmo o que eu tenho sido na vida de  alguém.
   E se as coisas mudarem de repente. Sem que eu não possa encontrar uma saída. E se tudo for um sonho.
   Não sei mesmo, mas tenho medo do que eu possa descobrir ao longo do tempo.
   O único? O único sentimento . O único amigo . O único problema é que eu sei que talvez esse jogo eu vou perder