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História A vida num mundo diferente - Passado


Escrita por: OtakuEsportivo

Notas do Autor


Pessoal eu sei que demorei, mas aqui está o capítulo. Eu demorei porque eu decidi fazer mudanças nele. Inicialmente, era só a vida do Peter, mas depois decidi mostrar a vida de outros personagens. Bem, eu sei que o final é triste, mas vamos lá.

Capítulo 6 - Passado


 

Ato 1- Koucide City, continente humano.

Normalmente, um aniversário de 18 anos significa muita alegria, já que é quando se tornam maiores de idade ,e isso é regra entre as cinco espécies. Ao atingir essa data, os recém-adultos agora podem beber álcool e dirigir. Contudo, nessa época, a 18 anos significava outra coisa: ir para a guerra.

E essa era a maior preocupação do jovem Peter Daly. Estava a uma semana de fazer 18 anos de idade, o que significava alistamento militar. Com o mundo em guerra, todo jovem era obrigado a ir para o campo e batalha, quer queira ou não, exceto se tivesse algum problema de saúde, Não era o caso de Peter, que no momento estava na cama, olhando para a cidade através de sua janela. Koucide, que antes era uma cidade movimentada e alegre, agora era vazia e triste. Enquanto pensava, sua mãe entrou.

Ashley era a esposa de William e mãe de Peter, Kate e Diana. Conheceu o marido através de seu pai, amigo de longa data do pai de Peter. Ela, assim como outras mães, não queria que sue filho fosse para a guerra e tentava persuadir William a usar sua força financeira para impedir que isso acontecesse, mas sem sucesso.

-Filho? Posso entrar?

-Pode mãe  - respondeu o garoto

Ashley  se sentou na cama do filho

-Peter, você definitivamente não quer ir para a guerra.

-Não, mãe, acho que guerra é perda de tempo. E porque devo matar? S[ó porque os lobos são lobos? Eles também devem ter famílias iguais a nossa, com uma mãe preocupada em mandar seu filho para ir pra guerra.

Ashley sorriu. Devido ao período, Peter amadureceu mais rapidamente do que ela esperava, e já fazia muitas coisas sozinho. Mas ainda tinha um medo infantil: o de morrer.

-Eu não sei o que fazer. Não posso fugir, pois então serei fuzilado.

-Pensaremos uma maneira

-Só falta uma semana, então temos que pensar rápido.

-Tudo bem filho. Olha, vou ver a Jessica, ela quer falar comigo sobre alguma coisa.

Peter não imaginava que sua mãe já estava preparando algo que mudaria a vida dele.

 

 

Ashley se encontrou com Jessica na casa dela. A amiga tinha um único filho chamado Jonathan, que era três anos mais velho do que Peter.

-Olá Jessica, como vai?

-Vou bem , entre Ashley

As duas entraram na casa. Jessica ofereceu café e biscoitos a amiga que aceitou

--Jessica, o que você queria falar comigo?

-Ashley, eu sei como salvar o Peter. E meio doloroso, mas é melhor do que a guerra.

-Como assim? Perguntou a mãe de Peter, interessada no assunto.

-Existe um grupo chamado Organização de Paz Entre Espécies. Que tomou posse de várias ilhas desabitadas. Eles fundaram Cidades- Estados onde qualquer espécie pode viver em paz se quiser. Eu mandei o Jonathan para lá e por causa disso não o vejo há três anos, mas ele está sempre mandando cartas e fico feliz por ele.

-E como você descobriu tudo isso?

-Meu irmão também faz parte, ele transporta humanos para lá.

Ashley pensou. Peter já era maduro o suficiente para se virar sozinho, mas tão longe assim

-É melhor do que a guerra – comentou Jessica.

-Eu vou falar com Peter, mas acho que ele via aceitar na hora. E prefiro meu filho num lugar longe e pacífico do que tendo que desviar de balas.

 

Quando Ashley voltou para a casa, viu William sentado na mesa  espremendo de raiva.

-O que foi querido?

-O Peter. Não quer ir para a guerra defender a própria espécie

-Você deveria respeitar a decisão dele

-E ele deveria pensar na espécie.

Ashley se calou. Não tinha como discutir com o marido. Ela pegou um copo da a´gua.

-Beba água, vai e acalmar., Vou falar com o Peter

-Vai mima-lo de novo

-William. O Peter é mais maduro do que você pensa. Ele sabe se virar sozinho e eu não o quero na guerra. Vi muitas mães chorarem a morte dos filhos. Eu não quero me juntar a elas.

Fervendo de raiva, ela subiu as escadas, onde viu Kate e Diana, suas filhas de 15 e 13 anos, respectivamente, assustadas.

-Não e nada contra vocês queridas, é o seu pai de novo.

-É sobre o Peter. Eu não quero que ele vá para a guerra – disse Diana, quase chorando.

-Não precisa chorar Diana, eu descobri uma maneira livrar o seu irmão – disse baixando a voz .

-Como? Perguntou Kate

-Venham comigo, vou falar com o Peter e explico para vocês também

 

Eram 11 e 30 na noite.  Em meia hora, Peter faria 18 anos. Ele estava no porto da cidade com sua mãe, irmãs, Jessica e John, irmão de Jessica.

-Vou sentir sua falta, irmão – disse Diana. Peter a abraçou primeiro

-Se cuida Peter, mande cartas sempre que puder – disse Kate. Peter a abraçou. Em seguida, foi na mãe.

-Mãe, obrigado pelo presente, Foi o melhor que tive nos últimos anos. Uma nova via.

-Oh filho.

Ela chorou quando se abraçaram.

-Vá em paz filho, mas volta para ver a mãe

-Para isso terá que fazer a guerra parar. Mas vou tentar voltar sim

-Adeus Peter

-Não mãe. Até logo

Peter pego sua mala e entrou no barco junto com John. Quando faltava 20 minutos para a meia noite o navio partiu. O garoto ia para Sanil, sua nova casa.

 

Ato 2- Espenas City, continente lobo

Não era para ela estar ali, mas Tani estava. Nos fundos da casa de seu namorado Linus, onde ele havia tentado montar sua rádio. Todo o equipamento que ele comprou estava lá. Ela se lembrava que ajudou o parceiro na burocracia para finalmente colocar a rádio que ele tanto sonhava no ar, mas antes que isso acontecesse, Linus foi enviado para a guerra.  Todas as noites ela rezava para que ele voltasse inteiro.

Seu pai, contudo, pensava diferente. Ele era o General Klos, e não gostava de Linus, especialmente porque ele é contra a guerra e dizia que as espécies deveriam viver em paz. O General insistia numa relação dela com o Tenente Rolmy, mas Tani não gostava dele, não tinha a sensibilidade de Linus.

Então a melhor notícia que ela poderia ter aconteceu. Kenia, a mãe de Linus, entrou na rádio, pulando de alegria.

-Tani, o Linus voltou, está aqui em casa, está vivo.

A loba olhou para a sogra, sorrindo

-Ele está aqui?

-Sim, ele está abraçando o pai dele, vamos lá.

Quase que voando, Tani foi em direção a porta de entrada da casa, onde, depois de tanto tempo, viu seu namorado, e o melhor: inteiro

-Ah Linus

-Tani

Os dois se beijaram de forma ardente, nem se importando com quem estava em quem estava em volta.

-Hoje o jantar será especial. Meu filho voltou da guerra – disse Kenia.

-Senti tanta saudade sua – Tani disse

-Eu também, toda noite sonhava com você – respondeu Linus, olhando para a namorada.

-Como meu pai tratou você no campo de batalha?

-Como de sempre, não olhando para a minha cara e elogiando Rolmy de todas as formas possíveis.

-E o que aconteceu com o Rolmy?

 

-MAIS UM DESASTRE

Na casa de Tani, o General Klos foi informado pela esposa Ameli  que sua filha Tani estava na casa do namorado que não provava

-PRIMEIRO EU PERCO UM BATALHÃO INTEIRO, AGORA PERCO MINHA FILHA

-Você não perdeu sua filha. Ela só está na casa do namorado

-E o infeliz foi o único sobrevivente.

-Como assim?

-Do meu batalhão. Os humanos nos cercaram e acabaram com todo mundo. O Rolmy virou uma peneira de tanta bala que levou, o mesmo aconteceu com todos os outros, exceto o infeliz do Linus. Ele foi capturado, mas não sei como fugiu.

O General pegou um copo e arremessou na parede.  Sua esposa apenas observou.

 

Quinze dias haviam se passado desse a volta de Linus. As espécies decidiram dar uma trégua para recuperarem as forças. Tani achou que, agora com Rolmy morto, seu pai poderia olhar melhor para o namorado. Contudo, isso não aconteceu, muito pelo contrário, parecia que o General tinha pegado mais raiva de Linus.

O jovem lobo explicou como fugiu dos humanos: fazendo amizade com um deles, que também não queria estar lá. Os dois fugiram juntos até certo ponto, quando se separaram.

- Era um cara legal aquele humano, e depois dizem que os humanos são assassinos.

-E para onde ele foi? Perguntou Tani

-Ele diz que ia se unir a um grupo chamado Organização de Paz Entre Espécies, que estava fundando Cidades-Estados em ilhas. Ele até ofereceu carona, mas não podia te abandonar, afinal, montamos essa rádio juntos e juntos vamos coloca-la no ar.

Como estava de volta, Linus voltou a tentar colocar a rádio no ar, escolhendo a frequência onde queria e montando as músicas e programas que ia colocar no ar. Mas se passaram um, dois ,três meses e a autorização não vinha. Até que chegou outra notícia que Tani não queria: Linus foi chamado para treinar no exército

-Acho que meu pai quer nos separar de qualquer jeito - disse  Tani para o seu namorado Linus

-Sabe, Tani, e se a gente começasse uma vida a dois, só nós, sem sue pai para importunar?

-Do que você está falando?

-Das Cidades-Estados. E se a gente fosse morar nelas? Andei perguntando e descobri que está precisando de uma rádio, é uma boa oportunidade, mas não poderemos ver os nossos pais.

-Posso pensar?

-Claro, querida.

 

Três dias tinham se passado. Tani tinha se decidido, ia para a Cidade- Estado com Linus. Se despediu da mãe e deixou um bilhete para o pai. Falar pessoalmente não adiantaria. Agora os dois estavam no navio, indo viver uma nova vida

 

Ato 3- Fazenda Sherm, continente lobo

A jovem Merrel olhava para a lua, apoiada na janela. Estava preocupada, pois era segunda vez que sua mãe tinha adoecido em um mês, e sabia o motivo. Poucos dias antes, as duas receberam a notícia da morte de seu pai, Lou, morto pelo exército tigre numa batalha. Mali, a mãe de Merrel, tinha caído em tristeza e a jovem loba achava que sua mãe não ia aguentar. Contudo, ela se preocupava.

As duas estavam hospedadas na fazenda de Nesta, irmã de Mali e tia de Merrel, extremamente rígida. Ela afirmava o tempo todo que a jovem loba entrar para o Templo Sagrado. No entanto, Merrel não gostava do Templo, pois lá as lobas tinham que se manterem virgens para o resto da vida, além de seguir tradições rígidas, que não condiziam com a personalidade da garota. E ela não queria arrumar marido apenas para sobreviver, gostaria de se apaixonar por ele.

A porta do quarto se abriu. Sua tia entrou.

-Sua mãe está dormindo agora.

-Que bom?

Nesta se sentou na sua cama.

-Merrel, eu não quero ser pessimista, mas já pensou no que fazer caso sua mãe morra?

-Não, tia.

Ela já esperava aquela conversa, e sabia como terminar.

-Merrel, já pensou no Templo Sagrado? Lá está livre do sofrimento com os homens

Merrel sabia que sua tia também tinha perdido o marido na guerra. A notícia veio é que ele foi morto pelos humanos.

-Não tia. Eu não quero ir para o Templo. Quero fazer faculdade.

As mulheres lobas tinham ganhado o direito de fazer faculdade quando Merrel tinha sete anos de idade. Nesta, porém não gostava.

-Merrel, se você vai fazer faculdade, irá conhecer garotos que irão para a guerra e sofrer com eles. Entre para o Templo

-Não. Eu não entrar naquela merda de templo

Nesta se levantou, nervosa.

-Olha como fala, me respeita menina.

-E você respeite as minhas decisões

-Você é uma menina de 16 anos

-E você é uma velha ultrapassada.

-CALA A BOCA MERREL

-CALA A BOCA VOCÊ.

As duas ficaram quietas. Nesta percebeu que não tinha como discutir, então disse.

-Quero ver você no futuro me pedir desculpas por você ter me tratado assim.

-Vai esperar sentada.

 

No dia seguinte, Mali se levantou, aparentemente bem e foi tomar café da manhã com a filha e a irmã.

-Eu escutei uma discussão ontem. Foram vocês de novo?

-Sim, sua filha é muito teimosa.

-Que não quero ir para o Templo

-Eu acho que minha filha deve decidir para onde vai.

Merrel sorriu para a tia. Um sorriso de triunfo. Nesta ficou quieta

Depois do café, as três foram para uma vila perto da fazenda comprar mantimentos. Ao entrarem numa venda, se depararam com Arua, um lobo de 20 anos e pelo branco saindo de casa com um malão.

-Olá Arua, como vai? Vai viajar? Perguntou Nesta

-Na verdade vou me mudar. Me juntei num grupo chamado Organização de Paz Entre Espécies, que fundou Cidades-Estados onde qualquer espécie pode viver em paz

-Serio? Perguntou Merrel.

-Ele está brincando, as espécies não podem viver em paz - comentou Nesta

-Não é brincadeira. É verdade mesmo. Eu já estive lá e até fiz amizade com um humano.

-Vamos entrar, esse garoto não está falando coisa com coisa.

Nesta entrou. Mali ficou olhando, mas também entrou. Merrel, contudo, ficou parada.

-Merrel, venha

-Não, tia quero escutar mais.

A tia ia falar, mas a mãe baixou a mão, forçando a entrada da irmã, mesmo que esta a contragosto.

-Pode falar mais – pediu Merrel

-A Organização de Paz Entre Espécies fundou numa ilha uma Cidade-Estado chamada Sanil, no qual qualquer espécie pode viver desde que venha em paz. Recentemente eles fundaram outra cidade chamada Abertam. E eu vou para lá.

-Como eu faço para me juntar? Perguntou Merrel, curiosa.

-Existe um grupo secreto que meu pai organiza, que leva nós para essas cidades. Você tem que falar com ele.

-E onde posso encontra-lo?

-Entre pelos fundos da venda.

Nesse momento, um grito assustou os dois, e Merrel reconheceu: era a sua tia.

-Merrel , sua mãe está passando mal, venha me ajudar.

A loba entrou. Arua também foi para ajudar.

 

Merrel não poderia ter recebido notícia pior

Sua mãe foi levada ao hospital rapidamente, pois tinha sofrido um ataque cardíaco. Chegou na clínica, foi internada, mas Mali não aguentou e acabou tendo a morte decretada as duas da tarde. A jovem estava na sala, chorando, enquanto a Tia Nesta estava conversando com o médico. De repente, lhe veio algo na cabeça. Agora, com a mãe morta, Nesta não tinha mais obstáculos para manda-la para o Templo Sagrado. Só lhe restava uma opção.

Ela foi para o banheiro lavar o rosto, depois se controlou. Viu que a Tia preenchia papéis. Merrel saiu da clínica e andou rapidamente me direção à venda que Arua tinha lhe indicado.  Ela foi pelos fundos e encontrou um lobo meio gordo e de pelo branco. Ele estava sozinho.

- Olá, você é o pai de Arua?

-Sim, eu sou – respondeu ele, meio que assustado.

-Quero sair daqui. Quero ir para Sanil

-Você não é muito nova?

-Perdi meu pai na guerra e perdi minha mãe agora a pouco. E a louca da minha tia quer me mandar para o Templo.

O lobo viu a determinação da menina.

-OK. Sanil está recebendo menores de idade. Quando quer partir

-Depois de amanhã, logo após o enterro da minha mãe.

 

Dois dias se passaram. Era noite. Nesta foi visitar a sobrinha no quarto dela. Esperava que agora ela lhe obedecesse. No entanto, em vez de Merrel, encontrou um bilhete. Ele dizia.

 

Cara Tia Nesta

Não quero ir para aquele Templo de merda. Então entrei na Organização de Paz Entre Espécies. Fui para Sanil. Até nunca

                                                                                                                                                    Merrel.

 

2 anos depois

Ato 4- Eton City, continente humano.

Richard estava ansioso. Tinha feito o exame médico do exército e agora esperava os resultados. Outros homens estavam com ele. Todos eles jovens de 18 anos. Alguns queriam ir para a guerra, mas não era o caso dele. Richard achava a guerra uma perda total de tempo e vidas

Pensou em sues pais. Sua mãe estava chorando quando ele partiu de Tainal, sua cidade natal, ainda de manhã, para se apresentar ao exército que deveria ir para a guerra. Lembrou-se de seu primo Robert, que tinha ido para o campo de batalha três anos antes, e acabou voltando dentro de um caixão, após ser morto pelo exercito urso. Também lhe veio em mente sua namorada, Susan. Os dois se conheceram desde os seis anos de idade e recentemente tinham começado a namorar. Richard tinha a certeza que ela era a mulher de sua vida. Queria ter seus filhos com ela

Mas para isso, tinha que torcer para que ficasse fora da guerra. Queria que achassem algo, qualquer coisa que o impedisse.

-Richard Owl?

Um sargento estava chamado-. Ele se levantou  foi em direção a ele. Os outros ficaram apenas olhando.

Richard acompanhou o sargento até uma sala, Ao entrarem, o praça pegou um envelope e perguntou

-Owl, sabe o que é isso?

-Não –  respondeu o jovem

-Isso aqui são os resultados do sue exame de saúde.

Richard ficou quieto. O sargento continuou

-Sabia que você tem dermatite de contato?

-Como?

-è uma doença que aparece caso sua pele tenha contato com substâncias irritativas, como picadas de pulga. Um soldado que deve ir para guerra não deve ter esse tipo de problema. Eu te chamei aqui porque você está dispensado do serviço militar

-Richard não acreditou.

-Eu não vou para a guerra?

-Não.

Richard teve a vontade de abraçar o sargento e comemorar, mas se conteve. Apenas o cumprimentou.

 

-FILHO, MAS QUE NOTÍCIA BOA

-Richard tinha voltado para Tainal ,sua cidade natal. Seus pais o abraçaram com toda a força que podiam.

-Sim mãe, eu vou ficar aqui, continuando com a minha vida normal.

Ele percebeu que Susan estava lá também. Ela sorria. Richard não aguentou e lhe chapou um beijo na boca, não importando que sues pais também estavam ali.

-Vamos formar nossa família.

 

No dia seguinte. Os dois estavam deitados num campo de flores. Richard abraçava Susan com toda a sua paixão.

-Richard, até agora eu não acredito que você escapou da guerra.

-Eu também. E nem sei por que fazer guerra. Será que não poderíamos simplesmente conversar? Afinal, deve ter lobos e ursos que estão neste mesmo momento abraçando suas namoradas num belo campo de flores. E quando tivermos nossos filhos, não me importarei se ele fizer amizade com outras espécies.

-Richard, acha mesmo que as espécies possam viver em paz?

-Sim. Eu acredito. E nosso filho viverá num lugar onde todas as espécies se dão bem.

 

Ato 5- Cidade- Estado de Sanil

Merrel saiu do banho e estava escolhendo uma boa roupa. Optou por uma camiseta azul e uma calça preta. A loba, agora com 18 anos, vivia sozinha num apartamento. Quando chegou a Sanil, morou com seus primeiros amigos na cidade, o casal Linus e Tani. Conseguiu emprego como secretária numa empresa de eventos. Contudo, o fundador da empresa, um urso panda de idade avançada, gostou das ideias dela e a nomeou com herdeira do empreendimento, já que ele não teve filhos. Era sexta-feira de manhã e ela estava preparando uma festa de casamento que ia ocorrer no dia seguinte. Ia fazer uma visita ao salão de festas. Merrel pegou sua bolsa e saiu do seu apartamento em direção ao elevador.

Merrel tinha acabado de completar 18 anos e, portanto, não tinha tirado a carteira de motorista, então ela teve que ir a pé para o salão.  Mas para ela, não era problema, pois aproveitava para olhar a cidade.

Ao chegar no salão, encontrou o noivo, um coelho de pelo branco chamado Zildil, conversando com outro amigo dela.

-Peter?

Peter Daly olhou para a loba. No auge dos seus 20 anos Peter era alto e bastante bonito, o que atraia a atenção das mulheres não apenas humanas, mas também de outras espécies.

-Olá Merrel, vim aqui conversar com o futuro casado – disse Peter.

Peter tinha bastantes amigos, fossem humanos ou de outra espécie. Ele e Merrel se conheceram quando ela foi morar com Linus e Tani. Merrel desabafou sobre sua historia e o humano fez o mesmo com ela, o que aprofundou a amizade dos dois. O que Peter não sabia é que a loba tinha um desejo a mais por ele. Merrel descobriu a masturbação ainda no continente, mas tinha medo de fazer devido a repressão, mas agora que estava livre fazia frequentemente pensando no humano, e ela também sentia ciúme quando escutava uma mulher elogiar Peter.

-Você é muito popular Peter – comentou a loba

-Eu apenas gosto de fazer amigos.

Uma coelha de pelos cinza apareceu e abraçou Zildil,

-Oi amor. oi Peter – disse ela

-Olá querida – disse Zildil

-Olá Mila – disse Peter

Mila era a futura esposa de Zildil. Os dois se conheceram no continente e se mudaram para Sanil na tentativa de formar uma família longe da guerra. Mas ao contrário de Linus e Tani, as famílias se davam bem.

-Merrel, vamos olhar mais de perto os preparativos?

-Vamos

Juntas, a loba e a coelha percorreram o salão. Estava tudo certo, os enfeites nos lugares corretos.

-E aqui ficará a janta – disse Merrle, apontando uma mesa longa para Mila.

-Interessante.

Uma ursa de pele marrom-claro e com óculos entrou no local.

-Ida, aqui – disse Merrel.

Ida se aproximou, sorrindo

-Mila, esta aqui é a Ida, a nossa cozinheira

-Então você é a sortuda? Meus parabéns- disse Ida, cumprimentando Mila.

-Obrigada.

-Esse casamento vai ser bonito, hein?

Da olhou para os lados, e viu Peter e Zildil, conversando.

- O coelho é o  noivo?

-E sim – confirmou Mila

-Perguntei porque do jeito que as coisas estão acontecendo aqui, logo as espécies vão se casar uma com as outras. Aquele humano mesmo, é um tesão.

-Mila riu do comentário. Merrel forçou uma risada, mas no fundo sentiu ciúmes. E um pensamento lhe veio a mente. Será que ele ainda era virgem? Ou será que já levou alguma mulher para a cama? E se ela fosse de outra espécie? Será que ele aceitaria transar com uma loba?

-Você está bem Merrel?

Ida olhava para ela, curiosa.

-Sim gente, vamos continuar.

 

 

Já era meio dia quando acabaram. Merrel percebeu que Peter tinha saído com Zildil, mas voltou acompanhado de Linus. Merrel cumprimentou todos antes de sair

-Gente, preciso ir embora, daqui a pouco eu volto

-Eu também tenho que ir, quer companhia? Ofereceu Peter

Aquilo pegou a loba de surpresa. Ela pensou em leva-lo para o seu apartamento. Era a chance

-Sim, aceito.

Os dois saíram e passaram a caminhar juntos

-Olha só, Zildil e Mila se casando, como o tempo passa.

-É verdade, me acostumei tão bem aqui.

-E depois dizem que as espécies se dão bem

-Peter.

Merrel parou de andar, e o humano fez o memso, estranhando

-Peter, se uma mulher de outa espécie te desse mole, você agarraria?

-Porque a pergunta?

-Porque te quero Peter

Peter nem teve como reagir. Merrel o agarrou e lhe tascou um beijo que não esperava. Contudo, devido ao focinho da loba, foi diferente.

-Sabe Peter, quero transar com você. Vamos para o meu apartamento.

Peter não teve como reagir. A loba o agarrou de uma forma que ele  não teve coo recusar. E observando melhor, Merrel era uma loba sexy.

Os dois entraram no prédio normalmente, mas foi só entrar no quarto que os dois voltaram a se beijar. Peter, dessa vez mais esperto, aprendeu a beijar uma loba em segundos.

-Minha ria me mataria se soubesse que vou transar com um humano, mas e tão excitante – comentou Merrel

-Meu pai faria a mesma coisa, respondeu Peter

-Você é virgem?

-Sim

-Eu também. É a nossa primeira vez.

Peter beijou Merrel e a fez deitar na cama, tirando a camiseta da loba e mostrando sues seios, ´já com bicos duros, por baixo do sutiã vermelho, que logo se foi também praticamente ao mesmo tempo em que a camisa do humano caia no chão. Por instinto, Peter começou a beijar os seios de Merrel, arrancando suspiros da loba. Depois foi descendo, explorando toda a barriga até chegar na calça. Com delicadeza, mas rapidamente, Peter tirou a calça e lambeu a xana por cima da calcinha, fazendo os gemidos de Merrel aumentarem, tanto de voz como de intensidade, e uma mancha apareceu na calcinha, e Peter a tirou, revelando uma xana.

-Agora é a minha vez- disse Merrel

Peter deitou na cama e Merrel começou a lamber sue peito. A língua áspera, característica dos lobos, deixava a situação ainda mais excitante. A loba chegou em sua calça e, assim como Peter fez, a tirou de forma rápida, mas deliciada, revelando um pau doido para sair da cueca.

-Nossa, como está duro.

Merrel tirou a cueca e o pau pulou para fora da cueca

-Nem vou esperar, ele é meu.

Merrel se deitou em cima de Peter e introduziu o pênis na sua vagina. Contudo, Peter acabou gozando assim que entrou

-Peter, tão rápido assim?

-Desculpa, é a minha primeira vez, não aguentei

-É a minha primeira vez também. Vamos começar mais devagar.

-E eu vou segurar.

O pênis ainda estava duro, por isso não foi difícil continuar. Merrel dessa vez introduziu mais devagar, com movimentos lentos, e Peter passou a controlar para não gozar de novo. Logo os dois aprenderam como deviam fazer e foram aumentando a velocidade.

-Merrel, eu vou gozar

-Então vamos mudar de posição.

Sem tirar o pênis de dentro dela, Merrel se levantou e passou a cavalgar Peter, que sentiu um alívio instantâneo.

-Isso, vai Josh, pode essa loba gostosa, está gostando de transar com lobas? Sou melhor que muitas humanas por aí.

--Isso mesmo, você é muito gostosa, quero você toda para mim

Os dois gozaram ao mesmo tempo. Peter deu uma amolecida, mas logo voltou a ter ereção.

Os dois passaram a tarde toda juntos e só pararam perto do final da tarde, quando Merrel teve que voltar ao salão de festas.

-Vamos fazer de novo? Perguntou Peter

-Com certeza – respondeu Merrel, com um sorriso safado.

A vida tanto de Merrel como de Peter mudou drasticamente, os dois descobriram seus lados pervertidos, inclusive chamando homens e mulheres de outras espe´cies para acompanha-los. E até mesmo Ida, a usa que olhou para Peter no dia do casamento, também entrou na festinha.

 

7 anos depois

Ato 6- Koucide City, continente humano

Mais uma trégua tinha sido declarada pelas espécies. Era a quinta desde o início da guerra. Uma piada de humor negro dizia que estavam apenas esperando os jovens crescerem para voltar a guerrear.

Contudo, longe dos continentes, das guerras e do preconceito, as cidades fundadas pela Organização de Paz Entre as Espécies prosperavam. Sanil, que era um cidade pequena, agora tinha grandes prédios, além de serviços públicos de excelente qualidade. Abertam era um referência quando se tratava de tecnologia, e Sunaline tinha se tornado um refúgio do mundo da moda, sem contar as diversas outras cidades, todas elas localizadas em ilhas.

Peter agora tinha 27 anos. Era um homem vivido, amigo e amante das outras espécies. Jamais quis se casar, e Merrel concordava, não queriam viver com amarras, era o que ambos diziam. William, seu pai, tinha força política suficiente para que o filho não fosse fuzilado como desertor, ao contrário de Jonathan, filho da amiga de Jessica, esposa de Ashley, mãe de Peter, que teve que ficar em Sanil.

-Filho, não acredito que iria te ver novamente – disse William

-Pai, eu não queria ir para a guerra, eu não queria matar outras espécies, eu até fiz amizades com elas.

Calou-se de repente, esperando uma reação ruim do pai. William, contudo, disse calmamente

-Não gosto de outras espécies e jamais gostarei, mas preciso de um sucessor nos negócios da família.

-Kate e Diana também são suas filhas.

-Mas ainda tenho uma afeição pro você. Queria ver meus três filhos comandando juntos a empresa, tornando-a forte. Eu não gosto daquela cidade, mas tem uma chance de montar uma sede da Daly em Sanil?

A pergunta surpreendeu Peter. Seu pai podia ser preconceituoso, mas via nas cidades uma chance de fazer a empresa crescer.

-Sim, pai, a fábrica de TVs de Sanil é fraca, e se eu não estou enganado está quase falindo.

-Então você pode compra-la com o dinheiro que eu der e adapta-la para a nossa tecnologia. Uma filial em Sanil.

Pater pensou. Era uma chance de se acertar com o pai.

-Eu aceito pai, mas eu tenho obrigações com a Organização de Paz Entre as Espécies, e contratarei funcionários das cinco espécies, além de ter liberdade para tomar as minhas decisões, tudo bem?

-Algumas decisões vão ter que passar por mim, mas eu aceito. Filho, vamos fazer essa empresa crescer.

 

7 anos depois

Ato 7- Tainal Town, continente humano

A vida não podia esta melhor para Richard. Depois de escapar da guerra, conseguiu montar sua própria venda junto com Susan, e há sete anos tinham ganhado um filho. E agora escutando na rádio, ouviu falar que a Grande Guerra finalmente poderia acabar graças a Organização de Paz Entre as Espécies. Tinha tirado fã de Peter Daly, humano que organizava o lado deles. Até mesmo a TV que tinha comprado para o seu estabelecimento era da Daly.

Richard vê uma movimentação na porta, mas era apenas sue esposa e sue filho.

-Papai

-Josh.

Josh tinha 7 anos de idade. Era o orgulho de Richard e Susan.

- E então filho, o que aprendeu na escola?

-Muita coisa papai, aprendi matemática, historia.

-Depois você me conta filho, papai tem que trabalhar.

A família morava numa casa que ficava atrás da venda. Quando Josh se retirou, Susan disse

- A professora disse que Josh é muito inteligente

-Puxou a mim –respondeu Richard, sorrindo.

-E querido, tenho que te contar uma coisa

-O que?

-Sabe aqueles enjoos?

Há duas semanas, Susan tinha sofrido enjoos frequentemente, além de vomitar diversas vezes.

-Sim, eu me lembro, o que foi?

-Fui no médico. Estou grávida

A notícia pegou Richard de surpresa. Ele pisou e depois perguntou:

-Grávida? Você tem certeza?

-Sim.  O Josh vai ganhar um irmãozinho.

-Ou uma irmãzinha.

-Vamos dar a noticia para nossos pais. Vamos chama-los para um jantar

-E eu vou chamar os meus.

 

 

Foi uma grande festa naquela noite. As duas famílias jantaram e depois o casal fez o anúncio. Contudo, naquele mesmo tempo uma esquadrilha comandada por lobos, que não queriam o fim da guerra, se preparava para atacar a pequena vila de Tainal. Richard e Susan morreriam dormindo, assim como os pais de ambos os lados. Josh iria para um orfanato e depois vagaria pro mais três anos.

E Josh jamais conheceria seu irmão



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