História A vida pós Seleção - Nem tive tempo de me despedir...

Acordo em um lugar diferente. As paredes eram escuras, a iluminação era fraca e eu só conseguia ouvir o barulho do que deduzi serem equipamentos médicos. Tento me mexer, o que só fez com que ferruadas extremamente dolorosas atingissem minha perna direita. Sinto alguns fios sobre mim, mas não consigo adivinhar o que são e para que servem. Movo a cabeça e vejo Maxon sentado a meu lado, segurando minha mão, olhando para frente. Aperto sua mão e ele me olha. 

- O que aconteceu? - tento falar em voz alta, mas estava claramente fraca para isso, minha voz sai em um sussurro.

- Os Sulistas - o terror tomava conta de seus olhos - os Sulistas voltaram, e fizeram isso com você. Já faz um dia e meio que estamos aqui, America. 

- O que? - olhei para minhas pernas : a esquerda tinha gases a cobrindo desde o joelho até o tornozelo; a direita estava enfaixada na altura da coxa e podia ver o sangue sujando as ataduras brancas, um pouco abaixo desse ferimento, haviam vários hematomas roxos. O pânico tomou conta de mim - meu Deus. Quem mais esta aqui? - eu conseguia ouvir vozes, mas não conseguia mover meu pescoço para ver quem eram os donos delas.

- Minha mãe, Marlee, Carter, o soldado Leger e mais alguns médicos. 

 - E o rei?

- Segundo Carter, ele se recusou a vir para um abrigo pois  não tinha ouvido barulho de tiros ou algo assim e deduziu ser alarme falso, quando os rebeldes invadiram o castelo, já era tarde. 

- Oh - foi tudo que consegui exclamar. Não conseguia lembrar de nada a respeito do ataque.

- Demos sorte de alguns guardas estarem fazendo a ronda e conseguirem nos trazer até aqui. Os Sulistas vieram quietos, ninguém os viu se aproximando até que já estivessem dentro dos limites do castelo.

- Sinto muito pelo seu pai - apertei sua mão.

- Ele poderia ter o defeito que fosse, mas ainda assim era meu pai - falou, baixo- mas pelo menos você esta viva - sorriu, sem tirar a tristeza de seu rosto.

- Estou aqui com você - faço carinho nas costas de sua mao com o polegar - nao pretendo te abandonar.

- Você é demais para mim -ele sorri novamente - ficou desacordada por um tempo, esta toda ferida, deitada numa maca, cheia de tubos por seu corpo e ainda assim está me consolando. Eu que deveria estar fazendo isso - beija minha mão. 

- Você ja esta aqui, e eu nao poderia querer algo melhor do que isso para mim - sorri, e ele deixa um beijo no canto de meus labios.