História A virgem - O medo de amar

Lucy dormia calmamente na cama de Natsu, ela estava muito cansada e a cama do menino era muito confortável e exalava um cheiro tão bom, o cheiro do perfume do rosado. Parecia que tudo no quarto era infestado com ele, e Lucy gostava daquilo. 

Quando a loira abriu os olhos, o dia já tinha chegado, e ela tinha passado a primeira noite em fuga, ela sabia que seus pais provavelmente estariam desesperados mesmo com a mensagem que ela tinha mandado do celular de Loki dizendo que estava tudo bem. 

A garota levantou da cama e seguiu pelo corredor que ela conhecia por causa da noite que ela tinha transado com Natsu. Ela desceu as escadas para o primeiro andar e como estava destraida esbarrou em algo, ou melhor em alguém, quando Lucy olhou para cima viu o pai de Natsu com os cabelos vermelhos, olhos castanhos e barba bem feita. 

- oi Lucy - o pai de Natsu disse receptivo

- oi sr. Dragneel - Lucy respondeu e continuou - eu queria lhe explicar o porque estou aqui...

- não precisa explicar nada, Natsu já me disse ontem, mas eu gostaria de conversar com você, e pode me chamar só de Igneel - o pai de Natsu disse sorrindo a ultima frase

- ok, Igneel - Lucy disse correspondendo o sorriso e seguiu o pai de Natsu até a cozinha onde a mesa estava posta para tomar café 

- sente-se, fique a vontade - Igneel disse a Lucy que se sentou com ele a mesa e começou a comer delicadamente um pedaço de pão, pois estava morrendo de fome 

- Lucy, eu só queria te dizer que você não precisa se preocupar, o Natsu me contou o que seu pai faz com você, só queria te dizer que está tudo bem você ficar aqui, sinta- se em casa, nós não temos mulheres aqui, a mãe de Natsu morreu muito cedo, mas se precisar de algo é só me pedir, dinheiro, roupas, qualquer coisa, eu sei que Natsu foi um babaca com você - Igneel disse a ultima parte mais baixo como se se sentisse culpado

- está tudo bem, agradeço muito a sua gentileza, mas não foi culpa do Natsu, não precisa me recompensar por isso, eu posso ajudar nas dispesas com o dinheiro que ganhei trabalhando - Lucy disse acabando de comer seu pão

- não se preocupe está tudo bem, e pode ficar aqui quanto tempo quiser - o pai de Natsu disse 

- muito obrigada - Lucy agradeceu e uma voz falou 

- eu escutei meu nome?

E todos se viraram em direção a voz que vinha de fora da mesa. Natsu estava só de cueca com seus cabelos rosa arrepiado e um sorriso branco no rosto e parecia ter acabado de acordar.

 - Natsu vá vestir uma roupa, temos uma menina em casa - Igneel repreendeu Natsu 

- não posso privar a Lucy de me admirar, pai - Natsu respondeu 

- admirar o que? Esse pau pequeno - Igneel disse em tom brincalhão

- poh pai desvalorizou o produto, mas aqui a fábrica funciona noite e dia - Natsu respondeu e ele e Igneel iniciaram uma discussão que fez com que Lucy caisse na risada, e logo todos estavam tomando café da manhã juntos. 

Depois do café como não tinha escola, pois era sábado, Lucy voltou para o quarto de Natsu para pegar suas coisas e leva-las até o quarto de visita onde Natsu tinha dormido.

Depois de Lucy ter arrumado suas coisas em seu novo quarto. Natsu bateu na porta e perguntou 

-o que você quer fazer hoje?

- eu não sei - ela respondeu 

- podemos dar uma volta, o que você acha? - Natsu disse dando uma idéia

- pode ser, mas antes posso tomar um banho? - Lucy perguntou

- sim, vou te esperar na sala - Natsu respondeu  

- ok - Lucy disse e seguiu para o banheiro de Natsu que era o unico que ela sabia onde ficava já que o outro ficava do lado da sala e ela nunca tinha usado 

Lucy tomou banho calmamente deixando a agua cair sobre seu corpo enquanto isso ela pensava na vida, apesar de tudo que estava acontecendo ela estava feliz, pela primeira vez na vida ela não estava apanhando e chorando pelos cantos e ninguém estava mandando nela. Depois de um tempo Lucy saiu do boxe e percebeu algo muito importante, ela tinha esquecido de pedir a Natsu uma toalha. Então ela tentou gritar o nome do rosado para ver se ele a escutava e pegava a toalha pra ela o que infelizmente não aconteceu. Depois de algum tempo gritando e esperando Lucy finalmente decidiu sair do banheiro pelada e molhada para tentar encontrar uma toalha no quarto de Natsu. Ela saiu delicadamente e começou a procurar no quarto que já estava bem molhado pela agua que escorria do corpo de Lucy, ela fazia o possível para não molhar as outras coisas até que a porta se abre e Lucy em um pulo de gato tenta esconder suas partes íntimas. 

- Lucy... - Natsu disse espantado olhando o corpo de Lucy nu 

- eu esqueci a toalha - disse Lucy constrangida 

E Natsu ficou apenas a observando e rindo da loira molhada que foi até ele com cara de brava e disse 

- para de rir de mim 

- meu conselho é não chegar muito perto de mim quando estiver nua - natsu disse olhando nos olhos de Lucy e ainda rindo do constrangimento dela

- para de rir - Lucy disse e deu um soquinho brincalhão no peito de Natsu que a pegou pelo pulso e colou o corpo nu da loira no dele.

- eu estou tentando ser cavalheiro mas lá no fundo eu ainda sou um tarado - Natsu disse e deu uma pausa para dizer - então mantenha uma distância e não sorria pra mim. 

- Natsu... eu só queria uma toalha, e eu estou molhando toda a sua camisa - Lucy respondeu um pouco assustada

- claro - Natsu disse como se acordasse de um transe e soltou Lucy.

Natsu pegou uma toalha e a entregou a Loira que se secou e se vestiu com uma calça jeans e uma blusa branca e colocou seu tenis da cor da blusa. Quando estava pronta a menina e Natsu saíram de casa,  pegaram o porshe do rosado na garagem e decidiram ir no parque da cidade. 

Chegando lá as crianças brincavam no parquinho e o vento estava gostoso enquanto o sol brilhava fraco, as sakuras estavam florescendo anunciando a primavera a melhor estação do ano, para Lucy a estação da liberdade. 

Natsu e a loira sentaram em um banco e ficaram olhando para o nada e enquanto estavam ali Lucy pensava porque Natsu não mostrava esse lado fofo e sensivel para as pessoas, qual era a graça de ficar com todo mundo, mas no final não ter alguém para amar? 

Lucy olhou para o rosto de Natsu e por um momento cogitou perguntar, mas ela sabia que ele não responderia ou talvez nem soubesse a resposta. 

Ficou um tempo em silencio o vento soprando pelos cabelos dos dois até que Lucy tomou coragem e perguntou 

- Natsu, Qual é a graça de pegar várias mulheres? 

- o prazer - Natsu respondeu ainda olhando para o longe 

- mas não seria muito mais prazeroso ficar com alguém que você ame? - Lucy perguntou inocentemente olhando para o rosto distante de Natsu

- a diferença está em ter que deixar a pessoa depois, pois quando a mulher que você ama vai embora você chora, mas quando outra qualquer se vai você sabe que outra pode substitui-la - Natsu respondeu

- não sabia que você era tão inteligente, por que não mostra esse lado para as pessoas? - Lucy disse 

- há muitas coisas que você não sabe sobre mim, e eu não mostro esse lado porque tenho medo de que depois que me conhecerem as pessoas se desapontem - Natsu respondeu  

E Lucy finalmente estava  começando a entender uma parte de Natsu e com medo de começar a sentir algo por esse lado tão bom do rosado resolveu não falar mais nada. Apenas se levantou do banco em que estavam sentados e foi até o escorregador onde crianças brincavam, e se juntou a elas escorregando e brincando e lembrando de sua infância, logo Natsu parou de apenas observa-la e se juntou a ela. Parecendo duas crianças inocentes e puras os dois se divertiram naquela tarde e esqueceram das diferenças entre Natsu e Lucy e encontraram uma semelhança, o medo de amar alguém.