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História A Werewolf's Temptation - Personas - Sentidos intensos também intensificam a dor


Escrita por: Miko_Moon

Notas do Autor


Sorry a demora :V tava com preguiça de editar, mas a fanfic em si ta toda pronta :V

Capítulo 5 - Sentidos intensos também intensificam a dor


Fanfic / Fanfiction A Werewolf's Temptation - Personas - Sentidos intensos também intensificam a dor

Seus olhos azuis se abriram, seus sentidos, eles pareciam diferentes. Dominic sentiu uma forte dor de cabeça, quando de repente sentira a presença de seu irmão. Sentia-o no primeiro piso, havia mais alguém com ele. Sentia-os se mexerem, sentia-os de alguma forma.

Dominic levantou-se, deixando com que as cascatas negras de seus cabelos caíssem por suas costas despidas. Suava, suava muito. Os olhos azuis percorriam por todo o quarto, um estranho vazio se impregnava ali, que remexia seu estomago. Queria saber o que seu irmão fazia de pé naquele horário, e como conseguia sentir-se daquela maneira, isso era normal? Sentir pessoas a sua volta?

Dominic espremeu os olhos, tentando acalmar o nervos e deixar com que aquela sensação de presença passasse. Mas isso não se fez, pelo contrario, ao fazer isso, pode ver claramente o irmão e empregada trocando sorrisos, eles enfim caminharam pelas escadarias entrando no quarto de Edgar. O moreno balançou a cabeça, aquilo não podia ser possível. Mas sua cabeça não parava de doer com tudo aquilo, o príncipe levantou-se caminhando enquanto cambaleava de um lado para o outro, fora indo em direção a uma bacia com água, em frente a um espelho. Molhou o rosto, sua face queimava, olhando ao espelho, sentia algo coçar e queimar por entre seu ombro, tocou a linha de sua clavícula, tendo um contato estranho ao fazer. Então foi ai que se lembrou, havia sido mordido, por algo que não sabia o que era, por que achava que era Veridiana? Por que a imagem dela vinha a sua mente?

Dominic deitou-se, seu peito erguia se alto, enquanto o som de sua respiração parecia mais alto. O som dos galhos das arvores, ele estava ouvindo o barulho de cada um, fazendo uma sinfonia infernal de estalos e quando mexiam-se com o vento, pássaros que se remexiam de seus ninhos. Seu corpo sentia toda a floresta, a cada animal moribundo que corria por lá, em cada folha que dançava pelo chão ou que caia da copa de suas arvores, corujas piando, muitas corujas piando. Um pedaço de roupa rasgado por entre os arbustos, sangue, sangue velho. Não havia sequer uma alma ali, um chapéu, havia um chapéu.

- Callum! – gritou Dominic, seus ouvidos doíam, assim como o resto de seu corpo, os olhos ardiam, mesmo se fechasse-os conseguiria ver tudo ao redor. O jovem queria que parasse, o que era aquilo que estava sentindo? Se já não bastasse que um simples pedaço de carne o fizesse vomitar, o cheiro o dar ânsia. Havia se envergonhado pelo que tinha feito durante todo o dia, mas era como se uma adrenalina macabra o alucinasse e naquele momento não era diferente. O vento arrastava o chapéu ainda mais adentro da floresta escura e macabra, e foi ai que Dominic não se segurou, correndo depressa em direção a sua porta, não tinha outra vontade a se não de encontrar a única peça de roupa de seu irmão.

Corria para a escuridão, os cavalos deram poucos relincho para si, quando este passara o mais depressa possível. Não podia perder o chapéu de vista. O cheiro envolvia suas narinas, queimando-as, conforme mais entrava entre as arvores, mais os barulhos ficavam alto. Os sentidos acompanhavam o vento que arrastava tudo sobre o chão, nunca perdia-se na direção e sem notar, cada vez ficava mais veloz em seus passos.

Caindo pelo chão, arrastando-se até a peça de pano fino, suas mãos tatearam o objeto, trazendo então para perto de si, sentindo o cheiro de sangue velho que permanecia. Dominic olhou cada detalhe, seus olhos azuis brilhavam por conta das lagrimas, sempre amara seu irmão mais velho, ter o perdido o trazia sempre a penumbra, mesmo que amasse Veridiana e quisesse tornar-se rei por ela, jamais iria trocar seu irmão a ela. Callum apesar de tudo, era gentil e seria um bom rei. Diferente de Edgar, e isso era mais um de seus motivos para livrar o reino de um mal feitor.

A fragrância exalada no chapéu, numa mistura de sangue, suor e o odor do próprio Callum, Dominic podia sentir, ele de algum jeito resplandecia pela floresta, o moreno podia sentir, algo o chamava, seu irmão o chamava. Os sentidos que estavam o deixando maluco traziam-no cada vez mais para a escuridão, para a imensidão das arvores, para o desconhecido, o príncipe sabia que podia morrer ao fazer isso, feras as espreitas sempre existiram, ou se não os demônios da noite, mas não conseguia parar o anseio por seu irmão, era grande, ele era o único que poderia o salvar o único que...

A presença novamente se fez, e eriçou cada pelo no corpo de Dominic, seus sentidos ficaram a alerta, naquele momento não haviam criaturas da floresta ou sequer estalos entre os galhos, seus olhos estavam abertos assim como metaforicamente seus ouvidos, atentos a imensidão atrás, entre o casarão.

Passos eram seguidos pelo casarão, a cada passo, mais Dominic curvava-se tornando se felino, ou se não como um animal, um animal traiçoeiro, assim como as raposas, assim como os lobos...

Uma chave balançava e enfim fora destrancando uma porta. Dominic podia ver, seu irmão indo ao quarto de Veridiana com um sorriso cruel em seus lábios, mão indo em direção a uma bainha. Uma adaga sendo retirada.

E foi assim que o príncipe se descobrira. Em um uivo alto e raivoso, a floresta estremeceu-se. Por conseguintemente, outros uivos se fizeram, fazendo com que pássaros voassem de onde estavam. Dominic havia se descoberto, das criaturas da noite de que tanto se falavam, o herdeiro se tornara uma delas. Um lobisomem.

                                                                                               ~x~

Edgar olhava a criatura que também o encarava, temeroso largou sua adaga, caindo ao chão tremendo. A criatura negra e alta o encarava enquanto pendia sua cabeça de um lado para o outro, seus olhos brilhavam de um azul escuro que se realçava pela escuridão como uma safira. O animal arfava, suas imensas mão carregavam enormes garras.

O príncipe lentamente fora tentando alcançar sua lamina, mas então a criatura da noite soltou um uivo raivoso, Edgar olhando novamente a criatura viu um pequeno laço vermelho passar por entre o pelo negro do animal. Então Edgar se deu conta de como aquela criatura parecia com seu irmão.

- Não pode ser ... – falou para si mesmo e foi nesse momento que a criatura avançou sobre si.

- DOMINIC! – um grito fez com que a besta parasse poucos centímetros de si. Porém, os olhos azuis ainda o encaravam numa intensa brutalidade, num intenso ódio. A respiração do animal batia em seu rosto, a criatura não possuía um cheiro ruim, os pelos de seu corpo eram como o de um lobo, cobriam totalmente a pele. As orelhas pontudas e eriçadas, e suas presas, estas presas que pareciam mais afiadas do que uma própria lamina.

Lentamente Edgar olhou para Veridiana, esta que havia chamado pelo nome do príncipe. Porém, antes que esta fizesse algo, o príncipe mais novo pegou sua adaga em total rapidez, porém, a besta fora mais rápido, com suas enormes mãos pegou o pescoço do jovem louro, o empurrando-a parede, sufocando-o e erguendo-o cada vez mais. O homem se debatia, seu rosto ficava roxo, estava perdendo todo o ar, sua mente começou a girar, e então desmaiou.

~x

- Dominic – Veridiana aproximou-se do lobisomem – como isso é possível? – a criatura largou Edgar no chão e então o animal aproximou-se dela, de forma lenta. A jovem acariciou os pelos do animal. E então olhou intensamente em seus olhos – esqueça que desmaiou seu irmão, você apenas perdeu a luta meu caro Dominic, você se precipitara, eu não fui morta por Edgar, mas lembre-se, não há como ninguém te ajudar, não transforme-se de novo, siga os comandos de seu irmão,não sinta mais minha presença e agora – ela tocou o focinho da besta – durma – dizendo assim, o príncipe herdeiro caiu em um sono profundo, fazendo um estrondo pelo casarão.~

                                                                                        ~x~

Enquanto o relógio ainda batia pelas ultimas horas da madrugada, o casarão estava todo iluminado, não havia uma pessoa sequer a descansar. Todos haviam acordado em múltiplos tempos. Até mesmo uma certa chama amarelada entrava pelos olhos de Dominic.

O príncipe fora despertando aos poucos, sentia a iluminação queimar sua vista. Suas pálpebras foram abrindo-se aos poucos, e quando este o fazia, mais o criado responsável por “cuidar” do herdeiro se afastava.

O jovem de cabelos negros sentia correntes e faixas segurando seus pulsos e tornozelos, eles estavam presos em algum lugar nos fundos do casarão. Dominic estava passando mal, sentia as dores de cabeça novamente, e quando este fora tocar sua testa, não conseguia, estava realmente preso e mal podia se mexer. O jovem então finalmente abriu os olhos totalmente, estava jogado em qualquer quanto. Quem ousaria fazer isso com o futuro rei? E foi ai que lembrou-se do que fez, do que tinha acontecido.

- Não pode ser.... Não pode... não pode – o garoto agitou-se e olhou o servo que o encarava com medo, isso fez com que Dominic arregalasse os olhos e estes enchessem-se de lagrimas – ei, você sabe, não sabe? O que aconteceu comigo, não... não foi pra machucar vocês, eu...- o servo, começou a ir ainda mais para trás – eu não quero machucar ninguém, eu nunca ousaria isso com meu próprio povo, por favor... como futuro rei confie em mim, eu não tive a intenção de assustar... eu

- C-ca-cale a boca besta demoníaca – o rapaz ameaçou com a chama da vela

Dominic desabou. Suas lagrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, varias uma atrás da outra. Seus ouvidos aguçados começaram a ouvir seu irmão e mais duas pessoas pelo salão, um deles com certeza era o mensageiro real que seria mandado para as fronteiras logo de manhã.

-“ Eu estava de sentinela no casarão, caro príncipe me perdoe, confesso que estava aos cochilos e não vi Dominic passar, mas quando houve o uivo pela floresta, acordei-me em um susto – uma pausa – e logo apareceu o demônio metade homem, metade lobo, correndo com suas garras até o casarão, a pelagem escura, não vi os olhos, m-mas, oh meu senhor Deus, como isso acontecera com vossa alteza que sempre fora tão bom...” – disse algum guarda real

“- Poupe-me da sua veneração, agora sabemos que Dominic nem sempre fora uma criatura benedita como todos afirmam, sua alma está entregue ao pior lado das almas, então saia logo daqui, antes que eu te dê a ele como oferenda por sua cara devoção” – disse Edgar – “Preciso de dois servos, um que vá até vossa majestade e outro que avise a igreja, o mais depressa possível, por favor” – finalizou então.

Tudo estava perdido, soluços vinham ao alto, enquanto ainda lagrimas escorriam por todo seu rosto. Era como se toda a historia desde o passado e agora o futuro incerto viesse em sua cabeça como uma tempestade. Com certeza, agora fora abandonado por Deus, agora não haviam-lhe mais um espaço guardado nos reinos dos céus.

Era como se todos o seus atos bons estivessem sido apagados, não conseguia entender o motivo daquilo estar acontecendo consigo. Talvez fosse por ter sido tão cruel com seu irmão ao manter o trono? Edgar ansiava mais que ele, de qualquer forma não achava que fosse isso. Por que todos estavam virando as costas para ele? Por que estava sendo tratado como um nada? Jogado pelo chão, preso...

É claro que sabia, agora todos os temiam, temiam que o príncipe bom agora matasse a todos...

Dominic olhou a floresta e sentiu o cheiro de seu irmão, chorou ainda mais. Queria poder ir atrás de seu irmão, sentia o vivo, em algum lugar ao longe. Callum saberia o que fazer, sempre soube, por que as trevas haviam o consumido? Por que agora o jovem herdeiro estava abandonado e sozinho? Sentia que isso era uma atitude cruel, talvez nunca mais o veria, seria levado para igreja, tinha certeza disso, seria morto por eles. Nunca ficaria com Veridiana, e justo agora... que poderia ir atrás do irmão...

- Por que me deixou Callum? – Dominic respirou fundo – POR QUE ME DEIXOU SOZINHO?! E-Eu preciso de você meu irmão... essas pessoas... elas estão cometendo um erro... eu sou somente um humano... EU NÃO QUERO MORRER CALLUM! EU PRECISO TE ENCONTRAR! EU PRECISO AJUDAR NOSSO PAI! OH MEU DEUS, NOSSO PAI CALLUM! ELE NÃO VAI AGUENTAR ISSO...E-Eu...

- Acha-se mesmo no direito de invocar Deus e o nosso irmão Dominic? – disse Edgar aproximando-se – você mal pode proferir estas palavras!

- Edgar... eu imploro! E-Eu não sei por que agi daquele modo, me perdoe, eu não tive a intensão, Deus ainda reina em meu peito, por favor ME DÊ SUA COMPAIXÃO – seu desespero fez com que o tom de sua voz se alterasse

- Caro irmão, nossa divindade provou não estar mais contigo no momento em que me atacara no quarto, e este nosso Deus me deu iluminação para vencer a besta em que tu viraste – Os olhos de Dominic perderam o foco novamente, encarando o nada.

- Eu nunca fiz mal algum... a ninguém... – o moreno olhou o irmão – eu sei que agi errado contigo irmão, mas nunca quis te prejudicar , Edgar... eu lhe darei o trono... eu abandono Veridiana, por favor... eu preciso procurar Callum!

- De qualquer forma, é como se agora o trono estivesse assegurado para mim, e você irá para a igreja, de modo diferente, mas irá e quanto a Callum, Dominic pare de devanear, ele está morto a muito tempo – o jovem louro pediu com que o servo se retirasse, então ambos saíram, deixando o príncipe sozinho.

- Callum... você está realmente morto? Onde foi parar meu caro irmão? O que aconteceste contigo? Por favor me ajude... eu acredito que você não esteja morto, eu sinto isso, eu... – era como se o cheiro do chapéu estivesse mais forte naquele momento – Você realmente não morreu não é mesmo? IRMÃO! – Mesmo que Dominic tentasse parar as lagrimas, ele não conseguia . – Oh Callum! É como se eu pudesse mesmo te ver! você está me olhando não está? Não pode fazer nada não é mesmo? Há algo diferente em tu meu irmão! Não irei o culpar por não me ajudar amado irmão! EI! – Dominic riu amargamente – eu achei o chapéu que você usava no dia do baile... você irá me culpar por eu não ser mais um servo de Deus? Eu realmente espero que não, já que se o fizesse, isso sim seria meu fim... QUE ME ENTREGASSEM AOS LOBOS PARA ME DEVORAREM, QUE MINHA PRÓPRIA ESPÉCIE ME MATASSE! MAS NÃO QUE MEU IRMÃO ME ABANDONASSE! Callum... por mais de tudo... EU NÃO QUERO MORRER! POR FAVOR me ajude...

Um passo fora dado esmagando algumas folhas secas. Uma gota caindo sob a terra seca. Vários passos para trás, o cheiro perdendo-se pela floresta...

- Eu não posso fazer nada....


Notas Finais


:v ;V ;v


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