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História Aberto - Day Two


Escrita por: LannaG

Notas do Autor


Oi geeeentee! Sei que estou atrasada, realmente desculpa!
Mas olhem essa interação que escrevi com muito carinho.
A obrigada mesmo pelos novos favoritos e pelo carinho!
Boa leitura.

Capítulo 4 - Day Two


Depois do que talvez possa ser chamado de encontro eu cheguei no meu apartamento vi Ino jogada no sofá com um olhar de “não acredito”. O que me deixou desconfiada.

- Desabafa. – Falo assim que fecho a porta do apartamento atrás de mim.

- Eu estava tentando ignora, mas não da mais. Me ferrei na ultima prova de tecnologia têxtil. – Ela fala.

- A prova foi semana passada. Você não pode ter tanta certeza assim. – Eu falo isso mas na verdade sei que ela tem sim toda essa certeza.

Ino me surpreendia com um sentindo que nem posso chamar de “sexto”, está mais para um premonição, de tão exato que é. Uma vez ela chegou numa sexta depois de uma das provas com um sorriso no rosto e falando “Vamos sair pra comemorar, tirei nota máxima na prova hoje” eu perguntei se o professor tinha corrigido na hora e ela me responde “Não, eu só sei” e na hora me fez rir por uns 5 minutos e depois percebi que ela estava falando sério. Mas o que me fez ficar mais abismada é que uma semana depois eu vi a prova na mesa de centro na sala e realmente era a nota máxima, não consegui acreditar. Mas não estou dizendo que ela é um gênio, ela apenas sabe quando vai se dar bem, como também sabe quando vai se ferrar, e nesse caso foi a segunda.

- Você falou isso de uma maneira tão incerta que nem você mesma acreditou nisso né? – Ela me encara com deboche.

- Sim. – Respondo rindo.

- Já achou sua vitima? –Pergunto.

- Sim, mas tem um grande problema.

- Qual?

- Eu fiquei com ele ano passado. – Ela responde.

- Isso não é um problema, é a solução. Vai que ele quer sentir um deja-vu. – Rio.

- Mas essa nem é a pior parte, como você acha que ele vai querer isso?

- Está bem, o que é tão ruim então?

- Ele me viu com outro uns dias depois que fiquei com ele. – Ela fala culpada.

- Ino! Você dá uns vacilo muito grande! Quero dizer, você é livre mas na frente dele?

- Não é como se eu tivesse feito de proposito ou se eu previsse o futuro e soubesse que ele ia ser o melhor da minha aula desse semestre!

- Okay, boa sorte. Mas as vezes de tão inteligente que você é, você faz umas burradas maiores ainda. – Respondo rindo.

Depois dessa conversa sobre a inteligência duvidosa que minha amiga tivemos uma noite pensando em jeitos dela conseguir a ajuda do tal garoto e fui dormir um pouco tarde.

No outro dia tive um dia meia boca cheio de desesperança e pessimismo, como todo dia. Mas um raio de esperança me atingiu quando lembrei que era a segunda terça-feira do mês. Eu faço trabalho voluntario num abrigo de animais uma vez por mês e esse era o dia desse mês. Assim que sai da ultima aula sentei na barraquinha mais próxima pra comer e logo depois de receber meu pedido meu telefone tocou era um numero desconhecido mas mesmo assim atendo.

- Alô. – Falo com a boca meio cheia.

- Sakura? – Uma voz baixa fala do outro lado.

- Sim sou eu. – Falo depois de terminar de engolir

- Que susto, pensei que tinha ligado errado sua voz estava diferente. É o Sasuke – O outro lado responde mais alto.

Levo um susto e começo a tossir e me engasgar com a comida que acabo de engolir, não esperava a ligação dele tão cedo.

- Ah sim! Oi Sasuke, eu estou almoçando! – Respondo depois de me recuperar.

- Está tudo bem? Você começou a tossir do nada!

- Sim, estou bem. Sem problemas. – Claro, tirando o fato de que toda vez que a gente faz contato eu quase morro de algum jeito.

- A que bom, mas estragou meu planos de te levar pra comer alguma coisa! – Ele responde com uma risada. – Mas já que não posso te levar pra comer, vamos sair?

- Eu não posso hoje, desculpa mesmo! Hoje eu faço trabalho voluntário.

- A sério? Vai catar lixo? Fez alguma coisa ruim né? – Ele responde rindo.

- Não, palhaço! – Respondo rindo. – É um abrigo de animais pra sua informação. Talvez eu tenha feito algo ruim sim, mas não interessa mais.

- Olha ela, cheia de segredos! – Houve uma pausa. – Assim, é um abrigo secreto ou eles aceitam outras pessoas?

- Se isso quer dizer que você quer ir comigo, é claro que eles aceitam! – Respondo rindo.

- Que horas nós vamos?

- Eu tenho que está lá as duas. A gente se encontra no meu prédio daqui meia hora? – Pergunto.

- Pode ser então. Até daqui a pouco, meliante.

- Muito engraçado – Solto uma risada irônica. -  Até daqui a pouco.

Desligo o celular e então termino de comer, e logo vou em direção ao meu apartamento pensando em como esse suposto relacionamento anda indo muito rápido. Não fazia nem mesmo uma semana que nos conhecíamos e o Sasuke já estava indo para a o abrigo de animais onde eu faço trabalho voluntário, isso estava me assustando um pouco, já que nunca tive nenhum tipo de relacionamento que realmente fosse sério ou que tivesse avançado tão rápido. Acho que os meu relacionamentos foram bem decepcionantes na verdade, meu primeiro beijo foi com um menino, que usava aparelho, no banheiro da escola no meu ultimo ano do fundamental, nunca vou esquecer, ele machucou minha boca toda, saliva se misturava com sangue e escorria pelo meu queixo, só de lembrar me dá um arrepio. Depois disso foram saídas casuais com mãos bobas no ensino médio, até o sexo era casual demais depois que deixei o ensino médio. Mas só. O que seria engraçado se não fosse trágico.

Cheguei no meu apartamento joguei minha bolsa na minha cama e troquei minha roupa para uma coisa mais velha, não que eu usasse coisas novas pra ir a faculdade, não como se eu fosse arrumada também, na verdade ultimamente eu estava quase indo de calça moletom e sandálias, o que me impede é a caminhada até o prédio onde a maioria das minhas aulas são ministradas. Assim que me troco já saio do prédio e espero ele na portaria, então ouço uma buzina o que me assusta um pouco mas dou uma  conferida de onde a buzina veio. De dentro de um carro popular vejo Sasuke acenando. Vou até ele.

- Não esperava por isso. – Falo abrindo a porta e entrando no carro. – Eu já tinha calculado todo o trajeto de ônibus!

- Que isso, eu me ofereço para ir e ainda espera mesmo que eu te leve de ônibus? – Ele rir

- Talvez eu tenha subestimado um pouco você. Aqui o endereço. – Entrego o papel com endereço para ele.

- A não é longe! Vamos chegar lá rapidinho. – Ele sorri para mim. – Alias isso é pra você! Não sei qual seu estado de espirito hoje, mas trouxe cappuccino já que foi o que você pediu da ultima vez. – Ele me entregou um copo típico de cafeteria enquanto falava.

- Obrigada! Estava precisando mesmo. – Dou um gole no cappuccino.

Então seguimos nosso caminho até o abrigo. Ele colocou uma musica que eu não conhecia e começou a cantarolar. O clima não ficou pesado e estranho, parecia que fazíamos isso o tempo todo.

- Aqui, vira a esquerda! Aquela chácara com o portão verde! – Aponto.

Ele seguiu minhas instruções e então estacionou o carro.

- Pronto, chegamos.

- Pronto para ser atacado por vários amigos peludos? – Digo saindo do carro?

- Você não sabia? Eu nasci para esse momento! Nasci preparado, eu sempre soube que fui criado pra finalmente ser atacado por vários amigos peludos. – Ele fala fazendo pose.

- Você é simplesmente incrível com essa pinta de “eu sou o cara que o mundo esperou até agora, e então vou salva-la”- Falo fazendo aspas com as mãos.

- Você não sabia disso também. – Ele se aproxima um pouco e então fala perto do meu ouvido. – Eu sou esse cara. – Então ele se afasta com um sorriso e começa a andar.

- Essa foi sua deixa né? Você calcula esses momentos pra ver se consegue fazer impacto? – Pergunto rindo e começo a seguir ele.

- Talvez.

Depois disso entramos no abrigo e apresentei Sasuke a dona e aos voluntários que eu conheço. Recebemos umas tarefas e levei Sasuke comigo para ele se acostumar com o trabalho.

- Okay, a gente tem que dar comida pros cachorros, dar banho neles e então limpar as caixinhas dos gatos, e é isso. – Falo para eles as tarefas que me passaram.

- É isso? É fácil! Mãos a obras! – Ele responde.

- Você fala isso agora, mas a gente vai sair daqui super cansados, grave minhas palavras. – Digo indo em direção aos cachorros.

"Essa é a casa dos cachorros, cada um tem sua própria área, pra não ficar muito bagunçado, a gente vai dar banhos nos cachorros e limpar os lugares deles, mas junto com os outros voluntários. – Vou indo em direção as baias não marcadas com de água no chão. – Vai ser uns 5 cachorros pra cada um. Pode pegar um balde com agua, toalhas e uma bucha dessas. – Mostro a bucha grande nas mãos. – E depois encher as tigelas deles de ração e água."

- Entendi, pode deixar! – Ele responde otimista.

- Okay primeiro esse, e os outros 4 ao lado. – Me afasto e espero ele começar o trabalho.

Observo o primeiro cachorro ser lavado e então assim que ele para de esfregar o cachorro me afasto um pouco, e o cachorro começa a girar a cabeça de um lado para o outro espalhando agua para todo lado.

- As vezes umas das toalhas é pra você, já que isso pode acontecer. – Falo rindo.

- Eu sabia, que estava suspeito demais você ai atrás. – Ele fala enquanto passa a mão no rosto tentando tirar agua do rosto. – Você é muito má!

Então ele se levanta e começa a ir na minha direção.

- Por tudo isso, você não acha que eu mereço um abraço? – Ele abre os braços e me engole num abraço de urso.

- Me solta, Sasuke! Você está me molhando toda! – Falo rindo.

- A doce vingança, como amo. – Ele fala me apertando mais ainda.

- Desculpa, sério. Agora me deixa ir fazer o meu trabalho também. – Respondo rindo.

- Tudo bem, você me paga depois! – Ele me solta e volta para o cachorro.

 

●   ●   ●   ●   ●   ●   ●

 

Dou as costas e começo a fazer a minha parte, limpo as fezes e passo água nas baias de cada cachorro e finalmente chego no meu ultimo cachorro.

- Muito bem garotão! Você está indo muito bem! Quem diria que você iria ficar quieto hoje hein, amorzão! – Falava sorrindo com voz de boba pro cachorro peludo na minha frente. – Você não vai molhar a tia hoje né grandão? Muito bem!

Pego a toalha e começo a secar ele.

- Estou totalmente abismado! – Ouço uma voz atrás de mim e pulo de susto. – Eu finalmente conheci o seu lado Mocha!

- Você deveria parar de fazer isso. – Falo me recuperando. – Alguma hora eu vou morrer do coração por sua culpa!

- Desculpa, mas ainda sim, impressionado! – Ele fala sorrindo.

- A não ia demorar muito. Eu sou assim quase o tempo todo! – Respondo terminando de secar o cachorro.

- Se você diz! – Ele fala rindo.

- É sério tá! Me deixa! – Fecho a porta da baia. – Tchau garotão, muito bem.

- Olha, de novo! – Ele aponta pra mim.

Rolo os olhos.

- Está bem, talvez eu não seja assim o tempo todo. – Respondo.

Levo ele para o outro lado da chácara onde tem os gatos, pego duas pás com furos e dois sacos.

- Agora você precisa ser forte! – Falo pra ele com uma pose séria.

- Por que? As fezes vão me atacar? – Ele pergunta rindo.

- É sério. – Respondo. – Você vai ser atacado por muita fofura, eles não ficam presos, eles ficam se esfregando nas sua pernas até você da atenção e quando você dá é o fim! Então limpa primeiro e atenção depois, okay?

- Experiência própria? – Pergunta rindo.

- Sim. – Saio do modo sério e rio junto. – Toda vez eu falo pra mim que vou ser resistente e então, já se passaram 2 anos não ouvindo meus próprios conselhos!

- Entendi, vou ser forte. – Outra vez a pose de salvador do mundo.

- Então vamos soldado, temos uma batalha para ganhar! – respondo.

Segui em direção a porta e assim que abri os primeiro já vieram pra cima de mim. Me segurando fui em direção as caixinhas e comecei a limpeza. Olhe para Sasuke e ele fazia uma careta quando começou a limpeza.

- É forte né?  - Falo.

- Sim! Como você aguenta!

- Já me acostumei.

- Eles não param de se esfregar, olha essas carinha!

- Soldado, lembre-se do seu treinamento, não se dê por vencido. – Falo. Então o gatinho preto que sempre me fazia ter vontade levar ele pra casa começou a miar para mim. – Oi gatinho! Você sentiu minha falta? Eu senti a sua.

Me abaixei e peguei ele no colo e comecei a fazer carinho.

- Superior Sakura, você foi atingida gravemente, retorne a base! – Sasuke fala rindo.

- Eu sei! Não consigo, olha como ele é lindo! – Falo acariciando e indo mostrar o gato para ele. – Sempre quis levar ele!

- E por que não levou? – Ele começa a acariciar o gato.

- Por que meu prédio não permite animais e nem em casa, já que meu pai é alérgico a animais. – Digo triste.

- Mas realmente é um amor. – Ele pega o gato do meu colo. – A não, acho que fui atingindo também.

- Eu sei, vamos ter que pedir perdão presidencial. – Digo rindo.

- Acho que vou levar ele. – Olho assustada para ele.

- Tem certeza? Sasuke, é uma decisão importante! Ele vai arranhar suas coisas! Vai miar pra comer ou beber agua.

- Eu sei como um gato se comporta Sakura.

- E vai precisar de atenção e que você limpe a caixa dele pelo menos uma vez a cada 2 dias! – Continuo falando.

- Eu sei, Sakura! – Ele fala rindo. – Não sou um irresponsável!

- Tudo bem, desculpa! – Olho para o gato. – Olha que bom, você conseguiu uma casa, gatinho.

- Mocha! – Olho estranho para ele, achando que ele esta falando de mim outra vez.-  Vou chamar ele de mocha, porque você se mostra uma amor toda vez que da carinho para ele.

- Você não tem criatividade! – Digo rindo.

- Eu sei.

Depois de terminar de limpar as caixas de e pegar Mocha, fui falar com a dona para então liberar a ida de Mocha com nós. Não foi muito difícil, pelo contrario ela estava feliz em finalmente conseguir doar mais um dos seus filhotes, quase filhos, mas claro foi rigorosa em saber se ele realmente queria o gato mesmo, assim como eu. E quando viu que era sério deu um pequeno pote de ração para Sasuke passar pelo menos a noite com o gato.

- Muito obrigado! – Ele agradeceu outra vez pela gentileza da pequena senhora.

- Que isso meu garoto. Eu que agradeço, cuide muito bem dele! – E sorriu para nós.

O sol já tinha quase se posto todo, apenas era possível ver umas cores de fim de tarde no céu. O gato estava numa caixa de papelão furada e miava pouco, estava calmo, como se soubesse que tudo ia dar certo.

Voltamos para o campus, ele me deixou na frente do meu prédio.

- É isso! – Ele fala.

- Muito obrigada pela ajuda hoje, Sasuke. – Falo.

- Que isso eu que agradeço. – Ele sorriu

- E cuide bem dele. – Falo apontando para a caixa.

- Pode deixar Princesa! Você vai ver o quão bom eu posso ser cuidando de um gato. – Ele fala rindo.

- Tudo bem então. Tchau e obrigada de novo! – Falo saindo do carro e colocando a caixa no banco. – Tchau, Mocha!

- Venha nos visitar, vou te mostrar que eu realmente sei cuidar dele! – Ele fala assim que fecho a porta do carro.

- Claro, me passa seu endereço! – Respondo, sem realmente me importar  com aquele pedido.

Então ele pega um papel e uma caneta e anota.

- Não é muito longe, é um prédio a umas quadras daqui. – Ele me entrega o papel.

-Pode deixar, vou fiscalizar você e o Mocha de surpresa, você nem vai ter tempo de esconder as coisas! – Falo rindo.

- Estarei preparado! – Ele ri e então liga o carro.

Eu me afasto e aceno e então o vejo a traseira do carro se afastando.

Outro dia totalmente inesperado ao lado de Sasuke, e as vezes parece tão surreal que as palavras se perdem dentro de mim. Eu só espero que na próxima eu possa conhecer mais sobre ele. E é com esse pensamento que entro no meu prédio com o sorriso mais besta que alguém possa ter visto, e provavelmente essa pessoa foi o porteiro.

 


Notas Finais


Enfim, tive uma semana beeeem corrida, fiz uns 5 trabalhos e não tive nem tempo de respirar direito mas aqui estou firme e forte, ou quase isso.
Enfim decidi que não vou ficar definindo dias de postagem, provavelmente uma vez por semana, porque pode acontecer como essa semana em que eu fiquei atolada.
Mas espero que não abandonem esse amorzinho que é "Aberto".
Beijos!


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