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História Abismos da Noite (Pearlmethyst) - Início do Fim


Escrita por: Andynyxx

Notas do Autor


capitulo pequeno, porém super importante <3
espero que estejam gostando, se puderem, me falem ideias que vocês tem, e o que esperam que aconteça na fic *U* a opinião de vcs é super importante pra mim <3

Capítulo 8 - Início do Fim


Fanfic / Fanfiction Abismos da Noite (Pearlmethyst) - Início do Fim

Está me dizendo que há rebeldes sobreviventes da Guerra? -Yellow Diamond ergueu o olhar pra mim pela primeira vez, sua Pérola estremeceu e saiu da frente da câmera.

-Sim, minha diamante. -me curvei - encontrei com elas quando minha nave caiu, aliás, nos estávamos levando as traidoras para homeworld, mas houve um problema que Jasper não conseguiu resolver e tive que ejeta-los. -ela bateu os dedos no apoio de sua cadeira, com o olhar vago. Depois abriu um Largo sorriso.

-Que tipo gems são?

-Uma Pérola, uma Ametista defeituosa, um tipo de híbrido que ainda não consegui entender bem e uma permafusão que desconfio ser uma Ruby e uma Safira.

-Ótimo. Bom trabalho, Peridot. Quando voltar a Homeworld fale com General Tourmaline sobre sua bonificação.

-Obrigado, minha Diamante!

-Pearl, fale com Jade para marcar uma reunião, -ela disse pouco antes de encerrar a ligação. -vamos acabar com esse estorvo de uma vez.

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Eu estava mexendo em uma placa qualquer no celeiro, quando o comunicador apareceu na minha frente. Era uma esfera, dividida ao meio por um aro dourado que abriu um painel com as opções ''aceitar'' e ''apagar'' era consideravelmente antigo e eu já desconfiava de onde podia vir. Com medo do que iria ver, mas decidida a enfrentar qualquer coisa, aceitei a mensagem, o aro brilhou e se desfez num brilho que logo foi dissipado pelo vento.

''Descobriram vocês. Dois dias.

Por favor, tenha cuidado''

Em segundos a mensagem e a esfera desapareceram. Eu queria agradecer você, irmã, por se arriscar tanto por mim. Dois dias era o tempo que demoraram pra chegar, mas considerando o tempo de envio, apertei meu peito, pois logo estariam aqui.

E tudo o que eu mais amava estava ameaçado.

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Steven nos olhou assustado pelo modo como estávamos tensas, ele se sentou a nossa frente, no templo, nossa casa, onde estávamos prestes a dar-lhe a noticia.

-Algo aconteceu, não é? –ele disse cabisbaixo, Ametista foi pro lado dele e o abraçou.

-Steven, Pearl recebeu uma mensagem. Ela dizia que Homeworld nos descobriu.

-O QUE? QUEM MANDOU ISSO? –Acho que ele não imaginava que era um problema dessas proporções.

-Foi a Perola Azul. Ela acha que nunca me agradeceu devidamente, então quando surge um assunto sobre nós, ela costuma avisar.

-Então eles encontraram a gente. –sua voz tremulou e ele abaixou a cabeça, sem tentar esconder as lagrimas.

-Hey, hey, tudo bem, ok? –eu me levantei e fui até ele segurando suas mãozinhas. –As diamantes não virão pessoalmente, vão mandar subordinados, eles vão chegar aqui e não vão nos encontrar, então vão embora e tudo vai voltar ao normal.

-Você disse que Homeworld não gosta daqui.

-E não gosta, mas não vão tomar nenhuma atitude sem um conselho antes. Isso costuma demorar. –Garnet finalmente falou.

-Pra onde nós vamos? –sua fala era tão inocente, nos olhamos de novo, dessa vez com a culpa corroendo.

-Você não querido. Vamos nos esconder em ruinas antigas até tudo isso acabar. Mas você precisa ficar. Conversamos com seu pai e com os pais de Connie, você vai ficar com eles por esse tempo.

-O QUE? MAS POR QUE GENTE?

-Você ainda é humano, querido. –tentei acalmá-lo. –precisa comer e dormir bem, ficar com seus amigos, não pode ficar no subsolo sem as cosias das qual precisa.

Ouvimos batidas na porta, era Greg. Steven sequer teve tempo pra reclamar, só subiu pro seu quarto e pegou as coisas que precisaria. Então, com a mochila cheeseburguer nas costas, saiu batendo os pés, sem olhar pra trás.

*

 -Vai ficar tudo bem, querido. -abracei Steven, e fechei o zíper de sua blusa, ele ainda estava com o rosto contorcido do que provavelmente era raiva e medo. Greg estava ao lado do filho, assustado. Todos estavam e na verdade me doía dizer que ia ficar tudo bem porque eu sabia que provavelmente não ia.

Mas não custava acreditar, que ao chegar aqui as Gems de Homeworld pensariam que era uma mentira de Peridot e iriam embora. Não custava ne?

-Pra onde vocês vão? -Steven disse, sua voz estava embargada. -Vou poder ver vocês?

-Melhor não Steven, não até isso passar.

-Vai passar? -Steven começou a chorar, nós três nos entreolhamos, embora eu e Garnet ainda não tivéssemos resolvido nossos problemas, não era hora pra brigas internas. Connie chegou ao seu lado e segurou sua mão.

-Vai sim Steven, confia nas gems! -ela nos olhou, assentindo.

Steven ficaria com a família de Connie até tudo se normalizar, e nós iríamos nos exilar de Beach City. Se fossemos encontradas, não queríamos nenhum tipo de associação a eles, porque isso com certeza faria com que Homeworld os exterminasse -como ''traidores'' de uma raça, que na ideologia das Diamonds, deveriam servir. Observei Steven entrar, ele não nos abraçou como de costume, e Connie olhou pra trás, como se estivesse dando apoio a nós. Nos entreolhamos, meio que sem saber o que fazer.

-Por favor, resolvam isso. –Greg falou, não era uma imposição e sim uma súplica, Garnet colocou a mão em seu ombro antes dele assentir e seguir até sua van.

Seguimos até o transportador mais próximo, precisávamos de um lugar pra ficar. Na pior das hipóteses, por precaução, formar estratégias também. Afinal, mesmo com todo o otimismo, a guerra parecia cada vez mais iminente.

**************

 

 

Desde que as gems se foram cada dia da minha vida tem sido mais difícil. Se foi quase um mês, os pais da Connie são legais e ela, especificamente está sempre tentando me animar. Mas, não é a mesma coisa sem elas aqui, principalmente porque eu sei que Perola e Ametista estavam se entendendo, mas Garnet e Pérola tinham brigado. E Pérola estava tão diferente, eu sei que ela estava mal e eu queria poder ajudar, mas tudo mudou rápido demais pra que eu pudesse reagir.

-Hey, Steven! -Connie me chamou. Eu estava no quarto de hospedes que tinha se tornado "meu" e Connie falava do outro lado da porta. -Vamos dar uma volta? Está aí desde ontem de manhã, estamos preocupados. -Suspirei, Connie não ia me deixar em paz se eu não fosse com ela, e de qualquer maneira eu sabia que ela estava certa, se eu caísse agora, isso não ajudaria em nada. Abri a porta e percebi que ela reprimiu o espanto, eu acho que estava com olheiras e um aspecto péssimo, mas infelizmente eu não tinha mais nada a oferecer.

-Quer ir ver se o Pedee tem sobras?

-Não podemos voltar ainda. -cocei o olho pra não deixar as lágrimas caírem, eu estava proibido de ficar andando por Beach City agora que Peridot tinha se comunicado com Homeworld.

-Tudo bem então, podemos ir comprar fritas na lanchonete que tem aqui perto de casa, não sei se é tão boa quanto a dos Fremans, mas podemos tentar.

-Ok. -eu ri, acho que pela primeira vez desde que minha família se foi. -mas se o Senhor Freeman souber, ele me mata. -ela fez um 'X' com os dedos sobre a boca.

-Daqui não sai nadinha.

**********

Não, não era tão bom, mas tenho que concordar que sentar com Connie num lugar isolado, enquanto comemos fritas e tomamos suco me fez muito bem, até mais do que eu imaginava.

-E então, elas estão juntas?

-Mais ou menos. -eu disse. -elas estão enroladas, mas é difícil pra Pérola, você sabe, por causa da minha mãe. -Connie ficou muda, comendo as batatas. Acho que ela não sabia o que falar, e eu também não queria falar delas. Doía muito.

-Tudo bem, só quero que saiba... Estou aqui por você. –ela sorriu e pegou minha mão. Senti cada nervo do meu corpo pulsar, meu rosto ficou corado quando ela chegou perto e ficou me olhando nos olhos. Então, seu rosto ficou tão vermelho quanto o meu e ela pareceu perceber o que estava fazendo.

-Vamos voltar? Minha mãe vai ficar irritada se demorarmos muito. -eu assenti, e fomos andando pelo canto da calçada, a rua onde estávamos era deserta e o céu começava a alaranjar. Não queria pensar muito sobre Homeworld e a guerra gem, mas eu realmente não conseguia impedir que pensamentos assustadores viessem a minha mente. Poucos segundos depois, percebi que eu devia ter prestado mais atenção as coisas a minha volta.

-STEV- eu estava na frente de Connie e me virei o mais rápido que pude. Mas nfelizmente, não rápido o suficiente.

*******

Bati na porta da família Maheswaran o mais discretamente possível, depois um pouco mais forte, mas me contive ao ouvir os gritos. Depois, bati mais forte​ de novo, pensei que pudessem estar maltratando o Steven e isso fez a raiva subir na minha cabeça.

Mas quando o pai de Connie abriu a porta, Steven não estava machucado ou encolhido, não estava correndo pra me abraçar também. Steven só não estava.

- Ah que bom. -a mãe de Connie, que tinha o rosto lavado de lágrimas, gritou, frustrada. - Que ótimo que a causa do problema chegou!

-O que? Onde está o Steven?

-Steven não está, Pérola. Connie também não. Eles sumiram desde de manhã.

-O que? -gritei, começando a ficar tão desesperada quanto a mulher na minha frente. Havia passado por cima das ordens de Garnet sobre não procurar Steven, porque eu achava que ele precisava de explicações, ou pelo menos de sentir que não estava sozinho. Mas agora, ele não estava e milhões de coisas perturbadoras passaram por minha mente.

-Isso é tudo culpa de vocês! -ela gritou pra mim, enquanto seu marido tentava segura-la. Eu nunca devia ter deixado minha filha se meter com esse menino anormal de vocês. Agora, sabe-se lá onde minha Connie está! -ela se soltou do marido e avançou pra mim, apontando um dedo em meu rosto. -Eu juro, que se minha menina morrer, eu mato cada uma de vocês com minhas próprias mãos. -olhei em seus olhos, cheios de ira, mas também de medo. Não disse nada, porque sabia que isso era só preocupação e ela também sabia que essa era uma ameaça vazia. Abaixei sua mão e me virei pra sair, porque eu não podia perder tempo.

-Vou traze-los de volta.

******

O lugar em que acordei era muito frio e eu ouvia passos ecoando. Abri meus olhos e Connie estava encolhida num canto mais afastado. Estávamos dentro de uma bolha amarela que machucou meus dedos quando tentei toca-la.

-Olá ser de naturalidade indeterminada, com precedência híbrida entre um Quartzo Rosa e uma forma de vida humana. –uma voz anasalada disse.

-Hã... Oi. -Olhei a gem pequenina parada em frente a minha bolha. Ela tinha menos de um metro e sua “roupa” era um macacão preto por cima da pele amarela, sua pedra em forma de hexágono ficava na testa e tinha o cabelo amarelo escuro caído pro lado. Segurava algum tipo de planilha onde anotava coisas. –Hum, se não se importa, eu gostaria de saber onde estou.

-Oown, eu realmente quero entender por que as gems costumam odiar humanos, são coisinhas irracionais tão fofas.

-Heeeey, eu não sou irracional! –Connie ainda não tinha acordado, o que estava me deixando preocupado.

-Olha isso, Prasio. –ela falou. –Humanos são tão engraçadinhos. –ela começou a rir quando, aparentemente um soldado quartzo surgiu atrás dela.

-Diamante Amarelo está na linha.

-Oh, passe pra cá, passe pra cá! –Ela pegou o comunicador da mão da quartzo e abriu, de onde surgiu a forma da Diamante.

//

-Apatite, já completou sua missão? –sua voz imponente disse sem rodeios.

-Gostaria, Minha Diamante, mas ainda não conseguimos encontrar a Peridot 5XG, mas apenas sua nave destruída.

-Oh, quando penso que alguma das minhas gems pode ter feito algo útil... Apatite, você tem um prazo de um dia a mais nesse planeta miserável, depois disso, com ou sem Peridot, quero você aqui, e faça o favor de trazer Rose Quartz viva, eu mesma quero ter o prazer de quebra-la.

//

A ligação foi encerrada e Apatite soltou um suspiro profundo.

-É nisso que da ser a única gem sensata dessa maldita corte Amarela... Ah, o que eu não daria pra ser da corte Branca? É claro, é maravilhoso ser da corte militar, mas, toda a glória fica pras outras três... –ela ficou cabisbaixa, segundos depois ergueu a cabeça rindo. –Bom, duas né. –sua gargalhada ficou mais e mais alta. –Ah, Rose Quartz era uma gem tão interessante... Em fim, Prasio, reforce as equipes de busca, e você ouviu, certo, pequeno humano? –Apatite apontou pra mim. –Espero que esteja ansioso pra se encontrar com My Diamoooond. –ela arrastou a voz. –Porque ela está.

Ignorei Apatite e Prasio, embora o medo estivesse borbulhando em meu estômago. Eu precisava acordar Connie, porque eu não estava nem um pouco ansioso pra conhecer a ditadora amarela.

 

*************

Mais alguns ajustes e consegui reparar os estragos no meu dispositivo que era um circulo base com várias esferas prateadas e ponteiros negros que ficavam vermelhos quando detectavam energia mágica. Era equiparado a uma bússola humana, e era ele quem me levaria a onde Steven estava. Talvez Garnet e Ametista estivessem preocupadas, então mandei uma mensagem dizendo que estava bem. Eu não dependeria delas dessa vez, era perigoso e eu preferia agir sozinha.

Além do mais, haviam muitos sentimentos conflitantes em mim, se Steven realmente tivesse sido sequestrado e se estivesse machucado, hoje eu deixaria de ser uma Crystal Gem, porque, eu não ia hesitar em ir contra os ideais de Rose e despedaçar cada uma dessas gems.


Notas Finais


logo eu posto o proximo gente <3
byee


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