1. Spirit Fanfics >
  2. ABO Originals >
  3. De 0 a 100

História ABO Originals - De 0 a 100


Escrita por: iluvlarry

Notas do Autor


NOTAS FINAIS, LEIAMMM!!

~~
Não demorei tanto dessa vez, né? Enfim!
Leiam, que eu to aqui na madruga lançando a bomba e caindo fora hahahahah

Capítulo 11 - De 0 a 100


Spaghetti com Harry apenas lembrava Louis daquela cena clichê do filme da Disney onde os cachorrinhos pegam um mesmo macarrão e comem até se beijarem.

Algo clichê e romântico.

Era algo novo para Louis, seu lado romântico, mas mesmo sendo clichê, brega, ou qualquer adjetivo um tanto quanto pejorativo, era algo bom.

Harry era bom. Louis e Harry eram ótimos. Juntos.

Apesar da mente do ômega trabalhar á milhão, misturando todos os seus ideais de vida e passado, quando Styles estava por perto ele se permitia não pensar.

Aproveitar o momento era o que ele estava fazendo.

Podia se preocupar depois, quando realmente tivesse algo para se apavorar sobre.

Era segunda-feira, portanto um dia de rotina. Louis não pôde demorar muito no almoço com Harry.

Mas o alfa achou o contato que tiveram até então muito pouco.

“Você tem que trabalhar agora, né? Diz o caminho que eu te levo.” O cacheado ofereceu após deixarem o restaurante.

“Não é muito longe, não precisa-”.

“Faço questão!” Harry abriu a porta do passageiro para Louis, roubando-lhe um selinho antes de empurrá-lo gentilmente para sentar-se.

Tomlinson apenas riu bobo.

Ele estava adorando todos aqueles beijinhos fora de hora.

Era do tipo que gostava de aproveitar o momento, não sabia quanto tempo aquilo duraria então achava que tinha mais é que beijar mesmo. O máximo possível. O problema era quando os beijos iam se tornando amassos e as coisas ficando mais íntimas. Ainda havia um bloqueio e antes que pudesse pensar seu corpo já estava afastando Harry.

O local onde o ômega trabalhava realmente não era longe. Chegaram rapidamente e Harry estacionou o carro por perto. Desceu, abriu a porta para o mais velho – que esperava algum beijo de despedida ou algo assim – e então simplesmente o seguiu para dentro do estabelecimento.

“Quer conhecer aqui?” perguntou um pouco tímido, não achava que passariam mais tempo juntos.

“Yep!” sorriu enquanto mantinha a mão esquerda na cintura do outro, que destrancava a porta.

O local onde Louis trabalhava era extremamente calmo. Era um emprego simples, que pagava razoavelmente e que não tinha muitos afazeres. Ele apenas abria o local e cumpria horário. Quando alguma alma viva fazia o favor de entrar ali ele atendia. Mas esse tipo de coisa era quase um milagre.

Apesar da calmaria excessiva, o sebo era um lugar que Louis apreciava. Tinha muitos livros que não se achava em outros lugares e normalmente quem aparecia os procurando eram pessoas interessantes de se conversar. O dono do local e patrão de Louis, Senhor Collins, era um velho aposentado, mantinha o local apenas para manter seus livros e ajudar a preservar a história. Ele ficava na parte da manhã, e Louis era encarregado da parte da tarde.

Louis sabia que ele não era um funcionário estritamente necessário, até porque Sr. Collins poderia muito bem ficar no sebo o dia inteiro, ele era um pouco desocupado e Louis não faz ideia do que ele faz no período da tarde. Mas tanto faz, ele agradecia pelo emprego e pelo salário – que apesar de pouco era sempre pago corretamente.

“Aqui é pequeno...” Styles comentou observando o ambiente enquanto Louis se encarregava de abrir as janelas e cortinas, clareando e arejando o local.

“Yep!! Se fosse maior Sr. Collins teria que fechar, isso aqui não dá lucro nenhum.” Apontou pensando que um assunto relacionado á administração pudesse interessar o mais alto.

“Tem muitos títulos... E autores que nunca ouvi falar.” Leu atentamente as capas dos livros.

“Gosta de literatura então?” Tomlinson agora ajeitava sua mesa, largava sua mochila num canto e ligava o computador velho do sebo.

“Um pouco. No colégio tínhamos lista de leitura obrigatória, os clássicos todos inclusos e alguns extras que os professores achavam adequados para os temas que estavam trabalhando em classe.” Deu de ombros, agora passando a mão levemente pelos livros e soprando a pouca poeira das pontas dos dedos.

“Ah... hm...” Louis ficou um pouco desconcertado com o assunto colégio, já que seus estudos, se é que dá para chamar o que recebeu no orfanato de educação, não tinha nada do tipo. “Por trabalhar aqui acabei lendo vários desses aí” indicou com a cabeça a prateleira que Harry mexia, era a principal do sebo, com os livros mais novos.

“Você... Só fica aqui, tipo, o dia inteiro sentado aí?” tentou perguntar sem ofender.

Louis riu.

“Sim! É chato, eu sei.” Os dois sorriam.

“Não tem muito movimento por aqui, né?” o alfa ia dizendo ao que se aproximava do menor.

“Nop...” sussurrou pela proximidade em que o alfa já se encontrava de si.

As mãos grandes de Harry foram delicadamente ajeitar a franja de Louis. Os olhos verdes encarando os azuis e então desviando para os lábios finos e rosados. Dessa vez, com intuito de se soltar mais, Louis quem puxou Harry para um beijo lento e com direito a sorrisos enquanto as bocas estavam coladas.

Louis estava sentado em sua cadeira, que era razoavelmente alta, considerando que sua mesa de trabalho era uma espécie de balcão de atendimento. Harry lentamente colou mais seus corpos, ficando entre as pernas do ômega, sem cortar o beijo e deixando suas mãos descansarem na cintura alheia.

O que era para ser apenas um beijo virou dois, então três, e então não estavam mais contando.

As coxas fartas de Louis eram tão convidativas que Harry não resistiu á passar as mãos por ali, apertando levemente. A respiração de Tomlinson se tornou mais pesada, o corpo tencionando levemente.

O problema de Louis é que Harry era um alfa original. E as únicas lembranças que ele tinha com alfas não eram boas. Depois do que houve no orfanato, o ômega apenas se envolveu fisicamente com mais duas pessoas: Niall e Zayn. E isso apenas após muito convívio, e por conta do status dos dois ser - respectivamente - ômega e beta, não o afetava tanto quanto Harry o afetava. Era como se seu corpo respondesse de maneira diferente.

Poucos toques do alfa já fazia seu corpo se encher de excitação e receio. Era confuso e Louis queria se bater por parecer um virgem medroso perto de Harry.

Por algum motivo Harry percebia exatamente quando passava do limite, então suas mãos voltaram a cintura do ômega e ele cortou o beijo.

“Tudo bem?” perguntou calmamente, fitando com curiosidade o belo rosto frente a si.

“Yeah...” falou fracamente. “É que alguém pode aparecer, sei lá.” Deu de ombros.

“O sininho da porta anuncia.” Styles era realmente detalhista, Louis fez uma nota mental.

“Não é como se eu estivesse prestando atenção.” Mordeu o lábio inferior.

Harry fechou os olhos e suspirou. Não sabia se era algum tipo de jogo de provocação o jeito que Tomlinson agia, mas parecia um teste ao seu autocontrole.

“Não faz isso.” Alertou com a voz sussurrada e mais rouca que o comum, transparecendo excitação.

Os dois tomaram um susto com o barulho do sino da porta, anunciando que alguém chegou. Separaram-se rapidamente. A distância entre eles não era muita e os lábios avermelhados e a cara de quem foi pego no flagra os entregavam.

Zayn Malik olhou com estranhamento para os dois ali naquela situação.

“Zeeeee!” Louis exclamou numa animação exagerada, tentando disfarçar.

“Oi.” Olhou de Louis para Harry, que o olhava de volta com tédio. “Hm, er- eu vim trazer isso aqui” levantou uma sacola com cupcakes.

Louis sorriu sincero e saiu de trás do balcão indo abraçar o amigo e agradecer o mimo.

Harry encarava Malik com a sobrancelha erguida. “É alguma data especial?” soltou sem nem pensar duas vezes, se arrependendo de imediato ao que Louis o olhou com as sobrancelhas franzidas.

“Naah, Zayn que é demais!” abraçou o amigo de lado. “E ah, a propósito, Harry esse é o Zayn” maneou a cabeça na direção dos dois, apresentando-os. “E Zee, esse é Harry Styles.”

“Eu sei.” Murmurou Malik desconfortável com a situação.

O alfa percebeu que Louis não devia ter comentado nada sobre ele com o amigo e que o beta manteve se quieto em relação ao pequeno desentendimento deles no banheiro da universidade.

“Ah, é? Vocês já se conhecem então?” o ômega estava intrigado com a troca de olhares entre o alfa e o amigo. E se sentia culpado por que Niall tinha ouvido toda a fofoca sobre Harry, seu encontro com alfa e até suas dúvidas, enquanto com Zayn ele não tinha comentado nada. Talvez fosse isso.

“A universidade não é tão grande.” O alfa original encarava o beta como quem diz vai lá, confirma minha história.

“É...” O beta murmurou.

“Bem, legal.” Louis deu de ombros e arrastou Zayn pela mão até perto do balcão, abriu a sacola com os cupcakes e havia apenas dois. Já que seria um para Zayn e um para Louis.

“Quer um pedaço?” Lou ofereceu o seu ao alfa.

“Claro.” Até enquanto mastigava o bolinho Harry encarava seriamente Zayn.

O silêncio entre os três estava insuportável de tão desconfortável.

Louis não sabia o que fazer. Só queria um clima leve novamente.

“Uhn... Harry?” pigarreou chamando a atenção do alfa, que finalmente quebrou aquele olhar sério em direção ao beta e olhou Louis com ternura e atenção. Mudava tão rápido.

“Oi?” os dois falavam em um tom mais baixo, enquanto Zayn devorava seu bolinho encostado em uma prateleira em frente ao balcão. Malik fingia não prestar atenção na conversa.

“Você devia ir...” murmurou e Harry nunca se sentiu tão ofendido quanto agora.

Louis estava o expulsando!

Seu rosto contorceu em descontentamento.

Louis o olhou como quem implora.

“Bem...” pigarreou. “Já deu minha hora. Foi um prazer te rever, Zayn. Até mais.” O alfa disse a contragosto.

“Ah, claro. Tchau, Harry.” Zayn respondeu sem conseguir controlar muito bem o riso debochado, fazendo o alfa trincar os dentes. Louis praticamente o arrastou para fora do sebo.

“Harry!” o repreendeu uma vez que estavam fora do local e longe da vista do beta.

“O quê? Você tá bravo, sério? Eu que estou sendo expulso, eu quem tenho que ficar bravo aqui!” revirou os olhos.

“Qual é a sua com o Zayn? Você tava olhando ele como se quisesse pular no pescoço dele!” talvez ele quisesse.

“Não estava não.”

“Ok, então eu tô mentindo?” cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas.

Os dois não estavam num tom de discussão de verdade e as poses e gestos exagerados só ajudavam mais na briguinha ensaiada. Pelo menos descontraia.

“Porque eu tenho que ir embora quando seu amigo chega? Eu tava aqui primeiro!” puxou o ômega pela cintura.

Louis descruzou os braços, apoiando as mãozinhas no peitoral do cacheado.

“Justamente por isso.” Mordeu o lábio inferior. “Agora é a vez de ele ter minha atenção” piscou provocativamente.

Harry poderia ter ciúmes real daquela situação, mas o ômega mantinha a conversa num tom de brincadeira e provocação saudável, não valia a pena brigar de verdade. E até então a situação com Zayn parecia controlada. Ele disse que não o atrapalharia.

“Ah, é? Acabou meu tempo?” Harry o beijou.

“Por hoje, sim.” O menor disse ao separar o beijo. “Até amanhã, Harry Styles.”

Harry roubou um ultimo selinho e soltou o ômega.

“Ok... Vai lá com seu amigo.”

Ao voltar para dentro do sebo, Zayn já tinha terminado seu bolinho e o encarava com divertimento.

“Não pense que eu não vi ou não ouvi.”

“Jamais, senhor espertinho.” Riu para o amigo, mas estava tenso com a situação.

Louis levantava a bandeira contra alfas e agora estava se pegando com um alfa original. Sentia-se um grande hipócrita.

“Ok, me explica.” Zayn se apoiou com os braços cruzados no balcão enquanto Louis se sentava em seu lugar novamente.

“Eu sei o que você deve estar pensando. E tá, eu sou um hipócrita. Odeio alfas com todo o meu ser e sai com um original.”

“Saiu ou está saindo?” indagou debochando “Não te acho tão hipócrita assim, Lou. Consigo ver sua batalha interna pelas suas íris.”.

“A gente saiu no sábado... Aí ele me beijou, então hoje a gente almoçou junto e estamos meio que tendo um lance?” recorreu ao amigo.

O moreno movimentou as mãos expressando que Louis quem deveria saber.

“Eu sabia que ele estava interessado em você, mas sinceramente não achei que você fosse dar uma chance. O que aconteceu?”

“Ele é insistente. E não é tão mal...” praguejou. “Como sabia?”

“Niall.”

“Claro... Desculpa. Por não ter contado antes.”

“Relaxa, bro. Sabe que não ligo para esse tipo de coisa. Tu fala quando tiver se sentindo a vontade, Lou!” apoiou a mão no ombro do ômega, alisando.

“É loucura, né? Eu e ele.”

Então Malik suspirou pensando na discussão do banheiro. Não achava certo contar e não achava certo esconder.

“Lou... Não há nada de errado em sair com alguém. Independente se é alfa ou não, você que sabe. Mas toma cuidado, tá? Harry parece um pouco... agressivo. Quer dizer, ele é um alfa original, é pior que alfas normais, não o irrite.”

A realidade parecia bater na cara de Tomlinson.

“Não o irritar? Porra, eu tiro qualquer um do sério, Zayn, você me conhece!” reclamou “Acha mesmo que ele seria capaz de me machucar?”.

“Não ele, Louis. O alfa que ele é, talvez. Não sei. Depende da situação.”

“Que merda eu tô fazendo?!” questionou mais para si mesmo do que para o amigo.

“Ei, ei, calma! Vocês pareciam estar se divertindo antes de eu chegar e antes dessa conversa. Não muda com ele agora, Louis. Vai levando essa coisa ai que vocês estão tendo. Só toma cuidado e me pede ajuda qualquer coisa. Só por precaução. Sem neura.”

“Ah, claro. Sem neura.” Revirou os olhos irritado. “A mão dele cobre meu rosto inteiro, Zayn.” Falou um pouco apavorado.

“Louis!” o moreno deu a volta no balcão, o sacudindo pelos ombros e o fazendo lhe encarar. Zayn agora se arrependia de tudo que falou. Só faltava Louis mudar com Harry e o alfa vir atrás dele tirar satisfações. Ou pior, só faltava ele ter estragado com um relacionamento que podia sim dar certo. “Me escuta! Ele não vai te machucar, tá? Não vai. Esquece o que eu falei.”

“Ele é gentil.” Os olhos azuis estavam marejando e o beta estava realmente preocupado com o quão rápido o amigo mudou de estado. “E se for só fingimento? E se ele... conseguir o que quer e... sei lá. Ou, eu não-”

“Louis! Hey, não chore.” Enxugou uma lágrima. “Lou?” Porra, que droga! Reclamou consigo mesmo.

“Quando ele me toca... Eu lembro deles, Z. Mas ao mesmo tempo, é bom.” Louis o olhava totalmente perdido, como se a mente dele estivesse nublada.

Zayn já tinha ouvido diversas vezes Louis citar eles. Mas nunca soube com clareza quem são eles. Deduzia que fossem os alfas em geral. Louis tinha algum problema com eles que Malik nunca entendeu direito.

“Quem são eles, Lou?”

O ômega mordeu os lábios, pensando se contava ou não. Ele nunca contou direito o que aconteceu, nem pra Niall nem para Zayn. Seu coração acelerava como se pudesse explodir a qualquer momento. Ele já tinha enrolado tanto com essa história, se torturado sozinho com as lembranças. Zayn e o loiro eram amigos tão bons, o entendiam mesmo sem saber direito seus motivos. Parecia justo falar. Justo com Zayn, que já tinha sido negligenciado com as informações que amigos deveriam ter – como seu encontro com Harry e tudo mais – e justo consigo, por finalmente falar com alguém.

“Os alfas... Do orfanato.” Respirou fundo, tomando coragem para continuar. O beta sabia que o amigo não tinha família e morou a vida toda em um orfanato, mas não sabia que o ódio aos alfas vinha dali. “Eles m-me tocavam.” Zayn mudou um pouco de expressão. Surpreso e querendo questionar muitas coisas, mas esperando que Louis falasse por si próprio. “Eu tinha 13, quando começou... M-meu heat” um soluço de choro cortou sua fala. “Meu heat chegou e e-eu, e-eu não sabia, não entendia, o que era, e porque eles estavam me arrastando, então, eles continuaram dizendo coisas e eu tava mal para assimilar palavras, mas eles começaram a arrancar minhas roupas e eu entendi.”

Zayn o olhava chocado, e o puxou para um abraço. Louis agora chorava silenciosamente, tentando parar.

“Eu os odeio tanto! Tanto! Não foi só aquela v-vez... Era sempre. Sempre. Eles e depois outros... E não tinha ninguém, Zayn! Ninguém para ajudar, para impedir.”

“Shiiuu, tá tudo bem agora!” o beta o abraçava o mais forte possível, sem saber o que dizer para aquilo.

“Não, não tá!” Louis gritou, mas o beta não o largou do abraço. “Eu continuo chorando, e tremendo, porra! Faz anos. Anos. Eu não sou mais uma criança indefesa, mas eu continuo chorando como uma.” Instintivamente Louis levou as mãos aos próprios braços, tentando se arranhar por debaixo do suéter.

“Lou, não! Para! Para! Não faz isso.” Zayn segurava suas mãos agora, enquanto fitava seus olhos marejados com compaixão. Um soluço alto rompeu a garganta do ômega que começou a chorar compulsivamente.

Foram minutos até que ele se acalmasse.

“Eu sou ridículo.” Murmurou entre fungadas.

“Não...” o moreno negava sem saber mais o que fazer, nem sabia como aquela conversa tinha chegado aquele ponto. Louis nem parecia o mesmo de minutos atrás, quando Harry ainda estava ali e os dois tinham cara de quem acabou de dar uns amassos.

“Eu já devia ter superado.”

“Não se supera coisas assim tão rápido, Lou... Tudo bem se sentir assim.”

“Ele não é como eles. Eu sinto.” A mente de Louis voltou a focar em Harry. “Ele é gentil. Ele é. Mas, eu continuo lembrando deles.”

“Ele não é eles, Lou.” Engoliu em seco. “Esquece o que eu disse, tá? Ele nunca ia te machucar assim.” Não era uma certeza, até porque Malik não conhecia Styles realmente, mas não acreditava que ele pudesse fazer algo cruel assim.

“Não, né? Eu sou um otário. Porque é que eu tô chorando? Que ridículo!” afastou-se do braço do amigo, enxugando as próprias lagrimas, tentando recuperar a pose.

“Não! Você não é ridículo, nem otário. Você tem seus motivos para desconfiar de alfas. Mas não são todos iguais. Era outro tempo, outro ambiente. Ninguém sai por aí fazendo essas coisas por aqui...”. Mais uma vez não era exatamente verdade, havia sim casos de estupros entre alfas e ômegas em heat, mas com certeza era algo mais controlado do que o que ocorreu no orfanato.

Tomlinson respirava fundo, tentando voltar a si. Que maldita crise fora de hora tinha sido essa? Ele contou mesmo para Zayn o que aconteceu? Sua mente parecia desnublar aos poucos.

“Zee... Quando você ou o Niall, a gente... Você sabe... Eu não lembrava dessas coisas.”

“Não?”

“Não... Acho que é esse lance de status. Isso fode minha mente.” Colocou as mãos em volta da própria cabeça, apertando-a, como se o aperto fosse lhe livrar dos pensamentos.

Malik pensou por uns instantes, analisando o que sabia da situação. O que aconteceu entre ele e Louis e Louis e Niall, só ocorreu depois de tempos de amizade. A confiança entre eles já era inquebrável. Resolveu que esse era um bom argumento.

“Talvez não seja sobre status, Lou...” atraiu a atenção do ômega. “Talvez seja por tempo... Você e Harry se conhecem faz pouco tempo. Se vocês conversarem mais, você vai poder ter mais segurança sobre quem ele é e como ele é, então não vai mais assimilar.” Esperava ter algum pingo de razão.

“Pode ser...” suspirou cansado. “Ele... Ele faz eu me sentir diferente. É bom e ruim ao mesmo tempo. Não sei explicar.”

“Não precisa explicar... Só... Sente. E se concentra no bom.”

A conversa entre ele foi morrendo, mas Louis ainda parecia abatido.

Zayn o convenceu a fechar o sebo mais cedo e ir para casa de carro com ele. Malik não o deixou sozinho no apartamento. Ele fez como na outra noite e dormiu junto á Louis, com o menor abraçado a si. Protegendo-o de si mesmo.

Tinha sido um dia e tanto de descobertas para Zayn, ele estava perdido, não sabia como ajudar o amigo, mas tinha em mente que precisava novamente ter uma conversa apenas entre ele e Harry.


Notas Finais


1° Obrigada pelos comentários, favoritos, elogios, visualizações, pedidos de att, e etc! Vocês são demais! Xx

O título do capitulo foi o que pensei quando tava escrevendo. Apesar de já ter tudo programado na minha mente quando escrevo sai diferente e o jeito que flui a história surpreende até eu, não tava planejado o que aconteceu nesse capitulo desse jeito, mas foi assim que saiu, e eu curti pq segue o rumo da história normalmente.

Outra coisa: eu reviso a história aos poucos, se acharem erros de digitação, português ou concordância em relação a historia podem apontar pra eu arrumar.

Tem algumas brechas na história que são de propósito para poder explicar depois.

O Louis pode parecer um pouco maluquinho na história, que nem esse capitulo, de 0 (tamo feliz, tamo bem, vamo bja) para 100 (choro, passado, crise, etc), mas é porque o trauma que ele tem ferrou mesmo com a mente dele, e é tudo mt recente ainda entre ele e o Haz.

Pesquisa: O que vocês tão achando do personagem do Zayn na fic?

ATÉ A PROXIMA, E COMENTEMMMMM!! QUERO FEEDBACK SUAS LINDAS(OS).


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...