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História ABO Originals - Castelos se constroem devagar


Escrita por: iluvlarry

Notas do Autor


A - tê - tê - iÊêê

hellou!
Att finalmente!
Esse capítulo é importante para história, apesar de não ser muito fofinho.
Gnt, eu to focada na construção do relacionamento dos dois e nas mudanças dos personagens, o que significa que a fic não vai ser só coisas fofas e smut.

Queria agradecer todos os comentários do capítulo passado, amei todos!
Amo o feedback de vocês e espero que esse capítulo também tenha!
E LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 16 - Castelos se constroem devagar


Amanda e sua namorada, Megan, estavam tendo uma pequena discussão.

“Não precisava ter me puxado daquele jeito, Mandy! Qual é?! Eu quase tropecei!”

“Você quase me matou de vergonha, isso sim!”

“Oh! Agora você tem vergonha de mim?” a ruiva fingiu-se de indignada.

“Sem drama, Meg.” A loira revirou os olhos, ainda pensando no que viu no corredor. “Porque olhou o garoto do Harry como se fosse uma aberração ou eu sei lá o quê?”.

“Eu conheço aquele garoto!” Megan exclamou animada, como se tivesse feito a descoberta do século ao poder contar a fofoca para a namorada. “Não conhecer de conhecer mesmo. Mas já ouvi falar dele! Louis Tomlinson! Ele brigou com um alfa há um tempo, todo mundo falou disso! Você não lembra?”

“Eu não ligo para fofoca, amor, você sabe.” A loira repreendeu Megan, que fez cara feia. Ela não se considerava fofoqueira. Só era razoavelmente curiosa.

“Nesse caso devia! Você não ficou de ajudar a Lexie com o Harry?”

“Puts! É mesmo!” Só agora Amanda tinha se lembrado da amiga ômega que pediu, quase implorou, para que Amanda ajudasse Lexie a ter mais proximidade com Harry. Como por exemplo, o incentivar á ir sábado ao pub. “Eu ainda falei para ele levar o cara no sábado! Lexie vai me matar”.

“Não é sua culpa que ele já namora...” a ruiva se aproximou de Amanda, deixando um beijinho em seus lábios. “Você é uma boa amiga, amor. Lexie que não foi muito sortuda em querer algo justo com um alfa original... Já era de se imaginar que ele já teria alguém. Mas o curioso...” afastou uma mecha loira do rosto da namorada, enquanto mudava a voz para seu tom de plano maligno. “... é que eu tenho certeza que Louis não é um ômega. E Harry sendo alfa original é impossível ficar mesmo com ele! Lexie ainda tem chance, ela é ômega. Você sabe como as coisas funcionam...”.

“Eles fazem um casal bonito.” A loira defendeu. Ela namora Megan não apenas porque seus relacionamentos antigos com alfas não deram certo e ela deveria encontrar uma beta como si, ela amava a ruiva, por mais errada que as ideias da namorada poderiam ser as vezes.

“Você tá do lado de quem, Amanda? A Lexie que é sua amiga, ela é quem você deveria ajudar!” Megan rebateu indignada. Amanda era tão inconstante. Tão alheia á tudo. Nunca sabia das fofocas, nunca falava mal de ninguém, e agora não queria nem tentar ajudar Lexie.

“E ajudar significa atrapalhar um relacionamento? Puft! Eu tenho é que avisar a Lexie para partir para outra, já que o Harry já tem dono e-”

“Não!” Megan cortou a fala da loira. “Por Deus! Ainda bem que Lexie tem á mim, você é péssima com planos de conquista! Idaí que ele tá com aquele beta? Lexie ainda tem chances, e eu vou ajudá-la no sábado!”

“Megan...”

“Deixe comigo, amor! Não fale nada para Lexie, esse seu pessimismo todo vai desanimá-la. Vocês duas são muito frouxas com essas coisas.”

 

*

 

Harry entrou na aula radiante.

Era incrível como Louis podia tornar seu dia dez vezes melhor só por trata-lo bem.

Ele queria ter o mesmo poder para com ele.

Sorrir por alguém era ótimo, mas ser o motivo do sorriso de quem se gosta parecia mil vezes melhor.

Principalmente quando um sorriso sincero de Louis incluía ruguinhas se formando no canto dos olhos azuis. Adorável. Totalmente adorável.

A aula começou de verdade e Harry, contagiado pelo bom humor, prestou atenção como se o assunto tratado na aula fosse à coisa mais interessante do mundo. Administração era até legal. E ele precisava muito resolver logo com seu pai a questão do estágio.

Harry aproveitou a aula para refletir como estava administrando a própria vida.

Tudo bem que fazia pouco tempo que tinha voltado de Nova York, e que ele era acostumado a morar com os pais a vida inteira. Mas agora, estudando para ser alguém e um dia assumir um cargo importante, Harry sabia que precisava ter mais responsabilidade sobre si mesmo. Ter um emprego, pagar as próprias contas e ter um espaço só para si parecia um bom começo.

O alfa decidiu que hoje mesmo conversaria sobre um cargo na empresa da família e correria atrás de um apartamento próprio. Ele tinha uma conta gorda, e alguns investimentos que fazia desde os quinze anos. Coisas que Des havia lhe ensinado, multiplicar o dinheiro que ganhava; ter um fundo de reserva; não fazer gastos exorbitantes como se dinheiro fosse infindável; etc.

Apesar de achar a condição do apartamento em que Louis morava péssima, ele admirava como o ômega bancava a própria vida. Mesmo num padrão sem luxo e segurança. Era legal que Tomlinson tivesse um lugar só para ele. Harry adorou passar algumas horas no apartamento do ômega assistindo filme – e trocando uns beijos – e sabia que fazer isso na própria casa seria mais complicado, já que não poderia convidar Louis á ir até a mansão sem lhe apresentar os pais e a irmã. O que ele queria muito fazer, mas teria de esperar o tempo certo.

Começou a se questionar quanto tempo ele levaria para conhecer a família do ômega também. Eles deveriam morar em outra cidade, Louis nunca falava sobre eles, mas não morar junto já indicava alguma coisa. Talvez eles fossem brigados ou algo assim. Era algo que Harry era extremamente curioso sobre, principalmente pelas coisas que Malik havia lhe falado.

 

*

 

As aulas tinham terminado e como desculpa para passarem mais um tempo juntos Louis aceitou almoçar com Harry. Dessa vez ele pretendia pagar a conta, então indicou um restaurante que com certeza não iria quebra-lo e sorriu o caminho inteiro planejando pagar a conta sem que Harry ao menos visse.

Seu plano era levantar antes da hora de ir embora e passar no caixa sem que Harry percebesse, e então apenas voltaria à mesa com o recibo e o cacheado não poderia fazer nada.

Louis achava que pagar algumas coisas para Harry seria uma forma de compensar toda a grana desnecessária que o alfa gastou com aquelas compras no supermercado.

Sim, Louis disse que tinha superado aquilo, mas não, ele não superou.

Como ele ainda não tinha superado muita coisa que aconteceu há tempos.

Se desprender do passado era difícil. Uma batalha diária.

Mas fazer algumas coisas que o faziam se sentir bem sobre o que aconteceu o ajudavam. Pagar alguma coisa era uma forma de mostrar a Harry que ele não precisava de ajuda financeira, e lembrar a si mesmo de que ele era autossuficiente.

“’CAUSE YOU MAKE ME FEEL LIKE I’VE BEEN LOCKED OUT OF HEAVENNNNN FOR TO LOOOOONG OUOUOU” Harry cantava animadamente, exagerando nos gritos e “oh’s”, Louis apenas ria do lado do cacheado, cantando timidamente junto.

Os dois estavam no carro a caminho do restaurante que Louis escolheu.

Harry já estava cantando/gritando a terceira música inteira do Bruno Mars. E Louis o olhava admirado. Harry se soltava tão fácil e não tinha medo de ser ele mesmo com o ômega, mesmo com o pouco tempo em que se conheciam.

Louis queria ser assim também. Queria se soltar mais e de certa forma Harry o ajudava inconscientemente.

You can make a sinner change his ways

(Ooh!)

Open up your gates cause I can't wait to see the light

(Ooh!)

And right there is where I wanna stay

Harry cantava alguns trechos olhando direto para Louis, e o ômega sabia que ele não estava só cantando, estava usando as letras para dizer coisas. Louis também fazia isso às vezes, usava a música para falar o que não conseguia.

Aquela música do Bruno Mars era romântica e até meio safada, o trecho Never had much faith in love or miracles | Never wanna put my heart on the line | But swimming in your world is something spiritual | I'm born again every time you spend the night | Cause your sex takes me to paradisefazia Louis assimilar facilmente com Harry.

Transar com Harry Styles deveria levar a pessoa até o paraíso mesmo.

Quer dizer, olha para ele!

Louis se perdia admirando o quão lindo ele era, o quão natural ele era em suas ações. Como colocava toda a voz e emoção nas letras gritadas e sorria ao final de cada sentença. Louis nem percebia, mas sorria junto.

“Você está animado hoje!” comentou quando o alfa terminou seu mini show ao que a música acabou e outra de uma banda que Louis não conhecia começou.

Você me deixa animado, foi o que o alfa pensou em responder, mas achou um pouco demais.

“É quinta-feira! E estou feliz mesmo.” Deu o famoso sorriso de covinhas, voltando a atenção para o trânsito. Os dois estavam quase chegando ao restaurante.

“Ah, é? Feliz?” Tomlinson mordeu o lábio inferior. Ele queria ouvir que era o motivo da felicidade, de alguma forma. “Só porque amanhã é sexta? Ou tem outro motivo?” arqueou as sobrancelhas de modo sugestivo.

Harry riu, mordeu de leve a língua entre os dentes antes de responder. “Só pela sexta mesmo. Por qual mais motivo estaria feliz, huh?” provocou e Tomlinson riu. “Só porque estou levando um garoto bonito para almoçar ao invés de ouvir as piadas sem graça da minha irmã enquanto almoçamos em família? Nah, bobagem.” Deu de ombros.

Louis sorriu um pouco mais com o elogio e aproveitou a brecha para puxar assunto.

“Qual o nome da sua irmã?”

“Gemma Anne Styles.” O alfa não parava de sorrir, eles estavam entrando no assunto família e talvez Louis contasse algo. “Minha mãe se chama Anne, aí colocou o nome dela na minha irmã, não sei o porquê, acho que ela gosta disso de nome duplo, o meu é Harry Edward.” Fez uma careta.

“O meu é Louis William.” Imitou a careta que Harry fez. “Quantos anos ela tem?”

“Hm... Vinte e quatro. Ela faz aniversário em dezembro que nem você, nem acredito que esse ano essa louca já faz vinte e cinco.” Louis sorriu, Harry gravou o mês de seu aniversário.

“Você fala dela como se a amasse e quisesse bater nela ao mesmo tempo!” riu.

“E é isso mesmo. Ela é minha melhor amiga.” Sorriu ternamente. “Gemma é um pouco louca, mas é uma das melhores pessoas que eu conheço. Ela é alfa assim como eu, e por ser mais velha achava que mandava em mim, então a gente brigava muito por poder e coisas assim quando crianças.” Revirou os olhos rindo.

“Quando crianças?” indagou o ômega.

“Talvez até hoje...” sussurrou.

Tomlinson sorria largamente. Harry falando sobre Gemma era extremamente amável. Era uma pena que ele não tivesse ninguém para contar sobre além de Niall e Zayn, seus amigos que estavam mais para família.

Os dois continuaram conversando sobre a vida, mais sobre a vida de Harry do que de Louis. Desceram do carro, almoçaram, Louis fez o esquema de pagar a conta sem que o alfa visse e Harry ficou um pouco indignado porque ele achava e afirmava que ele tinha convidado então ele deveria pagar.

“Você não me convidou para almoçar. Eu te convidei, até escolhi o restaurante.”

“Eu te trouxe.”

“Exatamente. Já fez sua parte, bonitão!” Louis riu da cara emburrada de Harry, lhe dando um selinho. Styles desmanchou a expressão indignada e o beijou de verdade.

Beijar Louis Tomlinson era bom pra cacete.

Mas os dois não podiam demorar, Louis tinha que trabalhar e Harry tinha inventado coisas para resolver naquela tarde.

Harry deixou Louis em seu trabalho e seguiu seu rumo. Os dois não combinaram nada para de noite. Harry achava que poderia ser um pouco de mais, se ver tanto num mesmo dia, e deixou que Louis tomasse a iniciativa de convidá-lo para algo ou não. E ele tinha outras coisas a resolver também.

Louis tinha trabalhos da Universidade para fazer também.

Acabou que a manhã na Uni e o almoço tinha sido o máximo de Harry que ele pôde ter no dia. Pelo menos presencialmente, já que não deixaram de trocar mensagens.

 

*

 

Era hora do jantar na casa dos Styles e Harry aproveitou a oportunidade para lançar a bomba.

Não tão bombástica assim. Pelo menos no ponto de vista dele.

“Estou pensando em comprar um apartamento. Me mudar.” Soltou assim que Magdalena terminou de servir a mesa, atraindo atenção não só de seus familiares como da própria cozinheira.

“O quê?” Gemma franziu o cenho em confusão. Ela tinha vinte e quatro anos e nem pensava em sair de casa ainda e agora do nada o irmão mais novo decidia algo assim.

“Mudar para um apartamento. E pai, acho que já nos instalamos bem o suficiente aqui em Londres para que eu comece na empresa.” Mudou o assunto tão repentinamente que Des e Anne o olharam atordoados.

“Como é?” Anne o olhou tristemente. Seu bebê queria sair de casa.

“A gente fala do emprego depois. Que história é essa de apartamento?” Des segurou a mão de Anne que o procurou instintivamente.

“É só uma ideia, por enquanto... Eu vou começar a procurar um apartamento para mim. Algo mais perto da empresa e tal.”

“Você tem carro, não precisa morar perto da empresa.” Anne respondeu.

“Mãe!” Harry revirou os olhos rindo. Era óbvio que Anne queria o manter por perto o máximo de tempo possível. Toda aquela história de você tem idade, mas mora comigo, me deve satisfações! Vai ser sempre meu bebê. E era exatamente por isso que Harry precisava sair logo de casa. Ele não queria mais ser um bebê, ele queria fazer bebês.

“A nossa casa é enorme! Você não precisa se mudar. Por que quer isso?” Anne parecia tão triste, Des apertou sua mão em solidariedade. Ele entendia o filho.

“Tá na hora de crescer, né? Emprego, morar sozinho. Londres te fez bem, filho.” Des opinou fazendo Anne lhe apertar a mão mais ainda. Triste em como o marido deixaria o filho ir embora facilmente.

“Louis me fez bem” Harry sorriu orgulhoso. Pelo menos com a família ele poderia ser bem sincero e confessar que se ele estava amadurecendo mais rápido era culpa do ômega e tudo que ele lhe fazia sentir.

“Quer se mudar por causa dele?” o queixo de sua progenitora caiu.

 “É.” Respondeu como se não fosse nada demais. Para ele não era mesmo. Harry não achou que Anne fosse fazer algum drama. “Ele é independente. E então eu comecei a reparar que eu não. Quer dizer, comparado a ele eu sou quase um moleque que não sabe nada da vida.” Harry não queria que Louis tivesse essa imagem dele, um garoto mimado que vive à custa dos pais e não lhe seria um marido decente. Afinal, Louis deveria querer casar com um homem não com um moleque.

“Wow!” Gemma respondeu já dando atenção ao seu prato, seus pais nem tinham tocado na comida para dar atenção a Harry, mas como ela já esperava algo assim do irmão em função do ômega, ela resolveu comer. Harry fazendo coisas mirabolantes e revolucionárias por ou para Louis não era nada surpreendente para ela. “Só queria avisar, que não vou me sentir pressionada a pular para fora de casa também só porque meu irmão mais novo é apressado e resolveu fazer isso antes de mim, ainda terá que me aturar, mamãe!” sorriu para Anne, que lhe deu um olhar amável.

“Eu amo vocês morando com a gente. Harry, por que não deixa para sair quando casar? Igual sua irmã está esperando...”.

“Ei! Eu não estou esperando casar para sair de casa!” Gemma revoltou-se apontando uma batata espetada no garfo em direção à mãe. “Só gosto de morar com mais pessoas. Deve ser solitário demais morar sozinho. E eu sei que viria almoçar com vocês de qualquer jeito então só poupo o esforço de ficar para lá e para cá.” Comeu a batatinha.

“Justamente porque para casar já deveria saber morar sozinho. Mãe, Louis não vai me levar a sério se eu parecer um pirralho que não sabe nem viver por conta própria.”

“Eu ainda estou impressionado com o jeito que você fala sobre esse ômega, mas pelo menos ele está te melhorando, Harry.” Des comentou começando a comer como Gemma já havia feito. Anne parecendo a única preocupada ainda.

Harry sorriu para o pai. Ter apoio de Des era importante para si. Ele sabia que tudo que seu pai queria é que Harry fosse um alfa bem sucedido e virasse um chefe de família confiante e feliz, como Des era.

Des e Anne eram o modelo de casal perfeito que Harry cresceu assistindo. Os dois se respeitavam e se amavam. Des mesmo sendo um alfa original não brigava com Anne na frente das crianças, ou tirava dela a liberdade de criar os próprios filhos com seus ideais. A ideia de respeito com os demais e principalmente com ômegas era algo que Anne sempre ensinou aos filhos. Brigas, ciúmes e etc., eram coisas que todos os casais enfrentavam, mas o amor e respeito deveriam predominar. Era o que Harry e Gemma aprenderam com os pais.

 Harry queria um relacionamento assim com Louis. De amor e respeito. Confiança e segurança.

“Eu quero ver esse apartamento!” Anne declarou impondo-se.

“Tudo bem...” o alfa sorriu. “Eu te levo comigo quando começar a procurar. Pode ser?”

“Deve!” Anne arrebitou o nariz. O filho que não fosse achando que poderia exclui-la de sua vida assim. Ele poderia até ir morar em outro lugar, mas Anne queria aprovar o ambiente. E visitar o filho. E o forçar a visita-la também. Porque ela amava demais aquela criança em forma de jovem adulto já todo cheio de si, querendo sair de casar, casar, e sabe-se lá mais o quê. Eles crescem tão rápido... Lamentou-se.

“Depois vamos ao meu escritório, Harry. Decidir sobre sua contratação na empresa, e eu aproveito para procurar na minha agenda o número do corretor que nos vendeu esta casa.” Seu pai se pronunciou encerrando aquele assunto.

Os Styles continuaram jantando tranquilamente, falando amenidades. Enquanto Gemma olhava orgulhosa para o irmão e o próprio se sentia bem consigo mesmo.

Ele sentia aos poucos as pequenas mudanças que estavam acontecendo consigo mesmo.

Era hora de crescer, e ele não tinha mais dúvidas ou medos.

Harry sabia exatamente o que queria para o futuro.

E Louis Tomlinson estava em grande parte de seus planos.

 

*

 

Pelo menos um deles tinha certeza sobre a própria vida.

Louis tinha passado a tarde dedicando-se aos trabalhos e olhando o sebo vazio como sempre.

Que emprego de merda ele tinha.

E o salário era igualmente uma merda, ele tinha que admitir.

O contentamento de pagar as contas do mês e poder usar o tempo que deveria trabalhar para estudar estava se esvaindo com o tempo.

Ele se sentia estagnado.

Já estava há meses naquele emprego, e até agora nada melhor tinha aparecido.

Louis estava estudando tanto, focado a ter um futuro melhor, mas estava começando a mudar de perspectiva e achar que estava era perdendo tempo ficando tanto tempo no mesmo emprego ruim.

Talvez ele não devesse esperar se formar para conseguir algo melhor, ou trabalhar com o que realmente gosta: música.

Louis lembrou-se do convite de Harry para ir ao tal pub no sábado, uma banda que a colega de Harry indicou iria tocar lá – tinha descoberto isso em uma das vezes que Harry tentou persuadi-lo a aceitar mais facilmente, afinal o ômega amava música - e ele começou a pensar como cantores independentes começavam em lugares assim, talvez ele devesse tentar. Mesmo que ainda não tivesse certeza se queria arriscar uma carreira como músico, ou apenas trabalhar dando aulas ou produzindo. Algo mais escondido do público, de certa forma.

A verdade é que ele tinha receio de ambientes de festas, bares, e etc. Trabalhar em algo assim seria um desafio e tanto.

Sair da sua zona de conforto era um desafio e tanto.

Viver era um desafio e tanto.

Louis estava cansado de ser fraco em relação às coisas.

Ele continuaria na mesma se nunca tentasse algo diferente.

Estaria para sempre trabalhando em empregos que pagam mal, mas não exigem esforço algum. Estaria sempre apenas confiando em Niall e Zayn, seus únicos amigos. Estaria para sempre evitando o mundo com medo do futuro.

Mas alegrou-se um pouco ao pensar que ele não estava mais tão preso assim em como as coisas costumavam ser. Harry estava mudando isso.

Ele estava fazendo amizade com um alfa. E isso era totalmente fora dos seus padrões.

Mudar para um emprego melhor, tentar fazer mais amizades, eram passos que ele queria muito tomar. E aos poucos ia reunindo coragem, fortalecendo a ideia. Não se muda do dia para noite, ninguém toma uma decisão assim do nada, passa-se dias pensando sobre, e então começando a colocar em prática. E o primeiro passo ele já estava dando, mesmo que lentamente.

Dizem que mudanças efetivas levam tempo e começam devagar. Que para mudar de verdade é preciso esforço, coragem, determinação e até mesmo lágrimas.

Que antigos paradigmas tem que ser quebrados, as mesmas situações analisadas de diferentes ângulos, os ideais e as atitudes repensadas. Que para dar oportunidade ao novo é preciso se desgarrar do antigo. E mesmo que às vezes você se sinta sem rumo e não saiba para onde quer ir, é importante saber que a sua situação atual não é mais o que você quer para si. Só o fato de aceitar que uma mudança é bem vinda já é um começo.

E Louis poderia não saber direito o que estava o fazendo repensar a vida – talvez o cansaço de estar preso ao passado – mas pelo menos ele sabia que as coisas podiam sim ser diferentes. Se ele torna-se diferente. Melhor para si mesmo.


Notas Finais


Olá!
Mais uma att para vocês, meus amôooo@!!! shaus

Eu sei que esse capítulo não foi tão fofinho assim, mas eu gostei muito dele e do final principalmente.

Vocês percebem que tanto Louis quanto Harry estão passando por mudanças? Sabem dizer o porquê?

Acredito que essa primeira fase da vida adulta, por volta dos vinte, seja um período complicado de decisões e inseguranças sobre si mesmo. E aqui eu queria mostrar isso aqui também. Sim, os dois estão melhorando um pelo outro, mas também por eles próprios.

E queria deixar claro com algumas passagens o que acho fundamental em um relacionamento: respeito e amor. Eu leio diversas fics, algumas maravilhosas e outras nem tanto, e é uma pena o jeito que algumas fics mostram relacionamentos abusivos como se fosse algo legal. Não é, ok?! Se vocês estiverem vendo vocês mesmos em alguma relação (namoro/amizade/etc) em que a pessoa não te respeita e só faz você se sentir mal sobre si mesmo, fujammm!!! Sério, gente. Cuidem bem de vocês mesmos e dos demais. Relacionamento é feito para somar alegria e dividir tristeza (aquele clichê kk)! Não se prendam à quem lhe faz mal. E se você por acaso os amar demais para "perdê-los" lembre-se de que enquanto eles perdem alguém que os ama, você perde alguém que não liga para você, e não deveria se sentir mal por se livrar de uma cruz dessas.

Por hoje é só!

Ju xx.


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