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História ABO Originals - Cicatrizes


Escrita por: iluvlarry

Notas do Autor


Ei tenho voltado rápido, né?
To adorando ❤

Mas já aviso q esse capítulo tem 6,5k de palavras não revisadas. Perdoem os erros.

Espero que gostem xx

Capítulo 30 - Cicatrizes


And I will always be listening for your laughter and your tears

And as soon as I can hold you once again

I won't let go of you, I swear

×××

É fácil se distrair em beijos e Louis e Harry se perdem um no outro sem nem perceber. O pessoal que passa perto não liga muito pela demonstração pública de afeto, pois já é algo com que estão acostumados. Ômegas e alfas podem ser muitos amorosos, e às vezes até sexuais, em público. Não é como se pudessem controlar. O que torna isso mais socialmente aceito, todos sabem como instintos — e o amor — são fortes.

Niall chega razoavelmente perto do casal e pigarreia, chamando atenção de ambos e os fazendo quebrar o beijo.

"Oi, Harry!" O loiro cumprimenta e cora um pouco porque o alfa tem os lábios inchados e vermelhos e ele sabe que está atrapalhando. Harry sorri e acena em cumprimento. "Desculpe, mas hm, a gente tem aula agora, Lou..." Ele chama o amigo que não está com os lábios muito diferentes. Louis sorri e se solta de Harry, dando-lhe um último selinho.

"A gente troca mensagens, certo?" Ele questiona o alfa, que apenas assente.

"Te vejo mais tarde..." Harry fala em um tom manso. A sessão de beijos parece ter apaziguado seus sentimentos conflitantes. Pelo menos, momentaneamente.

Os dois ainda tem sorrisos bobos um para o outro ao que se afastam. A sala dos ômegas e do alfa ficam em lugares opostos, então eventualmente eles tem que quebrar o contato visual e andar rapidamente para sua respectiva sala.

Não está tudo bem, mas não está tudo péssimo. É o suficiente para o momento, e Harry volta para a sala de aula com um semblante melhor. Ele teve sua dose diária de Louis Tomlinson e se sente mais feliz, mesmo que ainda haja muito o que melhorar entre os dois.

"Quem diria..." Niall começa em um tom provocativo e Louis tira a mão do próprio lábio, que ele tocava distraidamente como se ainda pudesse sentir a pressão dos lábios de Harry sobre os seus. "Você e um alfa, ainda por cima original, aos amassos para a universidade toda ver." O irlandês ri e Louis cora, batendo de leve no braço do amigo.

"Cala boca!" Tomlinson rebate constrangido. Quando ele e Harry se beijam eles não pensam em mais nada, mas agora pensar que estava de agarração em público lhe envergonha. "Foram só uns beijos..." Defende-se.

"E que beijos!" Niall provoca. É engraçado ver Louis corado, pois antes de Harry, não era algo que acontecia com frequência. "Se estivéssemos no colegial vocês dois provavelmente seriam eleitos os reis do baile, o casal mais bonito e popular sempre ganha..." O loiro divaga.

Niall sempre quis um namorado. Era seu sonho conhecer o alfa de sua vida. Ele tinha um pouco de inveja das pessoas que conseguiam isso já na adolescência.

Mas ele não tinha inveja de Louis, ele ficava verdadeiramente feliz que o amigo tivesse encontrado um alfa para si.

Ele achava que mais difícil que ele encontrar alguém, só Louis Tomlinson se apaixonar. Mas pelo visto, havia acontecido antes que Niall conhecesse sua alma gêmea.

"A gente não é popular. Não tem isso aqui." Louis divaga pensando como deveria ser no antigo colégio do amigo. Louis não teve nenhuma dessas experiências, porém a universidade não lhe parece nem um pouco com o ambiente de colégio que ele via em filmes.

"Claro que são, Lou... Não vou dizer que todo mundo sabe quem são vocês, porque aqui tem realmente muita gente. Mas tem uma galera que te conhece como o suposto ômega que socou um alfa..." Ele ri com a lembrança e Louis ri também, lembrando das pessoas que ficaram em dúvida de seu status por apenas um soco. "E Harry é um alfa original de sobrenome Styles. Gente o suficiente sabe quem são vocês."

Louis dá de ombros porque isso não importa e o amigo irlandês apenas anda em silêncio por um tempo.

"Zayn estava me desenhando..." Niall solta depois de um tempo, eles estão quase na sala e não vão ter tempo de conversar, mas Tomlinson arqueia a sobrancelha e incentiva o amigo à dizer o que deseja. "É um projeto do curso dele... Algo sobre desenhar coisas e pessoas que te deixam feliz." Ele diz sorrindo e Louis bagunça seu cabelo.

"Isso é realmente fofo, Nialler."

"Ele vai te desenhar também, provavelmente." O loiro acrescenta, tentando evitar que algum ciúme surja entre os amigos. Afinal, Zayn gosta de Niall da mesma forma que gosta de Louis, então faz sentido que ambos amigos apareçam em seus desenhos.

"É pode ser. Mas você é quase como um labrador, Ni..." O ômega mais velho diz rindo e o loiro franze o cenho. "Você é como um, todo mundo te ama e quer te apertar." Louis abraça o amigo que revira os olhos, e imita um latido, apenas para fazer ambos rirem como idiotas antes de entrar na sala de aula.

*

Louis e Harry não almoçam juntos. Eles trocam mensagens e o alfa tem uma desculpa sobre almoçar com a família e ir direto para a empresa. O ômega diz que entende, que está tudo bem, mas na verdade ele diz isso mais para afirmar para si mesmo que as coisas não estão tão ruins. Porque mesmo depois de trocarem beijos o clima entre eles ainda parece tenso e há aquela sensação de algo mal resolvido.

Harry apenas dá um jeito de, discretamente, descobrir se Charles fez o que ele exigiu. Ele descobre que o professor pediu um afastamento, houve um atestado médico, e Harry se preocupa um pouco. Ele não se identificou, e ele duvida que Charles saiba quem ele é, mas ainda há a possibilidade do professor ser um idiota e ir prestar queixa pela agressão.

Styles passa a tarde preocupado com isso. Ele faz ligações e pesquisas, e pensa bem em como ele poderia resolver a situação se as coisas piorassem. Ele não tem medo de ser preso ou processado, Charles não tem provas contra ele e Harry tem dinheiro e influência o suficiente para nunca ir parar na prisão. O que ele não quer é que o professor continue dando aula, que ignore a ameaça de Harry e o faça ir ao extremo. Ele quer o professor bem longe de Louis, e não se importa em fazer o que for preciso para isso.

Por sorte, em meio à toda sua pesquisa ele descobre que Charles colocou sua casa à venda, o que significa que ele está de mudança. Harry sorri satisfeito e analisa a situação. Charles pediu um atestado e não apareceu na universidade com o rosto machucado, o que é algo positivo. Ele está vendendo sua propriedade e provavelmente tentará alguma transferência ou um novo emprego sem se desligar automaticamente da universidade, apenas tentando ajeitar sua nova vida sem perder muito financeiramente. Harry sabe que forçou uma mudança drástica, mas ele não podia se importa menos.

Dane-se o tipo de vida que Charles vai levar daqui pra frente ou o quão assustada sua esposa ficou quando viu seu rosto.

Isso não é problema do alfa original, seu problema já foi resolvido e ele se permite relaxar sobre isso.

Ele tem um tempo tranquilo na empresa no resto da tarde.

Ele cruza com seu pai, e Des questiona se o filho jantará com a família, mas Harry nega. Ele já marcou com Louis e ele diz isso ao mais velho, que apenas sorri e lhe diz para se proteger. Harry quer morrer com o comentário indecente do próprio pai, mas apenas ri.

Sua família provavelmente pensa que ele está tendo muito sexo, em todas as noites que diz que está indo se encontrar com seu ômega. Bem, quem dera fosse isso mesmo.

Ele está tendo um tempo difícil em relação à isso. Provavelmente bateu algum recorde de período mais longo sem transar, desde que conheceu Louis. Sua mão esquerda poderia dizer, mas ele ignora a questão. Há outros problemas, além desse, para ele pensar sobre.

E falando em problemas, Harry esperava não ter nenhum no ambiente de trabalho, mas ele percebe que a mesa em que costuma ficar sempre tem bilhetinhos anônimos. É patético e anti ético. Mas ele apenas os amassa sem ler e joga no lixo.

Ninguém ainda teve coragem de dar em cima do alfa descaradamente, afinal Harry tem sempre um semblante sério no rosto e acaba intimidando os colegas de trabalho.

Porém, ele é um alfa original solteiro e bonito. Além de rico e futuro dono e administrador da empresa. Há pessoas lá criando coragem e bolando um jeito de se aproximar dele.

Ele percebe o jeito que um ômega, em específico, o olha. O rapaz é da sessão contábil e nem trabalha perto do alfa, mas tem feito caminhadas extras apenas para fitar o filho do chefe de longe. É um rapaz bonito, loiro, de olhos azuis e pequeno. Seu corpo é esguio, e Harry não vê muita graça nele, mas não o acha feio. Acontece apenas que ele não é Louis, e portanto, não tem chance.

Tomlinson trabalha bastante no sebo nessa sexta-feira, ele tem remendado livros e mais livros. E a situação não é nada boa ao que alguns rasgaram várias páginas pelo jeito bruto que os livros, já velhos, foram jogados ao chão pelos pestinhas.

Senhor Collins aparece por volta das quatro horas da tarde para verificar como as coisas estão. É algo que o dono do sebo não costumava fazer, mas agora que não confia mais em Louis, faz. É chato e desconfortável. Tomlinson fica tenso esperando por uma demissão, mas o velho não fala nada. Ele apenas observa com seus olhos julgadores e Louis se sente mal.

Ele quer dizer que a culpa não foi sua. Que os alfas pestinhas que resolveram causar na loja. Que ele tentou pará-los, mas falhou. Mas é justamente isso, a culpa é dele sim. Louis não consegue cuidar sozinho de uma loja, não consegue ser uma figura de respeito e expulsar dois pirralhos antes que eles bagunçem tudo.

Ele não é bom nem para o emprego mais simples e está desesperado com seu currículo e os possíveis novos empregos.

Ele pode ver nos olhos castanhos de seu patrão que o mesmo se arrepende de ter contratado um ômega. Ômegas são frágeis e não conseguem cuidar sozinho das coisas, principalmente de um estabelecimento. Louis está com raiva por saber que ele pensa assim, e está com mais raiva ainda por pensar que ele tem razão. Está bravo consigo mesmo porque se ele fosse um beta talvez aquilo não tivesse acontecido.

Muita coisa teria sido evitada se Louis tivesse nascido beta.

Quando o expediente termina seu patrão ainda está na loja. Ele diz "Pode ir embora, Louis. Eu fecho aqui." E o ômega espera que ele complete a frase com algo como "pode ir e nem precisa voltar mais." Mas não acontece, pelo menos não hoje.

Harry lhe oferece carona por mensagem, ainda é o começo da noite e ele poderia levar Louis e depois passar na própria casa para se arrumar e voltar para o apartamento do ômega. Mas seria uma viagem perdida e Louis dispensa, ele ainda tem que limpar a bagunça da noite anterior e não quer correr o risco de Harry resolver ficar direto e ver as garrafas vazias e resto de maconha. Além da bagunça usual que o apartamento está e Louis se envergonha.

Ele vai embora à pé. Pensando em todos seus problemas e como ele está cansado de tudo dando errado. Dele arruinando tudo que toca.

Ele chega ao apartamento e combina por mensagem um horário com Harry, o que lhe dá duas horas para arrumar tudo e tomar um banho. A louça é a primeira coisa que ele mexe. Tomlinson coloca uma música e lava tudo enquanto canta. Ele dá um jeito na sala, e arruma a própria cama que está bagunçada desde a manhã. Ele acha um pouco inútil ter que fazê-la sempre sendo que de noite vai bagunça-la novamente, mas isso é apenas seu lado preguiçoso falando.

Ele olha o relógio do celular e vai para o banho. A água morna o relaxa e é como se lavasse seus problemas para fora. Ele toca em algumas marcas antigas em seus braços e se amaldiçoa brevemente por estragar a própria pele. O lado bom é que são feridas fechadas e nada dói mais, não fisicamente.

O ômega se perfuma e escolhe uma roupa bonita. Ele e Harry não vão sair, mas ele quer aparecer apresentável. Quer estar bonito e desejável, e é um desejo inconsciente.

Ele nem sabe quando começou a pensar aquele tipo de coisa, mas já virou rotina.

Quando sai do quarto e verifica o celular, acaba vendo uma mensagem do alfa de alguns bons minutos atrás, e então o interfone toca e ele corre para atender, liberando a subida de Styles e anotando mentalmente que ele tem que falar com John, que isso de avisar sempre antes de subir não é mais necessário.

Apesar de que isso lhe dá um momento à mais para verificar se está tudo em ordem, e ele acaba percebendo que está sem sua gargantilha e resolve coloca-la mesmo que Harry já o tenha visto sem, expondo sua cicatriz. Ele não gosta da marca e ainda detesta lembrar que o alfa achou que ele mesmo a tinha feito.

Ele abre a porta antes que Harry bata e ele tem um sorriso no rosto, Harry também sorri, mas não tão animado. Ele levanta algumas sacolas e Louis o deixa entrar, colocar as coisas no balcão e só depois se cumprimentam com um beijo curto.

Não é como se Harry não estivesse feliz por passar um tempo com seu ômega, mas ele ainda estava irritado com Louis, e ter o porteiro lhe lembrando que ele deve se anunciar antes de subir apenas lhe dá mais raiva.

Zayn Malik tem uma maldita cópia da chave do apartamento, enquanto Harry ainda tem que ser anunciado antes de subir.

"Você fez mais compras..." O ômega comenta espiando as sacolas, há ingredientes diversos e um bom vinho. "Qual o prato de hoje?" Ele questiona enquanto senta-se no banquinho do balcão. Observando Harry começar a pegar panelas e talheres.

"Hm... Eu pensei em legumes e massa. Mas realmente não sei. Pensei em inventar algo hoje..." Harry fala de forma monótona.

Ele parece distante e Louis não sabe dizer se o alfa nem queria estar ali ou se ele realmente só está frustado por não saber o que cozinhar.

"Você quer ajuda?" Ele oferece esperando que o alfa aceite, mesmo que seja provável que não.

Harry não gosta de dividir a cozinha e Louis é quase um desastre nela.

"Não precisa, Lou..." Styles se vira e sorri, indo em direção ao balcão e pegando as coisas que comprou.

Louis o observa cuidadosamente, há algo ruim sobre eles hoje. Algo desanimador.

Tomlinson se cala, decidido à não atrapalhar Harry ou tentar conversas que certamente terminaram monossilábicas.

O silêncio não dura muito, no entanto, Louis fica realmente inquieto. Seus olhos acompanham cada movimento do alfa original e ele chega à tentar espiar as panelas por cima do ombro do alfa, que vira o rosto e faz uma careta por ver Louis atrás de si enquanto ele está no fogão.

"O que foi?" Harry questiona com uma expressão neutra. Ele consegue notar toda a inquietude do ômega, e sente o olhar constante em suas costas.

"Hm... Nada. Nada. Só... Urgh!" Louis se afasta um pouco e deixa de ficar na ponta dos pés para tentar espiar. "Estou entediado. Não é tão divertido assim só assistir." Ele reclama em um tom manhoso.

"Eu que estou cozinhando, não é para ser divertido para você." Harry rebate friamente e ele pode ver a expressão de Louis cair.

Ouch! Harry estava sendo duro, eles já tiveram jantares divertidos onde Harry cozinhava e Louis assistia sentado no balcão, e então eles trocaram beijos e ingredientes, e mais beijos e goles de um bom vinho. Tinha sim como ser divertido, apenas Harry que não estava tão no clima assim hoje. Mas ele sentiu-se mal por falar com o ômega desse jeito. Abaixou um pouco o fogo e virou-se. Caçou duas taça na prateleira e abriu o vinho.

Louis apenas o observava, quieto. Harry não costumava falar com ele assim e ele estava se arrependendo de propor o jantar. Não era para o alfa se sentir o cozinheiro e apenas preparar calado a refeição, ignorando a existência de Louis no mesmo ambiente.

Ele só queria entender o que tinha feito de tão ruim para Harry agir assim.

O alfa lhe estendeu uma taça de vinho e lhe deu um selinho. "Aqui, toma. Vinho diverte qualquer um." Louis pega a taça e força um sorriso. Qualquer um, ihul, quão divertida essa frase soa. Tomlinson bebe um bom gole e Harry suspira. "Desculpe, babe... Eu só... Tive um dia estressante. Não quis ser rude." Harry se aproxima e segura o ômega pela nuca. É uma posição dominante e Louis se sente pequeno, mas pelo menos agora ele tem atenção. Harry o beija fervorosamente. O gosto do vinho se mistura em ambas línguas e é realmente bom, o menor deixa escapar um gemido quando tem sua língua sugada e cora quando Harry solta sua boca em um estalo.

"Tenho que cozinhar." O alfa ri da expressão atordoada pós-beijo que o ômega faz.

O maior se volta para o fogão e continua com suas coisas enquanto Louis bebe mais vinho. Distraído em pensamentos sobre o quão bom Harry era beijando.

"Sabe... Eu quis esse jantar para gente relaxar, acho que nós dois tivemos uma semana ruim. Pelo visto..." Ele fala e Harry presta atenção, virando o rosto por poucos segundos, um breve olhar antes de responder ainda virado para panela.

"É..." Harry concorda e Louis se frusta achando que o alfa nem vai falar mais nada, deixando o assunto entre eles morrer e o silêncio chato predominar. "Foi uma semana cansativa. Mas amanhã é sábado, é isso que importa, né?" Ele sorri brevemente, mostrando um pouco mais de interesse em Louis.

Dá para dizer claramente que Harry está diferente, mas Louis tenta lidar com ele mesmo assim.

"Sim... Sábado. Eu não tenho planos, você quer fazer alguma coisa?" O ômega propõe sorrindo, o alfa esteve um pouco distante, mas eles podem usar esse fim de semana para se reaproximarem.

Harry pensa por um momento. Ele gostaria de qualquer coisa com Louis. Dormir e rolar o dia todo na cama com o ômega lhe parece ótimo.

Procurar por um apartamento também é algo que ele deseja. E se ele pudesse levar Louis consigo seria melhor ainda.

Pois Harry admite, ele não gosta do apartamento de Louis. A cozinha dele mal tem os aparelhos necessários, a televisão do ômega na verdade é o notebook — cuja a tela é pequena demais, o sofá não é bom — e ele só gosta quando tem Louis em seu colo, e a cama do ômega é um móvel razoável, mas não é uma cama king size com lençóis 100% algodão. Resumindo, o lugar é péssimo, mas é o único lugar que ele tem um tempo à sós com o ômega.

"Hm... Eu estava pensando em visitar alguns apartamentos." Ele conta e se vira rapidamente, observando a expressão de Louis, que tem uma sobrancelha arqueada. "Estou querendo me mudar. Já está na hora de parar de morar com meus pais."

E ele quer muito um lugar só dele e de Louis, extremamente confortável e seguro. Diferente da onde o mais velho mora.

"Sério? Wow... Mas e o que sua mãe acha disso? Você ainda é novo..." Louis comenta pois ele já percebeu como Anne é apegada ao filho. E ele também já viu a mansão em que o alfa vive. É um lugar tão bonito, Harry não tem motivos para se mudar.

"A gente tem a mesma idade praticamente." Harry rebate, e Louis sabe que é verdade, dizer que Harry é novo para morar sozinho é contraditório quando ele mesmo faz isso. "Eu já falei isso com meus pais. Minha mãe não ficou muito feliz, mas eu mal tenho parado em casa mesmo..." Ele dá de ombros e ri.

Louis sorri sincero. "Bem, isso é legal..."

"Você quer ir junto? Visitar os apartamentos?" Harry convida e ele realmente espera que Louis aceite. Ele quer comprar um lugar que agrade os dois, já que pretende levar Louis lá muitas vezes.

Ele sonha no dia em que Louis vai aceitar morar com ele. É algo distante, mas ele quer tanto que não resiste à planejar o novo apartamento de um jeito que se adapte aos dois.

"Claro." Tomlinson aceita sem pensar muito. Ele sabe que vai se sentir desconfortável e um pouco deslumbrado, porque Harry provavelmente procurará apartamentos no mesmo nível da mansão em que vive, mas ele não quer fazer desfeita e estragar mais o clima entre eles.

Styles sorri, larga a panela rapidinho e toma um gole da taça que separou para si. "Arrume a mesa, ajudante." Ele diz após beijar suavemente o outro, que ri levemente com o tom divertido usado e suspira aliviado pois tudo está entrando nos eixos.

Tomlinson não tem uma mesa, então ele apenas arruma os pratos e talheres no balcão.

Não demora muito, apenas alguns goles de vinho, beijos e minutos, e então a comida está pronta.

É algo simples, e pode-se dizer que Harry não estava afim de cozinhar hoje. O que não impede de ser uma refeição saborosa.

Os dois estão de frente um para o outro, rindo, comendo e bebendo.

Harry admira Louis por um segundos e pensa sobre como ele o faz sentir. Todo o amor, o medo, o ciúmes e a rejeição. Todos os beijos, palavras e toques. É incrível como mesmo chateado ele continua com a certeza de que o ama. Mais que tudo e para sempre. Ele só se entristece porque parece que Louis não sente o mesmo.

Reflete sobre tudo que ainda não sabe sobre o ômega e resolve fazer um teste. Puxar um assunto que parece ser delicado, só para ver o quanto de confiança Louis tem nele.

Porque o ômega sabe sobre a família Styles, Harry sempre lhe conta. E ele pergunta sobre Anne sem nem conhece-la. Então família é uma assunto recorrente e confortável, mas só da parte do alfa.

Harry quer saber mais.

"Como foi sair da casa dos seus pais?" É a sua primeira pergunta, ele vê como o semblante de Louis muda, e ele sabe que a família do ômega é algo complicado. Louis sempre foge do assunto e nunca fala sobre eles, Harry só quer saber o que aconteceu.

Louis fica em silêncio, atônito pela questão fora de hora. O clima leve se esvai.

"Anh..." Ele resmunga, mas deixa a fala morrer.

"Bem, você é novo também... E mora sozinho. Eu só estou curioso, Lou. Você nunca fala sobre eles..." Harry tenta apaziguar a situação e pega na mão do ômega por cima do balcão.

Harry quer passar confiança e Louis tenta decidir se conta ou não sobre ser órfão. Não é como se ele pudesse esconder isso para sempre, mas ele não quer o olhar de dó de Harry, nem perguntas demais sobre seu passado. Ele não quer contar como foi no orfanato ou como a cicatriz que ele tem é de quando um de seus pais tentou lhe matar, ou pelo menos é o que ele acredita, já que nem isso ele não sabe direito.

"Eu não saí da casa dos meus pais..." O ômega toma coragem de dizer, e Harry franze o cenho de imediato. Não é a resposta que ele esperava e ele quer perguntar, mas Louis o cala ao que começa a falar. "Harry... Não é um assunto que eu goste muito, e é por isso que eu evito. Não é nada demais, eu já estou acostumado. É só que eu não sei quem são meus pais. Eu nunca os conheci. E nem quero, para falar a verdade..." Ele diz calmamente e analisando a feição do alfa, que se retorce em confusão.

"Como?"

"Eu sou órfão." Louis diz e dá de ombros, um sorriso pequeno de indiferença plantado em seus lábios, mas os olhos tristes.

Ele quer dizer isso como se não fosse nada, mas é sim algo importante. É sobre a vida dele, a família dele, os próprios pais que não o quiseram.

E Harry está perplexo. Como Louis não tem pais? E ele pode entender agora porque Louis nunca fala sobre eles, e porque Zayn lhe disse que ele nunca conheceria os sogros.

Ele está um pouco bravo por sabe isso só agora, mas ele não vai brigar. Não faz sentido brigar com Louis por ter dificuldade de falar sobre isso.

E Louis solta sua mão, e desvia o olhar, ele não quer ver o olhar de dó que Harry lhe dá. Mas está ali, junto à todas as dúvidas.

"Por quê? Como? Eles morreram?" Harry tem que perguntar, tem que entender o que houve.

"Eu não sei, Harry!" Louis leva um dos dedos para os olhos, ele não vai chorar sobre isso. Ele engole em seco e seleciona as palavras. "Eu não sei quem eles são ou porque não me quiseram, tudo que eu sei é que desde bebê estive em um orfanato. E é isso. Eu não tenho família. Sou só eu e eu."

Harry para um pouco. Há um silêncio terrível e Louis não olha em seus olhos. Harry quer dizer que não é apenas Louis e Louis. Quer falar que ele está ali, que o ômega não está sozinho. Mas a frase dele não é sobre agora, é sobre a vida inteira. Uma vida inteira sem família e sem amor.

Tomlinson pega sua taça e bebe mais. Ele não vai chorar só por falar disso, a única coisa que ele não quer é debater com Harry tudo que ele já deveria ter superado, porque aí sim ele vai chorar.

Ele não é tão forte assim. Na verdade, ele se sente bem fraco em relação à isso tudo. Pateticamente fraco.

E não é como se Harry estivesse chorando, mas seus olhos estão tristes e quase marejados quando ele pensa em um Louis, ainda bebê, sendo abandonado.

Ômegas e alfas amam seus filhos como a própria vida, então Harry não consegue imaginar um casal abandonando seu bebê dessa forma. É cruel demais... Uma história triste e mal explicada.

Ele quer saber mais. Ele quer entender tudo que aconteceu, descobrir tudo que ele não sabe sobre o passado de Louis, e até o que nem o ômega sabe.

"Você já tentou procura-los?" O alfa questiona baixinho e Louis levanta o olhar como se a pergunta fosse absurda.

"Eles me abandonaram, Harry!" Ele rebate mais rude do que pretende, sua raiva não é com o alfa, mas com seu próprio passado. "Eles não me quiseram e eu não os quero." Ele diz impassível e Harry assente.

"Desculpe..." Styles pega novamente na mão do ômega e Louis deixa.

"Me desculpe, também. Você não tem nada a vê com isso, não é com você ou sua pergunta que estou... Bravo." Suspira tentando voltar ao normal. "Eu só não gosto desse assunto. Eu já passei muito tempo pensando sobre e eu tento todo dia esquecer, então... Não adianta nada, sabe? Ficar remoendo."

"Eu não sabia..." Styles continua à se desculpar. Ele gosta de saber, gosta que Louis tenha lhe contado, mas não gosta do jeito que o ômega fica e o quão triste a situação é.

Se não fosse um assunto tão delicado e se ele soubesse melhor o que Louis já tentou ou não descobrir, então ele até tentaria propôr uma busca.

Ele não conseguia acreditar que Louis havia sido abandonado. Sua mente não aceitava isso. Deveria haver outra explicação. Um sequestro, um abandono por falta de condições, a morte dos pais sem Louis saber, qualquer coisa que justificasse Louis ter parado no orfanato, mas nada que afirmasse que foi por falta de amor.

O que Tomlinson não havia falado era sobre como a cicatriz em seu pescoço era antiga, de como a história dele era algo como um bebê deixado para morrer na porta do orfanato. Era uma história estranha, mas Louis desconfiava que quem tentou lhe matar foi um de seus progenitores, o porquê de não terem ido até o fim ou terem lhe deixado justo naquele lugar ele não sabia.

E não queria saber.

"A comida está ótima..." Ele elogiou apenas para mudar de assunto e Harry suspirou.

Era óbvio que o alfa não esqueceria tão cedo sobre isso. Ele lembrava de quando tentava achar informações sobre Louis. Como não encontrou nada sobre sua família, e sentia-se burro por não ter sacado antes.

Harry não diz nada. Ele não tem cabeça para tentar fingir que não está surpreso com a revelação. Ele mal consegue focar no tempo presente. Tudo que ele consegue pensar é em Louis.

Louis bebê sem pais. Louis falando suas primeiras palavras para alguém que talvez nem tenha de importado. Louis passando seus aniversários sozinho. Louis tendo que aceitar que outras crianças têm família e ele não. Louis vendo crianças serem adotados e ele ficando para trás.

E tudo isso só lhe gera mais dúvidas. Onde ele morava? Como era? Como ninguém nunca o procurou... Ou adotou? Como eram os aniversários e os natais? Os dias dos pais? Ele queria bombardear o ômega de perguntas, mas o mesmo permanecia em sua frente comendo sua refeição como se nada tivesse acontecido. Ignorando.

Louis fazia isso demais, ignorava tudo o que não queria lidar. E Harry se segurava para não força-lo à nada, mas era tão difícil.

Eles terminaram a refeição em silêncio. Tomlinson não tentou mais puxar assuntos aleatórios, o alfa não o responderia. Louis levou tudo à pia e começou a lavar a louça.

"Não precisa fazer tudo sozinho." O alfa disse em relação à arrumação, mas sua frase tinha duplo sentido.

Será que ele não percebia que Harry não estava ali apenas para enfeite? Ele queria ajudar! Ele queria saber mais e queria protege-lo. Ele queria confiança e mesmo que Louis tenha lhe contado sobre sua falta de pais, ainda sim foi de forma vaga.

"Seca e guarda, então." Louis lhe lança um sorriso pequeno e continua com a louça. O alfa suspira frustado, mas o ajuda a pôr a cozinha em ordem.

Quando terminam Harry o abraça. Rodeia seu corpo pequeno com seus braços fortes e lhe prende à si. Louis é pego de surpreso e demora para reagir, passando seus braços pelo tronco do maior e o abraçando de volta. Há um sorriso sincero em seu rosto quando ele encara os olhos verdes.

"O que foi isso?" Ele questiona ainda abraçando e sendo abraçado.

Harry tem uma de suas mãos acariciando os cabelos lisos e castanhos do ômega. Ele observa o rosto bonito e o sorriso amável e apenas tenta lembra-lo. "Eu estou aqui por você, sempre." Seu tom é sério e Louis sabe que ele está dizendo isso por descobrir sobre sua falta de família.

O ômega solta os braços que estão ao redor do maior e agora só Harry o segura. Louis posiciona suas mãos sobre o peito do mais alto e encara seus próprios dedos. Ele pisca e tenta falar firmemente. "Eu não quero que você tenha dó de mim." Ele não fita os olhos verdes, ele não quer parecer fraco, mas mais uma vez, não é isso que ele é?

"Louis..." Harry levanta seu queixo e os olhos azuis demoram a olhar para si, mas quando o fazem estão certamente magoados.

Harry não consegue ignorar esse tipo de coisa. Ele entende que Louis não quer parecer frágil e não quer que o alfa tenha pena de si. Mas ele foi uma criança abandonada e Harry sente dó de todas elas. Corta seu coração que coisas assim aconteçam. E dói muito mais quando tudo que tem de ruim parece ter acontecido justamente com quem ele mais ama.

E ele não pode mudar nada.

"Não é dó..." Ele mente um pouco, é um pouco de dó sim. Mas é mais amor e preocupação do que qualquer outra coisa. "Eu só quero que você saiba que eu estou aqui, pra qualquer coisa que você precisar. E eu agradeço que você tenha me contado isso, eu não consigo nem imaginar o quão difícil deve ter sido..." Ele divaga e Louis lhe dá um selinho, quebrando sua linha de raciocínio e tentando se soltar em seguida.

"Não mude comigo só porque sabe isso agora." Tomlinson diz e ele parece na defensiva.

Harry suspira, contrariado e irritado. "Eu não estou mudando. Mas isso é algo importante. É sobre você, sua vida."

"Eu sei! Mas é só mais um fato que não vai mudar..." O menor passa as mãos pelo próprio rosto, frustado e quase brigando com o alfa sem nem saber porquê. "É por isso que eu não gosto de falar sobre isso... Eu sabia que você ia surtar sobre isso."

"Eu não estou surtando." Harry rebate com raiva, ele estava pensando muito sobre o assunto e provavelmente não iria sossegar enquanto não descobrisse mais sobre a família do ômega, mas definitivamente ele ainda estava muito bem controlado.

"Você... Argh!" Louis soltou-se de vez do alfa, que apenas tinha as mãos em sua cintura e foi em direção à sala sentando-se no sofá e esfregando seu rosto. Ele não iria chorar. Não iria. Harry o seguiu e parou à sua frente. "Você está com dó de mim!" O ômega acusou.

"Não estou!" O alfa original disse exasperado. Louis tirou as mãos do rosto e encarou o alfa firmemente, a sobrancelha arqueada e os olhos azuis o desafiando a mentir mais uma vez. "Tudo bem, talvez eu esteja!" O maior confessa. "O que eu posso fazer, Louis? É triste pensar sobre isso, eu só consigo imaginar tudo que você passou e que você não merecia nada disso!".

O ômega morde o lábio inferior e concorda. Pelo menos Harry não insiste que não sente dó, é óbvio que ele sente. Louis mesmo é cheio de autopiedade e ele consegue reconhecer esse tipo de sentimento.

"Só prometa que não vai tentar me fazer procurar minha família..." Louis pede e Harry faz uma cara de ofendido.

E droga, Harry queria um tempo para convencer Louis à fazer isso. Revirar o passado e descobrir tudo.

O alfa continua em silêncio, ele não está disposto à prometer algo que sabe que não irá cumprir.

Louis suspira, derrotado, mas tenta mais uma vez. "Niall e Zayn já tentaram procurar, não deu em nada. É estressante e eu não quero, Harry." Ele dita e o alfa desvia o olhar por um tempo, pensativo e com punhos cerrados.

Ele é o único que não está tendo sua chance, porque alguém já tentou e falhou então ele não tem direito nem à uma mísera tentativa.

É tão injusto e isso tudo só soma em toda sua frustração já existente.

"Harry?"

"Eu não vou prometer nada, Louis. Não gosto de promessas desse tipo. Eventualmente, se você mudar de opinião eu vou estar à disposição." Como sempre. Ele completa mentalmente.

Sempre esperando por uma ação da parte do ômega, uma permissão, uma motivação. Nunca tomando partido de nada.

Louis bufa, irritado. Harry não parece que desistirá da história e isso o frusta. Ele só quer que o alfa respeite suas escolhas e não o olhe com dó.

"Ok, assunto encerrado, então? Porque eu realmente queria apenas ter um bom jantar e assistir algum filme essa noite... Sem estresse." Ele propõe e espera que Harry entenda como filme é um código para beijos e aceite deixar todos os assuntos chatos para lá.

"Você sabe que não... Por que não tenta procurar seus pais pelo menos uma última vez? Eu sei que seus amigos tentaram, mas eu tenho muito mais recursos e-"

"Não, Harry!" Louis rebate irritado, ele sabe que o alfa só está tentando ajudar, mas ele não quer correr atrás de quem tentou lhe matar. Harry parece realmente chateado e ele quer morrer pela forma que esse assunto de merda está estragando toda sua noite. Styles está chateado porque ele sabe que tem como achar os pais de Louis, ele tem dinheiro de sobra para contratar o melhor investigador do país, e é frustante que Louis não lhe deixe tentar ao menos uma vez.

"Lou..." O alfa tenta mais uma vez, ele pode estar até insistindo demais, mas sente como se essa fosse a única chance de convencer o ômega. "Eu sei que você tem mágoa deles, mas você não sabe o que houve. Eles podem estar procurando por você e-" Harry vai dizendo, mansamente, tentando se aproximar de Louis, toca-lo como se isso fosse ajudar, mas é interrompido por um Louis levantando de abrupto, o corpo quase chocando com o do alfa.

O ômega tem os olhos avermelhados e raiva, muita raiva acumulada nos olhos azuis. "Eu não quero encontra-los! Eu não quero que eles me encontrem!" Ele quase grita e Harry fica alarmado, a situação fora de seu controle. "Eu quero eles bem longe de mim! Do mesmo jeito que eles me quiseram longe deles! Sabe porquê, Harry? Porque eles não só me abandonaram... Eles tentaram me matar. Eles cortaram o meu pescoço quando eu só era a porcaria de um bebê indefeso e me deixaram para morrer. E agora... Agora eu tenho que olhar todos os dias para essa marca..." Ele coloca a mão sobre o próprio pescoço, as lágrimas já caindo e Harry o olhando perplexo, arrependido de tanta insistência. "Olhar todo dia e lembrar... Lembrar de que nem meus próprios pais não me quiseram. Que nem era para eu estar vivo... Que..." Louis ainda caça palavras, ele treme e Harry apenas o puxa para si, abraçando apertado e murmurando desculpas.

"Eu não quero procurá-los, não me faça procurá-los." Ele pede enquanto aceita o abraço do alfa e afunda seu rosto em sua camiseta.

Harry o segura fortemente e tenta acalmá-lo, repete um mantra de “está tudo bem, me desculpe” e Louis ainda murmura algumas coisas, pensamentos ruins, sentimentos expostos.

Harry lembra claramente da marca que seu ômega tem no pescoço, a cicatriz fina tinha alguma história desconhecida, mas ele não estava preparado para sabê-la daquele jeito.

Ele lembra de perguntar à Louis se ele tinha feito aqui, se havia tentado tirar a própria vida... Quando na verdade quem tentou foram seus pais.

Styles ainda estava descrente com tudo aquilo. Não conseguia acreditar que Louis tinha sido abandonado, que quase morreu logo após nascer. E ele sente tanta raiva, tanta tanta. Dez vezes mais do que um alfa normal. É raiva demais. Sentimentos negativos em excesso.

E tudo isso porque ele não podia evitar nada do que as outras pessoas causaram para Louis, mas tinha que lidar com todas as consequências.

Ele nunca imaginou que seria fácil, desde o começo Louis parecia difícil demais por si só, mas conforme foi conhecendo-o melhor pôde perceber o quão pior a situação realmente é.

Louis tem uma carga pesada demais.

E Harry não sabe se consegue aguentar.


Notas Finais


Eu leio todos os comentários, e eu sei q no capítulo passado mt gnt odiou o Louis, mas né... Eu sei bem q a fic tá enrolada, faz parte do enredo. Eu agradeço quem tá lendo e gosta mesmo assim pq entende q a fic não é só smut, e nem posso pular coisas pra "ir mais rápido", argh, odeio coisa sem desenvolvimento. Enfim, o processo é lento mesmo, e se vcs estiverem tão frustados qnt os personagens talvez as coisas estejam indo certo (?)

Eu tbm decidi q não posso dar spoilers kkk afz, falei da tal briga aí agr todo capítulo q posto já imagino q cês acham que é esse. Mas não é.
Tá enrolado assim pq é como eu falei, briga feia é qnd solta tudo que foi acumulado por tanto tempo.

Btw, achei bem importante Harry descobrir logo sobre os pais do Louis.

E se vcs tiverem na dúvida de quem tá certo e quem tá errado, aí sim vou achar q to fazendo certo. Pq não tem, gnt, os dois tão errando e defendendo oq pensam/sentem, e errando mais e mais por falta de diálogo.

Sem criatividade para perguntinhas hoje, só soltem o verbo aí, to curiosa!

Xoxo, até mais ❤❤
{Obrigada pelos favoritos e todos os comentários}

Música do capítulo: Scars // James Bay
Se quiserem ouvir mais dele, let it go e hold back the river são uns amores 💕


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