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História Abracadabra - Like A Rolling Stone.


Escrita por: ldzeppelin

Notas do Autor


Aqui estou eu! Mil perdões pela demora. Eu estava com o capítulo pronto, mas estou passando por alguns problemas e não pude postá-lo.
Ele nem está da maneira que eu queria, mas se eu reescrevesse demoraria mais. Já estou começando o próximo, então com um pouquinho de incentivo, a criatividade dá o ar das graças e eu posto mais rápido. ❤

Capítulo 9 - Like A Rolling Stone.


Fanfic / Fanfiction Abracadabra - Like A Rolling Stone.

Donatella Noel Baldwin – Abracadabra.

– Não posso acreditar. – murmurei rindo completamente desacreditada em quem estava em minha frente. Os cabelos castanhos e os olhos azuis não negavam. – Mick Jagger! – gritei o abraçando.

Eu estava no aeroporto de Las Vegas, Nevada. Havíamos acabado de pousar, e iríamos direto do aeroporto para o show, sem pausa alguma. Passaríamos uma noite apenas em Vegas, e de manhã cedo seguiríamos para Seattle. Dormir? Oh. O que é isso?

E para nossa surpresa e honra – claro –, os Stones estavam na América, e assistiriam nosso show naquela noite. E para melhorar, chegamos ao aeroporto na mesma hora, por coincidência.

– Só fala com ele agora? – aquela voz. Aquele sorriso. Aquele sentimento de ódio e vontade de meter a mão na cara de alguém bem específico. Só podia ser uma pessoa.

– Keith Richards. – tentei conter meu sorriso ao vê-lo, mordendo meus lábios. Não deu certo.

– Senti sua falta também, garotinha. – ele me abraçou; e sim, Keith Richards continuava a cheirar a cigarro misturado com vodka. Talvez um pouco de reboco de parede. O que um homem faz às sete horas da manhã?

– Eu não disse que senti sua falta. Abaixa a bola. – sorri. – O que temos aqui? Bill, Charlie! – os abracei talvez, e não me atrevi a abraçar Brian que estava grudado em Nanny como um carrapato.

Passei os olhos pelo aeroporto, procurando pela cabeleira de Jimmy Page, e o encontrei ao lado de Jonesy, olhando para mim. Sorri e acenei, e ele deu um leve sorriso de volta.

– Então, sugar, é você que vai no meu colo na limo? – Mick perguntou passando o braço pelos meus ombros.

– Que eu me lembre, no carro existe bancos. E bancos são feitos para colocar os traseiros. Então não vejo uma real necessidade de sentar no seu colo. Sem falar que você anda bem magrinho, acho que eu ia te quebrar. – comecei a falar com deboche. Mas depois eu realmente constatei que Mick estava mais magro desde a última vez que eu tinha o visto. – Você anda comendo?

– E eu tenho tempo? – ele revirou os olhos e eu reprovei com a cabeça.

– Você vai acabar sumindo. Quando eu voltar à Inglaterra, vou fazer você comer bem.

– Vou adorar comer bem. – ele disse com certa malícia me fazendo rir e revirar os olhos.

Alex alugou uma quantidade maior de carros, e seguimos até a arena onde o show seria feito para a passagem de som. O show começaria por volta de uma hora, já que voamos de São Francisco direto para cá, sem tempo de passar no hotel e descansar. Descansaríamos em Seattle.

17 de Janeiro. 1969 | 22:00 | Las Vegas, Estados Unidos.

– Um minuto para entrarem ao palco! Rápido! – Alex nos expulsava da cochia para entrar no palco. A contragosto já que eu mantinha uma animada conversa com Bill, eu subi ao palco ao lado da minha banda. Quase não tinha visto Jimmy naquela tarde/começo de noite. Nas poucas vezes que o vi, ele estava com Jonesy ou Percy de cara amarrada reclamando de algo.

Mas tudo se perdia da cabeça de todos nós quando pisávamos no ambiente escuro, com luzes brilhantes rodando pelo teto, e gritos histéricos. Eu amava o meu público. Os amava, pois eles não estavam ali por Luke ser um completo galanteador, ou por Storm ser charmoso. Eles estavam ali porque acreditavam no potencial de cinco pirralhos com menos de vinte e cinco anos como banda. E se eles acreditavam, quem era eu para não acreditar?

Começamos por Cosmic Mind Affair, e assim seguimos o show.

Na hora de Morning Comes, nada mais justo que chamar o guitarrista que ajudou-me a compor umas das minhas músicas favoritas do álbum.

– Para tocar essa música, eu gostaria de chamar ao palco Keith Richards!

Keith veio cambaleando completamente bêbado da cochia, com sua Telecaster em mãos, enquanto eu fazia os primeiros acordes de Morning Comes.

– Me perguntaram na cochia o porquê da Abracadabra ser chamada de Lady, e não de Miss, sendo que ela não é casada. Mas eu digo a vocês: ela tem um casamento bem sério com a música. E a ela honra essa fidelidade.

E assim Storm começou a cantar e Keith me acompanhou na guitarra no refrão da música. E a eu toquei com um sorriso sincero no rosto, como sempre foi quando eu estava sentindo a música em mim.

Engatamos em A Horse With No Name, e depois tocamos alguns sucessos dos Stones. Fora um show maravilhoso. A cada intervalo de músicas, tomávamos uma garrafa inteira de Whisky, e quando o show havia terminado, todos estavam consideravelmente altos.

– Você não alugou um hotel? – Roger perguntou incrédulo para Ryan.

– Eu não. Vocês não vão dormir mesmo. Entrem nos carros, arrumei um lugar legal para irmos. – Ryan disse. Roger deu de ombro, e nos seguiu até o carro.

Eu já não sabia quem estava no carro comigo, só conseguia prestar atenção em Mick grudado em mim cantando algo de Muddy Waters. E bom, aquilo estava me irritando. Contando que o carro estava cheio e abafado, a última coisa que eu queria era a voz de grossa de Mick Jagger na minha orelha.

Bar Bond Vesper era um bar incrivelmente luxuoso em Vegas. Ryan fechou o bar para as três bandas ali presentes, e chamou algumas garotas e alguns famosos que estavam passando por lá. Ótimo. Ryan sempre resolvia tudo. Ele era o cara.

Resolvia tudo para as besteiras serem feitas, e Alex consertar... Por falar em Alex, até ela estava nos embalos de Vegas à noite e ficou alta ao lado de Richard Cole. Graças a Deus.

Sentei-me a uma mesa redonda que cabia todos. Em minha direita, Keith. A minha esquerda, Mick. Pedi mais uma garrafa de Whisky, e um maço de cigarros.

– Você está mais maravilhosa do que eu me lembrava. – ouvi Brian dizer para Nanny, e fizemos um coro de “uh” na mesa.

– Que melação, puta que pariu. – gritei rindo.

– Olha o que eu tenho para nós. – Mick disse tirando do bolso um saco com tabletes coloridos com desenhos de porquinhos voadores.

– Esse deve ser bom. – Luke pegou de sua mão analisando o pequeno porco voador. Logo ele tirou um quadradinho do saco e colocou embaixo da língua.

O saco rolou pela mesa, e todos tinham seus porquinhos alucinantes e voadores de baixo da língua.

18 de Janeiro. 1969 | 05:40 | Las Vegas, Estados Unidos.

– E eu juro que disse para ele: “Moonie, você não pode pular do meu telhado com um guarda-chuva! Você não sabe nadar.” Ele é um danado. – só Deus sabe o quanto eu falava sério.

Ainda estávamos no tal bar, e eu não sabia mais o meu nome. O pequeno porco que estava embaixo da minha língua passou a voar pelo bar junto com luzes cor de rosa. Era tudo tão mágico.

– Você não parece bem, Abra. – ouvi alguém dizer. Forcei os olhos para ver quem era, e infelizmente não reconheci os olhos verdes puxadinhos. – Temos que ir para o aeroporto.

– Aeroporto? Como é? Para onde vamos? – levantei assustada e um tanto quanto tonta olhando para trás. Percebi então que a pessoa que eu estava jogada por cima era o Richards. Levantei meio tonta percebendo que ele ao menos prestava atenção em mim, pois estava de olhos fechados. Talvez dormindo. Talvez desmaiado... Morto ele não devia estar. Em poucos meses que eu conhecia Keith Richards, soube por alto que ele era um tipo de pessoa especial que não morria.

– Seattle. Esqueceu? – puta merda.

Jimmy Page.

Eu sabia que iria sobrar para mim. Enquanto Keith estava segurando uma garrafa, eu estava segurando o corpo molenga de Abracadabra. Aliás, quem foi o idiota que inventou que ela não ficava bêbada? Tudo bem que quase todo o estoque de whisky foi tomado pela garota, mas no momento me parecia irrelevante contar as garrafas de bebidas digeridas por ela.

Estávamos andando pelo saguão do aeroporto á procura de um lugar para sentarmos enquanto nosso avião, e o dos Stones não saiam. Eles seguiriam para Nova York, e nós para Seattle.

– Sente-se aqui, Abra. Quer algo para comer? – perguntei me sentando ao lado dela.

– Eu só quero você. – ela resmungou fazendo bico, e eu sorri.

– Você tem que comer alguma coisa. Ou beber alguma coisa. Acredite, de ressaca eu entendo. – dei de ombros.

– Eu quero chocolate. Pode ser? Chocolate. E bem... Alguns salgadinhos. E suco. Nossa... Eu quero um suco. – ela dizia contando nos dedinhos da mão as coisas que queria. Sorri mais uma vez com sua inocência.

– Tudo bem. – suspirei. – Eu vou comprar.

Levantei-me e fui à procura das coisas de sua listinha de desejos. Encontrei a lanchonete do aeroporto e comprei chocolates, salgadinhos e um suco de uva, que no caso, era o único que tinha. Comprei um pote com pêssegos em calda também. Uma fruta seria melhor do que salgadinhos, mesmo correndo um forte risco dela tacar o pote inteiro na minha cara.

Respirei fundo e dei meia-volta, indo novamente até o banco onde ela estava sentada e tendo o desprazer de encontrar Keith ao seu lado com uma garrafa de vodka pura, fazendo-a beber mais.

– Jim! – ela gritou abrindo os braços, e levantando-se cambaleando até mim. – Você trouxe sacolas. Hum... – ela olhou curiosa.

– São seus chocolates. – eu disse firme. Eu podia não admitir, mas a presença de Keith me irritava.

– Você comprou chocolates pra mim? – ela disse “emocionada”. – C’mere. – ela murmurou selando meus lábios lentamente na frente de todos. Sorri fraco ao ver a feição irritada de Keith.

– Comprei. – mordi os lábios entrando no clima e puxando sua cintura para perto de mim, colando nossos corpos. – E o seu suco também. Só tinha de uva.

– Eu amo suco de uva, Jim. – ela sorriu carinhosa.

– E comprei seus salgadinhos, e um pote de pêssegos em conserva... Você pode estar um pouco enjoada, seria bom comer uma fruta. – murmurei.

– Eu amo potes de pêssegos em conserva... – ela murmurou de volta.

Sentei-me ao lado de Abra, e ela devorou com pressa os pêssegos já que eu insisti. Depois foi a vez dos chocolates, e do suco. Graças ao bom universo ela deixou os salgadinhos para lá.

Os Stones já haviam partido, e nós estávamos no avião decolando para o norte do país. Eu estava sentado com Robert e Bonzo ao meu lado, e Abra em meu colo dormindo.

Ela parecia tão calma. Completamente diferente do furacão de sardas e olhos verdes de horas atrás. Eu não podia negar: ela ficava linda dormindo. Linda mesmo. Suavidade, oh, esta é a palavra para definir. Tão suave. Mas eu realmente gostava dela da maneira com era. Como um furacão.

Gostava dela.

Droga.

Eu realmente gostava.


Notas Finais


Me perdoem por qualquer erro de escrita, estou postando pelo celular. Se alguém soubesse de alguém que fizesse capas, eu ficaria muito feliz. Mudei de personagem novamente, e queria uma capa nova.


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