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História Abstinence - When I lost my heart to you


Escrita por: repxtation

Notas do Autor


Não me matem com esse capítulo! Mamãe ama vocês, boa leitura :)

Capítulo 17 - When I lost my heart to you


Fanfic / Fanfiction Abstinence - When I lost my heart to you

Detroit, Michigan.

POINT OF VIEW JULIETA SMITH

Meu coração ainda batia descontroladamente, sentia minhas pernas bambas quando Luke me carregou no colo para sentar-se em um banco do outro lado da rua. Ele correu para estacionar o seu carro e voltou, com uma garrafa d'água. Fito suas íris verdes e lembro-me, que ele sempre está me salvando.

— Você quer ir ao Hospital? Eu posso te levar, não fica muito longe daqui um.

Balanço a cabeça.

— Eu estou bem, só acho que... O susto foi grande. – Soltei uma risada, mas Luke se mantinha com um semblante sério e preocupado.

— Me desculpe mesmo, eu estava distraído e...

— Não foi culpa sua, acredite. Foi minha. Não sei por que atravessei a rua daquele jeito.

— E estava indo aonde?

— Na delegacia. Meus amigos foram encontrados. – Arregalei os olhos. — Eu tenho que ir lá.

— Precisa de carona? Eu te levo.

— Eu liguei para Justin, mas... – Fitei o celular em minha mão, vendo que a ligação havia sido encerrada. —, acho que ele não vem.

— Eu posso te levar, vamos.

Segurou em meu braço, me ajudando a se levantar. Eu poderia rir de sua preocupação, senão estivesse ainda em estado de choque. Caminhamos até o seu carro e quando Luke estava abrindo a porta do carro para mim, um Audi preto derrapa pela rua e Justin sai furioso e agitado do mesmo, deixando o veículo no meio da estrada e a porta aberta. Ele parecia uma bomba prestes a explodir quando me tirou das mãos de Luke.

— NUNCA MAIS CHEGUE PERTO DELA! – Acertou um soco no rosto de Luke.

— Não começa Justin! – Me coloquei em sua frente, antes dele partir para cima do mesmo novamente. — Para com isso.

Empurrei seu peito com força.

— Vai defender ele agora?

— Não tem motivos para bater nele, Luke não fez nada de errado.

Franziu o cenho.

— Eu não quero você com ele, Julieta!

— Você não pode decidir com que eu ando ou deixo de andar.

— Então vai ficar do lado do seu amiguinho? Vai-me dizer que está dando pra ele também.

Abro a boca, sem acreditar no que ele disse. Fecho a mesma, balançando a cabeça. Como ele poderia me dizer isso?

— Não pense que sou como a Madison. Você sabe bem a quem meu coração pertence, nunca pensei que me diria algo assim.

— ELE É O MEU INIMIGO, CARALHO JULIETA! – Ignorou tudo o que eu disse. — ELE ROUBOU A MADISON DE MIM, ELE QUER ROUBAR TUDO DE MIM!

— Ele é o seu inimigo, não o meu. – Me afastei dele. — Então isso é por causa de Madison? Luke apenas me ajudou, não veja coisas onde não tem Justin.

Bagunçou os cabelos dourados.

— Você é minha, Julieta e não deveria estar com ele.

Desvio o olhar de Justin, sentindo meu coração se encher de magoa.

— Tudo isso é por posse, não? Você não suportaria perder sua posse para mim, Bieber, não é? Mas estamos falando de um ser humano, eu apenas ajudei Julieta. – Luke falou e fitei seu lábio cortado.

— NÃO SE META NISSO! TODA ESSA MERDA ESTÁ ACONTECENDO POR SUA CULPA, NUNCA MAIS CHEGUE PERTO DELA, NUNCA MAIS! – Empurrou Luke para longe e tentou segurar minha mão.

— Eu não vou com você, Bieber.

— Como é? – Me encarou irritado.

— Toda essa merda está acontecendo por sua culpa, você é o único que não entende aqui.

— Entre naquele carro agora. – Apontou para o seu e eu balancei a cabeça.

Dei as costas para Justin e sinto meu braço ser puxado com força, empurro Bieber que se afasta alguns passos e Luke abre a porta do seu carro, entro no mesmo sem olhar para o homem que me encarava sem acreditar.

— Qual o seu destino?

— Eu preciso ir à delegacia. Depois pego um ônibus até o Hospital.

— Nada disso, serei seu motorista.

Ele deu partida e a última coisa que vi foi Justin acertar um soco no capô do seu carro.

— Me desculpe por isso. – Apontei para o seu machucado.

— Está tudo bem, já levei socos piores. – Deu de ombros. — Se ele gosta mesmo de você, vai notar a burrada que fez.

Assinto, mesmo não tendo certeza disso.

Um mês depois...

— A médica me olhou com cara feia de novo, mas eu consegui trazer. – Mostrei a caixa de pizza para os meninos.

Sorri com o sorriso de ambos.

— Eu sou alguns segundos mais velho, tenho mais direito de pedaços. – Dylan se manifestou.

— Você é só 12 segundos mais velho.

— Primeiro os mais novos, sinto muito lhes informar.

Coloquei a caixa em cima da mesa ao canto do quarto, antes de cortar os pedaços, fui até Logan o ajudando com a perna, erguendo-a. Pus em um prato duas fatias para os dois, os entregando e sentei na ponta da cama de Dylan, comendo o meu.

— Graças a Julieta! Não aguentava mais aquela sopa.

— Aquilo nem pode se chamar de sopa, parece água com tempero. – Logan fez careta.

— Como vocês são chatos, não sei como as enfermeiras suportam vocês.

— Você nos ama.

— Eu mereço um prêmio.

— Você podia dormir aqui, hoje, não é?

— Tem uma enfermeira bem gata aqui.

— Dormir aqui? Não, odeio essa poltrona. – Apontei com a cabeça. — Pare de dar encima das enfermeiras.

— Desculpe mãe. – Ironizou Logan.

— Vamos, Julieta. Eu sinto sua falta.

— Eu venho aqui todos os dias e dormi dois dias direto, além do mais, sinto saudade da minha cama. – Fizeram bico. — Prometo que amanhã durmo.

— Sexta você dormiu com o Logan, agora é a minha vez.

— Me amem menos, por favor.

— Convencida. – Logan arrancou o meu pedaço de pizza, mordendo.

— Isso aí era meu.

— Disse muito bem, era.

Revirei os olhos.

Todos os dias vinha para ver Dylan e Logan. Eles ficaram dois dias em coma induzido, por conta dos medicamentos e muitas vezes, ainda tinham efeitos colaterais. Eu revisava com os seus pais, quando eles não podiam, eu dormia no Hospital. Não era a melhor coisa do mundo, mas eu faria tudo pelos meus meninos. Era um sonho os ter de volta, me perturbando e sendo as melhores pessoas que alguém poderia ter.

— Você está nos olhando daquele jeito de novo. – Dylan segurou minha mão.

— Que jeito?

— Olhar materno.

Soltei uma risada.

— Não ia suportar ficar sem vocês. Somos melhores amigos desde que eu me entendo por gente, não soube o que fazer para trazê-los de volta e tive medo de nunca mais voltarem para mim, sãos e salvos. – Minha voz embarga.

Logan estende sua mão e eu seguro, ficando entre as macas.

— Você vai ter que nos aguentar por muito tempo ainda, Jay.

— Vamos estar velhos, vendo nossos netos e contando sobre isso um dia.

— Exatamente. – Logan assentiu. — Vamos contar que conhecemos Julieta por culpa de um maldito balão azul.

— Que era meu.

— Eu vi primeiro, ok? – Faço um sinal para Dylan.

— Mas eu comprei e no final estourou assim que eu segurei.

— Foi destino. – Assentiram.

Limpo os vestígios de lágrimas, soltando uma risada.

— Que viadagem isso, não vou chorar galera. – Gargalhei de Logan sendo seguida por Dylan.

Meu horário de visita acabou e o pai dos meninos chegou uns minutos depois, para ficar com eles. Despeço-me e vou atrás da minha mãe, que me aguardava na recepção. Ela me contava como foi seu dia e a minha mente viajou para algum lugar, ou melhor, alguém.

Fazia algum tempo que eu não falava com Justin, na verdade, nunca mais. Apenas tinha notícias suas através da sua mãe, que parecia preocupada e todos comentavam na escola que o velho Bieber estava de volta e que eu fui apenas mais uma em sua vida. Não era fácil aguentar isso, mas eu já havia enfrentado coisas piores e poderia suportar essa. Eu não poderia dizer que era fácil, na verdade, eu sentia sua falta mais do que tudo e esperei que ele me entendesse, mas isso não aconteceu.

Talvez sejamos diferentes demais para ficar juntos.

Começou a tocar City de Kristen Marie e eu senti meus olhos marejarem, era difícil me fazer de forte sempre. Eu ouvia o som alto do outro lado da sua, eu via ele de óculos escuro e com a sua expressão séria, eu via comentários sobre ele em todos os lugares e me partia saber que o que tivemos foi por água baixo tão de repente. Sentia falta de Justin, do seu sorriso, dos seus beijos, até do seu jeito malicioso ao mesmo tempo carinhoso. Ele me fez sentir coisas que nunca senti, me fez entregar meu coração para nunca devolver.

Pattie queria saber o que aconteceu, sempre que vinha conversar com a minha mãe. Mas eu sempre desviei e mudava de assunto.

Chegamos em casa e eu subi para tomar um banho. Hoje de manhã ajudei Blair a estudar para física por ela estar em recuperação, mandei uma mensagem para a mesma avisando que amanhã seria em outro horário.

Estou indo para uma festa, quer vir?

Você não cansa de festas? Não, não quero, mas obrigado. E se divirta ;)

Nunca hahaha.

Se amanhã eu estiver inteira, dormirei na sua casa.

Amanhã dormirei no Hospital baby, só semana que vem.

Teremos que fazer guarda compartilhada, esses garotos estão te roubando de mim.

Segunda, terça e quarta com você. Quinta, sexta e sábado com eles.

E domingo?

Descansando, em paz.

Sem graça.

Soltei uma risada, antes de por meu celular para carregar e tomar meu banho. Acompanhei minha mãe em uma lasanha, eu gostava de ter esses momentos com ela e dona Lucy sabia muito bem preparar uma. Ela sabia que eu não estava bem, por isso sempre que podia, me fazia esquecer um pouco das coisas.

Eu terminei alguns deveres de casa, antes de deitar. Encarei meu celular e peguei, lendo algumas mensagens antigas com Justin.

Ele ainda pensava em mim?

Ele ainda sentia algo por mim?

Ele sentia tanta falta de mim quanto eu sentia dele?

Desisto de reler as mensagens e fecho meus olhos, esperando que o sono venha.

[...]

Love ain't simple, na na. Promise me no promises...

Estico meu braço para fora das cobertas antes de pegar meu celular e atender, sem ver quem era.

— JULIETA? – Arregalo os olhos pelo som alto.

— Alô? Quem é?

— JULIETA? É A BLAIR!

Tirei o celular da orelha, vendo seu nome no visor.

— Oi, aconteceu algo? Está tudo bem?

— TUDO PÉSSIMO! EU E O CHRISTIAN BRIGAMOS, POR QUE ELE É UM IDIOTA E NÃO QUER ME LEVAR PARA CASA! – Sua voz estava embargada e eu podia a ver chorando. — PODE VIR ME BUSCAR? POR FAVOR!

— Tudo bem, não vá embora, já estou indo te buscar. Mas me passe o endereço primeiro.

Ela desliga sem responder, mas eu podia ouvir a batida alta que machucava meus tímpanos de DNA do Kendrick Lamar. Levanto da cama correndo e troco de roupa, retirando meu pijama e colocando uma calça jeans escura e uma blusa larga preta dos meninos, visto a minha bota de couro e prendo meus cabelos em um coque frouxo.

Pego as chaves da minha mãe e meu celular, uso seu carro e dirijo até o lugar que Blair me mandou o endereço. Era na casa de Christian, ele estava de aniversário. Eles não estavam namorando, mas também não eram amigos coloridos. Poderia estar indo para algo sério.

Depois de quinze minutos, tenho que estacionar o carro do outro lado da rua, pois estava cheio de veículos na frente da casa de Chris. Mando uma mensagem para Blair e espero que ela vir até onde estou.

Olhei no relógio, vendo que era três e cinco da manhã. Saio do carro e na mesma hora começa The Hills, todos dançavam animadamente, pulando e bebendo com seus cigarros. Entro na casa tendo que me exprimir para passar entre os milhares de corpos utilizando o calor humano.

Procuro por Blair, varrendo os olhos por todo o lugar. Mesmo com as caixas de som no último volume, ouço uma gritaria e sigo o som. Entro na área da piscina, vendo uma garota de cabelos loiros claros gritando com Christian, era Blair.

Muitos pararam para ver o que era.

— VOCÊ É UM BABACA! EU NUNCA DEVERIA TER FICADO COM ALGUÉM COMO VOCÊ!

— Blair, para com isso.

— EU ODEIO VOCÊ! – Vejo seu rímel escorrendo acompanhada das lágrimas.

— EU NÃO MENTI PARA VOCÊ!

— MAS NUNCA DISSE A VERDADE, EU CONTEI TUDO PARA VOCÊ!

— O que está acontecendo? – Coloco a mão em seu ombro e encontro seus olhos azuis, cheios de lágrimas. — Blair, vamos para casa.

— Christian mentiu para mim esse tempo todo!

— Ok, você me conta isso em casa. – Tento a puxar.

— Não, eu quero acabar com ele.

Blair parte para cima de Christian que segura seus pulsos. Solto um suspiro, cansada e olho em volta, vendo todos assistirem com fascínio aquela briga. Até meus olhos pararem nele e eu desejei nunca ter olhado.

Era Justin.

No canto da área da piscina, sentado com cinco mulheres seminuas ao seu redor e fazendo tudo com ele. Sinto minha garganta se fechar, meus olhos marejarem e tudo ficar em silêncio ao meu redor.

A resposta era não, para todas as perguntas.

Ele não pensava em mim.

Ele não sentia algo por mim.

Ele não sentia a minha falta como eu sentia a sua.

Por que apenas eu ainda estava aos pedaços.

Ou talvez, só eu tenha estado.

Seus olhos parecem achar os meus e eu não sei como voltar a andar. Um das mulheres senta em seu colo, rebolando e tudo que ele faz é aproveitar, soltar a fumaça pela boca em um perfeito O e mandar o pior sorriso seu que eu pude presenciar para mim. De todos os seus sorrisos, nunca pensei poder odiar um. 

 


Notas Finais


Continuo ou paro?

Com amor, Nikolle.


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