História Abstinence - Shut up and kiss me

Detroit, Michigan.

POINT OF VIEW JULIETA SMITH

Quando chegou sábado, não soube bem o que vestir. Blair estava voltando de uma viagem com Christian, o mesmo disse que eles precisavam de uns dias sozinhos, sem brigas ou confusões. O motivo da separação temporária deles foi que, Blair descobriu um segredo não tão secreto de Chris, ele tinha uma filha. Ela não ficou irritada com ele ainda ter ligação com a mãe da menina, mas sim nunca ter contado para ela. Eu não sabia se ambos estariam presentes no Racha, no entanto, caso fossem... Era óbvio que ficariam ao lado de Bieber. Por pensar nele... Não seria nada fácil estarmos no mesmo ambiente, eu ainda não tinha conseguido esquecer o dia do seu aniversário.

— Não sabe o que vestir? – Me joguei em minha cama, sobre todas as roupas. — Vou considerar como um não.

Minha mãe entrou no meu closet, vasculhando os cabides. Ela pegava um vestido, avaliava e os que gostava, jogava ao meu lado na cama.

— Você tem que ir com algo que goste ao mesmo tempo seja confortável.

— Talvez eu possa desistir de ir. Você faz pipoca e assistimos filme.

— Nada disso, mocinha. E a propósito, eu e Pattie iremos jantar fora.

Ergui meu tronco, observando que Lucy estava arrumada, usando um vestido branco e salto alto. Abri um sorriso ao vê-la. Pattie estava fazendo bem a minha mãe, depois da morte do meu pai, ela não saia mais como antes e nunca se envolveu com outro homem, nenhum outro poderia substituir seu lugar. Isso era fato, mas outros também poderia a fazer feliz tanto quanto ele.

— O que acha desse? – Mostrou um vestido que fazia tempos que eu não usava. Tombei a cabeça para o lado, avaliando-o melhor.

Preto, simples e não chamava tanta atenção. Sua alça era fina e tocava na metade das coxas. Seria esse. Faço um sinal de positivo para minha mãe que abre um sorriso vitorioso.

Agradeço-a e corro para tomar um banho. Faltavam ainda duas horas antes de irmos. Havia ficado tão inerte nos estudos que mal pude cuidar de mim mesma. Depois de tomar um banho, no qual me obriguei a sair por estar pensando debaixo do chuveiro, coloquei uma lingerie preta e passei hidratante em meu corpo. Calcei meus saltos após vestir o vestido, sequei meus cabelos e os deixei soltos.

Fitei meu reflexo no espelho, começando a maquiagem. Era fraca e não chamava atenção, mas insisti em usar batom vermelho. Passei o perfume e avaliei-me, gostando de como estava.

Minha mãe já havia saído, sentei no sofá e mandei uma mensagem para Luke. Em poucos minutos escuto a buzina do seu carro, chaveio a porta de casa e corro em passos pequenos. Luke esticou-se para o lado, abrindo a porta do banco passageiro ao seu lado e eu sentei, abrindo um sorriso para o mesmo.

— Você está linda.

— Você também não está tão mal. – Ele solta uma risada, balançando a cabeça.

Viro-me para trás, observando Lauren segurando sua câmera fotográfica.

— Hoje você será a fotógrafa da noite.

— Por quê? – Peguei sua câmera, verificando a bateria.

Luke bufou.

— Lauren irá competir com o Butler.

Arregalei os meus olhos.

— E se você se machucar?

Ela revira os olhos verdes.

— Eu não, estou acostumada com isso e prometo ganhar.

— Você é louca. – Ela da de ombros. — Apenas tome cuidado, por favor.

— Vou fazer aquele garoto comer poeira.

— Espero mesmo. – Luke resmungou.

— Prometo tirar as melhores fotos. – Coloquei meu olho na lente, registrando a primeira.

De Lauren.

Ela havia se distraído olhando para a rua através da janela, seus olhos estavam mais escuros e brilhantes, uma mecha do cabelo caia sobre o seu rosto.

— Eu confio em você, pedi para Luke fazer isso, mas lembrei que ele tira fotos borradas. – Fez careta e eu ri.

— Estou nervosa. – Confessei.

— Devia ter tomado um copo pequeno de tequila antes de vir, como pedi.

— Não, obrigado.

Ela revirou os olhos.

Antes de dobrarmos a esquina, o sol era percebível. Luke entrou no Racha, meu coração pulava junto com a batida ensurdecedora. Tocava uma música desconhecida por mim. Abriram espaço para ele, que estacionou perto de alguns amigos seus que conheci semana passada, como Drake e Chad.

Drake abriu a porta do carro para mim, oferecendo sua mão. Sorri de canto, aceitando. Caminhei para perto de Lauren, que subiu em cima da caminhonete de Chad, com um copo vermelho em sua mão direita. Balancei a cabeça, me encostando na mesma.

— Vai querer água, de novo? – Drake debochou.

— Me surpreenda.

Lauren soltou um grito junto com o resto e eu ri, sentindo meu rosto corar. Drake entregou um copo parecido como o de Lauren e bebi um gole, era amargo e forte ao mesmo tempo, não sabia o que era, mas havia gostado.

Começou a tocar Needed Me e eu fui puxada para cima pela garota enlouquecida.

— VOCÊ TEM QUE DANÇAR ESSA COMIGO!

Dessa vez eu revirei os olhos, mas segurei sua mão. Balancei meus quadris, tomando outro gole da bebida. Em poucos segundos, eu estava no segundo copo e já me soltava. Lauren agarrou meus quadris, movimentando-se comigo e virei de costas para ela, rebolando lentamente.

— Cara, você é muito gostosa! – Ela gritou me fazendo gargalhar.

Acabou a música e continuámos dançando, chamando atenção e eu tentei não ligar para isso. Algumas pessoas que não conhecia se aproximaram do carro. Três músicas passaram e meu corpo borbulhava, joguei meus cabelos para trás depois de descer até o chão. Lauren agachou-se, estendendo a mão para mim e segurei a mesma. Caminhando em sua volta, enquanto dançava sensualmente. Ajudei a mesma se levantar e Lauren passou suas mãos por meu corpo.

— Eu pegaria você se gostasse de mulher.

Gargalhei.

— Não é por nada não, mas olha quem chegou... – Lauren sussurrou em meu ouvido, ainda dançando comigo.

Olhei de soslaio para trás, vendo um carro estacionar do outro lado em nossa frente. Era Justin. Ele desceu do carro e em seguida, Kayla saiu do mesmo. Muitos gritaram, o venerando. Luke me encarava preocupado e mandei um sorriso de canto para ele.

Justin puxou Kayla pela cintura, beijando seus lábios e senti meu estômago revirar-se. Tentei sair de perto de Lauren, mas a mesma me segurou balançando a cabeça.

— Mostre pra aquele filho da puta, que ele precisa de você e não você dele! – Murmurou em meu ouvido.

— Eu preciso dele.

— Eu sei, mas finja que não! – Ri de sua expressão.

Abracei Lauren pelo pescoço e começou a tocar No Promises.

— É A MINHA MÚSICA! – Gritei para ela, subitamente.

Começamos a pular, cantando alto a música e Luke nos observava com os seus amigos. Lauren virou um copo de vodca, gritando em seguida. Meus cabelos cobriam meu rosto, a morena segurou a minha mão me rodando e eu gargalhei, ficando um pouco tonta.

— Promise me no Promises!

Eu gostava de estar com Lauren, ela me fazia se sentir livre e, eu amava o seu espírito louco. Pulamos como se a noite não pudesse acabar, ela cantou comigo e me fez girar até ficar tonta. Eu queria que os meninos estivessem junto e eu tenho certeza de que estaria completa.

Luke me ajudou a descer do carro, segurando minha cintura e me desequilibrei assim que meus pés tocarem o chão.

— Quer uma água? – Perguntou preocupado.

— Você precisa se divertir, dad! – Balancei seus ombros.

— Ela ainda não chegou. – Vasculhou ao nosso redor.

— Você está tão tenso e preocupado, que não viu sua garota lá do outro. – Apontei com a cabeça para Heather, abraçada com Ryan.

Seus olhos pararam nela e eu jurava ver faíscas. Ele desviou para me fitar, abrindo um sorriso apaixonado. Aquilo havia sido absurdamente fofo.

— Eu quero morder você, olha como sorri quando olha para ela. – Luke revira os olhos.

— Ela é linda.

Assinto.

— Mais uma vez concordamos em algo.

— Minutos antes de o racha começar, vou ir falar com ela.

— Não precisa fazer isso senão quiser. – Colocou as mãos no bolso da calça.

— Eu vou e quero. Eu luto pelo amor, Luke. E quero ver esse amor acontecer. – Ele sorriu, me abraçando fortemente. — Agora vamos, vamos dançar.

Puxei suas mãos, o obrigando a sair do lugar. Luke era uma das pessoas mais tensas que eu conhecia, foi difícil o fazer se mexer. Segurei em sua nuca e ele passou seu braço ao redor da minha cintura, estávamos próximos demais e eu mexi meus lábios, cantando a música. Balançava os quadris na batida da música. Erámos apenas dois amigos dançando, ele sentia o mesmo.

Virei de costas para Luke e meus olhos encontraram aquelas íris douradas, Justin me encarava dançar como se fosse para ele. 

— Espero que ele não me acerte um soco novamente.

— Ele não vai.

— Nem depois disso?

Fitei Luke sorrindo e suas mãos desceram para as minhas coxas, o rosto próximo do meu ouvido.

— Apenas rebole.

Fiz o que ele pediu, segurando sua nuca e encarei Justin, ele continuava do mesmo modo. A mandíbula travada, os olhos escurecidos, desencostou-se do seu carro e quis dar um primeiro passo, mas Chaz colocou a mão na frente e balançou a cabeça. Entendi o que Luke queria e abri um sorriso, minha intenção nunca foi provocar Justin, mas saber que Luke faria algo como isso me deixou feliz. Retirei minha mão da sua nuca e deslizei pelo seu corpo, ficando agachada em sua frente e Luke me puxou, agarrando minha bunda.

Meu rosto corou.

— Desculpe fazer isso.

— Tudo bem.

— EU APOIO ESSE CASAL, CARALHO! – Lauren gritou ao nosso lado, dançando com Chad.

Dei risada, segurando a mão de Luke e voltando para perto do seu carro.

— Não foi boa ideia ela beber antes de dirigir.

— Lauren já fez rachas sem um pingo de consciência, ela consegue.

Dei risada. Lauren sendo Lauren.

[...]

— A DISPUTA DA NOITE SERÁ LAUREN CARTER CONTRA RYAN BUTLER! – Gritou Drake no microfone. — VADIAS E CAFETÕES! – O fitei perplexa, que viu e soltou uma risada. — Menos Julieta, ela é uma rainha.

Balancei a cabeça, tendo o olhar de todos em mim, principalmente os de Justin.

— ELA É A MINHA MULHER, CAI FORA DRAKE! – Lauren colocou metade do corpo para fora do carro.

— VOCÊS ESTÃO PRONTOS?

— SIIM!

— PRECISAMOS DE UMA GAROTA PARA DAR A PARTIDA. QUEM SE OFERECE? – Muitas levantaram a mão e vi Kayla correr para perto.

— JULIETA, VAI! – Luke gritou e eu o encarei rapidamente, sem acreditar.

Neguei, o máximo que podia.

— Eu realmente não quero, quem sabe uma próxima. – Dei um sorriso nervoso.

— A madre Julieta não quer gente, a deixem! – Kayla gritou.

Fitei rapidamente Lauren, que deu um olhar encorajador para mim. Respirei fundo antes de dar os primeiros passos, fazendo todos gritarem em aprovação. Eu podia fazer isso. Esperava. Desejei boa sorte para a minha louca amiga e fiquei entre os carros, cerca de dois metros de distância.

— Competidores, liguem seus motores! – Drake mandou e assim fizeram.

Abri um sorriso com o ronco do motor do carro de Lauren, ela gritou animada, balançando o volante. Drake olhou para mim e eu assenti. Não tinha nenhum pano, mas sabia o que as garotas nessa situação faziam. Justin me observava como quem reprovava minha atitude, vi seus olhos escurecem quando coloquei a mão por debaixo do vestido.

Isso o alarmou.

Deslizei a calcinha fina pelas minhas pernas, gritavam de animação e excitação. Tirei em um pé e segurei a mesma. Levantei um dedo, mostrando a contagem. As pessoas contavam comigo, em uníssom.

— JÁ! – Gritei balançando a calcinha e arrancaram com o carro.

Joguei a mesma no ar e fiquei de costas, vendo Lauren correr como nunca. Dei passos largos e rápidos, sendo recebida por sorrisos e olhares nada agradáveis. Luke deu partido e foi por outra rua, os seguindo. Coloquei meu olho na lente, aproximando um pouco e passei a tirar as fotos.

— O que Luke foi fazer?

— Toda vez que Lauren entra em rachas, ele segue ela e os competidores, pelo caso de alguém se ferir. – Chad respondeu.

Assinto, vendo pelo celular do mesmo, os carros voarem na estrada. Fui para o outro lado, olhando para baixo conseguindo achar Lauren fazendo a curva, registrei esse momento assim como os outros.

— VAI LAUREN! – Gritei assim que ela fica para trás.

Meu coração batia descontroladamente, minhas mãos tremiam, a adrenalina e o medo percorriam por mim como veneno puro. Eu estava torcendo pela minha garota, mesmo sem nos conhecermos muito, Lauren se tornou uma das melhores pessoas que eu poderia conhecer. Ela é completamente louca, sempre ligada na tomada, mas com um coração enorme e muito coruja.

Lauren derrapa em outra curva, aumento a velocidade e ultrapassando Ryan. Eu podia imaginar seu sorriso, ela desviava de tudo em sua frente, mas Butler fica em sua frente novamente. Vejo o olhar preocupado de Drake, contudo antes de pronunciar algo, Lauren sobe em cima de uma madeira sobre um entulho de pedras, voando com o carro e batendo no de Ryan, deixando-o para trás.

Vou para a linha de chegada, ficando novamente parada e vejo o carro dela se aproximar. Lauren estica o braço para fora, pegando a bandeira branca e eu ouço seu grito de vitória. Ela ainda não para o carro, derrapa com ele perto de mim, deslizando as rodas na areia, andando em círculos ao meu redor.

— QUEM É A NÚMERO UM? QUEM? – Gritou saindo do carro. — EU SOU A NÚMERO UM!

Lauren corre em minha direção, pulando e eu fico feliz por ela. É o que ela gosta, é o que ela faz de melhor.

— Parabéns, baby.

Separei-me da mesma, vendo Luke chegar e todos a parabenizarem, dois garotos chegam a segurar Lauren. Balanço a cabeça, encostando-me no carro de seu irmão, voltando a tirar uma foto.

— Eu perdi a minha calcinha. – Murmurei o fazendo gargalhar. — Não deveria ter jogado.

— Relaxa, não parece nada.

— É desconfortável.

— Devo imaginar.

— Sabe quem a pegou?

Balança a cabeça, assentindo.

— Quem? – Sigo seu olhar e para em Justin. — Ele não faria isso.

— Ele fez. – Cruzou os braços sobre o peito. — Um cara tinha pegado, mas Justin o ameaçou dizendo que o mataria, senão desse sua calcinha para ele. Depois você me diz que ele não sente nada.

— Ele não sente o mesmo. – Dei de ombros.

— Se você diz...

[...]

POINT OF VIEW JUSTIN BIEBER

Tomei um gole da minha cerveja, observando Luke passar o braço pelos ombros de Julieta e ambos saírem do racha. Meu corpo tremia de ódio, eu esperava que ela fosse correr para mim, mas isso nunca aconteceu. Ela o escolheu ao invés de mim, entretanto Carter não ganharia novamente. Julieta era minha e de mais ninguém. Apertei sua calcinha em meu bolso, porra ela era minha!

— Eu falei que com ela seria diferente. – Chaz disse ao notar meu olhar.

— Cala a boca.

— Qual é, Justin? Tá’ todo irritado, chega e peça desculpas, você foi o errado da história. Faça isso antes que Luke se mostre ser melhor.

— Ele nunca vai ser melhor do que.

— Não, mas quem está com Julieta mesmo?! – Fez uma cara de desentendido e eu juro que quase matei Charles ali mesmo.

Foda-se! Precisava curtir um pouco, voltar a ser o que era. Julieta voltaria uma hora ou outra, tinha certeza disso. O que é meu sempre volta para mim.

Perdi a conta de quantas vezes tomei uma bebida alcóolica e pedi outra, Kayla queria dançar comigo, contudo não conseguia ficar muito perto dela. Ela achava que um dia poderia ter algum poder sobre mim, mas todos sabiam que ela sempre seria uma vadia. Ryan teve que me levar para casa, isso quando foi cinco da manhã, não conseguia andar sem cair ao chão.

— Você bebeu por causa dela. – Murmurou me jogando na cama.

— Vão se foder, você e o Chaz! – Descansei a cabeça no travesseiro. — Não foi por Julieta.

— Eu não disse o nome dela.

Encarei Butler, vendo tudo rodar e joguei um abajur em sua direção, mas depois notei que ele estava muito longe de onde atirei. Meu amigo balançou a cabeça, saindo do quarto e me deixando sozinho. Não era por causa dela, eu não estava assim por ela e nem por mulher nenhuma. Minha cabeça rodava, tudo girava perto de mim e virei de lado, fitando sua foto.

Quem eu queria enganar, tudo sempre seria por ela.

Acordei quase uma da tarde, vendo minha mãe sentada no sofá lendo uma revista. Ela tinha os cabelos desgrenhados e restigío de maquiagem, franzi o cenho para dona Pattie, mas minha cabeça lateja de dor.

— Onde a senhora foi?

— Acha que só você pode se divertir? Eu e Lucy saímos ontem.

— Hm, sei.

— Sabe alguma coisa de Julieta? – Ela deixa a revista de lado. — Lucy me avisou agora que ela ainda não voltou para casa.

— O que?

— Julieta foi para uma festa e ainda não voltou, estou aflita. – Seus olhos azuis demonstravam preocupação e eu sentia o mesmo.

Se Luke tivesse feito alguma coisa com ela, mataria ele sem pensar duas vezes. A dor em minha cabeça aumentava, ela não deveria ter ficado com ele, porra! Nada disso estaria acontecendo se Julieta não ficasse ao lado dele.

— Lembro que quando você fez aquele assalto... – Fitei minha mãe. —, ela sentou comigo e orou, por você, mesmo com tudo isso que aconteceu. Nunca nenhuma das suas garotas fez isso um dia, ou fez?

Neguei.

— Não a deixe escapar, Justin. Ela é uma garota boa e gosta de você, de verdade. Bem mais do que pensa.

Engoli á seco.

Não respondi minha mãe e entrei no escritório. Eu era completamente louco por Julieta, ela sempre seria a minha garota. Não seria fácil admitir, contudo teria. O único errado era eu. Sabia o quanto ela detestava que eu a tratasse assim, mas nunca foi a minha intenção. Somos completamente diferentes, ela é a água e eu sou o fogo; Julieta é calma e eu não tenho paciência nenhuma, ela é certa e eu sou errado. No entanto, meu coração gritava por ela. Julieta mesmo sem me conhecer, já havia se entregado, ela se apaixonou por mim comigo sendo 100% errado. E eu me apaixonei por ela, por que encontrei alguém que me aceitou como eu sou.

[...]

E ela chegou saindo do carro dele, cerca de duas horas depois. Quis quebrar tudo que vinha pela minha frente, Luke não tiraria Julieta de mim, nunca.

Esperei anoitecer, a vi ir para o trabalho e voltar às 19h da noite. Sair novamente para ver seus amigos no Hospital e chegar em casa, cerca de três horas depois. Sua mãe, Lucy, ficaria de plantão hoje e assim que bateu meia-noite, atravessei a rua chegando a sua casa.

Subi pela escada lateral, abrindo sua janela e entrando em seu quarto. Ouço o som do chuveiro ligado e varro meus olhos por todo cômodo, observando seu notebook ligado. Ela ainda tinha uma foto nossa na sua tela de bloqueio do celular.

— O que você está fazendo aqui? – Ouço sua voz e viro-me para olha-la.

Seus cabelos estavam úmidos e Julieta vestia apenas uma toalha branca de algodão minúscula. Observei os olhos azuis que tanto amo me fitarem com surpresa e curiosidade, avalie-a dos pés a cabeça, fazendo-a notar que estava apenas de toalha e suas bochechas coram imediatamente.

— Vim falar com você.

— Sobre? Podia fazer isso outro dia.

— Não, eu não podia. – Dei passos em sua direção a fazendo ficar inquieta.

— Justin, pare aí mesmo! Eu estou só de toalha.

— Eu sei e é uma ótima visão.

— O que quer conversar?

— Sobre você ser minha.

Ela parou, me avaliando e seus olhos me fuzilavam agora. Céus, Julieta ficava malditamente sexy daquele jeito.

— Pare com isso, você fica dizendo essas coisas como se eu fosse um objeto!

— Eu digo isso, por que é a verdade. Você é minha – Toquei em seu rosto. —, e eu sou seu.

— Não parecia, você estava indo muito bem sem mim, pelo visto. – Cruzou os braços, aumentando o volume de seus seios. — Aliás, que diabos estava fazendo com você Bieber? Quer se destruir?

— Esse sou eu, Julieta.

— Não é não! Justin, você não precisa dessas coisas.

— Eu só fiz aquilo, por que era uma forma de te esquecer.

— Está me culpando?

Respirei fundo, tentando me controlar. Caminhei mais ainda em sua direção, empurrando seu corpo pequeno na parede e coloquei meus dois braços ao seu redor, a impedindo de sair.

— Estou dizendo que não consigo mais viver sem você, baby. Eu fico louco de te olhar e não te tocar, você está fodendo comigo, garota!

— Eu...

— Sabe quantas vezes sonhei com você? Acho que todos os dias. Sinto que você colocou alguma maldição sobre mim, amor. Eu posso ficar com qualquer garota, mas nenhuma ainda é o suficiente, senão for você. E toda vez que beijo outros lábios, eu preciso dos seus. Porra! – Dei um soco na parede. — Eu quero tanto você que dói, Julieta. Eu quero beijar cada canto do seu corpo, eu quero fazer você gemer a noite toda o meu nome e implorar por mim, quero que fique tão viciada em mim que jamais vai querer ir embora quando eu fizer alguma merda. Mas você é diferente de tudo e eu não estou sabendo lidar com isso. Odeio saber que outro homem está com você e odeio ainda mais sentir o medo, medo de você achar que Luke é melhor do que eu e preferir a ele. Eu não saberia lidar com isso. Eu sou completamente apaixonado por você.

Julieta encarava-me boquiaberta, com a respiração ofegante. Seu aroma estava grudando em meu corpo, eu esperava um tapa seu ou que ela gritasse comigo, contudo, tudo que a minha garota fez foi me puxar para um beijo desesperado e pular em meus braços, entrelaçando suas pernas ao meu redor. A seguro, apertando com força suas coxas desnudas e deixo sua língua invadir meus lábios. Eu sentia tanta falta dela que me rasgava.

Porra!

Julieta era sensacional e me perguntava como consegui sobreviver sem ela todos aqueles dias, eu jamais a deixaria ir embora.

Ajeito-a em meus braços, colocando minhas mãos em sua bunda e ela segura meu rosto com as duas mãos. Deito Julieta em sua cama, ficando por cima e entre suas pernas.

— Você é um idiota. – Disse ofegante. — E essa foi à coisa mais linda e quente que você já disse para mim.

— Eu posso dizer outras coisas.

— Se você tocar em Kayla ou qualquer outra mulher de novo, nunca vou te perdoar. E Luke é uma pessoa ótima, mas eu sou louca por você, Justin. Eu sempre vou te escolher e sinto muito em dizer, eu já estou viciada em você.

— Eu...

— Cala a boca e me beija, por favor.

Abri um sorriso. Essa é a minha garota!