Sete e quarenta da noite, e ao sair da prefeitura pude notar que as estrelas brigam para preencherem o vazio da imensidão azul, e isso é simplesmente indiferente. Meia hora observando o nada e depois eu apenas fui de encontro ao encontro do meu ser. Espere, minto; primeiro fui comprar o complemento essencial. Peguei o meu carro e parei na refinada loja de bebidas do Senhor Gold: Mr. Vinco. Eu sei que o nome é estranho, mas criativo; é uma mistura das melhores bebidas: Vinho e conhaque. Quase duzentos reais aquela garrafa perfeita e deliciosa de vinho. Comprei cinco. Preciso me embebedar - pensei.
Ao voltar para o meu apartamento, tomei uma ducha e coloquei a roupa mais simples que tenho: uma calça justa e uma blusa simples. Passei um batom vermelho e em seguida, liguei para a minha mãe, pedindo para que não me ligasse mais tarde, mas eu sabia que isso não iria adiantar e que dona Cora não respeitaria o meu espaço.
A campainha tocou, mas o porteiro nem me avisou que alguém estava subindo.
- Você? Não... Eu pedi que não viesse. Aceita que não sou aquilo que você criou na sua mera imaginação. Vai embora! Se quer ficar, fique, então... NÃO!!!!! PARE, VOCÊ ESTA LOUCO! SOLTE ISTO... ROBIN, SOLTA ESSE TRECO, É PERIGOSO!
E foi assim que aconteceu. Agora não posso fazer mais nada. Aqui estão as cinco garrafas de vinho. Peguei a bicicleta e coloquei na traseira do jeep. Apenas fui. Ou não? Não sei se abri a porta. Ouvi um barulho. Nem sei se ouvi. Um grito. Algo fez minha alma chorar.
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